A
NOITE E AS CRIANÇAS
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Está
vazia a cidade na noite,
há
luzes de velório nos postes,
olhos
amedrontados do cão
aos
tropeços por ermas ruas.
Quem
adentrar por ruas e becos
sentirá
frio no corpo e na alma –
são
muitos os perigos na noite,
um
punhal à espera na esquina.
Da
janela avisto a rua em névoas,
sem
que passe única viva alma –
cidade
entristecida no caos
à
espera das luzes da aurora.
Depois
da aurora o dia virá,
o
sol virá dar calor e luz
à
cidade abraçada por todos,
num
ir e vir com ávidos olhos.
A
esperança não estará perdida,
enquanto
brincarem as crianças.
* * *
Ap0lausos,Pedro! Lembraste até da luz mortiça de alguns postes à noite... Linda poesia e que possamos ver sempre crianças brincando! abraços, lindo fds de veranico outonal pra vocês! chica
ResponderExcluirMientras jueguen niños, amigo Pedro, la esperanza del mundo entero estará vigente.
ResponderExcluirAbrazo santiaguino.
Que possamos sempre ter o riso espontâneo das crianças a coroar nossos dias com sua energia e folguedos encantadores a colorir as ruas. Poema lindo e adorável
ResponderExcluirUm abraço e um ótimo final de semana
Boa noite de paz, amigo Pedro!
ResponderExcluirO dia e uma luz em nosso viver. A noite e para poetar, descansar, repor energias...
Mas a claridade, ah! A luz e uma riqueza imensa. Da sensação de lucidez. A presenca infanto juvenil e outra grande alegria no dia a dia do ser humano de um modo em geral. Renova tudo em nós. Muito bonita sua poesia, uma vez mais.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos de paz e bem
Que saudades daquele outro Brasil quando saíamos à noite sem medo de voltar para casa! E de dia íamos aos parques, às ruas arborizadas sem medo de sair alguém detrás das árvores. Nosso povo, o mesmo que se abraça nas ruas, se beijam quando se encontram, merecia ter sossego, ter paz, ter confiança nos governantes que cuidam de nós e da nossas crianças que não saem mais sozinhas. Mas há sim uma grande esperança, penso que é só dar um tempo... Precisamos acreditar nesse Brasilzão rico em que vivemos e não desistir dele enquanto houver crianças cantando, as gerações que desfrutarão de um país que um dia desfrutamos. Há de dar certo o Brasil que reconstruiremos para elas!
ResponderExcluirBeijinho, meu poeta! Poema lindo, escrito por um filho sensível dessa Terra.
Pedro...
ResponderExcluirÉ interessante lembrar
do passado e de onde meus filhos
cresceram...
Saudades...
Lindos registros seus.
Linda poesia.
Bjins
CatiahoAlc.
Ola Pedro, dificil aceder a net neste momento,feliz domingo, e felicidades a todasvas criancas😅
ResponderExcluirInmensa y muy bella poesía.
ResponderExcluirLlena de esperanza.
Feliz domingo.
Un beso.
Aplausos, Pedro. Sensação de um mundo de paz, depois da noite tenebrosa. Sim, vivemos seepre à ewpera da aurora.
ResponderExcluir"A esperança não estará perdida,
enquanto brincarem as crianças." Que beleza, que verdade.
Abraços.
Gostei muito. Parabéns!
ResponderExcluirCoisas de uma vida.
Beijos, continuação de um bom Domingo.
"não há Sol que sempre dure, nem noite que não acabe", não verdade, meu caro Pedro Luso? e quando um criança sorri. um novo mundo desponta...
ResponderExcluirbelo teu Poema, amigo
de que gostei muito
forte abraço
Um poema triste porquanto descreve a violência que amedronta e mata. Termina p+orém com a esperança das crianças brincando à luz do sol.
ResponderExcluirPor cá cada dia se vêm menos crianças brincando na rua. Vivem em prisão voluntária, agarradas aos celulares.
Abraço e uma boa semana
Olá, Pedro!
ResponderExcluirDesta vez me deslumbrei com versos e prosa.
Versos belos que espelham a melancolia do poeta. Prosa meiga e incentivadora da sua companheira e musa.
Nunca deixem de acreditar, queridos amigos.
Beijos.
Os perigos da noite são imensos, até mesmo dentro de cada um de nós…
ResponderExcluirMas gostei do poema e digo com você, meu Amigo Pedro: "A esperança não estará perdida, enquanto brincarem as crianças." Tão belo!
Uma boa semana.
Um beijo.
Um poema escrito com alma. Muito bonito:))
ResponderExcluirHoje:- Quando a minha alma naufragar...
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira.
As ruas estão sempre vazias, principalmente no Inverno frio e escuro daqui, mas, no verão, quando a noite demora a chegar, não vemos mais as crianças brincando na praça, com a sua bola, a sua bicicleta ou então, quando ja " olhando para a sombra "simplesmente sentados no banco trocando pequenas caricias; há medo nos pais que preferem tê-los em casa debaixo do seu olhar protector. Como sinto saudades do tempo em que os meus filhos corriam livremente pelo bairro onde cresceram, na minha cidadezinha de Guaratingeuetå...como fico triste ao ver a praça ,em frente ao prédio onde vivo, completamente vazia de gente, num anoitecer agradável de começo de verão; como gostaria de a ver cheia de crianças, brincando felizes e livres como no tempo em que nós eramos meninos, Pedro. Infelizmente aqui também o medo enclausura as pessoas dentro de casa e as crianças, mesmo com a luz do dia, permanecem dentro de casa porque o perigo as espreita apesar da clardidade, apesar das muitas almas que passam sempre apressadas. Não tenho muitas esperanças que as ruas se encham de crianças, não creio que elas voltem a saber brincar, porque também nao acredito que os pais abdiquem do seu conforto no sofá para acompanharem o seu filho ao parque, para juntos andarem de biciclete, para juntos admirarem a natureza , para juntos rolarem na relva como se de duas crianças se tratasse. Não é só a violência a causadora da tristeza que vemos nos olhos de algumas crianças, não é só o escuro da noite que as impede de sair à rua, mas é também a atitude dos pais que, nos fins de semana, preferem o jogo de futebol na televisão ao convivio saudável com os filhos , na praça, no parque ou simplesmente num passeio gostoso pelas ruas da cidade e, enquanto essa mentalidade não mudar, da nossa janela, veremos muitos carros buzinando e pessoas indo e vindo, na sua costumeira correria. Crianças? Na escola ou em casa, Pedro! Triste a vida das nossas crianças mas, se mesmo assim conseguirem sorrir, a nossa esperança manter-se-á viva . Como é bonito o sorriso de uma criança feliz! Os seus olhinhos brilham e o nosso coracao enche-se de alegria. Nostálgico o teu poema, amigo, mas muito realista. Obrigada e boa noite. Um beijinho
ResponderExcluirEmilia
Corrigindo...
ResponderExcluirSentadas...tê-las..claridade..já
Desculpa, mas, o dedo é gordinho e a tecla pequena...
A distracção também é muita..
beijo
Emilia
Bom dia amigo Pedro,
ResponderExcluirJá não é possivel ver crianças brincando nas ruas, seni saudades das praças onde brinquei com as amiguinhas, jogando amraelinha esm causar preocupação ao meu pai que ia assistir a missa .Nostalgia pura seus versos.
Hoje o medo que predomina, na noite escura entre os becos do crime.
Tnha uma semana com muita paz.
tem post sem vogal "A" no blog:
https://vogalsuprimida.blogspot.com.br
Bjs no coração!
Oi, Pedro, um belo poema de lembranças e saudades...realmente, o quanto gostaríamos ver crianças correndo felizes empinando pipas e brincando de mãe da rua, passa- anel, boca de forno, estátua, mandrake licença, cantigas de roda,pelada de várzea... agora elas têm outras formas de viver e se divertir pois a história é outra.Que pelo menos sejam felizes e que continuem a sonhar!
ResponderExcluirUm abraço
Um poema muito belo, Pedro.
ResponderExcluirOs meus Parabéns!
Beijinhos,
Ailime
Sim amigo, está vazia
ResponderExcluirA noite e a alma da gente
Pelo medo que se sente
Até mesmo em andar de dia
Quando a aurora já alumia
O sonho que se recente
De coragem a ir em frente
E freme à angústia dura e fria
Pelo diabo do medo
Que aponta à alma um dedo
Em riste avisando alerta
A parecer engano ledo
E assim dormimos mais cedo
Sem uma só janela aberta!
Belíssimo o teu poema que aponta nosso estado de sítio em que estamos sitiados por conta dos marginais que estão a ganhar do Estado do estado de direito dos cidadãos brasileiros. Já estão propondo uma arma a cada um para a autodefesa... E para quem mal sabe ou tem forças para acionar a tecla do gatilho?... Pobre país sem paz e pasmo! Grande abraço, amigo! Laerte.
Olá poeta, de certo a escuridão, o vazio e o silêncio da noite assusta a muitos, porém para nós oetas (eu amo a noite) ela é bem inspiradora, concordas? Um xero aqui de Recife
ResponderExcluirUm belíssimo poema que nos remete, para os amanhãs da vida, iluminados pela esperança do hoje... enquanto houver coisas que nunca mudem... como as brincadeiras das crianças... o problema... é que até isso está mudando... faço minhas as palavras da Elvira... em relação à sua clausura voluntária, com jogos de tablet... sem interagir com outras crianças... exercitando apenas... olhos e polegares... é o agradável mundo novo, para o qual caminhamos alegremente!... O que poderemos esperar desta nova geração que carrega em botões o dia todo, sem ver mais nada a frente?... Assusta até pensar...
ResponderExcluirBeijinho! Votos de continuação de uma óptima semana!
Ana
Me ha gustado mucho tu publicación.
ResponderExcluirAs crianças salvam a paisagem e a alma do lugar. Um poema pleno de sensibilidade, Pedro.
ResponderExcluirQueremos mudança! A paz está hipotecada!
Beijos.
Los niños alegran la vida y es la nueva esperanza de la civilización. Ellos se convertirán en hombres y mujeres que aportarán lo mejor de ellos a la sociedad.
ResponderExcluirBesos
Excelente poema amigo Pedro, aproveito para desejar um bom Domingo.
ResponderExcluirAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Bom dia, Pedro, o dia também dorme e aí, as coisas amedrontadoras surgem , mas quem sabe apenas em nossa imaginação com medo da escuridão. As crianças também dormem, o cãozinho busca o que comer, mas as trevas o deixam inseguro. Porém a noite tem fim, e com o sol tudo volta a ter vida, as crianças são as principais figuras da alegria, pois seus gritos de euforia nos fazem esquecer das noites frias e sem brilho. Abraço!
ResponderExcluirAh! Portinari ilustra bem a alegria das crianças.
Na verdade
ResponderExcluirum dia seremos de novo crianças
Abraço
Boa noite Pedro
ResponderExcluirLinda poesia. Como era bom sair à rua e ver crianças brincando e sorrindo. Hoje o mundo está Tá o violento que confesso que toda criança hoje em dia tem que está sobre vigilância total. Pois a marginalidade está demais. Um lindo São João para vocês. Abraços.
Pedro o ser-se poeta terá muito a ver com a observação aqui bem patente e por fim a esperança. A esperança, a que ainda nos anima e dá alguma segurança.
ResponderExcluirAbraço
Muy buena la reflexión de que mientras los niños jueguen, la esperanza seguirá viva.
ResponderExcluirY la mirada de un paisaje urbano por la noche tan distinta de la que nos presta el sol, aún siendo el mismo escenario. Saludos, Pedro.
Essa magnífica poesia me reportou a infância que vivi intensamente, toda noite brincando na ruas com minhas amigas, livre de medos ou qualquer outro perigo, os quais hoje nos assombra e impede nossas crianças de experimentar a liberdade das brincadeiras na rua. Ô tempo bom, meu Deus!
ResponderExcluirBeijos e feliz semana!
Há tantas crianças a quem foi roubado o sonho e destruído o direito de brincar...
ResponderExcluirBoa semana e tudo de bom !
Pedro:
ResponderExcluires lo que tiene la noche, que puede ser maravillosa o trágica.
¡Ojalá las noches sean felices, sobre todo para "as crianças".
Abraços e ótima semana.
Nalguns locais a noite é uma ameaça.
ResponderExcluirPode ser que as crianças de agora modifiquem isso no futuro.
Magnifico poema, gostei imenso.
Caro Pedro, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
Pedro li este poema, olhando para o menino que fui numa cidade do interior, menino solto sem ter medo da noite, menino livre sem medo de assombração. A vida estava nas solas do pé e só terminava a noite quando o comercial das Casas Pernambucanas ecoava das poucas casas que tinham televisão.
ResponderExcluirViajei no seu belo poema e vi o menino de esperanças e hoje com seu olhar, vejo o medo, o susto, a espera de um novo dia, que leve nossos medos.
Muito bom, muito sensível olhar sobre o cotidiano.
Um abraço amigo e obrigado pela viagem.