>

11 de ago. de 2019

[Poesia] PEDRO LUSO – O Centro da Cidade





O CENTRO DA CIDADE
– PEDRO LUSO DE CARVALHO




Eu vi nas ruas tanta gente,
pessoas vindas de bairros,
e de outras cidades
de perto ou de longe –
nas mentes o bem e o mal.

Eu vi tanta gente apressada
para não perder o trabalho,
outras à espreita
de fáceis presas
para a posse do bem alheio.

Eu vi nessas ruas do centro
pessoas tristes e solitárias
à busca de alguém
para ter seu calor,
e outras que nada esperavam.




*   *   *




37 comentários:

  1. Aplaudo-te, caro Pedro, pela leitura poética, aguda, da nossa já não bela Rua da Praia. Um abraço. Tenhas uma boa noite.

    ResponderExcluir
  2. Cuando se observa una calle concurrida, muchas son las personas que por ella transita con sus diferentes motivos ocultos que uno puede imaginar... buenos y malos, donde los amigos de lo ajeno tiene más fácil el trabajo de robar, sobre todo si hay turistas entretenidos en conocer la ciudad.
    Bonito poema, claro y conciso en la visión de una calle concurrida.
    Un abrazo.

    ResponderExcluir
  3. Mais um poema maravilhoso:))

    Bjos
    Votos de uma óptima Quinta - Feira

    ResponderExcluir
  4. Tanto vemos quando ao centro vamos. Confesso que cada vez menos pra lá vou... Tudo tão diferente...Tantas cenas! Bela poesia! abraços, lindo fds! chica

    ResponderExcluir
  5. Nella città possiamo osservare varie tipologie di persone....ma tutte molto attaccate alla vita
    Un caro saluto, Pedro,silvia

    ResponderExcluir
  6. Pedro o poema é um bem conseguido retrato da cidade, em poucas palavras. Para um bom observador o movimento humano da cidade é um mistério. Para mim que nasci e fui criado na aldeia, por vezes quase deserta, debruço-me muito sobre a onda humana, que se movimenta na cidade. Bem interessante o poema.
    Abraços

    ResponderExcluir
  7. Es fiel reflejo de tu Porto Alegre, poeta Pedro, como lo podría ser de tantas ciudades en todo el mundo.

    Saludo matinal, con afecto.

    ResponderExcluir
  8. A cidade é um lugar de inúmeras solidões, fique ela onde ficar. Gosto muito do poema, meu Amigo Pedro.
    Um beijo.

    ResponderExcluir
  9. Por vezes, os centros das cidades são dos locais onde há mais pessoas que sofrem de solidão.
    Excelente poema, os meus aplausos.
    Caro Pedro, um bom resto de semana.
    Abraço.

    ResponderExcluir
  10. Vidas nas ruas, algumas disfarçadas, outras nuas...

    ResponderExcluir
  11. Boa noite de paz, amigo Pedro!
    Quando estamos num grande centro, vemos de tudo, algo nos chama sempre a atenção.
    Tem coisas bonitas e tem outras não tão assim.
    O verso que diz sobre pessoas esperando uma oportunidade para surrupiarem o bem alheio é bem real nos dias atuais.
    Nem podemos estar cedendo à caridade pois quem pede por necessidade ou para se aproveitar da situação e roubar nem sabemos bem distinguir.
    Seu poema tem um bom tom de percepção dos seres humanos embutido.
    Um poeta contempla e vê além das aparências, como fez o amigo.
    Seu ar de inteirorizaçã nos poemas dá uma qualidade tão diferenciada que aprecio muitíssismo e como aprendo aqui!
    Tenha dias abençoados!
    Abrços fraternos de paz e bem

    ResponderExcluir
  12. Un bello poema que describe muy bien esas calles de las ciudades llenas de vida. Cuando salgo a la calle, me gusta observar a la gente y rescatar con mi imaginación un poquito de su historia aunque sea ficticia.
    Abrazos

    ResponderExcluir
  13. Un poema que describe muy bien las calles, con sus gentes diferentes.
    Me ha encantado.
    Excelente!!.
    Un beso.

    ResponderExcluir
  14. La sensación de soledad es más dolorosa en un ciudad llena de gentes. Te cruzas un sin fin de semana y nadie te mira , no te dedica un sonrisa...nada tiene que ver con el pequeño pueblo en el que se conoce toda la gente y por donde vas te saludan.

    Besos

    ResponderExcluir
  15. um lindo poema Pedro, com carinho do poeta por todas as pessoas que seguem o seu destino no centro da cidade! umas em beleza, outras menos, outras na angustia ou no descrédito…
    abraço, bom fim de semana
    Angela

    ResponderExcluir
  16. Retratos de um quotidiano apressado... a cidade é um populoso aglomerado... onde se disfarçam tantas angustias, e solidão...
    Um belíssimo momento poético, que retratou muito bem a cidade... as cidades... de uma forma bem real e abrangente!... Gostei imenso!
    Beijinho! Feliz fim de semana!
    Ana

    ResponderExcluir
  17. Amigo poeta sensível, Pedro.
    Nossa, como é bom poder olhar, tentar sentir, perceber o que se passa nas almas das pessoas.
    Aqui em São Paulo está cada vez mais difícil isso, olhar as pessoas nas ruas, mas quando vou ao shopping consigo sentar, tomar um sorvete, observar as pessoas, as energias delas,bem assim, cada uma é uma incognita.
    Muito lindo seu poema,amei ler!
    Abraços apertados!

    ResponderExcluir
  18. Poema magnífico, um olhar de intensa emotividade poética.
    Amigo Pedro, li e vi a tristeza e a solidão das pessoas no centro da tua cidade, mas também senti a angústia e a preocupação de um ser humano.
    Gostei muito!
    Beijo, meu amigo talentoso.
    Bom domingo.

    ResponderExcluir
  19. Que belo e verdadeiro esse teu poema!
    E eu vi as mesmas pessoas, os mesmos lugares. E esse mundo solitário, se vê nos quatro cantos do planeta, pessoas cada vez mais isoladas e carentes de um abraço, de uma conversa, de uma atenção. E quanto às outras, que ficam à espreita para a posse do bem alheio... é o resultado da carência educacional e protetora que o Estado é falho.
    Beijo, meu poeta!

    ResponderExcluir
  20. Un poema lleno de conocimientos adquiridos en las calles de la ciudad, rico en todo su contenido.
    Abrazo

    ResponderExcluir
  21. OI Pedro...há muitos anos visitei a famosa rua da Praia...encantei-me com o seu nome que de pronto virou poesia... deve haver ali uma praia no coração da gente.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  22. Buen ejercicio, el de imaginar tratando de adivinar qué motivos empujan a la gente a venir precisamente a un lugar.
    Qué hay en sus mentes. Ideas nobles o mezquinas, prisa, soledad, buenos propósitos, delincuencia. Sabe Dios…

    ResponderExcluir
  23. A cidade é um mundo de contrastes.
    Belíssimo poema
    Beijinhos
    Maria
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

    ResponderExcluir
  24. Fizeste uma " busca interior, tentando saberes quem realmente és, busca que frequentemente fazemos e quase nunca ficamos a saber, mas tu, Pedro, não te deste conta, mas neste poema de hoje mostras que és uma pessoa sensivel, atenta ao que se passa ao teu redor, preocupado com o a tua cidade, o teu povo, o teu país, preocupado com as misérias humansa não só aí mas em todo o lado: as pessoas se " atropelam " correndo de um lado para o outro, para trabalhar, para atrapalhar , para mendigar o pão que não têm, mas, infelizmente, não para conversar, ajudar, abraçar; não há tempo, não há alegria, não há afectos a distribuir; vês muita gente todos os dias, vejo-as su também na minha cidade, mas raramente vejo sorrisos nos rostos, olhares atentos e " Olás " afectuosos. O passo corre apressado, os fones não saem dos ouvidos e a mão segura firme o celular como se ali fosse a mão da pessoa amada. Ruas apinhadas de gente que nem repara que está no meio de uma multidão, tal é a solidão que sente no coração. São assim as cidades, a tua, a minha e as que há por esse mundo afora, cdades cada vez mais barulhentes, corações cada vez mais silenciosos e mais cansados de tanta solidão. Poema que retrata o nosso quotidiano tão sombrio, mesmo quando o sol tenta dar-lhe alguma luz. Gostei muito, Pedro; beijinhos e boa noite
    Emilia


    ResponderExcluir
  25. É mesmo assim os centros das nossas cidades, gostei.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

    ResponderExcluir
  26. Nasci na aldeia e sempre tive fome de bulício, de agitação. Andar anónimo entre as gentes, a sentir a vida tão diversa é algo que me encanta. Mas a verdade é que gosto de regressar aos lugares de origem que me mostram a pureza e a beleza original.
    Adorei teu poema, meu amigo Pedro.

    Beijos.

    ResponderExcluir
  27. a cidades desumanizam-se! e homens são "descartáveis"...
    e no entanto o Poeta teima - sempre! que é essa sua eterna missão

    gostei muito

    grande abraço, meu amigo Pedro Luso

    ResponderExcluir
  28. Um retrato do mundo atual nas grandes cidades.
    Abraço

    ResponderExcluir
  29. você está certo, se observarmos pessoas nos lugares de trânsito, seus rostos, refletem tristeza e cansaço ... O fiel reflexo desta sociedade em que vivemos.
    Saudações

    ResponderExcluir
  30. Boa tarde Pedro,
    Um poema magnífico!
    Uma abordagem poética sublime sobre o mundo que coabita nas grandes cidades.
    Gostei imenso.
    Um beijinho.
    Ailime

    ResponderExcluir
  31. Olá amigo Pedro, um poema lindo, muito triste e cada vez mais actual. Cada vez se olha menos para o lado e mais para o umbigo. Quanto aos valores...foram desvalorizados por completo. Pedro, bom fim de semana e beijos com carinho

    ResponderExcluir
  32. Passei para ver as novidades.
    Mas gostei de reler este excelente poema.
    Caro Pedro, um bom fim de semana.
    Abraço.

    ResponderExcluir
  33. Uma imagem que traduz nossas capitais com seus calçadões armadilhas.
    Eu vi pela rua o poeta/escritor com seu olhar critico e atento sobre as mazelas dos grandes centros das cidades envenenadas pelas pessoas do mal em meio às pessoas que só querem o direito de ir e vir e muitas vezes violentadas.
    Perfeito olhar amigo Pedro.
    Meu terno abraço de paz.

    ResponderExcluir
  34. Eu também vi nessa rua
    Tanta gente como a gente
    Que se via antigamente
    À sobrevivência sua

    Na luta de quem atua
    Em vendas e vai em frente
    Conversando e de repente
    Uma venda se efetua

    Para sustento e alegria
    Da dupla que percorria
    Doze andares de um prédio

    Em busca de algum cliente.
    Pedrão, hoje a gente sente
    Saudades. Não tem remédio!...

    Belo poema o teu! Parabéns! E uma imagem que me comoveu. Quantas lembranças - do Rian, do Senador, da Globo, Masson e nosso "escritório" de caça em frente à Masson, a Macarronada... Tempos que não voltam mais... e lá no fim a Habitat, nosso ninho. Saudades... que não me são gosto amargo de infelizes, saudades que me são bens imaterial guardados ao peito com carinho e muito amor. Grande abraço, amigão!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, meu amigo Laerte, como esquecer aquele tempo já distante em Porto Alegre? E as conversas sobre as gurias que passeavam pela Rua da Praia, sob nossos olhares, jovens universitários que éramos? Lembraste bem daquele tempo na Habitat, quando convencíamos empresários que a aplicação em imóvel comercial era um grande negócio. Tempo inesquecível, Laerte, que serviu para os passos seguintes na estrada que estava à espera.
      Um grande abraço amigo Laerte.
      Pedro

      Excluir

Logo seu comentário será publicado,
muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho