AGITAÇÃO
NA METRÓPOLE
--
PEDRO
LUSO DE CARVALHO
O
som da música neste caminhar,
já
à míngua,
vem
para a ansiedade aplacar,
trégua
para a mente
de
quem está perdido
em
meio a tantas pernas
nervosas
que
não param
não
param,
de
rostos contraídos,
inexpressivos
rostos
sem
sinal de alegria ou dor,
de
tantos braços agitados,
outros
contraídos
a
segurar bolsas,
pastas,
pacotes,
nesta
rua aonde passo
com
passos serenos
alheio
à balbúrdia,
com
a alma suspensa
em
meio às áureas nuvens
no
enlevo das suítes
do
Mestre Bach
tocadas
pelo encantador de cellos,
Mestre Rostropovich,
rodeado
de belezas angelicais.
* * *
Boa noite dominical, amigo Pedro!
ResponderExcluirUma verdade indiscutível a questão de andarmos, sabiamente, alheios às balbúrdias de todo tipo, sobretudo ensimesmados nas cantatas de Bach e de outros clássicos fenomenais.
Tem vezes que até falam comigo e estou absorvida completamente com a beleza dos lugares... não me concentro em tumultos.
Estou onde o povo está por questão de morar em lugar de turismo, mas me ponho em mim, com facilidade. Não me deixo contaminar.
Suporto até onde não me prejudique a paz da alma.
Um belo poema que gostei de ler, parabéns!
Tenha dias novos felizes!
Abraços fraternos de paz e bem
Um profundo olhar no cotidiano.
ResponderExcluirEste movimentar desordenado em meio aos decibéis astronômicos,
uma busca inglória de uma paz inalcançável no delirar-se em cellos alucinados,
no aconchego de Bach.
Uma arte de Pedro, que me faz aplaudir.
Uma bela semana amigo imune ao corre-corre.
Abraços.
Boa noite amigo Pedro!
ResponderExcluirBeleza pura esta linda poesia, que maravilha!
Meus parabéns , gostei imenso.
Um beijo fraterno. Tenha uma semana de paz e bem!
Meu caro Pedro,
ResponderExcluirCitando os clássicos, eu digo que a vida de Wolfgang Amadeus Mozart, não foi nada fácil, pois, a história relata que ele nunca teve uma saúde excelente. Mas, pior é verificar que a "Für Elise", do genial Ludwig van Beethoven, se transformou na "musiquinha" que toca no caminhão de gás. Ainda bem que o gás natural do meu condomínio é canalizado, assim, evito ter de escutar esse absurdo, que vindo dos alto-falantes do caminhão do gás, se torna também em balbúrdia (que não é o som da música neste caminhar... Mas, sim, de um caminhão).
Isso dito, encerro dizendo que o teu poema é mais uma vez muito bom.
Um abraço e que venha mais uma boa semana para nós!!!
Un andare nella vita di tutti i giorni, in cui siamo distolti da una musica particolare, che induce a profonde riflessioni...
ResponderExcluirVersi belli, buona settimana e un caro saluto, Pedro,silvia
Pedro, que bom quando conseguimos fugir das pernas nervosas, agitadas que correm e cheias de bolsas, pacotes..Linda poesia,mais uma!!!.Prefiro a calmaria e passaste bem essa diferença! abração, linda semana! chica
ResponderExcluirExcelente captación, amigo Pedro, de lo que los grandes de la música sentían y expresaban.Gran poema.
ResponderExcluirAbrazo.
Um excelente retrato do que se passa em certas cidades. Conseguir alhear-se da balbúrdia "no enlevo das suítes do Mestre Bach tocadas pelo encantador de cellos" é magnífico!
ResponderExcluirUma boa semana, meu Amigo Pedro.
Um beijo.
Bom dia. Mais um bonito poema!! :)
ResponderExcluir-
Sussurros ao entardecer ...
Beijo e uma excelente semana!
Muito bonito esse poema!
ResponderExcluirUma boa semana
Abraço
😉
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Que lindo poetar, a imagem deu-lhe essa grandiosa inspiração, me fez voltar no tempo, mas em um tempo em que a cidade era tranquila, sem nenhuma balbúrdia e meu pai me levava com ele em lojas de discos, aqueles de vinil, ouvíamos as músicas clássicas, ele adorava e eu cresci, além de meio em muitos livros, também entre esses discos que ainda os tenho em lembranças desse meu querido e culto pai!
ResponderExcluirAinda bem que se pode sair dessa agitação ouvindo, bem como dizes, o som enlevador da alma!
Amei ler aqui, deixo abraços apertados!
Bello poema de la ciudad.
ResponderExcluirAbrazo
um excelente quadro do quotidiano numa grande urbe
ResponderExcluira cadência dos passos, e a monótona e monocórdica repetição dos gestos
o Poeta eleva-se para melhor nos poder dizer,
enorme teu talento, meu caro Poeta
e distinto amigo
grande abraço
parabéns
Um poema belíssimo que muito bem apreendeu e expressou, o espírito inquieto e caótico das nossas cidades... que por antítese bem poderá ser muito diferente do que nos vai na alma... se de tal efectivamente nos conseguirmos alhear...
ResponderExcluirFinalmente de volta por aqui, após uma ausência mais alargada da Net... e daqui a pouco... com mais tempo, estarei de volta espreitando mais algumas das últimas publicações, que por aqui se me foram escapando ultimamente...
Beijinho! Votos de uma feliz e inspirada semana, Pedro!
Ana
Un magnífico poema en el que expresas con detalle todo el bullicio de una gran ciudad, donde las personas van con expresiones diferentes según la situación de cada cual.
ResponderExcluirMuy grato leerte Pedro.
Un abrazo.
PEDRO,
ResponderExcluirEsse tema que abordas é ótimo, nas nervosas metrópoles do mundo, onde vivemos também um tanto nervosos, encontrando pelas ruas infinitos rostos desconhecidos, pra cima e pra baixo, parecidos com desenhos animados, a ansiedade é o mal dos últimos séculos. Sinto em certos momentos que estamos desconectados de nós mesmos, comprando, comprando... Mostras com detalhes, gente suada, cansada carregando bolsas, sacolas, pacotes parecendo perdidas e mergulhadas em ilusões. Assim somos nós, que muitas vezes não nos vemos assim, esquecemos que fazemos parte dessa engrenagem toda. Nos momentos que paramos, sentimos a briza de um paraíso, mesmo que minúsculo.
Belo poema, gosto de ver, também poeticamente, a realidade da vida, mesmo a que nos sufoca.
Beijinho, meu poeta, daqui do lado.
Gostei bastante deste poema:))
ResponderExcluirHoje : O Meu horizonte adormecido.
Bjos
Votos de uma Óptima Noite.
Amigo Pedro,
ResponderExcluirTantos rostos circulando ao nosso lado e estamos praticamente só de amizade, há um desconforto total. Só é bonito de se ver.
Uma linda poesia escrita com maestria que lhe é peculiar.
Beijos a família
Lua Singular
Sobrevoar a multidão e, não obstante, senti-la é de poeta mesmo.
ResponderExcluirAmo concentrar desconcentrando.
Excelente poema, Pedro!
Beijos.
As cidades, pelo menos as grandes, são uma enorme balbúrdia. E meio ingovernáveis...
ResponderExcluirMagnífico poema, gostei imenso.
Caro Pedro, um bom resto de semana.
Abraço.
Fantástico poema y lleno de realidad.
ResponderExcluirMe parece excelente.
Un beso. Feliz fin de semana.
Pedro, um grande e grandioso poema, em as as metáforas desempenham um papel fundamental, para o considerar de imagética intervenção. Abraço!
ResponderExcluirBoa tarde, Pedro Luso
ResponderExcluirNecessário evadirmo-nos naquilo que nos é mais caro, e ver tudo de um prisma que nos permita avaliar o que se passa nos espaços urbanos. Demasiado movimento, pressas, feições contraídas, numa lufa-lufa que nos tira o prazer da vida ao ar livre, porque, na verdade, o ar se torna irrespirável.
Adorei ler este seu poema, meu amigo. Palavras que nos dão conta de que há sempre uma outra forma de vida, bastando que a façamos nossa.
Abraço
Olinda
e, que bela poesia!
ResponderExcluirOlá Pedro
alheia à balbúrdia,
com a alma suspensa
(é assim que gosto de andar...)
Obrigada pela partilha.
venho dizer que acabei agora mesmo de fazer um post novo,
aqui:
http://tempolivremundo.blogspot.com/
Bom fim de semana
Beijo da Tulipa
Olá, Pedro,bom dia!..
ResponderExcluirPra mim, toda visita que faço pra você,
é bem mais, do que uma simples visita,
é uma verdadeira aula, aprendo muito,
pena, que não consigo vir com tanta
frequência como gostaria...
Um grande abraço, amigo Pedro!!!
Deambulando por entre a multidão
ResponderExcluirApertado, dores que vai sofrendo
Tantas vezes o versátil coração
"Chorando" caminha no tempo
.
Gostei muito do poema por si oferecido a todos os seus leitores.
Feliz fim de semana
Eis a maior solidão:
ResponderExcluirEstar sozinho entre gente.
O solitário se sente
Igual aos outros que estão
Ali, nessa ocasião,
Também ao universo ausente,
Porém, depois, de repente,
Gozarão de amor, paixão,
Colóquios e rapapés.
E o solitário, ao invés
De pelo menos sonhar
Com amor, com alegria,
Sente a sua alma vazia,
Sem amizade e sem lar!
Poema à medida certa à solidão que tantos vivem entre uma multidão estridente. Dizem os taoistas que tudo que se precisa está dentro de nós mesmos; e no silêncio da meditação encontramos milhares de amigos dentro de nós, porém no tumulto de muitos, vive-se a solidão extremada. Por isso eu agradeço aos céus todos os dias por ter a quem amar, lutar e prover, para ser provido pelo amor e atenção na velhice carente. Parabéns, amigo! Abraço fraterno! Laerte.
Boa noite de boas gentilezas, amigo Pedro!
ResponderExcluirFico até sem palavras para expressar gesto tão nobre.
Um vez, Chica também o fez com outro livro meu e agora você e Taís com outro.
Vejo voce e Tais de uma generosidade incrível.
Eu creio no poder da força espiritual que nos une independente de parentesco.
Já distribuí tantos livros e ninguém o havia posto assim na pãgina tão escancarado e nunca tive a intenção tampouco, claro! Muitos fizeram resenhas e referência e eu registro tudinho para fazer parte da história pessoal virtual com carinho retribuído.
Depois que teminarem a leitura verão que se trata de um romance de Bodas de Ouro e está em muito boas mãos ao casal que fará a sua, com certeza.
Depois do gesto de voces eu me sinto um botao em progressao...
Que Deus abençoe o Amor de vocês!
Você e Taís são um casal muito lindo e adoro quando se falam assim: 'beijinho aqui do lado', 'do escritório'. Até comentei isso em casa... Muito belo!
Seja muito felize e abençoado!
Muito obrigada por tudo, meu amigo.
Abraços fraternos de paz e bem
Rosélia, tu mereces os carinhos...Colhes o que semeias...bjs, chica
ExcluirOlá, minha amiga Roselia!
ExcluirPostei no “Mural do Blog” o seu livro, minha forma de agradecimento pelo presente e, também, um meio para divulgá-lo. Você merece essa atenção, minha amiga. Parabéns pelo livro!
Um bom domingo, Roselia.
Un hermoso poema Pedro.
ResponderExcluirAhora que desde hace dos años vivo en una ciudad y he dejado el pueblo, puedo percibir todo eso que trasmites tu poema de manera especial.
Gracias por compartir.
Pernas nervosas, para que as quero?
ResponderExcluirE vamos, que vamos pela urbe nossa de cada dia! E seguimos em exílio pelas nossas metrópoles. Um belo retrato do cquotidiano de nossas cidades. As grandes!
Muito arquitetado e construído o poema!
Um abraço, meu caro amigo Pedro!
"nesta rua aonde passo
ResponderExcluircom passos serenos
alheio à balbúrdia,
com a alma suspensa
em meio às áureas nuvens
no enlevo das suítes
do Mestre Bach
tocadas pelo encantador de cellos»
PARABÉNS amigo Pedro, por tão bem captares o quotidiano e aqui o partilhares num magnífico poema!
Beijo.