Ernesto Sabato - obra: Por qué gritará? |
SOMOS OS MESMOS
- Pedro Luso de Carvalho
Tudo parece estar como antes,
normal como sempre esteve,
tudo igual, em toda a parte,
gente que come em excesso
e os os miseráveis com fome.
Há os que seguem no vício,
são os reféns de si mesmos.
Há também os suicidas,
que se matam por fastio,
não por mera covardia.
Houve apenas alterações,
coisas mudaram de lugar,
outras estão como antes,
como antes é a essência,
os sonhos pediram trégua,
e diga-se, por derradeiro:
ainda somos os mesmos,
em que pese essa peste.
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Verdade Pedro
ResponderExcluirapesar de tanta gente gritar que quer as mudanças elas nâo aparecem solidarias com esses desejos
Como nossos pais, diria Gonzaguinha. Gosto do vigor deste poema, meu amigo Pedro. Além da constatação do acabado retrato da realidade.
ResponderExcluirUm grande abraço, abraço amigo!
Os mais optimistas pensavam que iríamos sair diferentes desta pandemia.
ResponderExcluirNão creio que assim seja.
E não é isso que vamos vendo.
Um abraço, boa semana
Caro Pedro,
ResponderExcluirSe basear em “Ernesto Sabato”, é saber utilizar bem “seus gritos”, pois, ele foi um dos maiores escritores argentinos do século XX e, soube como ninguém escrever sobre a potência humana, que encontras-se parca na sociedade de modo geral.
“Ernesto Sabato” que também era “PhD em Física Quântica”, parecia GRITAR anos atrás, esta pandemia, quando destacava o ato da perda da empatia das pessoas com o Mundo, pois, enquanto os cientistas continuarem gerando em ampolas vírus e mais vírus, sofreremos cada vez mais estas duras mutações pandêmicas.
Mas, “Sabato” era uma alma inquieta e coletiva, que acreditava no poder da escrita, mas também, nos avanços tecnocientíficos, que podem ser transformadores na vida de cada um de nós, se utilizados com capacidade de compreender e resolver novos problemas e conflitos, iguais aos atuais, porém, teremos de fazer tudo em curto espaço de tempo, pois, quase três anos de pandemia está sendo pesado demais.
Abraços e boa semana!!!
Nonostante gli eventi drammatici della vita, noi manteniamo inalterate caratteristiche del profondo...
ResponderExcluirSempre bello leggerti, Pedro, buona setimana e un caro saluto,silvia
Um poema fantástico!
ResponderExcluirQuanto à peste veio para ficar...
.
Beijo, e uma excelente semana!:)
Não mudamos nada de uns tempos para os outros. Às vezes parece até que regredimos. O seu poema é para reflexão, meu Amigo Pedro.
ResponderExcluirCuide-se bem.
Um beijo.
Grande verdade em poesia,Pedro!
ResponderExcluirTodos previam tantas grandes mudanças nos humanos pós pandemia...
Esperemos sentados!!! abração,chica
Olá, amigo Pedro!
ResponderExcluirComo se diz na gíria: mudar alguma coisa para ficar tudo na mesma. É e será sempre o discurso dos iluminados que nos governam. É a triste realidade que temos.
Excelente poema, amigo poeta!
Um grito de revolta bem sonante.
Votos de uma excelente semana com muita saúde.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Así es por desgracia amigo Pedro, cuando todo vuelva a la normalidad pocos son los que se acordaran de promesas y ayudas. Cuando todo esto acabe definitivamente, no habremos avanzado nada, más bien todo lo contrario, los países y sus gobernantes están en claro retroceso.
ResponderExcluirUn bello poema amigo poeta para que, muchos sientan la necesidad de meditar.
El ser humano pronto olvida y tropezará de nuevo con la misma piedra.
Un gran abrazo y buena semana amigo.
Bom dia, amigo Pedro!
ResponderExcluirGostei muito do poema, real e verdadeiro. De uma coisa tenho certeza, a dor não muda o caráter de ninguém e por isso não tenho ilusões com as "aprendizagens" que a pandemia trouxe ao mundo. A necessidade de mudar para melhorar acaba quase sempre esbarrando na persistência do "jeitinho" a que estamos acostumados. Lendo o poema, acabei lembrando da célebre frase de Lampedusa, “tudo deve mudar para que tudo fique como está”. Mas isso é outro assunto, rs. Parabéns pelo poema.
Bjs, Marli
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Blog da Marli
Palavras profundas e sentidas num belíssimo poema.
ResponderExcluirÉ tão triste quando se observa que as mudanças são poucas e não para melhor. Os ricos ficaram mais ricos e os pobres cada vez com mais dificuldades.
Beijinhos
Una poesia vibrante di protesta contro il fare menefreghista dei governanti sulla salute dei cittadini. Quasi tre anni di pandemia, tanti morti. Il carattere di talune persone è peggiorato, divenendo più arrabbiato per la disillusione di trovarsi in mezzo ad un mare di problemi. Anche se di protesta , è molto triste questo contesto dei versi che mi rattrista molto, ma ho avuto piacere di leggere la tua opera. Un caro saluto e buona settimana, Grazia.
ResponderExcluirBoa tarde Pedro,
ResponderExcluirMagnífico poema que nos fala da triste realidade.
O homem por si só já é resistente à mudança e se for para melhorar seu egoísmo não deixa.
Por isso, como diz o ditado popular: « o mundo vai de mal a pior».
Um beijinho e uma boa semana.
Ailime
A pesar de que todo ha cambiado, sigue existiendo los mismos problemas y ahora más aumentados.
ResponderExcluirBesos
En esta poesía nos muestras la vida misma y creo que nada nos hará cambiar o eso parece.
ResponderExcluirSaludos.
Tu poema me ha gustado mucho porque es muy real.
ResponderExcluirMuy bien descrito.
Un beso.
Belo poema, Pedro, com poucas palavras e versos, mostra a diversidade dos seres humanos, incontroláveis em produzir fogo sem ter água para apagá-lo.
ResponderExcluirO progresso acontece lentamente, um pouco mais rápido em tempos de crises marcantes, elas nos forçam mudanças e nem sempre são as esperadas, as melhores para o bem geral dos povos...
E nós brasileiros, vendo hoje a fala do dito presidente do Brasil na ONU, estamos há anos luz de distância de fazer e ser parte dessa transformação humana.
Abraço, amigo!
Estamos cada vez mais na mesma, meu amigo. O espanto que nos invadiu nos
ResponderExcluirprimeiros tempos, confinados, sem poder pôr um pé na rua, esfumou-se.
Aos poucos voltamos a ser inconsequentes e arrogantes e a pensar que
tudo nos é permitido e que a nossa passagem por este mundo não é
efémera.
Excelente Poema, caro Pedro. Uma chamada de atenção, para uma
aturada reflexão.
Abraço
Olinda
Olá, amigo Pedro!
ResponderExcluirPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito apreciei, e desejar um feliz dia de terça feira.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Oi Pedro , sua poesia nos leva a refletir! Ainda não tenho certeza mas de pronto pensei que quem era bom ficou melhor e quem já não prestava ficou ainda pior... ou será que tudo será como d'antes ?
ResponderExcluirUm abraço
Olá, Pedro!
ResponderExcluirUm belissimo poema cheio de verdades, quando pensamos que está melhor, tudo volta ao antes ou pior do que estava. está cada vez mais dificil de voltar ao antigo normal.
Desejando uma boa noite e uma feliz quinta-feira.
Um abraço amigo.
Olá Pedro!
ResponderExcluirPalavras curtas, para uma reflexão profunda. Infelizmente temos vivido dias que só mudam de nome, se deslocam por meses ou anos... Mas não lhe colocarmos sentidos... Meu caro, nem sei!
A essência da vida, em si mesmo, é um ciclo que se repete... mudam-se os tempos... mas nem sempre as vontades... talvez por isso, se precisem de várias vidas, para realmente aprendermos e de facto mudarmos algumas coisa na nossa... quero crer que as almas, tal como as demais formas vida na terra, também se vão aperfeiçoando com o tempo...
ResponderExcluirUm dia talvez a generosidade e a solidariedade, sejam bem mais presentes neste nosso atribulado mundo!
Uma belíssima inspiração, sobre o tema, Pedro! Beijinho! continuação de uma excelente semana!
Ana
Apesar da peste, continuamos a ser os mesmos (umas pestes...).
ResponderExcluirExcelente poema, gostei muito.
Continuação de boa semana, caro Pedro.
Abraço.
Pedro,
ResponderExcluirGrandes verdades
nesse espelho que são seus versos.
Amo ler e ficar quieta refletindo,
me faz muito bem.
CatiahoAlc.
ResponderExcluir"o mundo é compostp de mudança!...
mas mudamos o m+inimo para sobreviver num "mund0 em mudança.
belo poema, Pedro
gostei muito
Boa tarde de Primavera, amigo Pedro!
ResponderExcluirEu ainda sigo acreditando que seremos melhores daqui para a frente.
Mas vi, aqui em seu poema, muito de veracidade perfeita...
A essência de cada um foi lapidada, eu sinto assim.
Sei, porém, que más índoles e caráteres custam mais.
Vamos crer, amogo! É difícíl, pois estamos vendo absurdos...
Tenha uma linda Pirmavera perfumada!
Abraços fraternos
Olá, amigo Pedro!
ResponderExcluirPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito apreciei, e desejar um feliz fim de semana com muita saúde.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Creo que tu interrogante, muchos nos lo estamos haciendo estos días.
ResponderExcluirAlgún tiempo atrás yo hubiera contestado que sí, que hemos cambiado, reflexionado sobre la vida, sobre nuestros sueños y deseos que en ciertos momentos llegaron a parecernos simples ante lo aplastante de las circunstancias.
Pero ahora diría que no. No hemos cambiado tanto como pensábamos. Escuchamos las noticias diarias, las digerimos más rápido que nunca y creemos menos que nunca lo que nos aseguran. O al menos, si hemos cambiado no estoy segura de que haya sido a mejor. Y lo siento, Pedro.
Infelizmente, somos os mesmos, sim. E seremos!
ResponderExcluirA evolução do comportamento humano, parece o fenómeno mais lento do universo!
Gostei do seu poema, Pedro... Lembremos! Espantemo-nos! Gritemos!
Boa semana. Um beijo, amigo.
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Olá Pedro
ResponderExcluirElogio o seu poema.
Esforço-me para ser, cada dia, um pouco melhor.
Linda semana.
Um grande abraço
Verena.
Don Pedro:
ResponderExcluir¿siempre somos los mismos o cambiamos?
Abraços.
Bom dia, Pedro! Ainda que nos pese essa peste, vamos bordando a vida com poesia ! Nos resta esperar, valentes e esperançosos. Gostei imenso de ler. Grande abraço.
ResponderExcluirAdorei imenso o que li . Divinal palavras e salutares .❤️💖
ResponderExcluirPodemos parafrasear o Belchior cantor cearense Pedro,
ResponderExcluirainda somos os mesmos e vivemos como antigamente, ainda que
uma peste tenha se instalado entre nós. Nada mudou, nem o novo homem aflorou, como se pensava, mais reflexivo e solidário.
E vamos sonhando como o filho de Pedro pedreiro de Chico Buarque.
Muito boa inspiração num grito pela decência.
Abraços de paz e luz amigo.