DESENCANTO
— PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Há
um navio atracado no porto.
Quem
sabe seja esta a hora
para
mudar o rumo
da
vida que leva,
para
fugir das teias,
dos
laços emaranhados,
que
o aprisionam.
Não
há tempo para dúvida,
vida
melhor poderá existir
lá
adiante, onde se põe o sol,
onde
tudo é novo,
águas
da nascente
a
correr para o mar,
protegidas
pelas margens.
Não
se justifica o atraso.
O
navio atracado não espera,
partirá
com os corajosos,
que
levam em suas malas
unicamente
o necessário,
deixando
para trás as dores
e
as feridas abertas.
* * *
Bei versi però ci vuole coraggio per lasciarsi tutto alle spalle e come Peter Pan partire alla ricerca della “isola che non c’è”.
ResponderExcluirCiao amico Pedro.
Felice settimana
enrico
Nuove aspettative di vita, in un nuovo percorso, diverso nei suoi equilibri, per una saggia motivazione interiore.
ResponderExcluirLirica molto apprezzata,buona settimana e un saluto, Pedro,silvia
O drama da emigração, e o barco em espera. Muito bom.
ResponderExcluirAbraço e uma boa semana
Sería fantástico que los más desfavorecidos pudieran coger rumbo en ese barco anclado, y dejar las mochilas cargadas de dolor, y ligeros de equipaje navegar hacia otro lugar donde las heridas se les curen.
ResponderExcluirMuy bonito tu poema Pedro, me encantan todas las estrofas.
Un abrazo y buena semana.
Bom dia
ResponderExcluirDivino este poema. Um barco atracado que, poderá ou poderia ser como uma vida parada.
Existe sempre uma nova partida
.
Feliz inicio de semana.
LINDA poesia e há que se ter coragem...O navio ali atracado só levará quem assim for! ADOREI! abração,chica
ResponderExcluirMudar o rumo. Encher os olhos de mar. E partir, mesmo que só pela imaginação. Porque sempre um sonho nos arrasta…
ResponderExcluirUma boa semana, meu Amigo Pedro.
Um beijo.
Más allá de donde se pone el sol, amigo Pedro,puede estar la meta de tantos sueños y esperanzas.
ResponderExcluirAbrazo austral.
Pedro,
ResponderExcluirQue forte, verdadeiro e belo poema! Geralmente as pessoas nutrem uma esperança e seguem a vida infeliz que levam. Entregam suas vidas ao acaso, dão voz ao destino com a esperança que um dia tudo melhore. E o tempo vai passando e nada acontece. Um dia morrem, e apenas uma palavra corre na boca daqueles que o conheceram: 'coitado, encontrou a paz'. Isso é mais comum do que se pensa. Triste.
Grande inspiração.
Beijinho daqui do lado, meu poeta.
Aplausos!
ResponderExcluirUma beleza seu poema, Pedro.
Nesse barco não cabem dores.
Lindo poema, mas que tudo seja um encanto
ResponderExcluirBeijinho no coração e votos de uma boa semana
Blog |danielasilva-oficial.blogspot.com
Loja | www.facebook.com/danielasilvaqb
Mais um poema fantástico!! Amei!
ResponderExcluir-
A densidade do tempo entristece meu olhar
Beijo e uma excelente Semana.
Qué precioso poema!!!!.
ResponderExcluirPalabras de esperanza.
Te felicito.
Un beso.
Feliz semana.
A veces dan ganas de subir a un barco y no pensar ni en lo que se deja atrás ni hacia dónde se va.
ResponderExcluirAbraços, Pedro.
Oi, Pedro, quantas esperanças levam no coração aqueles que partem...o pai do meu pai dizia que quem sai de sua terra muda o seu destino.Mas também quanta saudade leva em seu coração! fica um sentimento de que perdeu alguma coisa pelo caminho...um pouco de sua identidade sendo o mesmo e também já sendo outro.
ResponderExcluirUm abraço
Boa noite de nova semana, amigo Pedro!
ResponderExcluirEstou suspirando ao ler seu poema, vejo como um bom sinal. Para mim, me disse seu poema que meu espirito respirou livremente na sensacao de ver o barco navegar serenamente.
Creio que, hoje, partiria feliz ao encalco do que me e sabido no coracao.
Apesar de seu poema apresentar novas possibilidades, novos rumos... Sinto-me em paz profunda em embarcar ao que me e familiar. Nao me bateu desejo de nova opcao. Navegaria conforravelmente.
Gostei tanto de ler figuras que voce utiliza em seu poema e ainda permanecer na paz. Sem dor na alma e sem bagagens pesadas as costas.
Que nossos rumos sejam pacificadores!
Bela mensagem de positividade passa o poeta na leveza e na simplicidade. Uma arte bonita a sua. Parabens!
Tenha dias felizes!
Abracos fraternos de paz e bem
Uma bela tela Pedro para inspirar.
ResponderExcluirE seu poema vem como moldura para falar deste momento, que há de perda de esperanças e de buscas de soluções. Momentos que a sensação de fuga nos abraça e um barco, um navio vem impulsionar esta ideia, como um alivio para o coração aflito e desejoso de felicidade e para tal levamos nossas angustia para lançaremos sobre as águas do mar.
Parabéns Pedro nesta bela construção.
Meu abraço na feliz semana.
Su referencia a llevar en los bolsillos sólo lo suficiente para cambiar de vida, me parece de gran importancia.
ResponderExcluir¿Qué impide muchas veces cambiar el rumbo? Atarse a lo emocional, a lo material...
Cuando lo cierto es que el barco, la vida, no espera. Cuando debe partir, parte.
Saludos.
Ese es el dilema de la vida. ¿Zarpar a la ventura, esperando que el barco nos lleve a un desstino mejor? O quedarnos con la vida que tenemos, sin arriesgar nada.
ResponderExcluirBesos
Um excelente poema meu amigo, não é fácil partir rumo a novas paragens.
ResponderExcluirUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Bom dia querido amigo Pedro,
ResponderExcluirDesculpe minha ausência por aqui, alguns probleminhas com o PC, e outros de ordem pessoal limitaram minhas visitas.
Que bonito poema, a esperança aliada a coragem e vislumbrar outras paragens, destaco:
"
Há um navio atracado no porto.
Quem sabe seja esta a hora
para mudar o rumo
da vida que leva,
para fugir das teias,
dos laços emaranhados,
que o aprisionam."
Deixo o lnk do novo blog, lá tem festa pra nossa amiga Chica, passa lá e deixe seu carinho.
https://celebrandosuavida.blogspot.com/2019/11/vamos-celebrar-com-chica.html
Bom dia de paz.
Saudações amigo.
Gosto imenso de partir mesmo sem sair do lugar. É uma ideia motivadora. Mudar de rumo, deixando para trás a bagagem que não nos faz falta.
ResponderExcluirBelo poema, meu amigo Pedro.
Um beijo.
Muy interesante esta bonita poesía. Siempre son hermosas las letras en las que esta el mar y mucho más, cuando hay barquitos por medio.
ResponderExcluirUn abrazo amigo Pedro.
Lindo seu poema. A imagem que ilustra e a poética me sugere velejar pelas constantes indecisões dos que estão à deriva da vida. Abços.
ResponderExcluir¡Hola, Pedro!
ResponderExcluirNos dejas un precioso y profundo poema que hace reflexionar. Claro que sí, todos tenemos ese barco esperando para el último viaje, liviano sin equipaje, no nos hará falta, pues anclará en otro puerto y con esperanza, se espera encontrar un reino lleno de paz y amor.
Pues este mundo que nos toca vivir está lleno de contrariedades, está contaminado de crueldades sin sentido y no nos gusta para vivir. Pareciera qué, lo que mola es tener dinero a montones, los corruptos no se conforman, quieren millones y millones salga de donde salga y para allá nada se lleva. Llegaran totalmente pobres.
Un placer leerte Pedro, tu poema es una lección de vida. Gracias.
Te dejo mi fraterno abrazo me gratitud y estima.
Se muy, muy feliz.
Breve o navio vai partir. Pensar rápido, decidir a melhor solução e embarcar ou não.
ResponderExcluirUM abraço.
Élys
O desencanto, por vezes, leva a procurar novas águas, novos rumos, novos portos...
ResponderExcluirMagnífico poema, gostei imenso.
Caro Pedro, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
Esos emigrantes que dejaban atrás su tierra y familias, sólo llevaban esperanza en el alma y unas ganas enormes de poder regresar.
ResponderExcluirMuchos de ellos, lo habían vendido todo para poder comprarse un pasaje.
Cariños.
Kasioles
Sempre é hora de seguir viagem.
ResponderExcluirA tua imagem e poema
ResponderExcluirRepresentam-me desafio
Tênue, sobre um fino fio
De uma navalha que acena
O corte à incisão pequena,
Porém propõe ser mortal
Se a tempestade naval
Afundar a embarcação
E matem planos que estão
A nos nutrir, bem ou mal.
Tudo depende da nave
Que está nos levando ao porto
Com vida; não depois de morto.
Se a imagem é naufrágio grave
Tendo escaleres por chave
De rota a um porto seguro,
Quem planejou o futuro
Não contava com naufrágio
Pagando um caro pedágio
Ao oceano obscuro.
Porém se aquele navio
Está ancorado em porto
Levando o povo ao conforto
Em desembarques a fio
Para um cais à foz de um rio,
Não há, pois, quem chegue morto!
Então, Pedro Luso, penso
Que a vida é renovação
E se é ruim onde eles estão,
Acenem o branco lenço,
Procurem no mundo imenso
Um lugar de esperança,
Visto que quem busca alcança
Sempre seus objetivos.
Pois luta é própria dos vivos
Que enxergam nela a bonança!
Meu amigo, Pedro Luso, como sempre nos deixas no ar à complementação do contexto para que façamos parte de tua arte poética e que cada um entenda a seu modo. O teu poema diz que há um navio atracado - o da figura parece à deriva próximo a um farol que denota perigo. Um escaler dá de ver claramente que se afasta da embarcação maior que tem a escada para saltar de bordo arriada ao costado. Há um pequeno bote a vela que denota estar se aproximando do navio à ajuda... Seria uma iminência da nave afundar? Fico com essa hipótese. Parabéns pelo poema e imagem de complementação à postagem! Grande abraço! Laerte.
Um comentário digno do poeta, meu dileto amigo Laerte Tavares, que, além de ser talentoso poeta tem larga experiência na vida marítima, daí ter dito que o barco não se encontra no porto, além de outras observações que denotam a sua vivência no mar, embarcações, o tráfego marítimo, etc. Mas como o poeta Laerte também tem vivência nas artes plásticas, certamente aceitará a minha justificativa de a obra postada acima do poema não seja exatamente um navio no porto, qual seja dita justificativa: quis fazer uma homenagem ao grande pintor brasileiro, Jerônimo José Telles Júnior, natural do Recife, cidade dos nossos grandes poetas Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto.
ExcluirAgradeço à presença amigo Laerte.
Grande abraço.
Valeu, meu prezado amigo!
ResponderExcluirPenitenciar-me venho:
A obra não é o desenho
Do poema que o bendigo!
Abertos olhos, consigo
Enxergar, de sobrecenho
Sereno, pois teu engenho
Está de acordo comigo
Como o eterno aprendiz
Que vê na arte o matiz
Da cor que mais nos seduz.
O teu poema, pois, diz
Que mudar é diretriz
À alma buscando luz.
Parabéns, grande poeta! Abraço fraterno! Laerte.
Há que ter a coragem de procurar novos rumos.
ResponderExcluirAo ler o seu maravilhoso poema, lembrei-me logo da minha filha, que foi com a família, à procura de novos horizontes.
Beijinhos
Maria
Desencanto... sempre a semente, que inspira coragem, fé, mudança... e esperança em algo melhor...
ResponderExcluirO que nos impulsiona... fazendo acreditar, que a possibilidade se pode tornar realidade!...
Belíssimo, e tocante poema, sobre este sentimento... que costuma premiar, os que nunca desistem... e que sabem... que em algum outro lado... um porto de abrigo... ainda lhes calhará no destino!...
Beijinho
Ana
Magnífico poema, amigo Pedro!
ResponderExcluirEste tocou-me particularmente pois assisti ao «embarque» duma filha. Ela, uma filha corajosa. Eu, uma mãe angustiada. Doeu! Dói!
Beijo.