AS ROSAS VERMELHAS
– PEDRO LUSO DE CARVALHO
Queria o homem esquecer a
mulher,
mais que a mulher, esquecer a
traição.
Refugiou-se o homem no seu
jardim,
junto às roseiras, com suas
penas.
Com ardor, às roseiras
dedicou-se,
amor e alma, seu único
horizonte.
Fez o
seu mundo de perfume e
cor,
paraíso de rosas e roseiras.
Dizem que perfume
e viço das rosas
deviam-se só ao sangue do
homem –
doação de amor,
sua recompensa
às rosas
vermelhas do roseiral.
O que diziam,
a pura verdade:
a fosforescência do
roseiral,
mistério das rosas no breu da
noite,
planeta de sonhos
do jardineiro.
Numa dessas tardes frias de
inverno,
encontraram o corpo entre as
roseiras.
Sem vida o homem, naquele
roseiral,
* * *
Um poema impressionante pela mensagem de dor que contém.
ResponderExcluirMuito belo e pleno de sentimento.
A dor provocada pela traição é tremenda e imensurável.
Parabéns, amigo Pedro, por ter escrito tão lindo poema.
Um abraço amigo.
Janita
É um poema bonito, que me faz lembrar de "O rouxinol e a rosa".
ResponderExcluirPedro: Receba minha admiração através de um abraço.
ResponderExcluirPoesia linda,Pedro... Deu pra imaginar o homem com cara de paisagem e santinho ali...Bem feito pra ele,rs...Muitos espinhos merecia!!! abração, lindo fds! chica
Bom dia. Poema maravilhoso, profundo cheio de sentimento. Adorei.
ResponderExcluirHoje, um miniconto { Saudade, da nossa dança... }
Bjos
Um Sábado muito feliz.
Um poema triste, dolorido, cheio de sofrimento. A traição é sempre muito dolorosa.
ResponderExcluirAbraço e bom fim de semana
Um poema lindo demais, apesar de melancolico.!!
ResponderExcluirBeijo. Votos de um Sábado feliz.
Gosto de poemas que exalam o perfume dos sentimentos.
ResponderExcluirEste, impregnado de vida, é fascinante.
Beijo, Pedro.
Que lindo poema Pedro!
ResponderExcluirRosas vermelhas a eterna musa dos amantes enamorados.
Adorei.
Bjs,obrigada pela visita e um ótimo final de semana.
Carmen Lúcia.
Profundo poema. Hermosa melancolía.
ResponderExcluirUn abrazo.
Que dor! Fez das rosas o seu suporte para levar a vida - enquanto a tinha -, o mais suportável possível. As rosas não traem!
ResponderExcluirExtremamente lindo, mas bota tristeza nisso!
Beijinho daqui do lado.
Rosas? porque não?
ResponderExcluirTodas as flores se desfolham
Poema praticamente sem rimas mas a verdade é que as rimas não são obrigatórias nos bons poemas. E este, é um bom poema
ResponderExcluir.
( https://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/ )
.
Abraço
É isso mesmo, Ricardo, as rimas são ótimos recursos para a poesia, mas pode ser dispensada. Aqui no Brasil sofremos a boa influência de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e de João Cabral de Melo Neto, que pouco se utilizavam do recurso das rimas. Outro dos nossos grandes poetas modernos foi Vinicius de Moraes (o poeta do amor), que tinha preferência pelo soneto rimado,
ExcluirUso rimas, em meus poemas, caro Ricardo, mas com pouca frequência. Atenho-me mais no ritmo, na sonoridade e na divisão silábica do poema.
Um abraço.
Pedro
E'sempre un piacere soffermarsi sui tuoi scritti poetici, ricchi di profondo significato
ResponderExcluirUn saluto, Pedro,silvia
Bom dia, Pedro. Eu adorei o tema em poesia.
ResponderExcluirTraição é algo muito difícil
Percebe-se que o homem nunca conseguiu se perdoar.
ResponderExcluirCada qual procura a purificação da alma e do corpo de um modo, ele, foi através do cuidado com as flores, o mesmo que deveria devotar à sua amada.
Certamente, a Lei do Retorno é implacável!
Parabéns!
Tenha um mês de extrema paz.
Beijos na alma.
Obrigado, Patrícia.
ExcluirNo que diz respeito à traição, de propósito deixei para quem ler o poema decidir quem traiu. Para mim, o homem é que foi traído pela mulher.
Bom final de domingo.
Um abraço.
Pedro
Olá Pedro!
ResponderExcluirTriste mas belíssimo poema.
É um gosto voltar a ler versos teus. Versos que emocionam e fazem pensar. Estes, de tão verdadeiros transportam o perfume das rosas vermelhas.
Abraço.
O Novo Noivado do Sepulcro, caro Pedro?
ResponderExcluirnão conhecia na tua poesia esta vertente ultra-romântica
mas o poema é excelente.
gostei muito
abraço
Uma história de amor. Um roseiral cor de sangue. As rosas vermelhas na vertigem das mãos... Magnífico poema, meu Amigo Pedro!
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
A dor o transformou num hábil jardim que dedicou a vida às belas roseiras que lhe fizeram companhia até o momento do gran finale
ResponderExcluirUm poema lindo e de muita dor, beleza e cor caro amigo Pedro
Um abraço e uma feliz semana
Oi Pedro,
ResponderExcluirAdoro suas poesias
Rimadas ou não são lindas
Abraços
Lua Singular
ResponderExcluirOi Pedro!
Bem pertinente essa frase que vi certa vez: "Afundei-me no incógnito para não ter qualquer responsabilidade". As pessoas se refugiam de si próprias, parece ser mais confortável do que viver a realidade. Será que ele conseguiu o esquecer o seu amor? Ou não teria ele morrido de amor?
O autor Pedro Luso optou por esse final, e deixou o leitor martelando a cabeça rs.
Boa tarde e fica com Deus meu querido, obrigada pelo carinho!
Oi, Pedro...se é para sofrer de amor que seja na companhia de rosas vermelhas como um coração , pois afinal "as rosas não falam/ as rosas apenas exalam /
ResponderExcluiro perfume que roubam de ti"... e também tenham espinhos;
Um abraço
Oi amigo, que lindo!
ResponderExcluirTraição é algo terrível!!
Tenha uma ótima semana, abraços!!
Escribimos al ritmo de la estaciones... Un abrazo inmenso
ResponderExcluirEse hombre por su dolor, se unió
ResponderExcluira las rosas de su jardín. Una consustanciación
trágicamente bella.
Pedro, acabo de llegar a casa de un viaje de dos meses.
Un gran abrazo.
Oi Pedro!
ResponderExcluirParece que a culpa o matou.
A traição o feriu mais que os espinhos das rosas.
Achei lindo, muita dramaticidade o que
imprimiu ao texto um "ar" de tango.
Uma inspiração "daquelas" amigo, que como penso, são-nos ditadas.
Abrçs
Muito profundo em sentimentos, tristeza e dor, porém encantador pela beleza de lirismo que nos passa, amei.
ResponderExcluirBeijos carinhosos e uma semana bem feliz!
Olá ,que beleza esta linda, mas triste história do jardineiro traído pela mulher, nesta empolgante poesia.Sei cantar algumas musicas de Mauro Moraes,mas a minha" praia "mesmo é cantar musicas americanas..Meu grande abraço. SU
ResponderExcluirOla amigo Pedro linda poesia, a traição é dor que mata, e nem a beleza ou o perfume das rosas falaram mais alto, e ele morreu.
ResponderExcluirAbração, Léah
Pedro, lindo poema! Parabéns! Lembrei-me de Omar Kayan, quando diz que ele à orla de um bosque florido de rosas, ao lado da bem-amada, nenhum sultão seria mais feliz do que ele e nenhum mendigo mais triste. Porém se a bem-amada o abandonasse?... Então tira uma porção de conclusões coerentes. Realmente a perda amorosa dói mais que um punhal ao peito... Gostei do teu poema, amigo! Tudo de bom! Laerte.
ResponderExcluirOh Pedro, derramaste todo teu lirismo nestes versos de beleza rara com um profundo toque de tristeza e dor.Talvez melhor morrer que remoer a traição.
ResponderExcluirTenha um abençoado fim de tarde.
Abraços agradecidos pela visita e gentis e apreciação aos meus versinhos.
Adorei este seu poema, Pedro! E penso ter uma imagem perfeita, para ilustrar o mesmo, lá no meu canto...
ResponderExcluirAndarei ainda meio intermitente pela Net, nas próximas semanas... mas nos primeiros dias de Janeiro, assim que der, destacarei este poema, se me der licença... com um link para aqui, evidentemente...
Um grande abraço! Continuação de uma excelente semana!
Ana
Obrigado, Ana, pela visita e pelo amável comentário. Quanto a sua intenção de de dar destaque ao meu poema no seu blog, para mim será uma honra.
ExcluirUm abraço.
Pedro
Olvidar un amor es difícil, perdonar una traición, tiene que ser muy duro, siempre quedará una desconfianza en esa mujer que amas.
ResponderExcluirEl amor se puede comparar con las rosas, también tiene espinas y hace sangrar el corazón alguna vez.
El poema es precioso pero el final muy triste, quizás buscó consuelo y refugio en su jardín de rosas.
Cariños.
kasioles
Empezando por la elección de la imagen, cómo el talento consigue descomponer unas figuras por medio de la geometría, su poema también disecciona el alma del amante jardinero.
ResponderExcluirDe amor también se muere.
Profundo e belo.
ResponderExcluirA dor da traição, nunca superada e sempre dilacerando o coração daquele pobre homem.
Um abraço
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Rosa vermelha, paixão... há mulheres que jamais são esquecidas...
ResponderExcluirUm poema bem romântico. Gostei muito, excelente.
Continuação de boa semana, caro Pedro.
Abraço.
Como diz a Tais, " bota tristeza nisso ", Pedro. O poema é belo, mas muito triste, apesar das rosas vermelhas serem bonitas e perfumadas; não têm nada de triste. O desespero leva muita gente a suicidar-se, mas...por causa de uma mulher? Sei que acontecem muitos casos, por traição, por ciúme e por outro tipo de razões, mas... uma certeza eu tenho: não me mataria por homem nenhum!!!. Mesmo assim, tenho que te dar os parabéns pois estás-me a sair um grande poeta e independentemente da minha vontade de me suicidar ou não por uma traição,, o certo é que este homem se deixou morrer e escolheu um jardim lindo e perfumado pelas rosas vermelhas; boa escolha. Brincadeiras à parte, adorei, amigo. Um beijinho e um bom fim de semana. Amanhã é feriado em Portugal, pois é o dia de N. Sra da Conceição e antigamente era neste dia que se festejava o dia das mães. Até....
ResponderExcluirEmilia
Muito bom este trabalho poético de que gostei bastante amigo Pedro.
ResponderExcluirUm bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Lindo poetar amigo Pedro, inspirados versos, lindos e ao mesmo tempo tristes, traição é tudo de ruim, seja entre amores, amizades, enfim...
ResponderExcluirAs belas rosas foram fiéis, corresponderam as expectativas do jardineiro e foram as que lhe velaram o derradeiro momento!
Bela forma de mostrar o quanto é devastadora a traição, acho que ninguém merece isso, cada qual deveria ter coragem de assumir que não dá mais para prosseguir com um relacionamento e nunca trair, nem posso imaginar isso sem sentir uma ponta de dor!
Amei ler aqui!
Abraços bem apertados!
ResponderExcluirPreciosa poesía. El lenguaje de las rosas rojas llega al corazón. Besicos.
Gosto de pensar que rosas vermelhas também são paixão.
ResponderExcluirBeijo
Boa tarde, Pedro, a traição sempre é algo terrível em qualquer situação ou relação.
ResponderExcluirPenso que não há ser humano que trabalhe bem uma situação de infidelidade. Em seu poema, apesar de triste o seu personagem conseguiu uma maneira de "estar" feliz com suas rosas vermelhas, a cor da paixão que morreu com ele. Belíssimo poema! Abraço!
Olá, Pedro.
ResponderExcluirEste seu poema é um romance!
Triste a sina de quem ama com um amor tão doado e sofre traição. Há de ser de enlouquecer. Melhor então, fugir. Mas a fuga não destrói a dor que se leva no coração, apesar de os velhos sábios nos garantirem que "longe dos olhos, longe do coração" rrrrrsss
As rosas, seres vivos também!, souberam desfrutar e recompensar os cuidados recebidos.
Ali, o homem amou e foi amado.
Ali, deixou-se finar.
* Pedro, a propósito do último comentário que deixou no lado do sol, devo lembrar-lhe que, apesar de ser portuguesa, por merecimento, que já são muitos anos em terras lusas, minha alma é e será, sempre, brasileira, porque, para além de aí ter nascido e me criado, é facto que o primeiro amor é o que fica para a vida - dizem os velhos sábios =)
um grande abraço
Bom dia Pedro.
ResponderExcluirAcho a traição um tiro no amor, quando não mata o sentimento, deixa grandes marcas. Um belo poema onde um homem sofredor entrega as rosas a sua dedicação e amor e da adeus a vida segurando quem mais ajudou a suportar a dor..
Abraços.
Ah o amor, quando o desamor ultrapassa o sinal proibido e faz do ser um trapo humano.Uma construção de sentimento muito bonita para tamanha dor."O espinho da rosa feriu Zé o sorvete gelou seu coração".
ResponderExcluirMuito bom Pedro.
Abraços.
Na vida existe essa batalha de emoção e razão,e nos sentimentos e no coração existem tantos contrastes que é muito dificil de entender e explicar.Lindos e liricos versos, Pedro vc esbanjou toda sensibilidade contida em sua veia poética.
ResponderExcluirAplausos para sua poesia.
Bom e feliz findi.
Bjs no coração!