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2 de dez. de 2019

[Poesia] PEDRO LUSO – Pobres e Ricos





POBRES E RICOS
– PEDRO LUSO DE CARVALHO



Este não é um bom tempo
para sonhar.
Impõem-se áspera realidade,
fruto da loucura
desmedida lá de trás,
quando o século vinte
dá seus primeiros passos
com brisas e tempestades,
com a promessa aos pobres
de um futuro dourado à frente.

Os dias e os anos passados
antes de nós,
a dormir no leito amarelado
da História,
tem os seus registros
que mostram a vã esperança.

O sonho de ser rico o pobre,
por medidas de governos,
seguirá sendo um sonho,
embora haja quem acredite
em centenárias promessas.

Este não é um bom tempo
para sonhar.
Não houve igualdade
e não haverá.
Que se travem outras lutas,
não mais as lutas perdidas.




 *   *   *




31 comentários:

  1. Não é realmente um bom tempo pra sonhar, pois nada muda desde áureas épocas... Sempre a mesmice do pobre se ralando e os ricos ,mais ricos ficando! LINDA poesia! abraços, ótima semana, mais uma chuvosa aqui!!! chica

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  2. Es un problema de todos los tiempos, amigo Pedro. Muy bien poetizado.

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  3. Muito bem ...Amei o poema!!

    -
    A melodia do Outono.
    Beijo e um excelente dia!

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  4. "Este não é um bom tempo
    para sonhar.
    Não houve igualdade
    e não haverá.
    Que se travem outras lutas,
    não mais as lutas perdidas."
    Estes versos resumem bem o quanto o seu poema diz…
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  5. La desigualdad es cada vez más grande, en un mundo en donde la ambición desmedida de los más grandes, hacen aumentar las miserias de los más humildes.

    Besos

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  6. Cuanta verdad en tu poema.
    No es tiempo de soñar. La realidad es demasiado dura.
    Y si ya la esperanza es vana ¿Que nos queda?
    Un bello poema que describe la realidad sin adornos.
    Saludos Pedro.

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  7. Olá, Pedro.
    Acho que se a gente olhar em vollta, vai perceber que somos mais ricos do que pensamos. Basta agradecer.

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  8. Pior é conformar-se. É cerrar fileiras e manter as baionetas assestadas em direção aos pulhas que nos aviltam. É levá-los todos ao paredão, rss!
    Um abraço, meu caro amigo!

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  9. Também acho difícil essa 'igualdade' tão prometida que desde pequena escuto; os que trabalham, produzem, investem, sacrificam-se mais, logicamente ganharão mais, investiram mais em conhecimentos, em estudos, é natural, é justo! Terão uma vida bem diferente, e não será injusto.
    O que sou a favor são as oportunidades oferecidas, mas isso não quer dizer que os menos abastados não corram atrás, nada cai do céu. Teria muito a dizer, mas sabes a minha opinião! Nada pode ser nivelado sem ser justo. A lei da natureza, do trabalho, do investimento, do estudo, da qualificação naturalmente falará mais alto, é o que prevalecerá, como diz muito bem teu sábio poema:

    "Este não é um bom tempo
    para sonhar.
    Não houve igualdade
    e não haverá.
    Que se travem outras lutas,
    não mais as lutas perdidas."

    Excelente poema, tantas verdades...pouca ilusão.
    Beijinho daqui do lado.

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  10. Pobres y ricos, la condena de todos los tiempos, pasado y presente y seguramente el futuro seguirá lo mismo.
    Muy bonito y verdadero tu poema Pedro.
    Un abrazo.

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  11. Esiste purtroppo una grande disuguaglianza sociale, fra ricchi e poveri, e, al momento non c'è soluzione a questa importante problematica del globo.
    Un caro salutom Pedro,silvia

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  12. La igualdad, más que una esperanza,se convierte en una utopía.
    La ambición de los que están arriba, de los gobiernos que se olvidan de las necesidades del pueblo, siempre hará que éste se resienta de tantas ansias de poder.
    Tu poema refleja una realidad que sufren muchos países.
    Cariños.
    kasioles

    Sólo queda pedir que se despierten de una vez sus conciencias.
    Cariños.
    Kasioles

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  13. Aíslo una frase de tu poema:
    “El sueño de ser rico o pobre
    por medidas gubernamentales,
    seguirá siendo un sueño”.
    Algo que visto con los ojos del escéptico, hace parpadear.
    Pedro, ¿De veras aún existe alguien que crea en la posibilidad de que el Estado le ayude a prosperar? Porque por muy honesto que sea, suerte tendrá el individuo ajeno a la maquinaria gubernamental, si consigue salir adelante a pesar de las trabas de la Administración en forma de impuestos, cargas, trabas, multas, sanciones…

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  14. Genial este poema en honor a la riqueza y pobreza, en la riqueza no reside la felicidad, es más te puede llevar a la pobreza más pobre y sucia.
    Un placer leerte Pedro.
    Feliz semana.
    Un abrazo.

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  15. O Brasil vive uma situação deveras preocupante, com posições extremadas destilando um ódio impressionante e alienante.
    Na minha opinião, uma sociedade, tem vários estratos culturais, que se devem respeitar em absoluto.
    Não é um bom tempo para o Brasil, não é não, como afirma o seu poema assertivo...
    Fico admirando os seus versos de onze e oito sílabas poéticas...
    Levo o seu link para o Refúgio dos Poetas. Hoje tenho um soneto.
    Um Setembro muito feliz.
    Abraço, Amigo.
    ~~~~

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  16. Excelente!

    Do nosso Poeta - Gil António:- Flor Esquecida

    Bjos
    Votos de uma óptima noite.

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  17. Boa noite de paz, Pedro!
    Tempo de brisas vivemos ha anos, talvez na infancia?
    Tempo de tempestades estamos ultrapassando...
    Dura realidade a da pobreza e da riqueza.
    Utopia a igualdade?
    Eu creio em melhores condicoes num futuro em que pretendo desfrutar ainda...
    Nao perco a esperanca contra toda circunstancia.
    Tenha dias felizes!
    Abracos fraternos de paz e bem

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  18. Tu poema refleja una dura y triste realidad con una difícil solución.
    Excelente tu forma de expresarlo.
    Un beso.

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  19. La realidad es cruda, quizás no queremos dejar de soñar, pero si miramos... Todo es más que triste.
    Abrazo

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  20. compreendo a tua amargura e o teu desanimo, meu caro Poeta

    mas ambos sabemos que a vida é um processo, não um ponto de chegada
    e nada na vida dos homens está ganho ou perdido para sempre!

    grande e fraterno abraço

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  21. As lutas devem continuar, já que a igualdade está cada vez mais longe...
    Magnífico poema, gostei imenso.
    Caro Pedro, tenha um bom fim de semana.
    Abraço.

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  22. Caro Pedro Luso

    Já dizia um grande poeta da Língua Portuguesa, nosso conhecido,
    "O sonho comanda a vida" e é nessa base um tanto utópica que digo que
    não podemos perder a capacidade de sonhar, porque a ser assim
    o nosso mundo se transformaria num deserto.
    A vida é uma luta quotidiana e não há que esmorecer.

    Gosto muito da sua escrita, meu amigo.

    Abraço

    Olinda

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  23. Infelizmente é mesmo uma luta que se perde no tempo meu amigo e aproveito para desejar um bom fim-de-semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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  24. Realmente - o céu é escuro...
    O povo vê claramente
    Que aquela antiga semente
    Não germinou no futuro

    Que é hoje, e está seguro,
    Esse povo, que à frente
    Seu futuro, de repente,
    Será só trabalho duro.

    Não há esquerda ou direita.
    A classe alta se ajeita
    Colocando-se acima

    E classe média se deita,
    Com o compressor de faceta
    Do rolo, aplaina esse clima...

    Eis o Chile... Complicado... Dizem os sábios: comprem ouro e dólar que o bicho vai pegar... Será? - Eu me pergunto. Amo a terra em que nasci e árvore velha se transplantar ela morre... C'est la vie, meu amigo - aos dezoito o homem é incendiário, aos quarenta bombeiro e para a frente é vigário (aquele que faz as vezes do outro só para fazer de conta e contemporizar, mas não enverga a espinha por saber quem é que é). Grande abraço do amigo de longínqua data! Laerte, o vulgo Lalá, Silo, Tenente, Querido, Caniço, Perna de Esparrela.... (mas a espinha não verga).

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    1. Obrigado amigo Laerte, poeta que, com justiça, integra a Academia Catarinense de Letras.
      Um grande abraço.

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  25. Boa tarde. Um poema brilhante. Adorei ler

    Votos de um feliz fim de semana

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  26. Os vendedores de ilusão mestre Pedro e a vida continua a Deus dará.
    Muito chão para caminhar e a plantar em terra que é de queimada.
    E muito ainda há de se sonhar e desacreditar, pois nada mudará.
    Abraços e bom fim de domingo de uma feliz semana.

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  27. Magnifico poema, Pedro! É mesmo... jamais houve igualdade... e não haverá nunca!
    Creio que foi George Orwell que em tempos profetizou... um dia os pobres serão tantos, que simplesmente, não mais haverá lugar para os ricos...
    Novas lutas precisam ser travadas... talvez por água potável... em breve, dadas as aceleradas alterações climáticas... ainda convenientes acontecer... talvez para minérios preciosos serem descobertos, nos pólos enregelados... a maior piada... é que um dia... e cada vez mais próximo, em velocidade cruzeiro... nem todas as riquezas do mundo conseguirão comprar uma gota de água pura...
    Beijinho
    Ana

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muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho