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23 de mar. de 2021

[Conto] PEDRO LUSO – Um homem e seu destino



 


                            UM HOMEM E SEU DESTINO

                                                                – Pedro Luso de Carvalho



Esta é a história de Juvenal Lima. Parte dela passou-se na época em que o país vivia as agruras da Ditadura Vargas. Durante certo período de sua adolescência, Juvenal passou ouvindo conversas entre seus pais sobre Getúlio Vargas. O pai dizia que Getúlio era o protetor dos trabalhadores, enquanto a mãe acusava-o de prender e torturar intelectuais de respeito.

Foi nessa época que Juvenal viu-se obrigado a prestar serviço militar. Depois de um ano de farda, voltou ao convívio dos civis. Formou-se como técnico em contabilidade. Em pouco tempo já estava empregado. Casou-se, e dois anos depois nasceu a primeira filha. Não tardou, a mulher já estava outra vez grávida. A expectativa de Juvenal era ter um filho homem. Nasceu mais uma menina.

O trabalho era duro, no escritório. Era um fazer lançamentos de notas fiscais em livros contábeis que não tinha mais fim. Não era sua natureza queixar-se. Quando Juvenal retornava do trabalho, era mal recebido pela mulher, que estava sempre envolvida com as crianças. Mãe e filhas pareciam formar um só corpo. Ele era apenas um estorvo. Com o passar do tempo, mal suportava os fins de semana. Esperava com ansiedade pela segunda-feira.

A vida de Juvenal Lima era desprovida de graça e de emoção. O seu dia-a-dia era um eterno repetir-se. O tempo parecia ter estabelecido uma rígida regra para ele: da casa para o trabalho, do trabalho para a casa. A mulher exigia-lhe pronta obediência. Juvenal obedecia. Quanto aos vizinhos, dividiam-se nos que tinham pena dele e nos que o desprezavam.

Olha lá o Juvenal correndo para a casa – dizia alguém.

Coitado, vai de cabeça baixa, com medo de olhar para as mulheres – comentava outro.

Por todos os motivos, a mulher e as filhas pouco significavam para ele. Apenas dois prazeres davam sentido à sua vida: o trabalho e a música. O tango e a milonga eram suas paixões. Durante o dia, esquecia-se dos aborrecimentos fazendo os seus lançamentos contábeis. À noite, em casa, fechava-se numa pequena sala para ouvir rádios da Argentina e de Montevidéu. Gardel era o seu cantor preferido. Encantava-se com a magia de Troilo ao bandoneon.

Abaixe esse maldito rádio, homem dos infernos – gritava a mulher.

Contrariado, mas sem contestar, Juvenal baixava o volume, e aproximava-se bem do rádio para poder ouvir suas músicas.

O jantar está servido – a mulher avisava. – Apague essa porcaria de rádio, e não me faça esperar.

No dia seguinte, Juvenal caminhava rápido pela Avenida Borges de Medeiros. Estava quase embaixo do viaduto quando um homem deu-lhe um forte esbarrão, que o derrubou. Levantou-se um pouco atordoado. O homem havia desaparecido. Desconfiado, levou a mão ao bolso do paletó, quando se deu conta que a carteira havia sido roubada, com seus documentos. Por sorte, guardava o dinheiro num bolso interno da calça.

Sentia-se ainda um pouco tonto e com forte dor de cabeça. Decidiu-se então não ir para o trabalho. Iria à tarde, e se justificaria ao patrão. Depois de tomar um analgésico na farmácia, dirigiu-se à Praça da Matriz, onde escolheu um banco embaixo de uma árvore e sentou-se.

Já havia passado mais de duas horas quando resolveu almoçar, ali perto. O restaurante estava cheio. Esperou um pouco até vagar uma mesa. Pediu o prato do dia. Na mesa ao lado, um casal comentava o noticiário da rádio. O homem disse à mulher que uma pessoa, de nome Juvenal Lima, havia sido esmagada por um ônibus. Juvenal estremeceu com o que ouviu.

Depois de ouvir a conversa do casal, Juvenal saiu do restaurante. Não estava mais em condições de ir para o trabalho à tarde, como era sua intenção. Desnorteado, voltou à Praça da Matriz, sentou-se num banco e ali ficou por algum tempo.

A mulher e as filhas já devem ter ouvido a notícia de minha morte – disse para si mesmo, um tanto assustado.

Juvenal levou muito tempo para decidir que não iria dormir em casa. "Vou ver se encontro um quarto naquele hotelzinho da Riachuelo", decidiu-se.

Depois de tomar café, no hotel, Juvenal leu o jornal, que trazia na sua primeira página a reportagem sobre a morte de Juvenal Lima. A fotografia do homem esmagado embaixo do ônibus deu-lhe certa euforia. Folheou o jornal para ver se encontrava mais alguma coisa sobre o acidente, e viu, num canto de página, o convite para seu enterro, feito pela mulher e pela firma da qual era empregado.

Naquele mesmo dia, Juvenal comprou passagem de ônibus para Montevidéu. De lá foi de navio para Buenos Aires. Ficou paralisado ante a beleza da metrópole, naquele entardecer. Em poucos minutos estava no centro da cidade. Na Calle Florida, mulheres e homens passeavam, elegantemente vestidos. Muitos deles entravam e saiam de bares, cafés, restaurantes. Palavras eram insuficientes para dizer tudo que sentia.

Com o passar do tempo, Juvenal não estranhou ter se integrado de forma tão definitiva à vida da cidade. Falava com rara destreza o espanhol. Nem parecia ser brasileiro. Mal se lembrava de sua chegada em Buenos Aires, e do homem que falsificou sua nova identidade, a mesma pessoa que lhe encaminhou para uma firma, que precisava de um contabilista, onde foi admitido.

Aos poucos, Juvenal foi observando como se trajavam os portenhos, principalmente aqueles que frequentavam casas de tango. Deixou para trás o seu corte de cabelo, quase raspado. Com os cabelos já crescidos pode penteá-los como faziam os dançarinos de tango, dando-lhe ao rosto um ar de dramaticidade.

À noite, passou a frequentar as famosas casas de tango. Dançava tal qual um bailarino profissional. Perdeu a timidez, e conversava com desenvoltura. Conquistava as mulheres com extrema facilidade. Certa noite, numa casa de espetáculos, excursionistas brasileiros olhavam, em silêncio absoluto, um casal de dançarinos a deslizar pelo salão, corpos unidos, a mulher entrelaçando suas longas pernas nas pernas do homem.

Gente, aquele dançarino não é o Juvenal Lima? – a brasileira perguntou.

Todos os brasileiros, seus companheiros de excursão, riram muito dela por dizer tamanha besteira.

Coitado do falecido – disse outro excursionista.

Enquanto isso, no salão, Juvenal Lima apresentava-se com sua formosa parceira, naquela dança impregnada de paixão e dramaticidade, ao som de La Cumparsita.




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32 comentários:

  1. Gostei muito de ler, Pedro.
    Os anjos foam bons para ele, coitado! Ninguém merece.
    Muito bem idealizado, construído e relatado...
    Um bom outono, amigo. Beijos
    ~~~~~~~~

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  2. Muito interessante esta texto! :)
    -
    Vagueio, vou ao encontro da luz
    -
    Beijo, e um excelente dia...

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  3. Pedro,
    Uma adorável história
    que muito bem pode ser
    verdadeira.
    Apreciei muito ler
    e imaginar a situação.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  4. Conto/relato que gostei de ler.
    .
    Abraço poético.
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  5. Pedro,adorei.Sensacional! [
    E pobre Juvenal...
    Uma megera em casa , rodeada das filhas,rs...
    Foi boa a "morte" pra ele.
    Pode viver ,"vivinho da Silva", dando os pinotes dele em terras portenhas,como nunca antes poderia sonhar...
    Aff.. Quanto imaginação!
    ADOREI!
    abração, tudo de bom,chica

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  6. Se acabó la monótona vida, ahora podía seguir un camino de aventuras.

    A+

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  7. Una bonita historia la que nos dejas en la que nos cuentas como un hecho casual cambio la vida de una persona.

    Saludos.

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  8. Uma deliciosa história, de mudança de rota do destino e do acaso que oferece novas oportunidades. Nasceu de novo!
    Um abraço

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  9. Bravo Pedro, que conto bem enredado que a gene lê aflito para ver o desfecho.
    Quando lia sobre Getúlio lembrei do velho pai, um Getulista ferrenho com direito a quadro dele na parede da sala e eu menino ficava sem entender quem era aquele homem. Só dizia que era o pai dos trabalhadores e eu nasci logo despois do suicídio dele, que deixou meu pai órfão.
    A vida sempre nos dá uma oportunidade de fazer uma virada e o Juvenal não perdeu esta oportunidade e foi feliz em outras terras.
    Aplausos Pedro pela bela inspiração/construção.

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  10. Pedro, esse conto é fantástico. Nele se vê o que aconteceu ontem e o que acontecerá sempre. Vi essa tua história pelo seguinte ângulo: certas pessoas foram talhadas para serem mães e não esposas, companheiras ou mulheres. E dessa forma, contada nesse conto, vê-se um desastre de união: união entre um homem e uma mulher - um fracasso de casamento.
    O coitado do Juvenal não tinha absolutamente nada mais do que sonhar. Era um intruso na relação familiar, já que família não existia mais.
    Essa guinada, aproveitando-se do roubo de sua documentação foi fantástica. Esse teu conto nos leva a ler num fôlego! E que final feliz! Teve a coragem para recomeçar, e ser feliz. Foi sempre impedido de sonhar – e com tão pouco: ouvindo em seu radio os tangos que faziam sua alma rodopiar de emoção.
    Que Juvenal viva!
    Beijinhos!

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  11. Gostei do seu conto, história que muito se repete com os casais, que ficam juntos e se destroem, e que você deu um caminho surpreendente de um recomeçar no sentido dos desejos reprimidos que puderam se concretiar. Abços

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  12. Una bella storia che si lascia leggere con piacere quella di Juvenal Lima. un uomo mite che desiderava fare il suo dovere nella vota, lavorare ed occuparsi della sua famiglia. ma era ritenuto come un pezzo estraneo nella propria casa. Ci poteva stare poco e volentieri. Ma amava la musica del tango, della milonga a cui la moglie non piaceva affatto. Un giorno cptò un piccolo incidente a Juvena, i giornali scrissero che lui eramorto, quindi lui decise di non tornare più a casa, partì per l'argentina e si fermò a Buenos Aires, rimase sbalordito della bellezza della città, dell'eleganza della gente. Da quel momento per lui cominciò una nuova vita all'insegna del piacere di viverla a modo suo e d sentirsi libero e leggere nella prpria pelle. Una storia che ho avuto piacere leggere. Grazie amico Pedro Luso per farci conoscere racconti e verità dall'altra parte dell'oceano. Ti auguro di continuare a vivere una serena settimana all'insegna della tua arte, un abbraccio da Grazia.

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  13. Un articolo completo e notevole, nella sua densa lettura...
    Cari saluti,Pedro, silvia

    p.s. per favore rimetti il traduttore, grazie

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  14. Fantástico conto, já tinha saudades de regressar a este meio, mas por falta de tempo não me tem sido possível.
    Muita saúde.
    Abraço
    😉
    Olhar D'Ouro - bLoG
    Olhar D'Ouro - fAcEbOOk
    Olhar D'Ouro – yOutUbE * Visitem & subscrevam

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  15. Parabéns pelo excelente conto, Pedro, prendeu do começo ao fim!

    A vida tem dessas coisas, o que fazemos, o que deixamos de fazer, o que permitimos que os outros façam conosco.
    Tem uma frase na música My Way do Frank Sinatra que diz algo assim: O que é o homem, o que ele possui, se não possui a si mesmo?
    Acho essa fala libertadora.
    Toda escolha implica em uma perda, o personagem perdeu mas foi algo que ele na verdade nunca teve, nunca construiu, então imagino que foi relativamente fácil perder a identidade e criar uma nova deixando tudo para trás.
    Abração, amigo!

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  16. Una gran e impactante historia.
    No disfrutaba de una vida plácida y feliz pero, al final, consiguió alcanzar la ilusión y tranquilidad.
    Me ha gustado mucho disfrutar de esta lectura.
    Un beso.

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  17. Olá Pedro tudo bem?
    Fiquei presa ao seu cantinho adorei toda a história ou conto que vi pode mesmo ser verdadeiro amei de coração💖um beijinho😘 desejo um lindo fim de semana.

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  18. um conto fantástico, amigo Pedro Luso
    nem sei bem qual mais admirar - se o Poeta, se o EScritor
    gostei muito desta tua evocação de um génro literário
    que muito admiro

    grande abraço, meu amigo

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  19. Um belo conto, Pedro, que pode bem ser considerado real. Há muitas vidas assim, vividas sem interesse, da casa para o trabalho e do trabalho para casa; nem sempre isto acontece por falta de vontade de mudar a situação, pois há casos em que não há mudança possivel; o trabalho é duro, muitas vezes, o cansaço toma conta do corpo e a solução é descansar para no dia seguinte, cedo, voltar à mesma dureza. Aqui a " a má sorte " coube ao Juvenal, mas tantas vezes é a mulher que sofre toda esta violência psicológica e nem sempre tem condições de fazer o que o Juvenal fez. São vidas muito dificeis que exigem muita coragem para, nelas, se ter alguma dignidade. Creio que a mulher do Juvenal também não tinha uma vida fácil, só que soube impôr-se e ter, pelo menos o controle da situação; ela mandava e dispunha e esse facto, só por si, fazia com que sentisse que a vida dela tinha algum significado. Já que não podia sonhar com mais, pelo menos tinha algum poder nas mãos. No fundo, Pedro, acho que os dois eram infelizes numa vida que se mostrou " madrasta ";no fim, ele acabou por ter a vida que sempre sonhou e ela perdeu a única satisfação que tinha, o dominio
    sobre o marido. Querido Amigo, pedindo que me desculpes pela ausência, deixo-te um grande abraço e votos de que continuem de SAÚDE.
    Emilia

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  20. Um belíssimo conto Pedro. Quantos homens haverá por este mundo de Cristo vivendo no triangulo casa-trabalho-casa, feitos burros à volta de uma nora, sem nunca conseguirem realizar o mais pequeno dos sonhos? Juvenal Lima foi um sortudo. Conseguiu ludibriar a própria vida e viver o seu sonho.
    Abraço, saúde e bom domingo

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  21. Como se costuma dizer "Deus escreve direito por linhas tortas", ainda bem que o Juvenal foi assaltado, esse acontecimento possibilitou ele dar um rumo completamente diferente à sua vida.
    Adorei o conto.
    Bom Domingo
    Bjs

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  22. Neste seu conto, Juvenal Lima, vítima de violência doméstica, encontrou uma saída.
    Gostei muito, meu Amigo Pedro.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  23. Um conto em carne viva
    à flor da pele
    Abraço

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  24. Boa tarde, Pedro.Gosto de contos, pois nos deixam com vontade de dar uns palpites,e o Juvenal, coitado deste homem, teve que morrer para viver.Os contos nos fazem analisar a escrita para saber o que deveria, na realidade ter acontecido, será que ele morreu mesmo, será que só lhe roubaram a carteira, será que...?
    Excelente, seu conto. Seu personagem conseguiu viver seu sonho de vida, conseguiu respirar deixando para trás a mulher e filhas ingratas. Parabéns!

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  25. No jogo incerto da vida o destino deste homem estava traçado. E ele não deixou de montar no cavalo selado que passou à sua frente. Como diz um amigo comum: chapeau. O mestre Hélio Pólvora o aplaudiria de pé.
    Não esqueça de cuidar-se.
    Um abraço,

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  26. Um conto que nos conduz a várias leituras, cabendo ao leitor essa tarefa. Qual o mais infeliz, a mulher assoberbada com as filhas e trabalhos domésticos ou o homem sentindo-se posto de parte e numa rotina alienante?
    Vidas em confronto. Nem sempre fácil encontrar-me uma saída.
    Caro Pedro, adorei este seu texto.
    Abraço
    Olinda

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  27. Gostei muito do conto. Era bom por vezes termos uma vida alternativa, vivermos numa realidade paralela todos os sonhos que temos.

    Já estou a seguir o seu blog. Convido-o a visitar e a seguir o meu também https://primeirolimao.blogspot.com/

    Boa semana!
    Vanessa Casais

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  28. Neste seu conto que fui lendo pouco a pouco,
    fui encontrando pedaços que me fizeram pensar na minha vida,
    Juvenal Lima, queria um filho varão
    nas monarquias também o filho varão é o mais desejado,
    mas eu sofri muito,
    pois a minha sogra tendo 5 filhos,
    o único que lhe deu um rapaz como neto foi o meu marido
    e o meu filho foi sempre posto de lado, eu como mãe sofria ao ver como o meu filho era enjeitado pela avó...

    Outra situação idêntica na minha vida:
    Com o passar do tempo, mal suportava os fins de semana.
    ...
    até que decidi mudar de trabalho e começar a trabalhar por turnos

    Enfim...
    obrigada pela partilha deste conto

    Pedro
    caso esteja interessada nos temas
    se quiser divagar até ao Oriente, veja aqui o meu mais recente artigo:
    http://orientevsocidente.blogspot.com/

    se quiser conhecer o interior de Portugal veja aqui o meu artigo
    http://momentos-perfeitos.blogspot.com/

    se quiser ver uma dança típica dos dervixes rodopiantes veja aqui:
    http://tempolivremundo.blogspot.com/

    http://meusmomentosimples.blogspot.com/
    CASA DOS PATUDOS

    http://pensamentosimagens.blogspot.com/

    passando por aqui na semana da Páscoa
    desejo-lhe uma Páscoa feliz junto de quem mais ama
    Feliz primavera também.

    Seja sempre feliz, saúde e Paz
    Tulipa

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  29. PEDRO
    peço imensas desculpas
    porque ao passar os meus links,
    como tinha passado a uma amiga, antes de passar a si,
    foi um erro e fico envergonhada de o ter feito

    Por favor eu queria dizer:
    caso esteja interessado nos temas

    PÁSCOA FELIZ

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  30. Um conto fantástico... Juvenal teve uma segunda oportunidade de ser feliz... ficando sempre no ar a dúvida... se nesta vida... ou na outra...
    Adorei, Pedro! Muito bem imaginado!!!
    Beijinho! Boa Pascoa, para todos, aí desse lado!
    Ana

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  31. Pedro:
    ¡buen cuento!
    Al final, Juvenal pudo ser feliz. El destino fue bueno con él.
    ¡Bravo!
    Abraços.

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muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho