O CIRCO
- PEDRO LUSO DE CARVALHO
Grande era o circo,
a lona enorme,
um mundo à parte,
gente grande e crianças
reunidas no mesmo encanto.
A moça com pouca roupa
num equilíbrio e coragem,
de pé sobre os cavalos,
um homem valente com chicote
e um leão solto num desafio.
Ainda me lembro da girafa:
sem me dar conta,
espichava meu pescoço
como via a girafa fazer
(como às vezes ainda
acontece).
Lembro-me do dia triste
em que o circo partiu,
com o elefante, o leão,
os macacos e os palhaços,
só não sabia que os levaria
comigo.
* * *
Que bom voltar à nossa infância, recordar do fascínio que o circo exercia em nós, uma época das mais doces de nossas vidas. Adorava ver os animais, o repeito dos leões, o adestramento dos cavalos, o elefante no banquinho, mas também o trapézio com saltos fenomenais. Lembro que eu ficava tensa era com os animais: imagino se um animal daqueles tivesse escapado... Não estaria agora aqui comentando teu belo poema! Já adulta, continuo a amar o circo.
ResponderExcluirAdorei teu poema.
Beijinho, daqui do lado.
Ricordi gioiosi dell'infanzia, quando eravamo attratti dalla giocosità del circo....immagini indimenticabili, sempre impresse nella mente.
ResponderExcluirBellissima poesia, Pedro, un caro saluto,silvia
O circo é mágico. Todas as crianças gostam dele, embora eu nunca tivesse enquanto criança oportunidade de ver nenhum. Não apareciam na minha zona, talvez porque soubessem que era uma zona de gente demasiado pobre onde o dinheiro não chegava muitas vezes para o pão. Apareceu por lá um dia uma família de saltimbancos que não eram mais do que duas crianças e os pais que executaram alguns números de ginástica e nos deixaram espantados e a sonhar fazer o mesmo. Coitados, não deviam ter levado dinheiro que chegasse para uma refeição digna desse nome. Nunca mais voltaram. A primeira vez que vi um circo foi no Natal de 1969, já era casada.
ResponderExcluirGostei do poema.
Abraço
El circo, amigo Pedro, en mi infancia lejana lo era todo cada cierto tiempo cuando venía al barrio, también con su banda musical que llamaba a asistir tocando en la calle.Era lo que equivale a tiempos actuales a mi TV, mi teléfono celular, mis sueños, mi fantasía.Era en suma un mundo distinto.
ResponderExcluirAbrazo.
Sempre gostei de circos e hoje pra mim, parecem ter perdido a graça. Virou muito SHOW, muita riqueza,...Gostava daquela simplicidade e ainda de sentar nos "poleiros"... Tinha mais emoção, pipoca. algodão doce, crianças lambuzadas... Muito legal! Adorei! Hoje, os palhaços somos nós e o picadeiro tá sempre armado ...Mas sem a menor graça! Há um homem que vai pegar o "chicote" e querer dominar, como faziam os domadores!
ResponderExcluirSigamos...Melhor pensar no circo de outrora! abração,chica
Bom dia. Parabéns pelo lindo poema... Adorei :))
ResponderExcluir"Dando asas ao coração"
Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira.
Pedro, que bom foi entrar e vibrar de encantamento no teu circo.
ResponderExcluirNa minha infância e adolescência, em Moçambique, assisti em tendas a bons momentos de alegria, magia e emoção. Gostava particularmente dos palhaços, dos trapezistas e dos cavalos. Bons tempos!
Agora, os tempos não são bons e o circo da vida não tem graça alguma.
Belo poema, meu amigo.
Beijo.
Um mundo de magia e encanto, de tempos de outrora... e que faziam as delicias das crianças, de então... hoje em dia, é um custo mostrar-lhes, que existe mais vida, para além, do último nível atingido, no jogo mais recente de computador ou telemóvel... já vejo crianças pequenas, que só sossegam quando um smartphone, lhes é passado para a mão, pela mãe ou pai... estranho mundo este... o actual... em que até a magia de se conseguir olhar em volta... e ver... se perdeu...
ResponderExcluirGostei de recordar, através das suas inspiradas palavras, Pedro, este encantado mundo de magia, que ainda tive oportunidade, de algumas vezes, apreciar...
Abraço! Feliz semana!
Ana
Belo poema Pedro, com palavras simples como a infância e suas emoções:)
ResponderExcluira nostalgia do trabalho do circo como se fazia antigamente,
sem grandes meios, onde os homens e os animais trabalhavam muito para comer,
nessa associação de ambos para criar emoções !
abraço
Angela
Parabéns Poeta!! Amei!!
ResponderExcluirÉs o meu porto seguro...
Beijos e um excelente dia
Me ha encantado tu poema. Es muy bello y me ha traído la nostalgia de otros tiempos con muy entrañables recuerdos.
ResponderExcluirUn fuerte abrazo.
Magnífico poema, em que as recordações se fizeram presentes.
ResponderExcluirBeijinhos,
Ailime
Boa noite, Pedro!
ResponderExcluirAqui onde moro, quase em frente, instala-se um circo nas férias e em algumas ocasiões especiais, como Semana Santa.
Pois bem, sei do que fala pois noutro local onde morava, também balneário, acontecia o memso.
Resultado: quando eles se vão levam-nos e aos nossos bons momentos de riso, as estrepolias que fazem e as piruretas dos palhaços que ressoam dentro de nós e outros...
Muito bonito seu poema e verdadeiro, o que prevalece. Ser sensível resulta nisso. Parabéns!
Seja sempre abençoado e revestido da Graça de Deus!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Hai riportato alla memoria ricordi dell'infanzia quando tutto sembrava magico.
ResponderExcluirFelice giornata, un abbraccio
enrico
Comprendo que en aquellos tiempos el circo fuese la única distracción y encanto de los niños, no tenían televisión ni ordenadores...a mi el circo no m termino de gustar, me producía un cierto desencanto, ver al león fugir cuando le propinaban un latigazo, me producía dolor, no me gustaba, no me gustaba ver como obligaban a los animales hacer lo que el hombre les mandara...pero comprendo que era la única diversión para los niños, el poema me ha gustado.
ResponderExcluirFeliz miércoles Pedro. Un abrazo querido amigo
Maravilhoso poema.
ResponderExcluirAbraço.
Olhar D'Ouro - bLoG
Olhar D'Ouro - fAcEbOOk
Olhar D'Ouro – yOutUbE * Visitem & subcrevam
Pedro,
ResponderExcluirPoema belíssimo, com a magia do circo que nos coloca
instantaneamente um sorriso remetendo a nossa infância...
E todo poeta já tem um olhar que busca o encantamento.
Maravilhoso este teu excelente poema, com uma
narrativa que evoca a nossa memória:
"Lembro-me do dia triste
em que o circo partiu,
com o elefante, o leão,
os macacos e os palhaços,
só não sabia que os levaria comigo."
Um beijo, admirável poeta.
Aunque el circo se vaya siempre queda en nuestros recuerdos los buenos momentos pasados en él.
ResponderExcluirUn abrazo.
Yo creo que todos guardamos, en un rincón del corazón, los ratos felices que hemos pasado en el circo cuando éramos pequeños.
ResponderExcluirCariños.
Kasioles
Muy bellos estos versos para el recuerdo de un entretenimiento tan hermoso como es el circo, una gran familia llena de magia para los peques.
ResponderExcluirUn abrazo.
Uma bela lembrança como inspiração acelerada deste espaço, que fez a alegria de muitos de nós pela infância. Somos um picadeiro de saudades onde os risos nos emocionam e ora incentivam. E sentimos partidos pela falta deles. Lembrei de Drummond Pedro, quando ele afirma que o trem de ferro levava o minério, mas leva um pouco dele em cada viagem.
ResponderExcluirMuito bom Pedro revi os meus circos numa cidadezinha do interior.
Meu abraço e bom feriado para vocês.
O fascínio e magia do circo presos nas suas memórias da infância. Um belíssimo poema, Pedro meu Amigo.
ResponderExcluirUm beijo.
Um tema espectacular amigo Pedro!
ResponderExcluirQuem não se lembra do encanto do circo, de nossos tempos de criança?
Lembranças duma infância, na qual até podia haver dificuldades, pois os tempos eram outros, muito diferentes dos dias de hoje. Mas havia muita alegria, éramos felizes. Gostei muito!
Meu Abraço fraterno, de paz e bem.
Hay experiencias que el tiempo no es capaz de borrar de nuestro corazón y el circo tiene una magia, un encanto especial y nos atrapa a todos.
ResponderExcluirEmotivo poema. Un abrazo.
Há sempre um circo nas lembranças de nossa infância...muitos personagens e muitas histórias pois eles, os do circo, vão levando além de sua arte, também as suas histórias de vida cheias de aventura, venturas e dores.
ResponderExcluirUm abraço
cálidos momentos a percorrerem memórias
ResponderExcluirem que o poeta finca raízes de sensibilidade e beleza!
poema muito belo, meu amigo
forte abraço
Memórias de infância que surgem de vez em quando, para nos encantar novamente.
ResponderExcluirMaravilhoso poema
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Pedro : nossas doces lembranças infantis...podem tornar-se versos inspirados e inspiradores!!Gostei muito do seu espaço poético. abraços meus
ResponderExcluirInolvidable impresión de nuestras visitas al circo. Era todo tan auténtico; los animales, los payasos, los trapecistas y equilibristas, que no recuerdo haber vivido sensaciones tan potentes en otros espectáculos. Bendita inocencia, Pedro
ResponderExcluirBoa tarde, Pedro
ResponderExcluirquantas lembranças o seu poema nos traz, saudades de uma época boa , mas que ficou para trás. Tempo em que os animais de grande porte eram a atração principal.
Mas tudo se esvai e o circo foi embora. Abraço!
Marli Boldori
Roubem-nos tudo
ResponderExcluirmenos as boas memórias
Abraço
Fiz uma viagem à infância com esse lindo poema.
ResponderExcluirSão sempre as memórias mais lindas
Obrigada
** Novo Capítulo de Um Oceano entre nós
Beijinhos
Memórias de infância que ficam para a vida.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Olá amigo Pedro apesar de não gostar de circo, justamente por ver o homem usar animais para ganhar dinheiro, sei que as memorias, essas lembranças que nos levam a momentos de reflexão, e saudade são importantes. e você transformou as suas num bonito poema.
ResponderExcluirGrande abraço, Léah
Sempre que há uma partida, algo fica em nós, ainda assim.
ResponderExcluirBoa continuação de semana
Olá Pedro! Li os comentários e vi que nāo era a única a não ter recordações do circo na infância. Como a Elvira, só fui ao circo quando levei os meus filhos. Nasci e vivi até casar numa aldeia onde nunca apereciam circos: só em algumas vilas e cidades grandes e mesmo assim eram poucos e, quando para lá fui para estudar o circo já não me interessava. Agora , amigo, dá pena ver os circos vazios, pois as crianças de hoje nāo se interessam por nada do que eles apresentam; os tempos são outros, os interesses mudaram e com eles mudaram também as crianças Mas os circos não acabaram...em todo o lado há um onde os palhacos somos todos nós, infelizmente; não fazemos rir, mas no palco há sempre alguém que se ri de nós, que se ri dos malabarismos que temos de fazer para seguir em frente de cabeça erguida. O teu poema está lindo, Pedro, recordando um espectáculo que fez a alegria de muitas crianças e que tende a desaparecer por completo. Um beijinho
ResponderExcluirEmilia
Pedro:
ResponderExcluirel circo nunca me ha gustado, siempre me ha dado depresión. De hecho, nunca llevé a mis hijos al circo.
Abraços.