A MAÇÃ
DO PECADO
- PEDRO
LUSO DE CARVALHO
É mansa
a fala dos dois homens,
a
falarem dos bons tempos
na tarde
que beira a noite,
com sons
ocos dispersos nas ruas.
Fenece a
mansidão da conversa,
as
ideias não se convergem,
a
política, maçã do pecado,
impõe-se
com desmedida fúria.
Ninguém
mais na sala de visitas,
condôminos
de tudo alheios,
braços
giram desnorteados,
cessa a
fala, amigos enfurecidos.
Sons
ocos chegam mais brandos,
um dos
homens agora ferido,
o outro
segura na mão a faca,
na noite
alta, cúmplice no crime.
* * *
Boa noite. Excelente poema. Adorei :))
ResponderExcluirHoje : Dança...leviandade minha...
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira
Querido amigo poeta, Pedro, nossa como seus versos dizem muito da atualidade, "assim caminha a humanidade" pelo menos por aqui, na terra brasileira, "a maçã do pecado" é mesmo a política que desmedidamente muitos se digladiam em nome dela, acho até que os crimes ainda vão aumentar!!!
ResponderExcluirQue pensa né?
Mas aqui deixo o meu abraço apertado repleto de boas energias, longe dessa"maçã"!
A maçã moderna do pecado. Sobretudo, se pensarmos na cena política brasileira. Só espero que um dia todos nós possamos gozar os mesmo direitos.
ResponderExcluirO quadro de Jenkins é uma beleza. Ilustra bem o poema muito bem construído.
Um forte abraço,
La política enfurece ciegamente y nos hace llegar a extremos como los que pintas a la perfección, que en este caso arruinan la vida de la víctima y del victimario por igual, amigo Pedro.
ResponderExcluirAbrazo austral.
Yo me pregunto muchas veces ¿Por qué razón una conversación normal tiene que acabar en disputa?
ResponderExcluirEn la discusión se pierde la cordura y si se tiene un arma al lado...
Me encanta el cuadro que has escogido para enmarcar esta entrada, no conocía al autor, espero que ya no se me olvide su nombre.
Cariños.
kasioles
E tudo pode acontecer na maravilhosa noite. O ser humano é capaz de estrangular a magia. Valha-nos o poeta!
ResponderExcluirBeijos, Pedro.
A política é mãe de grandes crimes amigo Pedro. Nos anos 80 conheci dois irmãos que quase se mataram um ao outro por causa dela.
ResponderExcluirAbraço
Fantástica imagen y un excelente poema.
ResponderExcluirMuy bueno.
Un beso.
Poema simplesmente fantástico!
ResponderExcluirAs linhas do meu corpo em movimento...
Beijos - Boa noite!
Lembrei-me do Legislativo em Brasília, resta-nos saber quem será o ferido e quem estará com a faca na mão. O teu belo poema retrata a atual realidade brasileira.
ResponderExcluirAbraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Magnífico poema para unos tiempos convulsos en el mundo de la política.
ResponderExcluirMe ha encantado.
Gracias, Pedro.
Oi Pedro,
ResponderExcluirÉ na política que conhecemos o homens, muitos se gladiando. Vimos isso na política nojenta como a do Brasil.
O homem esquece o que de bom tem em casa para dormir no xadrez por causa de política.
Poucos tem discernimento para separar as situações e é a família que mais
sofre com os desmandos dessa política podre.
Beijos no coração
Lua Singular
Grande Pedro bem me parece aquelas assembleias de condomínios, onde se se discute sobre as fezes dos animais e o calculo da taxa anual fica em segundo plano, no que ocorrer.
ResponderExcluirBelo olhar sobre o comportamento humano(sic) sua arte de poesia.
Meu abraço amigo e linda tela da noite sobre a cidade que adormece aos gritos dos enfurecidos.
Meu abraço amigo.
Gostei muito do poema.
ResponderExcluirA reflectir a realidade do presente
Muito bom
Boa semana Pedro.
Aproveito para acrescentar que já há um novo capítulo de "Um Oceano entre nós" no blogue. Espero que goste. Está quase no fim!
Beijinho
Pedro:
ResponderExcluircreo que si los hombres hubiesen hablado más, quizás no se habrían peleado.
Abraços.
A volte per motivi futili, durante una conversazione, possono accadere eventi molto gravi
ResponderExcluirSempre bello leggerti, Pedro,un caro saluto,silvia
"a política, maçã do pecado" é uma interessante comparação. Um encontro de amigos termina de forma trágica. Abraços literários.
ResponderExcluirCuando no hay razonamiento, se imponen las sinrazones de la violencia. Se echa de menos la presencia de la filosofía que enseña a escuchar y respetar las opiniones ajenas. Me encantó el poema. Un abrazo.
ResponderExcluiré estranho Pedro, como a politica que deveria ser da esfera da filosofia, da troca de ideias, da tolerância, se torna um saco escuro para onde os homens despejam os seus ódios, frustração, violência, rancores, num amálgamo que pode tornar-se muito perigoso :(
ResponderExcluirabraço e boa semana
Angela
https://poesiesenportugais.blogspot.com/
Olá de novo
ResponderExcluirConvido-o a ler o novo Capítulo de Um Oceano entre nós - IV. Espero que goste.
Beijinho
Esto es lo que consigue la política, enfrentar unos con otros por las ideas de cada cual.
ResponderExcluirEl pueblo se pelean, y los políticos celebran unidos cualquier evento.
Un estupendo poema que dice mucho.
Un abrazo.
Boa tarde Pedro!
ResponderExcluirUm poema interessantíssimo, uma boa comparação, meu amigo!
Mas o que é certo é que a maçã até já pode estar podre, de tanto ser mordida...
que não incomoda ninguém! Todos querem dar a sua dentadinha(...) é os políticos que temos!
Beijo fraterno de amizade. Amigo Poeta!
Interessante imagem tal como o poema!
ResponderExcluirParabéns.
Abraço
Olhar D'Ouro - bLoG
Olhar D'Ouro - fAcEbOOk
Olhar D'Ouro – yOutUbE * Visitem & subcrevam
No todo convergen en este mundo político.
ResponderExcluirUn abrazo.
A política e a religião... desde os primórdios dos tempos... dividindo e envenenando as relações humanas... e assim continuará... pois parece que se tornaram no combustível que faz girar o mundo... enquanto o vai minando lentamente...
ResponderExcluirUma belíssima inspiração, a propósito do tema! E uma notável pintura... da civilizada Londres, de outros tempos... actualmente... eleita a cidade mais violenta do mundo... onde se morre de uma navalhada de quem passa, em qualquer esquina, em qualquer momento... e por um qualquer motivo...
Um grande abraço!
Ana
Um poema que reflecte o presente. A maçã do pecado legitima tudo?
ResponderExcluirUm beijo, meu Amigo Pedro.
Ah, essa política, que separa, que corrói sentimentos, que transforma tudo, menos o brotar de sentimentos bons e generosos nas discussões acaloradas entre parentes e amigos. Mas temos escolha: continuar a 'chover no molhado' ou viver com maior harmonia com parentes e amigos? Teu poema retrata perfeitamente o que são discussões ideológica, que mais separam do que aglutinam, quando pessoas carregam ideias diferentes. E já está pra lá de visto que o 'clima' fica tenso com pessoas bem próximas. Nada mais cauteloso do que evitarmos tal distanciamento.
ResponderExcluirExcelente poema, um retrato perfeito das sociedades, não importa onde estejam.
Beijinho, daqui do lado.
nascemos do "cruzamento entre Deus e o Diabo" de que fala José Régio, (Cântico Negro), não é verdade, Pedro?
ResponderExcluirbelo e profundo Poema. e grande sabedoria a do Poeta,
caloroso abraço, meu amigo
Pedro,
ResponderExcluirSeu belo poema fala alem
do ferimento físico,
essa maça citada causa ferimentos na alma
e abala amizades e relacionamentos.
Lindo poema de verdade.
Ele me lembra a situação do Brasil hoje
e não me pergunte por que.
Bjins
CatiahoAlc.
Deixo o convite para conhecer meu blog de frases
https://frasesemreflexos.blogspot.com/
I tuoi versi potrebbero essere usati anche per la situazione italiana.
ResponderExcluirBuon weekend, un abbraccio
enrico
Es triste pero cierto, la mesa más armoniosa puede volverse trágica por la política.
ResponderExcluirHoy que yo misma tengo una familia bastante amplia, sigo la tradición de mi madre, que en las Fiestas cuando nos reuníamos toda la familia, antes de empezar a comer y cuando todos estábamos felices, soltaba esta frase: "En esta mesa no se habla de religión ni de política". Un afectuosos saludo, Pedro.
Bom dia, Pedro,
ResponderExcluirexcelente metáfora "Maçã do Pecado", penso ser bem a cara da política.
Há tanta agressão, tanta dor e o seu poema nos mostra em cada verso.
Revela-nos o verdadeiro poeta que pode tudo com o poder das palavras bem colocadas.
Bom domingo, abraço!
Oi, Pedro...ideias podem ser discordantes mas o crime é não haver respeito. Este sim deve ser soberano.
ResponderExcluirUm abraço
Olá Pedro! Passando para te cumprimentar e desejar uma ótima semana com muito amor, saúde e paz para ti e para os teus.
ResponderExcluirAbraços,
Furtado
Pedro, meu amigo
ResponderExcluirUm poema excelente, profundo, a começar pelo título
com a simbologia da "maça do pecado" transferida na
relação violenta numa amizade, com pontos de vistas
diferentes e neste caso, a política, quase um veneno
fatal nos desentendimentos entre as pessoas. Este seu
excelente poema aborda numa perfeição da arte da
Poesia, em que você tem o domínio magistral desta arte.
Parabéns pelo poema e a obra escolhida (belíssima!!).
Beijo.
Todos nascemos nus
ResponderExcluirmas nem todos se vestem de estrêlas
Excelente e belo poema que é uma imagem do presente, aproveito para desejar um bom fim-de-semana.
ResponderExcluirAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Politica e futebol sempre são motivos de grandes discussões e controvérsias, e se por vezes já é mau em palavras, é absolutamente condenável, quando a discórdia deixa de ser só conversa e passa a ser em terríveis acções.
ResponderExcluirMagnifico poema.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Pedro Luso realmente a política é tece muitas vezes a maçã do pecado, pelo menos quando se perde a noção de ela é pode e deve ser discutida, com o mútuo respeito por opiniões e opções.
ResponderExcluirAbraços
Querido amigo, este poema reflecte bem a realidade, não só de agora, mas a de sempre; tivemos grandes guerras e elas continuam por esse mundo afora, precisamente por não se respeitar o outro, a cultura do outro, a politica escolhida por cada pais; å falta de respeito acrescenta-se o interesse económico e assim a industris do armamento vai crescendo , enriquecendo e os inocentes morrendo.
ResponderExcluirSabes, Pedro, fico muito zangada quando alguém me fala das escolhas do povo brasileiro nestas
últimas eleições; não sou a favor, nem contra, simplesmente respeito o desejo enorme do povo por
uma mudança; vivi aí muitos anos e, em resposta a essas pessoas, convido-as a viverem uma semana
no Rio de Janeiro, em S. Paulo ou até mesmo em GuaratInguetá, cidadezinha do interior, onde, sempre
que lá vou, não posso curtir a noite, sentada numa esplanada a " bater um papo gostoso " com os
meus amigos; o medo é muito e, mesmo lá, a violência esta de assustar. Quem somos nós , para
criticarmos a opção livre e democrática de um povo que precisa de mudanças urgentemente?
E, se me permites, gostaria de mencionar aqui o ilustre Chico Buarque que muito aprecio, tanto na música, quanto na escrita; como é capaz de criticar o seu povo, se ele, em vez de continuar a morar na sua mansão no Rio, foi viver para Paris, como se costuma dizer " à grande e à francesa "? Se ama tanto o seu país, tinha de ficar lá e " lutar " por ele com as suas músicas, como fez noutros tempos O povo escolheu o que achou melhor para a sua vida e o tempo dirá se a escolha foi acertada ou não; nas próximas eleições terão oportunidade de corrigir. E é esta falta de respeito pelos oitros que faz com que ideias diferentes seja motivo para tantas desavenças e ate mortes. Pedro, desculpa se me excedi, mas, sabes como sou, alongo-me bastante, mas sempre com muita sinceridade. Gostei muito! Um beijinho e os votos de um Natal feliz, com saúde e muita paz.
Emilia
Amiga Emília também gostei muito do teu lúcido comentária, feito com sinceridade, já que és um pouco brasileira, pois aqui moraste.
ExcluirAgradeço os teus votos de Feliz Natal e os retribuo, como mereces.
Beijo.
Pedro
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