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18 de nov. de 2019

[Poesia] PEDRO LUSO – No Laboratório




NO LABORATÓRIO
PEDRO LUSO DE CARVALHO


A enfermeira chamou por mim.
O que poderia fazer, senão entrar?
Mostrou-me a cadeira, sentei,
sem relutar, e estendi o braço.
Ela veio com a seringa na mão.
Na veia, álcool para assepsia.
Depois elogiou a minha veia:
A sua veia é boa!
Na mão ameaçadora a agulha,
qual arma apontada para veia,
desviei os olhos e virei o rosto
para o lado. Inútil defesa!
Depois, ouvi da enfermeira:
Não se preocupe,
não se culpe,
os homens são todos iguais!



*   *   *



35 comentários:

  1. Para ese tipo de situaciones, amigo Pedro, sin duda que somos más cobardes.

    Abrazo.

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  2. rssssssssssss... Ou seja: um "pito" sutil aos homens... Muito legal uma poesia cronicada...( se não existe tal palavra, acabei de inventar,rs)abraços, lindo domingo!chica

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  3. É meu caro Pedro... Mês que vem, é a vez do "Novembro Azul". Te prepara e te guarda!!! 😂😂😂
    Um abraço meu bom amigo e bom domingo!!!

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  4. Ou seja..."medricas" Lool Amei!! :)

    Bom Domingo. Beijos

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  5. rsrsrsrsrrs, é isso mesmo, sem pôr nem tirar!
    Pois é, está aí uma coisa que eu ainda não consegui entender, e são vocês, homens, são os que vão para as guerras, para o fundo do mar, escalam montanhas, se atiram de paraquedas...e uma picadinha quase morrem, vá entender isso!
    Excelente! Um poema diferente...
    Beijinho daqui do lado.

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  6. Kkk ora muito bom :))
    Hoje :- Melancolia da lágrima

    Bjos
    Votos de um óptimo Domingo

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  7. Querido amigo poeta Pedro, ainda conseguistes poetizar, então está tudo bem!p
    Pois é, mas para te consolar, eu também detesto essa terrível picada nas veias, pois as minhas somem de um jeito e haja "fincadas" que só falta me faltar o ar!
    Tomara que não precises mais, eu somente uma vez ao ano, ainda bem!
    Abraços apertados!

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  8. Meu amigo Pedro Luso,
    Quero te aplicar na veia
    Um punhado ou uma mão cheia
    De parabéns, no concluso

    Dia do poeta! Eu uso
    Tal figura que permeia
    Teu poema, mas sem peia
    E sem querer ser intruso!

    Parabéns, grande poeta!
    Parabéns pela seleta
    Coleção de bons poemas

    Que postas qual exegeta
    Que tem por premissa ou meta
    Dar luz às paixões supremas!

    20/10 - Dia do Poeta. Parabéns, amigo! Grande abraço! Laerte.

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  9. Boa noite de paz dominical, amigo Pedro!
    Sendo mulher aviso logo que vou virar o rosto e zas!
    Nao me acostumo de jeito nenhum, mas basta olhar para o outro lado. Nao dou piti.
    Gostei muito de sua criatividade em poetar sobre algo tao conhecido nosso com uma poesia tao interessante numa estrutura pessoal.
    Muito bom!
    Seja feliz na nova semana!
    Abracos fraternos de paz e bem

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  10. Quell'ansia naturale, che abbiamo prima di recepire una puntura...molto ben riportata in poesia.
    Sempre bello leggerti, buona settimana e un caro saluto, Pedro,silvia

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  11. Jajaja, muy bueno Pedro. Yo creo que para esas situaciones la mayoría, sea hombre o mujer, volvemos la cara, y es que un pinchazo en la propia carne, no gusta verlo.
    Un abrazo y buena semana.

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  12. Iguais mesmo. Chegam a desmaiar só com a picada da agulha… Foi bom trazer esta quase "fragilidade" dos homens para o seu poema, meu Amigo Pedro.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  13. También tengo la costumbre de mira hacia otro lado, cuando me sacan sangre. Me quedo más tranquila así.

    Espero que hayas tenido un buen inicio de semana y continúe esta sin sobrealto alguno.

    Besos

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  14. Muy real y gran poesía.
    Así es muchas veces!!!!.
    Un beso. Feliz semana.

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  15. Jajaja, retrata la condición masculina de una manera muy divertida.
    Me ha encantado.
    Saludos.

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  16. Pedro, poema muito interessante do quotidiano de qualquer humano. As enfermeiras com os seus desabafos, perante ao que chamaria "miséria humana". Parabéns gostei.

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  17. No solo los hombres se impresionan ante una aguja de inyección, a mi tambien me imponen mucho.
    Un abrazo.

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  18. Uma agulha como uma arma carregada amigo.
    Diante a cena o pano nunca cai, a cena não muda mesmo.
    Interessante sua construção e inspiração com final fantástico.
    Que a semana esteja boa e leve.
    Meu abraço amigo.

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  19. Pedro,
    Amo Poesia por esse motivo:
    nos serve até para descrever
    um momento não favorável.
    Eu acho os 'homens'incríveis
    e nem ligo pro drama quando
    relutam por algo!
    Adorei ler.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  20. Querido Pedro, lamento muito, mas tenho de concordar com a opinião da enfermeira; neste aspecto os homens são todos iguais e eu costumo dizer que isso se deve ao facto de não terem passado pelas dores do parto. Só encontro esta explicação, pois, se têm um resfriado, querem logo uma canjinha, porque estão muito doentes ( experiência cá de casa ) E agora vou-te contar um segredo, ao ouvido para que ninguém nos ouça; um dia, o homem cá de casa estava com dores de estômago ( rarissimo ter essas dores ) e não fazia nada do que eu aconselhava; vendo-me já pronta a levá-lo ao hospital ( só me restava essa solução ), disse-me: " tu falas muito, porque nunca tiveste uma dor como esta ...) Perante isto, caro amigo, o que dizer? Mas, tu, Pedro, sabes que é assim, pois brincaste com o assunto com um belo poema e vês, eu sou mulher, não tenho medo de agulhas, mas não sou capaz de escrever um poema É assim!!! Cada um é como é! Beijinhos e tudo de bom ( sem picadelas...)
    Emilia

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  21. Olá amigo Pedro.
    Antes de comentar seu poema, Vou comentar o comentário da querida Taís. Foi logo em defesa do homens, mas acho que foi em defesa do marido rsrs. Concordo os homens são mas frágil para dor e agulhadas. Lembro do meu marido quê era até engraçado ao sentir algo dizia estou morrendo kkk. Espero ter cido apenas um belo poema. Se foi algo real desejo melhoras. Enorme abraço. Obs felizes são os que têm veias boas, as minhas são trairas fogem no momento pior da guerra rsrs.Um beijo na Taís.

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    1. Boa noite Mirtes!
      É sempre uma alegria receber a tua visita neste espaço. Agradeço-te pelo comentário e pela preocupação em relação à minha saúde. Está tudo bem comigo, minha amiga Mirtes. No laboratório fizeram a coleta de sangue venoso, que Taís e eu fazemos anualmente para sabermos como andamos de saúde.
      Uma boa semana Mirtes. Beijo.

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  22. Oi, Pedro, difícil de encarar...também não olho!
    Um abraço

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  23. Este é o meu retrato quando vou fazer análises, aproveito para desejar a continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  24. Boa noite:- E não é que, perante as agulhas, são mesmo iguais!, looool
    .
    …… Ando por aqui …….
    .
    ^^^ Passeando sob o luar ^^^
    ^^^ Pensamentos e Devaneios Poéticos ^^^
    .
    Deixando cumprimentos.

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  25. um sorriso rasgado, caro Pedro Luso
    coisa de arrepiar, mesmo,

    antes ataque de vampirinhas
    que a agulha enorme apontada à veia!

    abraço

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  26. Os homens assustam-se com as picadas. Tremem.

    Alguns foram à guerra e continuam iguais.

    Bela confissão, Pedro!

    Beijinho.

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  27. Essa enfermeira...
    Um poema engraçado, gostei imenso.
    Caro Pedro, um bom fim de semana.
    Abraço.

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  28. Os poetas fazem magia com as suas palavras e qualquer tema, pode dar origem a um belo e sentido poema.
    Tenho um colega que tem de ficar deitado quando vai tirar sangue, pois caso contrário desmaia.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria

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  29. Oi Pedro!
    Não há hombridade que resista a agulha em riste rumo a nossa veia. Kkkkk
    Muito bom, amigo
    Abrçs

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  30. Oh Pedro, nenhuma novidade a não ser a criatividade de, do medo transformado em versos. Os homens são por demais corajosos até a hora que tem de enfrentar uma agulha ou um Urologista...

    Bom fim de tarde nobre amigo.

    Saudações.

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  31. Pedro, que delícia de poema! E como entendo o poeta, pois também tenho fobia a agulhas. Não olho, cerro os dentes, gelo, congelo... Coisa de mulher. Será?!
    Beijo, meu amigo.

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  32. Certíssimo, nada de picadinhas, isso é coisa séria! Vamos às guerras, sim. Vamos combater até os milicianos que assolam o país, sobretudo pelos lados do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, mas agulhas, fala sério, Pedro, tô fora!
    Grande abraço, Pedro!

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  33. Encaro com tranquilidade, porém na hora de abrir os resultados tremo de ansiedade e medo.
    Gostei muito do poema.

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  34. Ai, eu também sou assim!... :-D
    Sei por experiência própria... que não virando o rosto... o mundo se apaga para mim...
    Revi-me por completo, em cada linha deste lúcido poema!... Bem... na última... nem tanto!... :-))
    Beijinho
    Ana

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Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho