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The Skat Players, 1920. Otto Dix. |
COFRES E LADRÕES
- Pedro Luso de Carvalho
Feche bem essa porta, meu filho,
há muitos ladrões lá fora.
Feche bem essa porta, meu filho,
se entrarem nada sobrará
do que temos.
(Ratos vêm roer nossos pés.)
Sabe onde se escondem os ladrões
dos nossos cofres, meu filho?
Escondem-se em palácios forrados,
tapetes dourados tecidos em ouro
e prata, embriagados pelo poder.
Mas logo tudo passará, meu filho,
essas bocas ilustres dos ladrões
de fala fácil, enganosa fala,
não mais terão o que dizer.
Ouve o vento bater na janela,
meu filho, ouve o suave vento
de harpa tangida, nosso alento,
único discurso para ouvirmos.
Caro amigo Pedro,
ResponderExcluirAchei realmente sensacional a forma como você expôs suas palavras. Vivemos dias de tanta insegurança social, que temos de escrever para dar sentido à normalidade neste Mundo bélico e distópico em que sobrevivemos.
Até outro dia todos nós sofríamos de uma pandemia global e o SER (dito humano), continua travando guerras, destruindo a natureza e tantas outras misérias que se eu fosse listá-las não teriam fim. Ou seja, quase nada aprendemos com nossos erros, embora muitos os repitam isso com frequência.
Um abraço e bom final de semana!!!
Olá, amigo Pedro.
ResponderExcluirUm excelente, assertivo e oportuno poema. Onde, com ironia, fala de uma realidade bem presente em nós.
Parabéns, estimado amigo!
Deixo os votos de um bom fim de semana, com muita saúde e paz.
Grande abraço!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Una lirica intensa, e molto originale, che ho apprezzato nella sua densa lettura.
ResponderExcluirBuon fine settimana Pedro
De siempre, los hombres de letras han recurrido a la poesía o la escritura para criticar o poner de manifiesto las injusticias que se vivían y padecían en la sociedad de su tiempo.
ResponderExcluirDe siempre ha corrido el oro para el tesoro, la gente más rica suele ser la más insatisfecha.
Hace semanas que he regresado después de meses sin visitar blogs, recuerdo haberte visitado en un poema que no olvido, en él añorabas las manos de tu padre y su protección.
Felicitaciones.
Cariños y buen fin de semana.
Kasioles
Nada hay para robar, a los que carece de todo.
ResponderExcluirFeliz fin de semana.
Boa tardinha de paz, amigo Pedro!
ResponderExcluirUma crítica social bem formulada ainda que poetada.
A Arte ameniza os discursos mentirosos que temos ouvido.
Fechemos as portas aos ladrões da nossa vida em todos aspectos...
Escutemos o vento, a brisa leve, o marulhar das ondas, os pássaros... etc...
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Que bom se só as harpas pudessem ser ouvidas, sem barulhos e cheiros dos ratos nos cofres.... Linda poesia! abraços, chica
ResponderExcluirOriginal y totalmente al dia, ,,,,la vida misma '1que bien has poetizado esta denuncia poeta!
ResponderExcluirUn abrazo
E seguimos jogando as cartas para ver quais ratos subsistirão ...
ResponderExcluirQuem diria que estaríamos vivenciando o trauma de guerras em níveis avassaladores mundo afora Seu poema é a constatação e o alerta aos nossos filhos da realidade que nos ronda , implacável.
Um abraço, Pedro e parabéns pelo inteligente poema.
Profundo poema. Te mando un beso.
ResponderExcluirOlá, caro Pedro
ResponderExcluirÉ o mundo que temos, infelizmente.
Nem fechando a porta nos salvamos.
Os ladrões arranjam sempre maneira de
nos assaltar.
Bom fim-de-semana, meu amigo.
Abraço
Olinda
Uma magnífica intervenção Poética. Infelizmente, nunca estamos livres dos ladrões "certificados".
ResponderExcluirParabéns, Amigo.
Abraço,
SOL da Esteva
Estes nunca se calarão em seus discursos, e não as portas que não abram. Prefiro, realmente, ouvir a voz do vento, se houvesse escolha. Bom final semana
ResponderExcluirEs un poema inmenso y muy certero.
ResponderExcluirMuy bien expresado.
Un beso.
Feliz fin de semana.
Boa tarde Pedro,
ResponderExcluirUm poema magnífico!
Assim é a realidade e como aprecio ouvir a voz do vento;)) em suaves sinfonias.
Essas vozes são de enlouquecer!
Beijinhos e feliz fim de semana.
Emília
Profundo e sentido poema, que de forma brilhante nos lembra, como somos roubados por todos, incluindo aqueles, que com falsas palavras, se sentaram em lugares, onde depois é fácil roubar cada um de nós.
ResponderExcluirAdoro ouvir o som do vento.
Um grande abraço meu amigo
Esse pessoal do colarinho branco não é fácil.
ResponderExcluirBoa semana, Pedro.
Apesar de tudo, ainda há harpas!!
ResponderExcluirQue cierto que los ladrones mas peligrosos son aquellos a los que denomina de guante blanco.
ResponderExcluirSaludos.
This poem, SafeBoxes and Thieves, by Pedro Luso de Carvalho, carries such a profound sense of caution and reflection on the power structures and corruption. The contrast between the "lined palaces" and the humble, almost desperate imagery of the rats gnawing at their feet really highlights the hypocrisy and fleeting nature of wealth and power. The closing lines, with their focus on the simplicity of breath and music, offer a subtle reminder of the things that truly matter. It’s a deeply thought-provoking piece!
ResponderExcluirPoema extraordinário, pela construção e pela reflexão tão certeira!
ResponderExcluirEsses são os piores dos ladrões...
Um beijo
Boa noite, amigo Pedro
ResponderExcluirPassando por aqui, relendo este excelente e oportuno poema que muito gostei, e para desejar uma boa semana, com tudo de bom.
Abraço amigo
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Venturas
ResponderExcluirtrahunes y
truhanas
a la par dan
o se esplayan
venturas
desventuras
o miles
de amarguras
que tús versos
Pedro haces
coloquial voces
y guia menores
inccluido hijos
abrirles
a las picias
mundanales
y sepan
como capearlas
solo aires
del viento natural
chopos alamos
cubiertos
sabiduria natural...
ha sido un placer leerte Pedro tan bello poema y escelente ilustración
muy bien acoplada , feliz semana .jr.
Os ladrões actuais roubam os bens mais preciosos, os dados pessoais das suas vítimas.
ResponderExcluirAbraço, boa semana
Mesmo com as portas bem trancadas, estamos sempre a ser assaltados, ora pelo poder, ora por quem gosta de roubar, ora uns pelos outros. Uma boa reflexão, meu Amigo Pedro.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Um poema reflexivo e verdadeiro, Pedro
ResponderExcluirTe desejo uma excelente semana.
Um abraço
Verena
Querido amigo, precioso poema.
ResponderExcluirLos ladrones cada ves son más, se multiplican como ratas y la justicia sigue ciega o con las manos atadas.
La corrupción avanza, pero tengo esperanza que alguien algún día la detenga.
Abrazos y te dejo un besito, que tengas un gran día
Bom dia, caro Pedro
ResponderExcluirVê-se e ouve-se por aí tanta coisa sobre a actividade
de ladrões e quejandos que uma pessoa fica no maior
espanto. A roubalheira é não só nos palácios mas nos
sítios mais recônditos que já não se sabe onde esconder
os parcos ganhos...
Meu amigo, o poema é contundente e crítico e, ao mesmo
tempo belo. Quanto à imagem, não podia ser melhor.
Abraço
Olinda
Olá Pedro!
ResponderExcluirAdorei, adorei, adorei!
Não podia ter sido mais realista. Infelizmente é exatamente assim que acontece.
Um abraço para si 🤗
Um poema repleto de duras verdades!
ResponderExcluirBjxxx,
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Los ladrones siempre al acecho. Nos roban los sueños y la dignidad.
ResponderExcluirUn hermoso poema, Pedro.
Saludos.
Bom dia, Pedro Luso.
ResponderExcluirCom seu exuberante talento poético, você consegue
apresentar ao mesmo tempo, crítica social e aconselhamento,
cuja unicidade faz com que esse seu poema ganhe perfis de
encantamento.
O contexto traz reflexão sobre o fato de que os piores ladrões
são os que já tendo muitos bens materiais, arriscam a própria
vida para terem mais. Entretanto, como você bem diz, tudo na
vida é transitório e não há juiz mais severo do que a própria
consciência.
Levanto=me para aplaudir a sua belíssima poética e tão
profunda reflexão, desejando-lhe abençoados dias e que você
continue a encantar sua legião de privilegiados leitores com
inspirações iluminadas como essa.
Cordial e fraterno abraço.
Boa noite, amigo Pedro
ResponderExcluirPassando por aqui, para desejar um feliz de semana, com tudo de bom.
Abraço amigo
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
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Há ladrões que roubam quanto há
ResponderExcluirE ladrões que roubam o que veem.
Há ladrões que não sabem o que teem,
Mas a Vida acordá-los-á.
Abraço,
SOL da Esteva
Pintura interessante. Eu gosto do cubismo. Lindo poema <3
ResponderExcluirSaudações e convido você a ver minha nova pintura :)
Pedro:
ResponderExcluirhay que estar siempre alerta.
Bonit poema!
Abraços e feliz semana para vocês!
Boa noite, amigo Pedro.
ResponderExcluirPassando por aqui, para desejar uma feliz semana, com tudo de bom.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Muito interessante!
ResponderExcluirAproveito para desejar uma boa semana!
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Bjxxx,
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Querido amigo, paso a dejarte un saludo y desearte días de felicidad.
ResponderExcluirAbrazos y te dejo un besito
Forte este poema.
ResponderExcluirUma realidade nua e crua.
Podem roubar tudo, menos os nossos sonhos,
Que as harpas não parem.
Gostei muito.
Abraço e brisas doces ***