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15 de abr. de 2020

[Poesia] JOÃO CABRAL – Espanha e Touradas




JOÃO CABRAL DE MELO NETO
– Pedro Luso de Carvalho


     Félix de Athayde (1932-1995), jornalista e poeta pernambucano – trabalhou no Correio da Manhã, O País, O Estado de S. Paulo, O Pasquim, O Globo e no Jornal do Brasil - é o autor de Ideias fixas de João Cabral de Melo Neto. Athayde diz, no prefácio da obra, que “Este é um livro de amizade e serventia ao mesmo tempo. Da amizade que me une a João Cabral – que conheci aí por 1953, no Recife -, da serventia que suas ideias fixas possam ter para quem escreve”.
     Esse excelente livro de Félix de Athayde, Ideias fixas de João Cabral de melo Neto, está dividido em duas partes: “Uma educação pela pedra” (as opiniões do poeta sobre muitas coisas, sempre relacionadas com a literatura) e “Outra educação pela pedra” (a obra comentada pelo próprio poeta, e com suas opiniões sobre autores, e o que João Cabral comenta sobre seus próprios livros e sobre ele mesmo).
     Félix de Athayde termina o seu prefácio dizendo: “Finalmente, reconheço que este é mais um livro de João Cabral do que meu. Da minha parte, meu preito ao amigo, conterrâneo e grande escritor – um dos mais perfeitos intelectuais que o Brasil produziu. E Pernambuco”.
     Escolhi alguns trechos do livro de Félix de Athayde, Ideias fixas de João Cabral de Melo Neto, nos quais o poeta fala da Espanha, em especial de Andaluzia, que o fascinava [cuja capital é Sevilha], e de touradas e toureiros. No verbete ANDALUZIA (é assim, em verbetes, que o livro foi organizado), transcrevo estes trechos:
“(...) eu sou fascinado por toda a Andaluzia. Mesmo cidades como Córdoba, sendo o contrário de Sevilha, têm a mesma força andaluza (...) É engraçado que, das cidades da Andaluzia, Granada é aquela que menos me interessa. Acho que Granada é uma cidade cenográfica, como a Bahia”.
     Ainda nesse verbete, prossegue João Cabral: “É impossível separar as duas coisas [flamenco e Andaluzia]. A própria cidade de Sevilha é flamenca. Conheci a Andaluzia relativamente tarde, na minha carreira diplomática. Antes de servir em Sevilha, estive em Barcelona e em Londres”.
     O poeta diz que em alguns lugares de Barcelona podia encontrar quadros flamencos: “Os catalães não gostam de flamenco, mas eu era um frequentador inveterado desses lugares. E quando fui para Sevilha senti-me um peixe na água...”.
(In Entrevista a Maria Leonor Nunes. JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias, Lisboa, nº 448, 05/10 fev. 991).
     Podemos ler, ainda, em Ideias fixas de João Cabral de Melo Neto, de Athayde, no verbete ESCREVER, mais sobre o que João Cabral sentia pela terra de Cervantes: “A Espanha foi o primeiro contato que tive com uma civilização estrangeira. (...) E aí tudo me fascinou, desde a corrida de touros até ao flamenco...”
     João Cabral explica um pouco mais sobre a razão desse fascínio: “(...) Foi só na Espanha que tive o primeiro contato com os clássicos, desde o Poema do Cid a Gonzalo de Berceo e ao Século de Ouro, tudo me impressionou fortemente. E de certo modo me influenciou. Eu não conheço tão bem Gil Vicente, por exemplo, como Berceo, que estudei verdadeiramente anos a fio”.
     Sobre essa influência da Espanha, o poeta pernambucano fala, ainda: “Eu recebi mais da poesia espanhola. O que esse pessoal me mostrou, e me impressionou muito, é que não vale a pena escrever para o povo sem usar a forma que ele usa. É por isso que eu utilizo a forma narrativa.”
(In Entrevista a José Carlos de Vasconcelos, Diário de Lisboa, suplemento semanal Vida Literária e Artística, Lisboa, 16 jun. 1966).
     Já no verbete MANOLETE, do livro Ideias fixas, de Félix de Athayde, João Cabral fala de toureiros e das corridas de touros: “É, realmente, a corrida de touros é uma coisa extraordinária. Eu cheguei em barcelona em 1947, eu vi Manolete tourear duas vezes. Ele morreu em julho de 1947. Nesse ano, ele ainda toureou em Barcelona duas vezes e ele morreu em julho (...) e ele ainda ia tourear em Barcelona naquele ano e nós tínhamos um amigo comum que me ia apresentar a ele”.
     Na entrevista, João Cabral tinha mais ainda o que falar sobre Manolete, um dos maiores toureadores da Espanha: “Eu não conheci Manolete pessoalmente. Essa pessoa dizia que foi uma pena eu não o ter conhecido porque era um sujeito com quem eu ia me entender muito bem. Esse amigo me dizia que eu tinha deixado de conhecer uma pessoa de quem seria, certamente, um grande amigo, por causa do temperamento dele (...) retraído, calado”.
     Na sequência dessa entrevista, João Cabral faz ainda outras referências ao célebre toureiro: “Era homem de origem humilde, o pai dele foi um toureiro, de forma que Manolete começou carregando pedra numa estrada. Agora, ele era uma curiosidade intelectual enorme. (...) Ele era um homem extraordinário. (...) Conheci alguns toureiros: Manolo Gonzáles, Julio Aparicio”.
(In Segunda de uma série de três entrevistas a Júlio César Lobo, A Tarde, Salvador, 27 out. 1987.)
     Quanto ao livro de Félix de Athayde, Ideias fixas de João Cabral de Melo Neto, ficamos por aqui, para passarmos para outra obra importante, qual seja, Duas Águas (Poemas Reunidos), de João Cabral de Melo Neto , Rio de Janeiro: José Olympio, 1956, p. 45-46.
   Dessa obra, Duas Águas (Poemas Reunidos), escolhemos um poema de João Cabral de Melo Neto, que se encaixa perfeitamente no que ficamos conhecendo sobre a sua paixão pela Espanha e pelas corridas de touros, qual seja, “Alguns Toureiros”, poema, escrito em 1955, e que foi dedicado a Antonio Houwaiss, membro da Academia Brasileira de Letras:


ALGUNS TOUREIROS
João Cabral de Melo Neto


Eu vi Manolo González
e Pepe Luís, de Sevilha:
precisão doce de flor,
graciosa, porém precisa.

Vi também Julio Aparicio,
de Madrid, como Parrita:
ciência fácil de flor,
espontânea, porém estrita.

Vi Miguel Báez, Litri,
dos confins da Andaluzia,
que cultiva uma outra flor:
angustiosa de explosiva.

E também Antonio Ordóñez,
que cultiva flor antiga:
perfume de renda velha,
de flor em livro dormida.

Mas eu vi Manoel Rodríguez,
Manolete, o mais deserto,
o toureiro mais agudo,
mais mineral e desperto,

o de nervos de madeira,
de punhos secos de fibra,
o de figura de lenha,
lenha seca da caatinga,

o que melhor calculava
o fluido aceiro da vida,
o que com mais precisão
roçava a morte em sua fimbria,

o que à tragédia deu número,
à vertigem, geometria,
decimais à emoção
e ao susto, peso e medida,

sim, eu vi Manoel Rodríguez,
Manolete, o mais asceta,
não só cultivar sua flor
mas demonstrar aos poetas:

como domar a explosão
com mão serena e contida
sem deixar que se derrame
a flor que traz escondida,

e como, então, trabalhá-la
com mão certa, pouca e extrema:
sem perfumar sua flor,
sem poetizar seu poema.




* *

REFERÊNCIAS:
Athayde, Félix de. Ideias fixas de João Cabral de Melo Neto. 4ª impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: FBN; Mogi das Cruzes, SP: Universidade de Mogi das Cruzes, 1998, p. 11-13, 17, 31, 135.
Melo Neto, João Cabral de. Duas águas. Poemas reunidos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956, p. 45-46.





*  *  *



38 comentários:

  1. Un bello poema dedicado a los mejores toreros de la época, y una hermosa publicación sobre Joao Cabral, que parece se enamoró de Andalucía y con especial interés de Sevilla, y no es de extrañar porque Sevilla y las demás provincias de Andalucía son una belleza en toda clase de artes.
    Me gustó mucho leer tu entrada.
    Un abrazo.

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  2. Un articolo inedito, e molto interessante su un "artista" della parola, molto interessato alla terra spagnola, che nei versi indicati esprime il
    suo consenso letterario ad un autore brasiliano.
    Post molto apprezzato, cari saluti, Pedro,silvia

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  3. Deve ser muito interessante o livro de Félix de Athayde sobre João Cabral de Melo Neto. Não sabia da paixão do Poeta por Espanha e pelas touradas. Tenho um livro de poemas escolhidos do autor.
    Um beijo, meu Amigo Pedro.

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  4. Gostei muita do texto e da poesia No entanto, sou contra touradas. Enerva-me! :))
    -
    A esperança constrói-se devagar...
    -
    Beijos e um excelente dia!

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  5. Muy interesante. Es muy atractiva Andalucía y siempre rodeada de alegría.
    El Siglo de Oro ha dado grandes de la literatura.
    Un placer leerte.
    Un beso.

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  6. Deve ser um livro bem interessante.
    E gostei do poema.
    Obrigado pela partilha.
    Caro Pedro, continuação de boa semana.
    Abraço.

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  7. Amigo Pedro. ¿Como estás? Espero que bien.
    Ya he visto como tu y tu amigo conocéis a los toreros españoles y muchas ciudades de España.
    Creo que os habéis olvidado de Antonio Bienvenida, fue uno de los más famosos. Fíjate que estuvo toreando grandes toros sin consecuencia y, al final de su carrera una vaquilla lo mato al pillarle desprevenido en su propia finca.
    Todas las ciudades de Andalucía son hermosas, incluída Granada, que por lo que dice tu amigo no le gustó tanto como Sevilla.
    Manolete, además de ser un magnifico torero, tambien era un poco excéntrico, eso le acarreo la muerte al no dejar que le vieran otros médicos hasta que no llegara el suyo que estaba en Madrid. Como te imaginarás, en aquellos tiempos todo estaba más lejano.
    Amigo Pedro, esperando que como yo, estés encerrado en casa para protejerte de lo malo que hay por fuera, te envio un fuerte abrazo.

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    1. Minha amiga Maria De Los Ángeles, contista e cronista de grande talento, fiquei muito contente com este seu belo comentário sobre as cidades de Andaluzia, que, como você diz, são lindas, incluindo Granada, que não era das cidades preferidas pelo poeta, que era apaixonado por Sevilla e por sua cultura.
      Sobre toureiros e touros, outra paixão do poeta, você fala de Manolete e de outro grande toureiro, que não está no poema de João Cabral: Antonio Bienvenida, um dos mais famosos toureiros.

      Gracias, Maria De Los Ágeles.

      Pedro

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    2. Gracias Pedro, no tiene importancia y ni por asomo trataba de corregir a quien tan bien hablaba de España.
      Por si te interesa, tampoco decía nada de Luis Miguel Dominguín, casado con la actriz Lucía Bosé, italiana, y madre de Miguel Bosé y una saga de modelos y actrices extraordinarios.
      Muchas gracias por tus palabras hacia mi.
      Un fuerte abrazo.

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  8. Como andaluza y cordobeza, me siento orgullosa de que tenga tan buena opinión de mi tierra.

    El único problema que tenemos es que en los meses de verano hace demasiado. en Julio y agosto, la temperatura suele sobrepassar más de 40º y no hay alma que resista estar con esa temperatura en la calle.

    Recomendaría la visita en el mes de Mayo. A primeros de mes está la fiesta de las Cruces y a la semana siguiente la fiesta de los patios. En el que los vecinos abren sus casas de par en par, para dar a conocer lo engalanados de flores que tienen sus patios.Hacia finales de mes también está su feria y en el que la mujer luce su traje de flamenca y baila en las casetas las sevillanas Este año, por cierto no se puede celebrar, nada de esto. Este virus nos ha cambiado la vida a todos.

    Besos

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    1. Você diz, no seu comentário, minha amiga, o verão é muito quente em Sevilla, que chega a 40º nos meses de julho e agosto, por isso a sua recomendação para visitar essa bela cidade no início do mês de maio, quando se inicia da Festa das Cruzes e na semana seguinte a festa dos pátios, quando os vizinhos abrem suas casas para dar a conhecer o adorno de flores nos pátios. No final de maio há a feira e na qual a mulher veste seu vestido de flamenco e dança nos estandes las sevillanas. Diz que neste ano não se deram essas comemorações por causa do vírus, que mudou a vida de todos nós.
      Gracias, querida amiga.
      Beijo.

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  9. Oi Pedro, o poema é belo, sob a perspectiva 'do autor', não há como ignorar sua bela construção.
    Lembro de um poema dele foi usado em publicidade, acho que da copa do mundo de 78..."A bola não é a inimiga, como o touro, numa corrida..." o poema declamado junto ao vídeo em câmera lenta...Amava futebol naquela época.
    Adorei a postagem!
    Bom final de semana e abração!

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  10. "Duas águas são as duas vertentes da minha poesia: uma de expressão mais hermética; outra de expressão mais auditiva. Certos poemas meus quando lidos não fazem pé com cabeça. Uma faca só com lâmina, por exemplo. Você não pode ler num comício. Já o Rio e Morte e Vida Severina são poemas sem maiores dificuldades".

    Acrescento eu. Também pode ser ouvido o poema escolhido pelo meu amigo Pedro. Bela partilha! É sempre bom abrir espaço para os nossos maiores. Para lembrar ou para conhecer.

    Cf. João Cabral de Melo Neto em entrevista a Miguel Paiva de Lacerda. Arquivo da Folha de São Paulo, sem publicação.

    Forte abraço, caro amigo!

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  11. Pedro,
    Acabei de ler aqui
    e me sinto enriquecida
    com sua publicação, aliás
    com todas.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  12. É um prazer imenso degustar trechos de uma obra tão excepcional e finalizar com a leitura de um poema escrito com maestria e sensibilidade
    É arte poética nos conduzindo por trilhas da qual nem imaginávamos que pudéssemos um dia trilhar. Maravilhosos amigo Pedro
    Um maravilhoso final de semana
    Beijinhos poéticos

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  13. Olá PEDRO

    Um lugar absolutamente fascinante foi o que escolhi
    para passar o meu aniversário AMANHÃ - DOMINGO

    venho desta forma convidar para a minha festa simples
    mas onde predomina a AMIZADE
    Grata se aparecer

    e, no período de confinamento, só me resta fazer uma festa virtual
    mas que a presença dos amigos(as) tem muito valor.

    Obrigada pela visita

    http://meusmomentosimples.blogspot.com/  

    Beijinho da Tulipa

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  14. Um belo trabalho de literatura com tantas vertentes de reflexão que do presente nos leva ao passado de culturas e suas vivências em pontos de conexão.O ser humano e suas contradições em uma aventura fantástica onde a vida e a morte travam o embate das emoções. ESCREVER É COMO AMAR!
    Um abraço

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  15. Boa noite de sábado, amigo Pedro!
    Um poema que não conhecia, mas que gostei muito da alusão que o poeta fez à flor.

    "... precisão doce de flor,
    graciosa, porém precisa."

    Tem outros versos, mas recortei estes... gosto da precisão e da graciosidade da
    mulher flor...
    Tenha dias abençodos na nova semana!
    Abraços fraternos de paz e bem

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  16. Bom dia!

    Hoje apenas passei para lhe desejar um bom resto de Domingo.

    Um abraço!

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  17. Pedro Luso e aqui que mais vou sabendo de literatos do Brasil. Agora de JOÃO CABRAL DE MELO NETO, que se encantou por terras de Sevilha e suas toiradas. Como "nuestros hermnos dicem: España es diferente". Em Lisboa e Ribatejo, quanto a touradas, eram como uma extensão de Espanha, com a diferença: em Espanha as lides culminavam com a morte do toiro, o que em Portugal e proibido, aqui havia a beleza do toureio equestre, coisa que em Espanha não havia. Em Espanha houve sempre muito mais toureiros, e mais aficionados, em Portugal, em Lisboa houve um dos melhores toureiros ibéricos: Manuel do Santos.
    Enfim as touradas em Espanha terão enfluenciado e escrita de JOÃO CABRAL DE MELO NETO. O seu excelso poema que tive o prazer de ler, será disso testemunho. Te cuida e aceita um abraço.

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  18. gostei muito de ler o texto, que me traz algumas revelações
    para mim inesperada.

    o poema é um encanto - o discurso poético entrelaçado com a "narrativa" do torreio.

    Manolete, verdadeiro poeta na sua arte.

    abraço, caro Pedro Luso
    cuidem-se bem

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  19. Caro Pedro Luso

    Maravilhada ao encontrar aqui João Cabral de Melo Neto, através da obra de Felix Atayde, "Ideias fixas de ...", ficando a saber mais sobre esse autor que muito admiro.

    Já tive a oportunidade de publicar no Xaile "A Palavra Seda", "O cão sem plumas" e alguns apontamentos sobre "Morte e Vida Severina", facultados por uma amiga.

    Meu amigo, estou a adorar estas publicações, as quais nos permitem aumentar os nossos conhecimentos literários .

    Abraço
    Olinda

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  20. Fiquei a conhecer mais um grande senhor da língua portuguesa.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  21. PEDRO,

    esse poema "Alguns Toureiros" de João Cabral de Melo Neto, de extraordinária beleza, fez-me lembrar do livro dele, "Duas Águas", editado pela Livraria José Olympo Editora - RJ em 1956 e que adquiri numa livraria de livros usados e que te fiz a surpresa mandando encaderná-lo. Guardas até hoje com grande carinho.
    Sem dúvida um dos 5 maiores poetas brasileiros.

    Um beijinho daqui do lado.

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  22. As cidades de Sevilha, Granada, Córdova, são flamencas. Sente-se. E são belíssimas. Os pátios, as catedrais, as danças, a gastronomia. Sente-se o ritmo ao caminhar por ali.
    Grata por trazer até nós João Cabral de Melo Neto. E a Andaluzia.

    Um beijo, amigo Pedro.

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  23. Para escribir un poema así, retratando fielmente a unos toreros tan artistas, el poeta sabía de lo que hablaba y debía ser un conocedor, como le pasaba a Hemingway. El toreo no es un arte fácil.
    En cuanto a que en Cataluña no aman el flamenco, esa es una falsa visión que difunden algunos catalanes y que si Joao Cabral llega a vivir más tiempo aquí, siendo un hombre de criterio que sabía mirar, seguro que la hubiera desechado. Muchas de las primeras figuras del género flamenco, cante, baile o guitarristas, son catalanes. Como la bailaora más grande, Carmen Amaya, o el cantante que hizo mundial la rumba catalana, Peret, o el joven actual de más prestigio como cantaor flamenco, Miguel Poveda.
    Saludos, Pedro.

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    1. Gracias, Ana, pelas observações a respeito dos costumes e da cultura musical do catalão, como dizes: “catalana, Peret, o el joven actual de más prestigio como cantaor flamenco, Miguel Poveda”.

      Meus votos de uma boa semana, querida amiga.

      Beijo.

      Pedro

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  24. Uma belíssima e bem interessante publicação, que nos vem desafiar, a ficarmos a conhecer melhor, a obra deste grande autor... que aliou o seu talento, à paixão pela lide de touros, em Espanha, no caso do poema acima... e à mestria dos seus melhores executantes, à época... Gostei imenso!
    Beijinho! Votos de um óptimo fim de semana, para si e todos os seus, Pedro!
    Ana

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  25. Boa noite de Domingo, Pedro!
    Vim reler e encontrei outra pérola no poema:
    "... cultiva flor antiga:
    perfume de renda velha,
    de flor em livro dormida.""
    Não se usa mais quase algo tão lingo que é oferecer uma flor ao vivo para que se guardem as pétalas no livro. Senti até o cheiro delas amareladas nos livros pelos versos.
    Tenha uma nova semana abebçoada junto aos seus amados!
    Abraços fraternos de paz e bem

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    1. Olá, Roselia!

      Muito bom saber que você gostou deste poema do nosso grande poeta, João Cabral de Melo Neto.

      Meus votos de uma ótima semana, querida amiga.

      Beijo.

      Pedro

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  26. ¡Hola, Pedro!

    ¡Nos dejas una excelente entrada! Pedro, según voy leyendo, disfruto al máximo de esta lectura, donde nos muestra a grandes escritores que nos habla de nuestra querida España.
    Es preciosa todo Andalucía, Barcelona, pero España tiene otras ciudades de incalculable belleza tanto monumental como paisajística, miles de pueblos y rincones de ensueño, dinos de una mirada detenida.

    Igual que Brasil, igual cualquier otro país del mundo. ¡Claro está que en todos no se puede estar! Ni habría tiempo suficiente para contar sus grandes bellezas.
    El poema es precioso, un canto a Andalucía y a los toreros, Manolete, que quedo para siempre en el recuerdo de los españoles. Gracias, Pedro, por este post importante y bello.

    Un beso y mi inmensa gratitud. Cuidaros mucho.

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  27. Un abrazo muy grande. Que tú y todos los tuyos estén muy bien.

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  28. Pedro,
    Eu aprerecio essa interação
    que os Blog nos oferecem.
    Em tempos de distanciamento
    aqui na chamada Blogsfera
    podemos nos reunir.
    Adoro.
    Boa nova semana pra nós.
    CatiahoAlc. dos Blogs
    https://comentariosporaicoisatal.blogspot.com/
    https://frasesemreflexos.blogspot.com/

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  29. He disfrutado de manera especial leyendo tu entrada.
    También yo soy una enamorada de la capital andaluza. No en vano he vivido en Sevilla la mayor parte de mi vida. Sus calles, sus gentes, su cultura, te marca para siempre.
    Gracias por traerla a mi memoria.

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    1. Que maravilha, Maripaz, viver em Sevilha com a sua extraordinária cultura, a sua dança, a sua música, a sua gente, etc. E tu representas muito bem a Andaluzia e Sevilha,

      Gracias pela visita Maripaz.

      Beijo.
      Pedro

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  30. Te deseo una buena semana. Que vaya todo muy bien.
    Un beso.

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  31. Aqui a gente reveste nossa mente com cultura e sabedoria! O texto maravilhoso e a poesia fecha tudo com chave de ouro!
    Abraços fraternos!

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  32. Olá Pedro!
    Tanta sabedoria numa alma só.
    A poesia.
    Iluminou minha noite.

    que cultiva flor antiga:
    perfume de renda velha,

    Palavras lindas!!!!!!
    Abraço de luz.
    Megy Maia🌈

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muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho