>

9 de jan. de 2020

[Poesia] PEDRO LUSO – Os Judeus





OS JUDEUS
– PEDRO LUSO DE CARVALHO



Do dia para noite,
ricos respeitados
no desfrute de iluminadas vidas,
homens instruídos
instruídas mulheres,
veem seus castelos ruírem
ante a loucura
de quem via o invisível,
a superioridade
da ariana raça,
impondo humilhação
e dor ao povo judeu.

Os germânicos acreditaram,
não todos, mas foram muitos,
no celerado líder
com a força do aval
para submeter aos judeus,
crianças, mulheres e homens,
à prisão e à fome,
à tortura e à morte
(sem compadecimento)
nas câmaras de gás,
em campos de concentração,
onde o silêncio amedrontava.

Depois da tortura e da morte
de milhões e milhões de judeus,
foram abertos os campos
(concentração do terror)
para permanecer no tempo
(como sinal de alarme),
a denúncia de tantos crimes,
com heróis semivivos
a lembrar a barbárie,
para que nada fique escondido
no tempo presente e futuro,
para que nada fique esquecido.




   *   *   *




35 comentários:

  1. Una parte de la historia que siempre estará presente en todas las generaciones, dado a la crueldad de un dirigente y sus seguidores. Un bello poema con el que lo traes a la memoria y que nunca se debiera olvidar para que no se repitiera. Pero las guerras y el abuso del poder nunca cesa...
    Un abrazo Pedro.

    ResponderExcluir
  2. Triste fato esse,marcou vidas pra sempre. Tomara nunca sejam esquecidos para que ninguém os tente igualar...abraços, chica

    ResponderExcluir
  3. Muito bom :))

    Hoje : Faz do meu corpo, o violino.

    Bjos
    Votos de uma óptima Segunda - Feira

    ResponderExcluir
  4. O seu excelente poema a lembrar o holocausto. Só penso como foi possível acontecer… É preciso não esquecer nunca…
    Uma boa semana, meu Amigo Pedro.
    Um beijo.

    ResponderExcluir
  5. Pedro Luso, Verdadeira poesia histórica, mais um contributo para denunciar o horror do chamado holocausto, para que outros, ainda de menor dimensão, deixem de existir à face da terra. De notar também a tela da ilustração, decerto executada por artista que viveu o horrível cenário.
    Abraço

    ResponderExcluir
  6. Y pese a todo, amigo Pedro, todavía hay quienes niegan la existencia del holocausto.

    Abrazo austral.

    ResponderExcluir
  7. Tristi pagine di storia, riportate in notevole poesia.
    Un caro saluto, Pedro,silvia

    ResponderExcluir
  8. Bom dia, Pedro. Belo poema, que fala de um período da história da humanidade do qual eu me envergonho...

    Abraços, boa semana!

    ResponderExcluir
  9. PEDRO,
    Nossa Senhora!! Isso foi a maior mancha da humanidade, o horror dos horrores! É aí que não coloco minha mão no fogo pela dita humanidade. Não me passa pela cabeça que possa acontecer algo tão horripilante! Mas... Os de 'bem' que se unem.
    Poema necessário, mostra a dor mais intensa que pode existir, a física e a moral, aquela que fica até os últimos dias.
    Envergonho-me.
    Aplausos, meu poeta!
    Beijinho daqui do lado.

    ResponderExcluir
  10. Es lo que lleva el odio del ser humano. Esta historias debe de servir de ejemplo al camino que no debemos seguir y que conduce a estos horrores. en el mundo actúal sigue habiendo horrores, por mucha lecciones, de lo que no se debe hacer y que snos da la historia.

    Besos

    ResponderExcluir
  11. Um poema sobre a maior atrocidade da história. Porém parece que a história se vai repetindo embora os intervenientes sejam outros, Pois o que os judeus estão tentando nesta altura é a exterminação dos palestinianos.
    Abraço

    ResponderExcluir
  12. Sabe Pedro,
    Eu era menina e a escola nos
    levou para conhecer ali no Aterro do Flamengo
    no RJ, o Monumento dos Pracinhas.
    Meus Deus e que vivia uma vida dura
    mesmo sendo criança, voltei para casa
    com aquelas imagens na mente.
    Tive pesadelos por tempos.
    Seus versos retratam a dor de
    um tempo, de um povo.
    E li aos 17 anos um livro
    de nome O Refúgio Secreto
    que falava do sofrimento
    e do massacre e da fuga e
    da injustiça.
    Como Eu disse no Blog da Graça
    a pouco, gosto de como poetas que somos
    termos a possibilidade de passar não só
    amores, mas dores pra a forma de poesia.
    Memória é isso, é lembrar com poesia.
    Bjins
    CatiahoAlc.

    ResponderExcluir
  13. Una tragedia immane.
    Quell’odio senza senso ancora oggi purtroppo contamina il cervello di molte persone.
    Buona giornata caro amico
    enrico

    ResponderExcluir
  14. O texto perfeito para acompanhar a imagem perfeita do perfeito horror...
    Muito bom, Pedro.
    Ótimo Dezembro.
    Abraço
    ~~~

    ResponderExcluir
  15. Um marco muito negro na História.
    O poema é excelente, num tema nada fácil de ser abordado poeticamente.
    Caro Pedro, continuação de boa semana.
    Abraço.

    ResponderExcluir
  16. Boa tarde Pedro,
    Um poema magnífico que retrata com mestria os acontecimentos deste período da história nazi que dizimaram tantas vidas.
    Parabéns pela autenticidade que impregnou na construção do poema.
    Um beijinho.
    Ailime

    ResponderExcluir
  17. Amigo Pedro: Creo entender, por el comentario que me has dejado, que tú hoy no has llegado a comprender claramente mi entrada.
    De esta vez escribo a una amiga bloguera que nos ha dejado hace un año, un 6 de Diciembre, yo no sé si tú la llegaste a conocer, su blog se llama PENSAMIENTOS EN ÁMBAR, y era una gran poetisa, al igual que tú.
    Te dejo cariños y te deseo un buen fin de semana.
    Kasioles

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Minha amiga Kasioles entendi a matéria de sua postagem, na qual comentei. Logo percebi que você fazia uma homenagem a uma pessoa que foi blogueira, mas não me dei conta de que se tratava de AMBAR. que tinha o blog PENSAMIENTOS EN AMBAR.
      Conheci a excelente poetisa. Por muitas vezes li seus poemas e os demais textos. Também tive a satisfação de receber as visitas de AMBAR, que sempre deixava para mim comentários de incentivo. Também senti a merda dessa poetisa.
      Beijo, Kasioles.

      Excluir
  18. Como a Tais, também eu me envergonho de pertencer à raça que se diz humana, uma raça capaz de atrocidades tamanhas, actos que nenhum animal dito irracional, daqueles mais ferozes seria capaz de cometer. E os campos de concentração continuam lá para que não sejam esquecidas semelhantes barbaridades, milhões de pessoas os visitam todos os anos, mas...adianta? As atrocidades continuam um pouco por todo o lado, minorias são dizimadas aqui e acolá e, como diz a nossa amiga Elvira, agora só os judeus a tentar acabar com os palestinianos, um problema que parece não ter fim e que seria de facil resolução se o homem deixasse de querer o máximo de poder sobre os outros. A criação de dois estados seria o fim das desavenças que matam tanta gente, mas para isso é preciso boa vontade e menos ganância. Já li muito sobre este tema do massacre dos judeus, mas, agora, não sou capaz; só pensar no assunto já me arrepia e ter visto aqueles sapatinhos de broze nas margens do Danúbio tirou-me a alegria desse disse. Muito , muito chocante, Pedro e tu mostraste tudo isso de uma maneira muito bonita, Li o poema anterior, querido amigo, e revi-me nele; emigrei também, mas a minha ida para o Brasil nao foi sofrida, antes pelo contrário. Pensei naqueles que saiem dos seus paises em guerra, de mãos vazias e com os filhinhos ao colo, esperando que, pelo menos, deixem de ouvir o som dos canhões; deixam de os ouvir, é verdade, mas o que encontram pela frente, salvo raras excepções, é um mão cheia de nada e, muitas vezes, a morte. Poemas que nos levam a refectir nas misérias deste nosso mundo, principalmente nesta época do ano, com luzes brilhando por todo o lado em contraste terrivel com a escuridão dos campos de refugiados onde o frio gela corpos e alma de gente completamente esquecida Obrigada, Pedro e que neste natal, lembremos, pelo menos por uns minutos, esses tantos que muito sofrem. Um beijinho
    Emilia

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Como discordar de tudo o que você diz neste humano e inteligente comentário, querida amiga Emília? O ser humano já fez milhões de pessoas sofrerem desde o princípio dos tempos, bem como fez extermínios injustificáveis.
      Parabéns pelo seu texto, Emília.
      Beijo.

      Excluir
  19. poema-denúncia de grande actualidade, caro Poeta!
    não deixemos que nos apaguem a Memória

    parabéns, Pedro

    grande abraço

    ResponderExcluir
  20. E por ser um povo... que tanto sofreu na carne os mais hediondos actos... custa-me a crer... que estejam a contribuir para o sofrimento dos seus vizinhos... sem qualquer espécie de entendimento...
    A Palestina... já existia muito antes de Cristo... E desviar os cursos de água, actualmente... para que o território do lado, e as suas gentes sucumba, em seca e miséria... não abona muito, aos meus olhos, a seu favor, em termos éticos... apesar de todos os pesares, por que passaram, estão afinal a fazer o mesmo... não sendo então melhores, do que os seus carrascos... por ocasião da 2ª Guerra... estão a exercer crueldade, para seus intentos e interesses, na Faixa de Gaza... E de vitimas... passaram afinal de contas, a carrascos, também...
    E é isto! Erros sucessivos, fundamentam a história da humanidade... E os seres humanos, repetem os mesmos erros, num ciclo sem fim, em jogos de poder e supremacia...
    Beijinho, Pedro! Feliz fim de semana!
    Ana

    ResponderExcluir
  21. As imagens que tínhamos desta prisão pelos livros lidos, causava náuseas amigo Pedro e depois vê-la escancarada causou arrepios no tratamento dado a seres humanos, que esta tela ilustra com fidelidade. Uma mancha na historia da humanidade, como foi a escravidão negra no Brasil. É preciso, que apareça sempre alguém para falar, criticar este passado de um celerado.
    Um poema perfeito amigo como um grito contra toda forma de opressão e submissão de seres humanos.
    Um bom domingo de feliz semana para vocês.
    Meu abraço de paz

    ResponderExcluir
  22. Do dia para noite,
    veem seus castelos ruírem
    ante a loucura
    de quem via o invisível

    Tal e qual Pedro!
    Já visitei o lugar e é arrepiante ver,
    mas acho que todos deviam lá ir para ter uma ideia do que foi aquela realidade...há quem pense que não foi assim tão bárbaro

    Excelente poema. Parabéns!

    no próximo sábado dia 14 vai ser o lançamento de um livro de poesia
    patrocinado pela Câmara que convidou os Munícipes a escrever poemas
    Participei com 5 poemas

    A ver vamos como vai ficar o livro
    é surpresa.

    Não tenho a veia poética que o Pedro tem
    mas, de quando em vez vou tentando

    Há posts novos aqui:
    http://momentos-perfeitos.blogspot.com/
     
    http://pensamentosimagens.blogspot.com/ 

    Beijinhos da Tulipa
    Boa semana e dias lindos

    ResponderExcluir
  23. Disculpa que no te haya comentado antes sobre esta sentida entrada que es un homenaje al recuerdo de esos judíos, hombres, mujeres y niños que han perdido sus vidas por las locas ideas de un fanático líder que pensaba que, como era una raza no digna de existir y menos de convivir entre ellos, había que exterminarlos.
    Tengo la esperanza de que no todos los alemanes pensasen así y tuviesen tan malos sentimientos.
    Sabía que habías conocido a Ámbar, por eso me había extrañado que no la mencionases al principio.
    Pero los dos la hemos conocido y valoramos su alma y los buenos sentimientos que transmitía y albergaban en su corazón.
    Cariños.
    kasioles

    ResponderExcluir
  24. Un poema que estremece, Pedro.
    Hay mucha gente que sigue a un líder loco y todo lo convierten en locura.
    Abrazos querido amigo.

    ResponderExcluir
  25. He estado alejada unos días del blog por motivos familiares.
    Ya estoy aquí y encantada de leer tan gran poema.
    Llega al corazón.
    Un beso, Pedro.

    ResponderExcluir
  26. "... para que nada fique esquecido."

    Realmente é bom lembrar do que o ser humano é capaz, para que não se repita. Que horror!

    Um bom poema, meu amigo Pedro.

    Beijos.

    ResponderExcluir
  27. Boa tarde, Pedro, seu poema nos faz pensar, refletir, analisar... afinal
    eram seres "humanos", que executaram tudo isso? Pode-se dizer que eram de carne e osso?
    Que possuíam um coração? Foram os autores do extermínio em massa de cerca de seis milhões de judeus nos campos de concentração.Eu ainda sofro quando leio ou vejo algo que se refere àquela época.Lembro que li a obra " O Diário de Anne Frank", e fiquei dias pensando no sofrimento daquelas pessoas, " O Menino do Pijama listrado" também nos faz refletir sobre este passado negro.
    Pasme, amigo, ainda existem pessoas que dizem que isso nunca existiu.
    Seu poema mostra que sua escrita tem o poder de nos mostrar o amor, o carinho, a paixão, a velhice e as dores do mundo. Parabéns!
    Abraço!

    ResponderExcluir
  28. De tudo, há uma só lição:
    Na humanidade, o perigo
    É líder ser inimigo
    De si e sua nação,

    Em que passa o cidadão
    A ter a imagem consigo
    Que o líder é o grande amigo
    Do país e não o é - não!

    Assim forma-se a cegueira
    Do povo, queira ou não queira
    E o líder cego transporta

    Seu falso povo à beira
    Do ódio, o põe na trincheira
    E manda matar - de alma morta!

    Tenho grande respeito e amor ao povo judeu, assim como respeito com compaixão e amor ao povo alemão, por eu ter um filho que é professor de pós-graduação universitária de literatura alemã para doutorandos, embora não tenha ele, nem uma ascendência genética desse povo a quem devemos bastante, pois aos quinze anos, o garoto fez um intercâmbio cultural na Alemanha tendo por pais intercambistas um casal de professores de língua alemã para refugiados político e com eles, meu filho deu os primeiros passos do caminho. Hoje tradutor de Freud, por ser psiquiatra também. Compadeço-me dos alemães por terem que administrar os seus sentimentos com relação a sentimentos de outros povos para com eles próprios, que sentem os respingos da ação do louco líder! Grande abraço! Laerte.

    ResponderExcluir
  29. Buen recordatorio.
    Para que nada se olvide. Porque la bestia nunca duerme, siempre acecha...

    ResponderExcluir
  30. Passei para ver as novidades.
    Mas gostei de reler este seu excelente poema.
    Caro Pedro, continuação de boa semana.
    Abraço.

    ResponderExcluir

Logo seu comentário será publicado,
muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho