>

24 de nov. de 2022

[Poesia] A NOITE – Pedro Luso de Carvalho

 






A NOITE

Pedro Luso de Carvalho




A janela do quarto,

na semiobscuridade,

bate repetidamente.



É o vento

trazendo lembranças

e fantasmas

das lonjuras do tempo.



Vento forte

quebrando a solidão

do bronze das estátuas,

esquecidas

nas praças desertas.



A cidade dorme

com suas feridas expostas.






________________//_______________





32 comentários:

  1. Meu caro Pedramigo

    "A cidade dorme
    com suas feridas expostas"

    Simples, Mas belo. Escrever assim obriga a diizê-lo em voz alta - como que a recitá-lo - porque a gente o merece. Um vento tão forte todos dele precisamos e tu, meu Poeta, faz com que ne (nos) sinta vivo e sacudido por fora e sobretudo por dentro. Muito e muito obrigado.

    Do lado de cá do nosso Atlântico e no nosso Português vai
    um abraço apertado
    do Henrique

    ResponderExcluir
  2. É de noite que as lembranças vêm com suas esperanças e com seus medos.
    Excelente o poema e muito bonita a fotografia de Porto Alegre à noite.
    Um bom fim de semana, meu Amigo Pedro.
    Um beijo.

    ResponderExcluir
  3. Bom dia de paz, amigo Pedro!
    Janelas abertas, vento batendo, nostalgia trazendo...
    Lindo poema!
    Muita sensibilidade do poeta ao captar momentos.
    Tenha dias abençoados!
    Abraços fraternos

    ResponderExcluir
  4. Tão linda a foto e parece calma a noite em P.Alegre.Mas... Adorei tua poesia! abração, tudo de bom,chica

    ResponderExcluir
  5. Complimenti! Mi piace leggere le tue poesie.
    Felice giornata.
    enrico

    ResponderExcluir
  6. Bom dia Pedro,
    Um poema lindíssimo que fala bem da nostalgia da noite e das lembranças que o vento traz.
    Gostei especialmente destes versos: "A cidade dorme
    com suas feridas expostas.».
    Bela foto!
    Beijinhos e um bom fim de semana.
    Ailime

    ResponderExcluir
  7. Prezado Pedro,
    Ame a última linha: a cidade dorme com suas feridas expostas.
    Isso é muito verdadeiro para a moral da sociedade de hoje...
    Que Deus nos ajude a todos.
    Abraços,
    Mariette

    ResponderExcluir
  8. Immagini poetiche rare, e di grande realtà, in uno scenario della sera.
    Buon fine settimana, Pedro,silvia

    ResponderExcluir
  9. Olá, amigo Pedro,
    Belíssimo poema aqui nos presenteia. Onde a nostalgia emerge, no silêncio da noite.
    Gostei muito de ler.
    Votos de um excelente fim de semana, com muita saúde!
    Abraço amigo.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

    ResponderExcluir
  10. Magnífico poema y linda imagen.
    La iluminación de la noche, con su nostalgia y su misterio.
    Un beso.
    Feliz fin de semana.

    ResponderExcluir
  11. Un bello poema dedicado a la noche.

    Saludos.

    ResponderExcluir
  12. Que bonito poema a la noche. Una contemplación preciosa llena de silencios donde la nostalgia se asoma entre el susurrar del viento.
    Un abrazo Pedro y buen fin de semana.

    ResponderExcluir
  13. Las noches siempre nos golpean los sentidos y nos traen recuerdos de un pasado que queremos, se esfumen como si un fuerte viento pudiera borrarlos de nuestros recuerdos.
    Un bello poema Pedro.
    Recibe un gran abrazo y te deseo un excelente fin de semana, amigo poeta.

    ResponderExcluir
  14. Um belo poema, Pedro. Se não nos abandonam durante, imagine à noite. Os fantasmas nos chacoalham para que não durmamos e sintamos "as feridas expostas". Não há fuga possível. è tão bom vê-lo brincar com a imagens dizer-nos tanto nesta bela condensação de imagens.
    Um bom final de semana, meu amigo Pedro!
    Forte abraço,

    ResponderExcluir

  15. Poco a poco me pondré al corriente de las publicaciones en los blogs.
    Mi ordenador no ha tenido arreglo y ya tengo un ordenador nuevo al que ahora me tengo que acostumbrar. He estado bastante tiempo, pensando en la elección.

