AS MÃOS
- Pedro Luso de Carvalho
Eu vi meu pai, as longas mãos,
uma mão sobre a outra, unidas
mãos vistas por outros órfãos,
nas doídas despedidas.
Faz-se presente esse dia,
o tempo mora na memória,
suas mãos não mais veria,
acabara a luta inglória.
Da infância, recordação
dos perigos protegido,
conduzido pela mão
daquele pai tão aguerrido.
Lembro ter pousado as mãos
sobre as duas águias frias,
eram iguais nossas mãos.
Não sinto estas mãos vazias.
______________________//______________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Logo seu comentário será publicado,
muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.
Pedro Luso de Carvalho