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11 de nov. de 2019

[Poesia] PEDRO LUSO – Uma Sombra na Casa






UMA SOMBRA NA CASA

  – PEDRO LUSO DE CARVALHO




A casa parece abandonada
na rua precária sob o sol,
num silêncio pesado de pedra,
embora se visse aquela sombra.

A sombra na sala de quem era?
Era sombra de homem, de mulher,
que estava sentada na cadeira
no silêncio da casa vazia?

Na rua precária sob o sol,
vinda da cidade a multidão,
para desvendar esse mistério,
a sombra que foi vista na casa.

Não encontram nenhuma casa
na rua precária sob o sol,
pastavam ali, mansamente,
ovelhas diante do pastor.





*   *   *


 





32 comentários:

  1. Misterioso poema, cuántas casas con sus sombras bajo el Sol.
    Si las casas hablarán sobre esas sombras
    Un placer leerte Pedro.
    Feliz comienzo de semana.

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  2. Lindo e nem sombra,nem casa foram vistas...Bela inspiração! abraços, ótima semana! chica

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  3. As sombras que nos perseguem criam ilusões que são apenas alarmes da melancolia…
    Gostei muito do seu poema, meu Amigo Pedro.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  4. Meu caro Pedro,
    As lembranças do passado estão contidas nas "sombras"... No "silêncio da casa vazia", dos que habitaram esse espaço, mas, que não assombram... E sim, represam tempos idos, que ainda se registram na casa e naquela cadeira, que sabe bem quem nela sentou, mas igual ao "criado-mudo", a cadeira também se embatuca.

    Gosto muito de ler o que o amigo escreve.
    Um abraço e bom inicio de semana!!!

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  5. Olá:- Simplesmente fabulosa esta poesia.
    .
    POEMA ** Fremente Loucura **
    .
    Desejando uma semana feliz

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  6. Es un inquietante misterio, estimado Pedro, que nos planteas con arte y con ese notable dibujo de Böcklin.

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  7. Uno scenario desolato e accaldato in questa originale lirica di bella lettura
    Un caroa saluto, Pedro,silvia

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  8. Misterio, intriga, emoción. Tras la realidad, ni casa, ni sombra sólo una ilusión.
    Seguramente los recuerdos cobran vida, y sólo aciertan a verlos aquellos que aún los llevan en el corazón.
    Me encanta el cuadro de Arnold Bröklin que has elegido para enmarcar tu bonito poema.
    Cariños.
    kasioles

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  9. Gostei bastante:)!!

    Beijo e uma tarde feliz!

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  10. Lindo demais!
    Amo casas - especialmente a santigas. As abandonadas me causam pena.

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  11. Boa noite de paz, amigo Pedro!
    Havia uma casa em meu caminho...
    Havia uma casa?
    Era uma casa muito engracada, nao tinha teto, nao tinha nada...
    Muito bom quando um poeta escreve com a alma a ponto do leitor embarcar noutras viagens literarias ou artísticas. Mérito do poeta que teceu o poema.
    Seja muito feliz e abencoado!
    Abracos fraternos de paz e bem

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  12. Caro Pedro, os versos deste belo poema dão-me a ideia de que o autor é um ser muito tranquilo, que goza de muita de paz de espírito.
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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  13. Un bonito cuadro y unas bonitas letras donde el misterio y la ilusión del recuerdo que pueda tener una casa abandonada, van envolviendo sensaciones de soledad en un lugar sin vida.
    Un gusto y un abrazo.

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  14. Pocas imágenes más sugerentes que una bella ruina con la luz de la luna introduciéndose por sus huecos.
    El pintor que has escogido, puro romanticismo, nos brinda una sonata a la vez que admiramos su pintura. Saludos

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  15. Testemunhos com testemunhas
    Bom registo o seu

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  16. oi, Pedro, que maravilha o poder de criar em nossa mente imagens que nos fazem sonhar a realidade surreal...o escritor compõe como outros artistas imagens de forte emoção! ser ou não ser e por que não?Parabéns!
    Um abraço

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  17. Boa noite amigo Pedro!
    Um poema lindíssimo, adorei... até me pareceu que estava observando a sombra dentro da casa, tentando também descobrir se era homem, ou mulher?
    Como é belo o seu imaginário! Continue com uma feliz semana de paz e bem. E partilhando estes maravilhosos poemas...
    Beijo fraterno!

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  18. Los pueblos vuelven a la tierra, tristes ruinas y bonita estampa la que has elegido para acompañar a tu precioso poema.

    Abrazote utópico, Irma.-

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  19. Magnífico, meu amigo Pedro, sem "sombra" de dúvida!
    Hum, não descobri o mistério...
    Beijo.

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  20. Um poema encantador, inspirado por uma feliz imaginação.
    Um grande abraço.
    Élys

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  21. Uma casa misteriosa, sem dúvida.
    Gostei do poema, é magnífico.
    Caro Pedro, continuação de boa semana.
    Abraço.

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  22. Quizás algún vecino de los alrededore haya observado la sombra y le recuerde alguna vieja historia que sucedió entre esas paredes de la casa...¿puede ser alguún fantasma que recuerde con nostalgia los años que vivió en eas casa? o ¿quizás vuelve atormentado por los trágicos sucesos que aconteció en ella?

    Besos

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  23. A sombra nessa ruína
    Que foi um lar certo dia,
    Preenche a casa vazia
    Cobrindo o Sol que a ilumina.

    E lá no alto do colina,
    De baixo, a casa se via
    Transversalmente por via
    Do viés que o Sol se inclina.

    Hoje a casa do outeiro
    E uma ruína de inteiro
    Desprezo e mal-assombrada,

    Cuja sombra, é um ligeiro
    Arremedo em pardieiro
    Do lar que foi. Hoje é nada!

    Belo poema à casa em ruínas! Parabéns, amigo Pedro! Abraços! Laerte.

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  24. Pedro,
    Gosto muito de ler
    seus versos.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  25. Bom dia, Pedro, a imagem que ilustra seu intrigante poema já nos deixa com a curiosidade aguçada.
    Gosto de poemas como este, que nos deixa com vontade de ler mais.
    Quem sabe a casa, e a sombra estejam ainda lá, e só são visíveis a pessoas com dons especiais. Excelente este poema. Abraço!

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  26. Excelente y misteriosa imagen.
    Un poema magnífico.
    Un placer disfrutar de tus letras.
    Un beso.

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  27. Perfeita imagem para seu brilhante horripilante inspiração, a curiosidade, os mistérios tão comuns aos casarões depredados.
    Belíssimas metáfora com sua arte de poetizar.
    Bom fim de semana amigo e paz na família.

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  28. Pedro,
    Belo e intrigante poema, essas casas esquisitas, que parecem assombradas, nos remetem àquelas histórias de quando crianças escutávamos atentamente, cujo fascínio eram exatamente porque continham alguma coisa que nos causava medo e ao mesmo tempo nos desafiavam. Muito criativo, muita imaginação.
    Aplausos meus!
    Beijinho daqui do lado.

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  29. Casos de casas abandonadas que desaparecem, alimentando espíritos criativos e poéticos, apreciadores de bons mistérios...
    Ótima semana, Amigo.
    O meu abraço.
    ~~~

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  30. Um poema que prende sobremaneira a atenção do leitor pela construção das imagens sobrepostas, constituindo um breve enredo. Brevíssimo. Uma pequena história que surpreende pela condensação em imagens poéticas.
    Gostei do inusitado do poema, meu caro amigo Pedro!

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  31. E quando partem as pessoas... também desaparece a alma das casas...
    Um poema muito introspectivo, que nos mostra... como as casas são o reflexo da alma, de quem nelas mora... gostei imenso!
    Beijinho
    Ana

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Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho