CREPÚSCULO
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PEDRO LUSO DE CARVALHO
Daqui
do alto, onde estou,
vejo
a rua toda à frente,
estendida
entre prédios
até
sumir
na
perspectiva,
ilusão
do olhar,
e
cair nas calmas águas
encrespadas
pelo vento,
mansas
águas do Guaíba.
Nesse
olhar fascinado,
vejo
o sol cair lá adiante
no
horizonte,
é
o pôr do sol
na
tarde que morre
na
multicolorida claridade.
Fez-se
anunciada a noite,
já
bem próxima,
anúncio
do breu
e
dos mistérios da noite.
Retirei-me
mansamente
da
ladeira, aonde estava,
por
medo das sombras,
enquanto
gente ingênua
e
gente maldosa
vagam
na noite
sem
rumo certo
com
almas cinzentas,
até
um novo amanhecer.
* * *
Boa noite de paz, amigo Pedro!
ResponderExcluirUm cenário deslumbrante que poderia ser desfrutado em todo momento, entretanto não se pode pelas sombras de todo tipo que nos rondam e desolam.
O olhar fascinado está sob controle da violência de toda sorte.
Até os poetas sofrem limitações na contemplação por medo do que possa ocorrer.
Tenha dias abençoados na nova semana!
Abraços fraternos de paz e bem
Immagini speciali, sulle quali porre una particolare attenzione.
ResponderExcluirVersi originali e creativi, molto apprezzati.
Un caro saluto, Pedro,silvia
Que todo lo que puedas ver no se desvanezca y que las ilusiones no se pierdan, un feliz día.
ResponderExcluirUna vista preciosa, un río grande, una despedida del sol en el horizonte donde la mirada se recrea. Sería fantástico verlo desde la ventana de la casa donde no llegan esa sombras de las que hablas en tu hermoso poema.
ResponderExcluirUn gusto la lectura Pedro.
Un abrazo.
É um momento do dia bem bonito... num cenário que impressiona.
ResponderExcluirUm belo poema com muitas mensagens contidas.
Abraço e boa semana
Que pena quando temos que mesmo num cenário maravilhoso desses, ter que medo sentir que escureça e na noite,tudo pode acontecer.Linda poesia e foto! abraços, tudo de bom,chica
ResponderExcluirOlá Pedro, fazendo minha primeira visita.
ResponderExcluirLinda foto, é um convite a apreciar a paisagem belíssima também na noite perigosa.
Quem sabe um dia as belas paisagens sejam para todos os seres em harmonia, aproveitarem.
Abraço!
Amigo Pedro,
ResponderExcluirEmbora tenha me situado neste teu belo poema, no ocaso - "Crepúsculo Vespertino" ("Pôr do Sol") - assim como o amigo mesmo citou: "...na tarde que morre na multicolorida claridade..." Eu também sempre vou à praia para ver o "lusco-fusco", este belo momento de transição entre o dia e a noite.
Porém, acho o "Crepúsculo Matutino" igualmente magnifico ao pôr do sol. Quando estou viajando do Rio para Búzios (em meus momentos de lazer), vou dirigindo o meu automóvel (normalmente no período da madrugada) e assim, posso observar aquela belo nascer do Sol, trazendo a brisa suave do alvorecer. É também, um belo quadro que se pinta em nossa frente!
Um abraço e boa semana que segue!!!
Una perspectiva muy amplia, desde un seguro. Poema.
ResponderExcluirUn abrazo.
Querido poeta amigo, Pedro, lindissima imagem que nos mostra seguida pelos lindos e inspirados versos que nos dão a dimensão do que há de liberdade e prisão!
ResponderExcluirQue pena que não se pode mais ficar nas ruas em determinados horários, todos são perigosos hoje em dia, mas a noite, ah, essa tem que se ter bem dentro de nós um alerta de se recolher!
Amei ler e ver esse lindo por do sol, meu filho sempre me manda fotos assim, ele mora em Ponta Negra, Manaus, do apartamento dele dá pra ver todos os pores do Sol!
Abraços apertados!
lindo poema! os limites que se impõe ao fim de um dia e nos faz melancólicos por mais uma etapa que termina...a espera da noite que também pode ser bela.A hora do Angelus !
ResponderExcluirUm abraço
Muy bello poema!!.
ResponderExcluirY linda imagen.
Un beso.
simplesmente belo!! :)
ResponderExcluir-
Memórias e boas lembranças - Parte 2
Beijo e uma boa noite!
PEDRO,
ResponderExcluirMuita sensibilidade neste teu belo poema mostrando um crepúsculo radiante se pondo sobre o nosso Rio Guaíba. Logo surgirá o breu da noite temerosa que já não podemos festejar com tanta liberdade como em outros tempos. Muitas vezes me chamas à janela para ver um belíssimo crepúsculo como se fosse o primeiro visto! Os raios são tão intensos que o colorido se faz sempre diferente, iluminando as mansas águas do rio. Por isso sei de tua emoção ao terminares o último verso que ficou lindo, mas não deixa de ser um lamento.
Beijinho, meu poeta!
Imagem e poema, numa simbiose perfeita!...
ResponderExcluirSegurança... o eterno problema, aí desse lado, do Brasil... subtilmente abordado, na última parte do poema...
Gostei imenso! Beijinho! Continuação de uma feliz semana!
Ana
ver com os olhos da alma é privilégio de Poeta
ResponderExcluirnão é verdade, Pedro?
belo e sensível poema.
gostei muito
abraço
Um poema de enorme sensibilidade, onde o quotidiano tem uma abordagem excelente.
ResponderExcluirParabéns, gostei imenso das suas palavras poéticas.
Caro Pedro, continuação de boa semana.
Abraço.
Uma poesia que mostras as belezas do dia, porém ao chegar a noite a de se ter um certo cuidado em determinados lugres.
ResponderExcluirBonita poesia.
Meu amigo um grande abraço.
Élys.
Olá, Pedro Luso
ResponderExcluirSempre me fascinou o espectáculo do Sol a cair na água envolto em cores fulvas e a aparição do crepúsculo nos seus tons macios, enquanto a noite se prepara nos seus mistérios de breu.
E há os que não dormem, sim. E nisso se reflecte o lado mais assustador da vida.
Poema belíssimo, meu amigo.
Abraço
Olinda
Pedro Luso li o poema, como se o mesmo me sugerisse o filme de um ameno entardecer, o que poderá dar aos mistérios da noite, que bem estão focados. Belo poema, com a qualidade já habitual, no veredas. Abraço.
ResponderExcluirSão os nossos fantasmas que nos acompanham, mas as cidades estão infestada deles. E nunca sabemos quais são os caminhos mal-assombrados... Mas, apesar dos nossos medos, é preciso dizer que o pôr do sol no Guaíba é imperdível...
ResponderExcluirBelo poema, meu amigo Pedro.
Grande abraço,
Leia-se infestadas na segunda linha do meu comentário.
ExcluirBoa tarde,Pedro,
ResponderExcluirque pôr de sol maravilhoso, foto linda, tanta beleza e metáforas em cada verso. Mesmo sendo ilusão de ótica, o Rio Guaíba é que é feliz, por receber o sol para despertar o outro lado do mundo. Quanto as sombras sempre há a necessidade de muitos cuidados. Gostei do seu poema, como sempre. Grande abraço!
Pedro, o ocaso é ocaso!
ResponderExcluirE é sempre triste, um fim.
Por isso, eu tiro por mim
Que tudo tem tempo e prazo!
Eu, para o fim me atraso...
Não sou tolo - penso assim.
Deixo aos outros dizer sim
Nada eu digo, por acaso!
Porém o Sol peregrino
Volta sempre ao seu destino
Do dia a dia a brilhar
E nós? Sou o antigo menino
Que sem ter rumo nem tino
Tento, Pedro, o meu lugar.
Parabéns pelo belo poema! Grande abraço, amigão! Laerte.
Pedro,
ResponderExcluirSuapoesia é maravilhosamente
contagiante. É de fato uma
linda viagem em palavras.
Bjins
CatiahoAlc./Reflexod'Alma
entre sonhos e delírios
No instante mágico do dia um olhar poético sobre o Guaíba iluminado pelos últimos raios solares, para dormir sob breu que se aproxima. O rio seguirá seu destino mar, e nós os humanos encarcerados em nossos medos, nos recolhemos. Belo olhar sobre o rio e a sociedade em suda degradação.
ResponderExcluirBelo trabalho, hoje também falei de rio com minhas saudades.
Abraço terno amigo e bom domingo para vocês.
ES el momento culminante del día. El sol se oculta y deja pasar la noche, para que pueda salir la luna y alumbrar así la ocuridad en la que nos sumergimos.
ResponderExcluirBesos
ResponderExcluirBom dia, Pedro
Relendo e apreciando este seu belo poema.
Muito obrigada pelo seu precioso comentário no "Xaile de Seda".
Bom domingo.
Abraço
Olinda
A noite é companheira de muitas almas sombrias.
ResponderExcluirBelíssimo poema
Beijinhos
Uma pena essas "sombras" impedirem de podermos desfrutar da paisagem urbana com calma e tranquilidade.
ResponderExcluirUm belo poema amigo Pedro, gostei.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Ver o crepúsculo é sempre um privilégio embora ele seja o prenúncio da noite com seus fantasmas e suas sombras. Gostei muito do seu poema, meu Amigo Pedro. A fotografia é muito sugestiva e bela.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
E viu a cidade com apurada sensibilidade poética...
ResponderExcluirEu não vejo o ocaso como um fim, mas como o início de descanso e intimidade no lar...Srrsssss...
Ótima semana, Pedro. Beijinho.
~~~
Querido amigo Pedro, sempre que da minha janela olhar o crepúsculo, vou lembrar estes lindos versos, saídos do teu olhar atento e sensível.
ResponderExcluirAlmas cinzentas, aí como aqui, povoam a noite misteriosa.
Poema e imagem: perfeito!
Beijo, boa semana.
Retorno para agradecer suas palavras amigas no dia do meu aniversário,
ResponderExcluirMeu amigo obrigado e um grande abraço.
Élys.
Un poema muy bello, Pedro.
ResponderExcluirLuces y sombras.
Día y noche.
Maravilloso crepúsculo has descrito.
Abrazos
Su poema describe sensaciones que todo el que contempla un ocaso sobre el mar puede compartir.
ResponderExcluirEn estos día, nosotros también hemos visto unos ocasos impresionantes desde la ermita de Santa Lucía, en Alcossebre, Castellón. Está situada en lo alto de un pico de 300 m. frente a playa de Alcossebre y rodeada por dos sierras, la de Irta y el Bajo Maestrazgo, por lo que si giras 360 gº puedes divisar todo el paisaje como si te envolviera.
Pensando en los grandes navegantes que al ver como nosotros el sol desaparecer bajo las aguas o tras las montañas, entendemos que pusieran en marcha sus engranajes mentales decidiendo embarcar e ir a su encuentro. Saludos, Pedro.
Passei para ver as novidades.
ResponderExcluirMas gostei de reler o seu excelente poema.
Caro Pedro, aproveito para lhe desejar um bom fim de semana.
Abraço.
Oi,Pedro! Acabou de entrar um céu teu ! abrs, obrigadão! chica
ResponderExcluirhttps://ceuepalavras.blogspot.com/2020/03/ceus-da-roselia-celina-e-do-pedro-luso.html