NOITE
E
FANTASMAS
— PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Escrevo
este poema na
noite,
meus
fantasmas
em
torno,
breu
feito de mistério.
Longa
é a noite,
vã
a
espera
de
ver brotar
uma flor,
feito
rosa
na roseira.
Meu
coração pede que pare,
mas
temo os
fantasmas,
que castigos impõem.
Perdi
noites
luminosas,
risos
e
cânticos,
perdi
palavras,
a
alma perdi na noite.
* * *
Tantos fantasmas podem se perder na noite...
ResponderExcluirLinda poesia! Abração e linda semana! Chica
É assustadora a noite quando os vampiros comem as rosas, os risos e as palavras. E não deixam nada.
ResponderExcluirA tela, de Edvard Munch, tão adequada!
Beijinho, Pedro.
Entendo tão bem essas tentativas, essas insistências nas construções de um texto ou de um poema, e por razões diversas teimamos e nada conseguimos! As ideias não se juntam, tudo fica sem harmonia, sem encaixar a beleza com a técnica. Mas insistimos, não nos dobramos a fantasmas noturnos que aparecem para fazer o reboliço na página em branco! E porque somos insistentes, conseguimos, no entanto, construir um belo poema dizendo na real, tudo o que aconteceu!
ResponderExcluirNoites perdidas não mais! Rosas desabrocharam e colheste o drama que podes mostrar. Com insistência pode-se conseguir um rico poema, ou um texto qualquer que venha a calhar. Sentar diante de uma tela em branco e cantar um drama, cantar o nada? Nenhuma ideia a florescer?
Daqui, saiu um botão de rosa que desabrochou! E como gostei!
Beijinho daqui do lado.
Nella notte accadono magie e sogni inaspettati, per farci apprezzare la bellezza d'una radiosa alba....
ResponderExcluirBuon inizio di settimana e un saluto, Pedro,silvia
Por vezes é na escuridão que percebemos a luz que tanto procuramos...
ResponderExcluirBeijinho*
Fanny
Maravilhoso poema!! Amei!
ResponderExcluirBeijo e uma excelente semana
Pela noite, a memória é lenta e a escuridão é o lugar de todos os fantasmas…
ResponderExcluirMuito belo, meu Amigo Pedro.
Uma boa semana.
Um beijo.
Los fantasmas aparecen en el silencio de la noche ocupando el lugar de los pensamientos floridos, y entonces las palabras escritas se hacen oscuras y sin perfume.
ResponderExcluirUna sincera exposición en tu poema de los pensamientos del momento de escribir.
Un abrazo.
Pedro,fantasmas todos nós podemos ter em nossos pensamentos em noite que não conseguimos adormecer,mas é possível retirá-los deixando que as flores floresçam!
ResponderExcluirGostei muito.
Bjs e uma ótima semana.
Carmen Lúcia.
La noche es larga a veces. Y siempre misteriosa.
ResponderExcluirTu poema es, como siempre, muy bello.
Un beso. Feliz semana.
Muito bom, este poema:))
ResponderExcluirDo Gil António: - Serás em meus versos a minha doce amada.
Bjos
Votos de uma boa noite.
Fujam fantasmas "que impõem castigos" porque o poeta tem encontro marcado com a verdade da poesia.
ResponderExcluirPedro, mais um belo poema. A escolha do "Vampyr", de Munch, foi acertadíssima.
Abraço, meu amigo.
um grande Poema, em seu "recorte" clássico, Pedro
ResponderExcluirgosto de dessa atmosfera, que se bem leio, evoca subtilmente
o poema Fausto (Goethe).
(peço desculpa se esta aproximação é abusiva)
forte abraço
Não tive essa intenção, poeta e amigo Manuel, de evocar, mesmo que sutilmente, o poema Fausto, de Goethe, mas essa sua lembrança deixa-me lisonjeado, sem ter o que desculpar, mas sim agradecer.
ExcluirUm grande abraço e boa semana.
Pedro
A noite Pedro não é uma criança, como queríamos.
ResponderExcluirNela cabem todos os fantasmas e todos os sentimentos do mundo.
Se na noite nos danamos, nesta mesma noite nos inspiramos a exorcizar velhos fantasmas de uma infância perdida.
Um poema, uma interiorização magnifica amigo.
Uma semana boa neste clima terrível de Copa que vai levar a um temporário esquecimento de nossas tantas mazelas. Fazer o que?
Meu abraço de paz mestre.
Longa e aterradora é a noite, quando os pesadelos substituem os sonhos aprisionados nas injustiças dos dias.
ResponderExcluirUm abraço
Oi, PEDRO. um clima noturno que faz acordar os nossos medos primitivos. conheço bem esse clima atávico. Soube passar muito bem no poema,
ResponderExcluirUm abraço
Los fantasmas que llevamos dentro, salen por la noche para hacer aparecer nuestros pequeños miedos, Tan sólo nos podemos librar de ellos si nos enfrentamos abiertamente a esos miedos que invaden nuestro mundo interior.
ResponderExcluirBesos
Los fantasmas, amigo Pedro, nos acompañan muchas veces de día y aunque estemos muy despiertos, pero principalmente en la oscuridad de la noche en que los capta en plenitud tu vena poética.
ResponderExcluirAbrazo chileno.
Hay veces que los fantasmas nos persiguen, si es de noche, las horas se hacen interminables.
ResponderExcluirLo que no podemos consentir es que alteren nuestros sentimientos y pretendan robarnos el alma.
Cariños y buena semana.
kasioles
Uma noite bem escura meu amigo.
ResponderExcluirUm abraço e tenha um bom dia.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Un poema que habla de miedos ocultos, de penas que no se cuenta. Me ha gustado mucho leerlo.
ResponderExcluirUn abrazo, estimado Pedro.
Contrarrestar las lágrimas.
ResponderExcluirNeutralizar las penas,
a golpe de esperanza y de poemas.
Amigo!
ResponderExcluirEsse eu poético, rodeado por fantasmas que castigam e acaba por perder a alma na noite, depois de perder alegres e sublimes manifestações de vida, inspira piedosa comiseração.
Agradeço a Deus os fantasmas não me incomodarem minimamemte...
O poema está lindo e didático, ensina que é imprescindível fazer frente forte aos fantasmas...
O meu abraço, Pedro.
Ps- Agradeço as palavras simpáticas que deixou no meu blogue, cheguei a pensar que já não apreciava o meu trabalho; creia que o seu incentivo me é importante. Bj
É uma grande verdade meu amigo!
ResponderExcluirÉ pela noite dentro que nossos fantasmas nos visitam!
Muitas vezes nos baralham... confundindo o sonho com a realidade!
Adorei!
Bjo Fraterno.
E no entanto, a noite com os seus fantasmas, é um espaço tão vasto e inspirador, para os poetas...
ResponderExcluirMagnífico poema, Pedro! E muito bem harmonizado, uma obra de Munch, que ainda não conhecia!
Abraço! Continuação de uma óptima semana!
Ana
Boa noite, Pedro,
ResponderExcluirseu poema repleto de belas e bem selecionadas metáforas, nos mostram as noites feitas de breu, com fantasmas a nos assombrar, trazendo os mistérios que a noite tão bem cultiva.
Enfim, durante a noite a espera é longa, e por ser longa, por fim perdemos-nos na noite. Excelente, seu poema. Boa noite!
Em português luso, apenas acrescetaria, só "não perco o norte".
ResponderExcluirMuito bom meu amigo.
Um abraço.
Olhar d'Ouro - bLoG
Olhar d'Ouro - fAcEbOOk
Un bello poema, Pedro. La noche con su oscuridad y sus miedos como metáfora del interior del alma humana.
ResponderExcluirAbrazos querido amigo.
Meu caro Pedramigo
ResponderExcluirINFORMAÇÃO
Como deixei escrito no final do quarto texto da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGÓLICO fiquei seriamente a pensar em terminar a sua publicação. Isto porque o primeiro episódio teve uma boa aceitação (52 comentários e correspondentes respostas), o segundo ficou-se pelos 20 e o terceiro ainda menos, 18…
O apelo para uma boa polémica só teve uma resposta. A da Nonamamiga.
Escuso de matutar mais no problema: fico-me por este último texto. Continuarei a escrever a saga mas para outra finalidade. Obrigado a todos os que me acompanharam e também a quem o não fez
Pedro, meu amigo
ResponderExcluirEste seu belo e original poema descreve a dinâmica
do silêncio da noite (unidade com o silêncio do poeta
no seu ofício das palavras...), a traduzir-se em poesia
no seu processo parto-beleza (inspiração), nesta arte
das palavras a florirem em significados para cada leitor:
"Longa é a noite, vã a espera
de ver brotar uma flor,
feito rosa na roseira."
Pressinto que os nossos poetas, Drummond e João Cabral
iriam abraçar este seu poema na mesma respiração poética
da arte deles...
Parabéns sempre pela sua arte poética, meu caro amigo.
Um feliz domingo na paz com a querida Taís (um casal que
eu nutro grande estima...).
Beijo.
A noite solta todos os nossos fantasmas.
ResponderExcluirMaravilhoso poema
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
por vezes ele vem pela noite
ResponderExcluiré preciso estarmos quietos
para não os aacordar
um dia eles irão definitivamente
beijinhos
:)
E o pior é que os fantasmas só existem dentro de nós...
ResponderExcluirParabéns pelo poema, achei-o excelente.
Continuação de boa semana, caro Pedro.
Abraço.
Tudo se move
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