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25 de nov. de 2019

[Poesia] PEDRO LUSO – O Tempo dos Poderosos






O TEMPO DOS PODEROSOS

– PEDRO LUSO DE CARVALHO




Não sabem esses homens vis,
não sabem essas vis mulheres,
do limite para injustiças
e desmedidas vilanias?

Tem o relógio dois ponteiros
a marcar o tempo que sobra,
pois não são eternos os corruptos.
Sucumbirão sem honra e pompa.

Essas pessoas desalmadas,
no gozo de faustosa vida,
poderosos em seus palácios
sentirão o peso dos ponteiros.

O prazer que terá o povo,
quem virá para mensurar,
quando findar a vilania
no tempo que marca o relógio?

Sequer pensam na finitude,
os servidores poderosos
encharcados de privilégios,
sem verem parar os ponteiros.




  *    *    *




35 comentários:

  1. Caro Pedro,
    É bem isso...

    "... Essas pessoas desalmadas,
    no gozo de faustosa vida,
    poderosos em seus palácios
    sentirão o peso dos ponteiros..."

    Nenhum poder dura para sempre. "Reis" perdem os seus tronos, por tomadas de reinos, em épicas batalhas, ou pela passagem da "coroa e do cetro" aos insaciáveis herdeiros.
    A vida contemporânea, também se dá dessa maneira, os ponteiros que a cada dia parecem girar mais ligeiros, nos mostram "reinos que caem" e "reis" que sucumbem ao tempo.

    Um forte abraço meu amigo e bom início de semana!!!

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  2. Olá meu amigo!
    Passei de novo, para ler mais uma bela poesia; daquelas que o amigo escreve tão bem.
    Começa-a com a verdade, e com a verdade, a termina, é exactamente assim a vida!
    Quem tem muito, não para um pouco para pensar... naqueles que nada têm!
    Parabéns:) gosto imenso deste género de poemas".
    Um beijo fraterno, e uma feliz e abençoada semana!::::

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  3. Il tempo ha la stessa durata per tutti, e coloro dotati di grandi ricchezze, dovrebbero dare manforte ai nulla tenenti per dare serenità alla loro anima.
    Versi molto apprezzati.
    Un caro saluto,silvia

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  4. Todos los poderosos son iguales, cortados por el mismo patrón. Al principio creemos que están con el pueblo, pero después van derivando a sus propios intereses.
    Un abrazo Pedro y buena semana.

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  5. Un poema en el que está reflejada la realidad que se sufre en muchos países cuando sus gobiernos están en manos de personas sin escrúpulos que se olvidan del pueblo y su mayor preocupación es llenarse los bolsillos.
    Hay algo que a lo que jamás podrán escapar, tarde o temprano, les llegará la muerte y no podrán llevarse nada a la tumba, yo creo que si reflexionaran un poco, se darían cuenta de que no sirve de nada tanta ambición.
    Cariños.
    kasioles

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  6. Poesia que além de linda, fala verdades...Eles pensam que pra eles não chegarão os ponteiros do tempo... abraços, linda semana! chica

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  7. Como siempre, amigo Pedro: poema real y profundo.

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  8. Si, edro.
    Sentirá el peso de las manos y el de los bolsillos. Y los relojes siempre serán pocos, porque siempre les faltará tiempo para estrangular más y más a los que no pueden defenderse. Es entonces cuando uno piensa que existe de veras, o que debería existir, esa ley divina que nos enseñaron de que cada uno recibirá lo que se merece.
    Saludos.

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  9. Se esses, os poderosos, se lembrassem mais que não são eternos, talvez fossem mais humanos. O relógio nunca para. Há os que se esquecem disso. Gostei do poema, meu Amigo Pedro.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  10. Muito, muito bom!!

    Beijos e um excelente dia!

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  11. ...E faltam apenas dois minutos para a meia-noite...

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  12. Belle parole e un giusto monito. Purtroppo accade spesso che persone vili causino dolore e morte prima di essere isolate.
    Buona settimana caro Pedro.
    Un abbraccio
    enrico

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  13. "Tem o relógio dois ponteiros
    a marcar o tempo que sobra,
    pois não são eternos os corruptos.
    Sucumbirão sem honra e pompa."
    Belíssimo, Pedro! Um retrato verdadeiro da sordidez e ganância dos poderosos. O relógio não pára, meu amigo. O tempo deles se esgota.
    Beijo, poeta. Boa semana.

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  14. Depois de uma breve ausência (doente), estou de volta. O Gil com muito trabalho, incumbiu-me de vos visitar... Hoje numa passagem rápida. Espero que entendam...

    Hoje, do Gil António :-O amor e a sua ausência

    Bjos
    Votos de uma óptima Noite.

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  15. É a primeiro vez que visito seu blog, sua obra é brilhante, texto maravilhoso... Um grande abraço!

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  16. Pedro,
    Será que esses monstros pensam em tempo? O tempo para esses é uma eternidade, mas até o dia em que sofrerão antes da partida, terão de pagar pelos seus atos, pelas mortes indiretas que fizeram acontecer em grande escala, cada um terá de pagar pela sua sordidez, e aqui. Morrer com a mesma dignidade com que viveram, ou seja, nenhuma!
    Fantástico poema! Dá muita raiva e desprezo dessa gente...
    Beijinho, meu poeta!

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  17. El tiempo va marcando el paso del tiempo y con el se van resolviendo distintas situaciones, un saludo.

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  18. Gostei do poema, mas não acredito no fim dos corruptos. Eles são como os cogumelos. Morre um e nascem dois ou três.
    A corrupção faz parte da essência humana.
    Um abraço

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  19. Qué bien lo has expresado!!.
    Magnífico poema verdadero.
    Un beso.

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  20. Boa tarde Pedro,
    Um poema belíssimo poetizando de forma soberba um dos piores males que grassa na sociedade atual e para o qual não se vê solução.
    Eles, os corruptos e senhores do mundo pensam que são eternos.
    Beijinhos,
    Ailime

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  21. Boa noite de paz, amigo Pedro!
    O tempo flui belamente para os do bem.
    Duvido muito que possam ter a consciencia reta.
    O poeta trata assuntos delicados com maestria e leveza.
    Ha que se ter competencia para tal.
    Seja feliz e abencoado!
    Abracos fraternos de paz e bem

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  22. Oi, Pedro, a esperança é sempre essa...a de ver e testemunhar o fim dos embusteiros, dos vis mandatários do poder na sua prepotência de domínio. A História não se cansa de deixar claro que o tempo do fim sempre é real no relógio que marca as horas do ajuste de contas. segundo palavras do poeta Paulo Eiró o homem sonha templos e só ruína semeia...e assim e assim sempre será e pior que aos corruptos a herança será sempre desonra.
    Um abraço

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  23. Em forma de poema, um assunto que é uma chaga na sociedade.
    Forte e real.
    Belo momento de poesia amigo Pedro!
    beijinhos
    :)

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  24. Pedro, poema de perfeita intervenção, assim os poderosos atentassem nele, ou similares. Mas não, quando muito os chamarão de literatura menor. Porém cabe aos poetas estarem sempre vigilantes.
    abraço

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  25. Uma poesia plena de verdades. É pena que assim aconteça.Que pessoas poderosas venham manipulando uma série de atos muito ruins.
    Um abraço.
    Élys.

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  26. Dizem que o homem quer a sobrevivência, depois dela, o dinheiro e depois desse, o poder que o deixa podre pelo preço que pagou para lá chegar, onde pensam serem eternos! Tudo é lição e caminho e um dia se darão conta de si e pagarão ao diabo a dívida que têm com Deus. É a vida!... Grande abraço, amigo! parabéns por mais este belo poema! Laerte.

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  27. Infelizmente esta gente são como os cogumelos nascem por todo o lado e muitos são altamente venenosos, aproveito para desejar um bom mês de Novembro.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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  28. Es una lacra, que desgraciadamente se apodera de los pueblos. La mayoría de ellos se escapan de ser juzgados.

    Besos

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  29. "sã0 os vampiros/
    que pelo Universo todo/
    comem tudo/
    e não deixam nada..."

    não se pode ter contemplações com eles
    não largam a presa, têm que ser enxotados,
    à força, se necessário!

    excelente teu poema/denúncia
    gostei muito, meu caro Poeta
    e distinto amigo

    grande abraço

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  30. Não sabemos nós, o mais que nos espera infelizmente!
    Nas mãos de corruptos
    o tempo vai passando
    e, eu acho que são mesmo eternos os corruptos.

    Vão uns e vêm outros!

    Infelizmente haverá sempre gente desta!

    Pedro
    já começou Novembro
    o ano corre para o fim

    Por aqui
    venha dar um saltinho aos meus blogues
    no MOMENTOS PERFEITOS tenho imagens de DUBAI

    HOJE FIZ UM POST AQUI:
    http://meusmomentosimples.blogspot.com/

    onde dou informações sobre Cacilhas,
    há muitos anos que não ia para aqueles lados
    para quem quiser saber mais é ver o post

    Boa semana,
    bjs da Tulipa

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  31. É como diz o amigo Manuel Veiga: há que enxotá-los!
    Bom poema de intervenção, caro Pedro.

    Beijos.

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  32. Boa noite amigo Pedro
    Um poema muito sensato. O tempo e a finitude chega para todos. Quem vive com dignidade, honestidade, e humanidade, não teme o tempo, nem a morte, pois sabe da justiça divina que tarda mas não falha. Nem consigo compreender como podem não pensar que não tem a eternidade e que daqui só levaram as suas ações e sentimentos, principalmente o amor que nem a morte o acaba, pois o espirito é eterno. Uma linda semana para vocês, um beijo na querida Tais. Enorme abraço aos dois.

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  33. É que o tempo não pára amigo Pedro
    a vilania campeia sentada nos ponteiros.
    Belo trabalho e bela foto.
    Abraços e feliz novembro amigo.

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  34. Ainda que o tempo não pare, os daqui só no paredão, como se dizia antigamente ou castigo em praça pública para servir de exemplo. Se pelo menos se redimissem com a leitura do poema. Suponho que estejam muito ocupados com dilapidação do nosso patrimônio... Belo poema!
    Forte abraço, meu caro amigo!

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  35. É mesmo inevitável... também todos os poderosos, não têm como escapar à marcha implacável do tempo... e partirão certamente em maior sofrimento, do que os desprovidos de quase tudo... pois terão consciência da inutilidade da sua existência... tendo acumulado ao longo da mesma, o que nunca com eles poderão levar... e provavelmente abdicado dos valores que supostamente, lhes dariam acesso à eternidade... como diria F. Pessoa... who knows what tomorrow brings?...
    Mais um belo momento poético, que nos faz reflectir e repensar neste nosso estranho mundo...
    Beijinho
    Ana

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muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho