TERRA
FERIDA
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Olhos
cansados do velho,
presos
olhos no horizonte,
pedras
e arbustos,
terras
removidas,
rios
desviados
dos
leitos,
mortandade
de peixes,
tristeza
e dor
por
tudo que se perdeu.
O
velho mantém fixos os olhos,
secos
olhos,
no
horizonte à frente,
sem
lágrimas para chorar.
Na
linha ao longe,
que
separa o céu e a terra,
o
último suspiro,
do
sol que se afunda.
* * *
Linda esta poesia, adorei!
ResponderExcluirAbraço fraterno, amigo Pedro!
A natureza moribunda pela inconsciência de quem se diz o único animal racional ao cimo da terra.
ResponderExcluirA realidade feita poesia.
Tão belo e simultâneamente tão triste.
Abraço
Un bello poema donde transmites desolación, según la mirada del anciano. Preciosa la ultima estrofa.
ResponderExcluirUn abrazo.
Um poema sublime. Adorei :)) Parabéns.
ResponderExcluirBjos
Votos de uma óptima Quinta-Feira.
Magnífico poema, meu Amigo Pedro!
ResponderExcluirLembrei-me de Miguel Torga quando diz: "a velhice é isto: ou choramos por tudo e por nada, ou os olhos ficam secos de tanta lucidez"...
Um beijo.
Partilho das palavras da Amiga Graça Pires! Amei o poema!!
ResponderExcluirNo silêncio do meu olhar...
Beijos e um excelente dia!
Os idosos sofrem muito mais com as alterações das coisas para pior...
ResponderExcluirExcelente poema, parabéns pela inspiração.
Caro Pedro, continuação de uma boa semana.
Abraço.
O mundo em eterna transformação nos deixa cada vez mais ansiosos pois a esperança de um mundo melhor desmancha-se a olhos vistos Uma sombra de desalento quanto ao futuro e uma urgência de começar agora a regeneração.
ResponderExcluirUm abraço
Olá Pedro,
ResponderExcluira revolta de quem vê com amargura, o horizonte perder o brilho
e a terra a perder a sua fecundidade
muito bem representado :)
Vim pelas Veredas, e
deixei o meu abraço no Poetizando da querida prof. Lourdes!
https://poesiesenportugais.blogspot.com/
los años secan los ojos pero el corazón conserva toda la historia de los sentimientos. Siempre quedan en la vida añoranzas, algo en lo que pensar y que quisieramos finalmente fuera vivido. Sentido y profundo poema.
ResponderExcluirSaludos afectuosos y muy cordiales.
E da tua " revolta " pelo que vês tu pelas ruas , que vejo eu, nas calçadas por onde passo, que vê tanta gente de bem, pelos caminhos e e ruelas por onde andam ,
ResponderExcluirpassamos para o desgosto e tristeza de vermos a " terra ferida " , a tua, a minha e a do mundo em geral; natureza pedindo socorro há anos e, como diz a nossa amiga Elvira, continua a ser " ferida " pelo tal homo sapiens, o único ser inteligente nessa terra costantemente ferida. Como dizia a Juma , naquela fantástica novela " o pantanal", o homem é o único animal que suja a água que bebe, água que um dia vai ser mais disputada que, hoje, o petróleo. Mas, amigo, neste aspecto, também somos bastante culpados, pois continuamos a usar plásticos ( evito -os bastante ) e temos bastante preguiça para fazer a separação dos lixos; digo preguiça, porque aqui na minha cidade há bastantes contentores , um para cada tipo de lixo, vidro, cartao, plastico e latas; estão todos juntos e só preciso atravessar a rua para fazer o que devo; mesmo assim, amigo, há quem não se dê a esse trabalho e eu, confesso, às vezes também misturo com o residuos normais,
E assim vai indo aa nossa terra, com os rios sujos e os mares com toneladas de plásticos que se vao desfazendo e entrando na cadeia alimentar através do peixe que comemos. Estou a ficar mais velha, mas também mais consciente, mas ainda não faço tudo o que deveria para que as feridas desta nossa querida terra comecem a cicatrizar. Pedro, caro amigo, à tua revolta junto a minha, tanto pelo que vejo pelas ruas quanto pelo mal que estamos a fazer à nossa terra. Obrigada pelos " alertas " e deixo-te um beijinho e votos de uma noite tranquila
Emilia
Grande Pedro, que beleza de mergulho nestas recordações aos olhos do velho, que creio seja todos nós amantes da terra e que entristecem com os desmandos. Que olhamos para o leito seco do rio devastado pela cegueira humana.
ResponderExcluirUm grito amigo que há de ser ouvido.
Meu abraço e bom fim de semana.
Algunas veces nos quedamos como el anciano.
ResponderExcluirFeliz día
Já vi um velho chorar lágrimas vivas
ResponderExcluirSe puede tener años, pero por más años que se vayan cumpliendo, siempre pueden permanecer intactas las ilusiones que han sido el motor de la vida.
ResponderExcluirBesos
Pedro, é lindo este teu poetizar sobre a nossa "terra ferida" .
ResponderExcluirEu nunca vi um velho chorar lágrimas vivas (como diz que viu o nosso amigo Eufrázio) mas já vi toda a tristeza do mundo nos olhos vazios de um velho.
O Homem não aprende nada!
Abraço, meu amigo.
Há que dar o grito de revolta e recuperar esta bela e generosa natureza.
ResponderExcluirUm abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Nunca vi algum habitante, lúcido, tocar fogo em sua morada! Mas o único ser pensante desse planeta, incendeia matas, florestas imensas, como a Amazônia, polui rios, mares, e o ar que respira, tornando o planeta um inferno. A natureza não chora, nem grita, ela se vinga! E merecemos.
ResponderExcluirNão respeitamos nada. O velho do teu belíssimo poema, com certeza já se debateu, agora nem lágrimas mais existem para serem derramadas. E por aqui não pararemos, ainda não fizemos o suficiente para a Terra sangrar.
Parabéns, TERRA FERIDA, um poema que grita as dores de um planeta em agonia.
Beijinho, daqui do lado!
Que belo grito Pedro, a Táis tem razão, o bicho homem destrpoi a sua própria fonte de sobrevivência.Pobre velhinho que antes viu tudo florido, agora com seus olhos ressequidos não mais vislumbra as belezas de outrora.
ResponderExcluirFeliz demana desejo a vc com grandes inspirações!
Gratidão pela benfazeja visita, Pedro!
Abraços!
Olá Pedro
ResponderExcluirSó as pessoas lúcidas sofrem ao ver a destruição da natureza e são capazes de derramar lágrimas quando contemplam a sua mãe Gaia sangrando de dor ante tamanha destruição. O personagem do seu poema é o retrato fiel de quem ama e sofre com a ganância e o desrespeito de seu semelhante
Um abraço e uma feliz semana
Um poema sentido e profundo, um grito poético de dor pela falta de consciencialização, sobre a necessidade urgente de cuidar e proteger o nosso planeta.
ResponderExcluirBeijinhos
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Maravilloso poema.
ResponderExcluirProfundo.
Un beso.
Passei para ver as novidades.
ResponderExcluirMas gostei de reler o seu excelente poema.
Caro Pedro, continuação de boa semana.
Um abraço.
Um poema sentido, emocionante e introspectivo... que nos faz sentir a todos, na pele desse velho... assistindo a cada dia, às barbaridades, que vão sendo praticadas, contra a Natureza... e terminamos cada dia, observando cada entardecer, com resignação... ainda que sem aceitação...
ResponderExcluirDeixo um grande abraço, Pedro, e um até breve, durante as próximas semanas, em que estarei ausente... também num local, próximo do mar...
Tudo de bom, por aí, para vocês!...
Ana
Quedarnos estimado Pedro, "sem lágrimas para chorar" es una constante de la poesía, en este caso como siempre notablemente situada por ti, corta, precisa y sentida.
ResponderExcluirBom dia, Pedro,
ResponderExcluiros poetas são capazes de grande lutas, grandes gritos através de seus versos.
Seu poema cheio de dor, a qual muitos sentem, pois através dos olhos do velho, figurante de seu poema podemos ver a triste destruição da nossa Mãe natureza. Infelizmente, essa visão triste nos mostra uma realidade distante de acabar.A tela bem sugestiva.
Tenha um abençoado final de semana!
Enquanto houver um horizonte, caminhamos.
ResponderExcluirMaravilhoso, amei!
ResponderExcluirAbraços!