La Mujer que llora 1937 - Pablo Picasso |
VIDAS SOFRIDAS
– Pedro Luso de Carvalho
Lá fora andam pessoas agitadas.
Vejo da janela esse povo aflito,
alguns andares acima da rua.
Eu peço calma num inútil grito.
A rua que corta a larga avenida
está repleta de gente cansada,
é gente triste, solitária gente,
um odioso suplício na estrada.
Daqui de cima, da minha janela,
apenas imagino o sofrimento
das pessoas, lá embaixo na rua.
Juntos, dificuldade e desalento.
Mas amanhã não estarei na janela,
deixarei na paz essa pobre gente,
assim muita paz terei bem longe.
Então, fecho a janela tristemente.
___________________//___________________
Me gusto el poema a veces por mas que deseemos. no podemos ayudar a todos. Te mando un beso.
ResponderExcluirDuole profondamente notare la sofferenza delle persone. Grande sensibilità in poesia. Un caro saluto Pedro
ResponderExcluirAndam desalentadas, as pessoas, numa correria, algumas para conseguirem o mínimo que lhes dê alguma dignidade. Da minha janela vejo o mesmo que tu, Pedro e também gostaria de lhes pedir calma e esperança em dias melhores; não me escutariam e, sinceramente, não teria coragem para o fazer por não acreditar numa mudança, quer a nivel politico, quer a nivel da mentalidade das pessoas. Há cada vez mais desgraças naturais, as guerras continuam por toda a parte e o homem , verdadeira besta, mata por nada, não poupando sequer as suas próprias crias. Afastamo-nos da janela, trancámo-la, mas de pouco adiante, porque a imagem fica retida e sabemos que amanhã , se a abrirmos a " paisagem " será a mesma ou ainda pior. Resta-nos fazer a nossa parte e agradecer por termos uma janela " alguns andares acima da rua " , uma janela que podemos abrir para que a luz entre , uma janela que nos protege das intempéries , fechando-a. Nessa multidão de gente cansada e triste, há os que não têm um " postigo " sequer e dentro dos barracos que lhes servem de lar só há escuridão , uma escuridão que assusta e que deixa tristes os corações sensiveis, como o teu, Pedro. Somos pequeninos demais para atenuar tamanho sofrimento, mas devemos ser grandes o bastante para continuarmos de janela aberta, vendo e sentindo toda a miséria humana que existe à nossa volta . Gostei muito, Pedro! Obrigada por este alerta! Alhearmo-nos de tanto sofrimento não é próprio de quem tem algum sentido de humanidade e eu, Amigo, quero estar incluida neste grupo. Tento, pelo menos! Beijinhos e saúde para todos vós
ResponderExcluirEmilia
Bom dia de paz, amigo Pedro!
ResponderExcluirAssim é a vida lá fora da janela... muito bem descrita.
Enquanto aguardamos a paz eterna, do lado de cá da janela, vamos observando as vidas sofridas lá fora.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Bom dia Pedro,
ResponderExcluirBelo poema que nos fala dum mundo (o nosso) em que há tanto sofrimento!
Gostei muito do poema e não podemos ignorar, mas que poderemos fazer ?Difícil a resposta.
Beijinhos e um ótimo dia.
Ailime
Olá Pedro!
ResponderExcluirA solidão e o sofrimento são visíveis aqui. O poema evoca uma sensação de impotência diante da agitação da vida lá fora. É uma reflexão triste sobre a realidade das vidas sofridas.
Um forte abraço, uma boa semana para si! 😊
Profundo e sentido poema.
ResponderExcluirInfelizmente, há tanto sofrimento e dor por todo o lado.
Beijinhos
Pedro,
ResponderExcluirMuitas vezes penso
e me vejo comi seu
poema retrata.
É bom ter certeza do
quando a poesia nos lê e
nos revela para o mundo exterior.
Bjins
CatiahoAlc.
Somos peregrinos en la tierra y de tanto caminar, la gente queda rendida de cansancio.
ResponderExcluirUn abrazo
A veces desde nuestra ventana como nos dices vemos sufrir a la gente, pero en otras ocasiones podemos ser nosotros los que sufrimos. Así de cruel y dura es la vida.
ResponderExcluirSaludos.
Sensible y conmovedor poema.
ResponderExcluirRefleja una realidad.
Un beso.
Feliz otoño.
Caro amigo Pedro.
ResponderExcluirDa sua janela a inspiração transbordou de suas células líricas e o resultado são esses versos encantadores que se afiguram como fragmentos de sua sensibilidade aos diversos ângulos da vida de tantos de nossos irmãos, muitos dos quais são desprovidos até do necessário viver.
Levanto-me para aplaudi-lo e lhe desejo continuadas e belíssimas inspirações como essa que enche os olhos dos seus privilegiados amigos e leitores, entre os quais tenho o prazer de estar incluso.
Caloroso abraço e tenha dias iluminados e felizes.
Desde la mirada que observa, siempre contemplamos gente sufriendo, la vida que deberia , de hecho lo es "hermosa" a veces es un peregrinar sobre el dolor, carencia e incomprensión, cerrar la ventana no solucionaria el problema, quizás uniendonos para pensar sobre alguna solución...
ResponderExcluirUn abrazo Pedro, tu poema nos hace reflexionar
Fuera de la ventana hay dolor. Y duele más por ser una realidad. Conmovedor Pedro. Un abrazo
ResponderExcluirBeautiful blog
ResponderExcluirSão tempos de incerteza a abalar o Mundo e a trazer para o quotidiano retratos comoventes de vidas sofridas.
ResponderExcluirPoema de grande sensibilidade, Pedro. Gostei!
Beijo, feliz fim-de-semana.
(obrigada pelo lindo comentário no Pétalas)
Poema intenso e sentido, onde a dor humana, está bem presente nestas belas palavras!
ResponderExcluirGostei muito, amigo Pedro.
Votos de um bom fim de semana, com muita saúde e paz.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
tempo amargura! Mesmo fechando as janelas, a alma continua sofrendo pelas dores do mundo... o mundo padece e apodrece quando a indiferença dos poderosos desconhece a responsabilidade de um amor humano
ResponderExcluircapaz de salvá-lo
Muito triste
um abraço
Infelizmente, as ruas de qualquer ponto do mundo, andam cada vez mais assim... com tristezas de abrir noticiário!
ResponderExcluirSinal destes atribulados tempos... em que riqueza e progresso... cada vez menos se vai sentindo!
Um belíssimo e realista poema!
Beijinhos! Votos de um bom domingo e um feliz Outubro!
Ana
Oi Pedro
ResponderExcluirE quantas são as vezes que distraidos não percebemos
o mundo à volta e ainda reclamamos do muito que temos.
Uma boa reflexão seu poema sobre as muitas vidas anônimas
tão sofridas tão próximas de nós, basta olhar pela janela.
Um abraço grande e uma feliz semana
Infelizmente o mundo já não está aprazível para se ver da janela. É demasiado inquietante tudo o que se está a passar por todo o lado. Um poema muito sentido.
ResponderExcluirTudo de bom, meu Amigo Pedro.
Uma boa semana.
Um beijo.
Boa tarde, Pedro
ResponderExcluirPoema reflexivo, estamos vivendo tempos trabalhosos, que Deus tenha misericórdia do sofrimento das pessoas, abraços.
Olá, amigo Pedro,
ResponderExcluirPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um Feliz fim de semana, com muita saúde e paz.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Vuelvo a leer tus versos y desearte un buen fin de semana
ResponderExcluirUn abrazo
De volta depois de um relaxante período de férias, passo para desejar uma boa semana.
ResponderExcluirDe nuevo leyendo tus versos Pedro, éstos tocan el dolor que tras la ventana y tambien fuera de ella podemos percibir en el mundo
ResponderExcluirMis deseos de paz
Un fuerte abrazo y buen fin semana
"...deixarei na paz essa pobre gente, assim muita paz terei bem longe.".
ResponderExcluirSerá que terá paz, Pedro? Quando nos envolvemos, de alguma forma, com uma causa, jamais ficamos em paz enquanto aquilo não se resolver. Mesmo fechando os olhos, nos enxergamos com a alma.
Estive a poucos minutos lá pelos lados da Taís, onde comentei sobre a questão dos moradores de rua e pedintes. Foi um comentário extenso e não vou repetir aqui, mas, nessas últimas semanas, com minha volta para a construção civil, me vi com um pepino nas mãos: conseguir mão de obra. Tentamos, e muito, com grupos de sem-teto, e honestamente? Raros são aqueles que querem trabalhar. Se possível, te pediria para ler meu comentário lá no blog da Taís. E a empresa para qual presto serviço não é a única que tentou esse meio. Infelizmente, os problemas que são vistos são apenas superficiais. O que está mais abaixo é muito mais complexo, e que exige uma atenção muito maior por parte de nossas autoridades, o que, de fato, não está acontecendo.
Pedro, meu amigo, o trabalho por aqui anda me sobrecarregando, o que me afasta um pouco dos blogs, mas sempre que der, eu apareço. Grande abraço e linda semana pra ti.
Marcio