    ResponderExcluir
  16. Hola amigo Pedro, me he dejado mecer en la noche de tus versos,las añoranzas y recuerdos nos hacen bien aunque tambien vivamos soledades
    Un abrazo y buen fin de semana

    ResponderExcluir
  17. La noche, inquietante,
    recrea recuerdos
    que no querríamos recordar.
    Pero ella insiste,
    acaricia los cabellos, canta una nana
    fingiendo adormilarse.
    Bueno sería conseguir dar la vuelta
    a sus deseos.

    Convirtiéndolos en dulces sueños...

    ResponderExcluir
  18. Esas ventanas abiertas a la vida nos recuerdan nuestra propias heridas y miedos como las de la ciudad. Siempre están ahí, presentes, inquietantes, como la misma noche.
    Hermoso poema.
    Saludos.

    ResponderExcluir
  19. Bello y profundo poema. Te mando un beso.

    ResponderExcluir
  20. Estou de volta.
    A partir de amanhã começarei a comentar nos blogues dos amigos.
    Boa semana

    ResponderExcluir
  21. Olá, amigo Pedro,
    Passando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar uma excelente semana, com muita saúde.
    Abraço amigo.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

    ResponderExcluir
  22. ah, esse vento abnigo, não sei se magoa, se conforta
    gosti muito, Pedro Luso
    abraço, meu amigo

    ResponderExcluir
  23. OLÁ PEDRO
    gosto deste género de poesia, em que, com palavras simples, sinto como se estivesse lá, ouvindo a janela do quarto,na semiobscuridade,
    batendo repetidamente, com o vento!
    Parabéns.
    HOJE voltei ao blog http://orientevsocidente.blogspot.com/
    porquê?
    Porque decidi durante as semanas do Mundial de futebol no Qatar trazer fotos da capital Doha que captei durante a minha visita em 2019...é o assunto do momento, só se fala e mostram na TV imagens do Qatar.
    Espero que venha ver, pois em breve farei outro e mais outro,
    polémicas à parte, eu valorizo as coisas bonitas das cidades do Mundo, não utilizo temas de política nos meus blogues.
    Neste como kalinka e se quiser ver os artigos mais recentes como Tulipa também me daria uma grande alegria!
    Um beijinho! Continuação de uma boa semana e tudo a correr pelo melhor 

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Belíssima elaboração poética que enche
      os olhos do privilegiado leitor.
      Voejei nas entrelinhas, caro Pedro, e cheguei
      a visualizar a noite em seu sublime esplendor
      e envolvente quietude e solidão.
      Efusivos aplausos, amigo, e um grande e
      fraterno abraço.

      Excluir
  24. Boa noite, amigo Pedro,
    Passando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
    Abraço amigo.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

    ResponderExcluir
  25. LINDO POEMA MELANCÓLICO QUE NOS FAZ LEMBRAR AS FERIDAS DE NOSSAS CIDADES! QUE APESAR DE TUDO AINDA GUARDAM O QUE RESTARAM DE NOSSAS MAIS CARAS LEMBRANÇAS. .
    UM ABRAÇO

    ResponderExcluir
  26. Um belo poema sobre as noites citadinas... com as suas luzes e anseios, alegrias e dramas... reflectindo brilhantemente a alma humana em todo o seu espectro emotivo...
    Um beijinho! Votos de um excelente fim de semana!
    Ana

    ResponderExcluir
  27. Não culpe o vento, meu amigo! Seja pela batida da janela, seja pelas feridas abertas onde quer que estejam. O vento é sobranceiro, mesmo não vivendo nas sombras. Até acho que ele as espanta.

    Sem vento não tem catavento, alento aos dormentes sob o sol. O vento, não só um mero elemento, mas um sustento, provento das magias geradoras contemporâneas! O vento, acalento quando brisa, temeroso quando raivoso, só faz o que lhe foi dito: sopre.

    E até a mais robusta águia o respeita. Quando ele sopra em demasia, ela pausa sua paira, repousa e espera. É o que nos falta. Paciência.

    Sempre bom vir aqui. Elementos que nos compõe. E o vento é um deles. Abraços.

    Marcio

    ResponderExcluir
  28. As lonjuras do tempo que ficou lá atrás, no passado, quando me bate forte no peito a saudade, fustigam-me mais a alma do que a ventania das intempéries.
    Neste mês, até as luzes brilhantes a piscar intermitentes, me fazem doer...Acho que estou a ficar demasiado amarga.
    O poema é lindo na sua tristeza, ou, na tristeza que eu imagino e onde me revejo.
    Um abraço e uma boa semana, Pedro.

    ResponderExcluir

Logo seu comentário será publicado,
muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho