>

7 de jul. de 2019

[Poesia] PEDRO LUSO – A Casa





A CASA
PEDRO LUSO DE CARVALHO



Está ali a minha velha casa,
ali está ela onde sempre esteve,
presa ao chão, pássaro sem asas,
ia partir quando me reteve.

Está ali a minha velha casa,
dela muitas lembranças tenho
que não se sepulta em terra rasa,
nela tive vida com empenho.

Muitas vezes a quis deixar,
para viver então em nova casa.
Nesta poderia confiar?
Velha casa, segredo não vaza!

Então, risco nenhum correrei.
Onde todos segredos estão,
nesta velha casa ficarei,
aqui não me alcança a solidão.




 *   *   *




39 comentários:

  1. Ahí están los recuerdos de tu niñez y de tu etapa de juventud en el que se soñaba con hermosos ideales que fueron madurando para ser el hombre que ahora eres.

    Besos

    ResponderExcluir
  2. Una casa stabile, che sa racchiudere vecchi ricordi e momenti indimenticabili di vita
    Sempre bello leggerti, Pedr,buona domenica,silvia

    ResponderExcluir
  3. "Velha casa, segredo não vasa!"
    Querido amigo Pedro, gostei de iniciar o dia lendo este lindo poema.
    Sabes, quanto mais te leio mais admiro a sensibilidade poética que transparece em cada verso teu. Parabéns!
    Não resisto a deixar-te uma frase de José Saramago, retirada do (brilhante) romance "O ano da morte de Ricardo Reis": “Revolvei a vossa casa, buscai a coisa mais vil de toda ela, e achareis que é a vossa própria alma.”
    Beijo, bom domingo.

    ResponderExcluir
  4. Maravilhosas palavras :))

    Bjos
    Óptimo Domingo

    ResponderExcluir
  5. Un hermoso poema evocador para la casa antigua, esas que se mantienen de pie y guardan todos los secretos de la niñez cuando todavía no se conocían las decepciones.
    Un placer la lectura Pedro. Buen domingo y un abrazo.

    ResponderExcluir
  6. Linda poesia e trocar de casa seja física ou em sentido figurado, sempre é difícil, sempre algo fica pra trás e o que chegará??? Adorei! abração, tudo de bom,chica

    ResponderExcluir
  7. O melhor lugar é onde nos sentimos seguros e protegidos e nossa velha casa é nosso porto seguro. Magistral poema, Pedro
    Um abraço e bom domingo

    ResponderExcluir
  8. Qué bonito y entrañable!!.
    Excelente imagen para acompañar unas letras muy bonitas.
    Un beso.
    Feliz domingo.

    ResponderExcluir
  9. Mais um magnífico poema!

    ResponderExcluir
  10. Um poema brilhante!! Amei!

    Sigam o meu novo blogue :- Imagens que dispensam palavras
    ( https://imagensquedispensampalavras.blogspot.com/ )

    Coisas de uma Vida

    Beijo. Bom Domingo

    ResponderExcluir
  11. A velha casa onde estão guardadas as nossas memórias, que nos protege e não nos desilude, "presa ao chão, pássaro sem asas" bela imagem, Pedro,
    parabéns pela poesia :)
    Angela
    https://poesiesenportugais.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  12. Boa noite, amigo Pedro!
    Muito bonita poesia que retrata uma vida de relacionamento bonito com seu chão, seu lar, seu aconchego, tudo de bonito que vivemos ao longo da vida.
    A velha casa eu não a vejo há tempos, mas ela também ainda existe pelo que sei.
    Guarda pouco de mim, pois de lá são muito jovem. 4 décadas fora dela...
    Gostei muito, mas este tema me traz nostalgia pois me recordo do meu pai que a construiu.
    Gosto muito do seu jeito afetuoso de poetar.
    Tenha dias felizes e abençoados por Deus!
    Abraços fraternos de paz e bem e bem

    ResponderExcluir
  13. É um privilégio ter a referência de um casa antiga onde habitámos e acumulámos memórias de vivências e, mesmo, de silêncios...
    Não conto com esse tesouro, porque vivi em muitas, mas gostei de ver a casa tratada como um cofre de preciosidades.
    Formalmente, aprecio verificar como prefere os eneassílabos... sorrsssss
    Um poema expressivo que muito nos diz da sua sensibilidade.
    Ótima semana, Amigo.
    O meu abraço
    ~~~

    ResponderExcluir
  14. En ella reposa los buenos recuerdos del que uno vuelve aunque tan solo sea en los pensamientos, un saludo.

    ResponderExcluir
  15. A casa cheia de recordações e vivências. Como dizia o poeta Herberto Helder é a respiração da casa que nos suporta. Um excelente poema. Deixou-me com saudades da casa onde nasci…
    Uma boa semana, meu Amigo Pedro.
    Um beijo.

    ResponderExcluir
  16. Me llega profundamente, amigo Pedro, este poema. Próximo a mudarme a un departamento con mi esposa, por lo que llaman "la ley de la vida" en que las casas quedan ya muy grandes en soledad, veo desde ya mi actual hogar por muy poco tiempo más, con ojos de pasado.

    Abrazo austral.

    ResponderExcluir
  17. Uma poesia que toca o meu coração, fazendo-me recordar de uma casa que por muito tempo morei, Senti saudades...
    Um abraço.
    lys.

    ResponderExcluir
  18. Aprendemos com você!Bravo!

    ResponderExcluir
  19. Eu também, caro amigo Pedro. Ainda respiro na minha velha casa. Eu e todos os que fomos casa. É um poema que nos mora dentro. Ou nós moramos nele. Não a abandonaremos!
    Gostei tanto que fiz meu teu poema.

    Beijo.

    ResponderExcluir
  20. A antiga casa será sempre o nosso ninho...mesmo vazio, mesmo em ruínas, nela corremos pelo seu quintal, sonhamos todas as rosas dos canteiros, e choramos nossos primeiros amores...na alma ficam todas as suas emoções.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  21. Pedro bem interessante o poema, porquanto tem a definição do que devia ser sempre a intimidade, para nós a intimidade da nossa casa.
    Abraço

    ResponderExcluir
  22. Assim deve ser a Casa da Gente.

    ResponderExcluir
  23. Mesmo que o teu solo seja áspero, a nossa casa é o que sempre foi, a que nos deu tudo... o lugar da ressurreição sempre! Como é bom senti-la em nossa respiração!
    Gostei do poema, meu caro Pedro!
    Um forte abraço,

    ResponderExcluir
  24. Lar, doce lar!... Como eu me lembro da minha casa de infância... E quantos sonhos tenho com ela...
    No mínimo uns cinco seis sonhos por ano, e constantemente. Acordo querendo sair daquele quarto antigo em que dormia eu e meu irmão - o e primeiro pensamento ao acordar depois do sonho é se ele (o irmão) já teria acordado e levantado ou ainda estaria a dormir. Belíssimo poema, Pedro! Meus parabéns! Abraço fraterno. Laerte.

    ResponderExcluir
  25. Pedro:
    la casa de la infancia es la que siempre tendremos en la memoria.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  26. Boa tarde, Pedro, seu poema me levou a lembrar da minha infância,
    da minha casa, do meu lar com meus pais, meus irmãos, quanta vida, quanta atividade couberam naquela casa. Seu poema é um marco na história de todos que se recordam de sua velha e aconchegante casa. Lindo! Abraço.

    ResponderExcluir
  27. De vez em quando é bom recordar. Lembrar da nossa infância do tempo em que nada sabendo da vida vivíamos carregados de sonhos.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  28. Non è mai facile lasciare i luoghi famigliari e cambiare le vecchie abitudini.
    Felice giornata, un abbraccio
    enrico

    ResponderExcluir
  29. o Sortilégio da(s) velha(s) casa(s) acompanha-nos pela vida fora, não é verdade, Poeta, Pedro Luso?

    são elas, as "velhas casas" que nos marcam o carácter
    e definem o sentido dos passos.

    gostei muito. obrigado pela partilha

    caloroso abraço.

    ResponderExcluir
  30. Muito lindo o que deixas à tua velha casa! Tive algumas casas desde pequena, e algumas me marcaram mais do que as outras. Uma quando criança, outra quando adolescente e depois as nossas, e por cada uma guardo muito carinho, viram tantas coisas acontecerem, tantas alegrias, algumas confusões, tristezas... tudo o que naturalmente sentimos e guardamos. A casa é nosso quartel, é nosso refúgio, é nossa paz! Diria que nossa casa é a coisa mais importante que temos, é, enfim, nossa proteção.
    Beijinho, meu poeta!

    ResponderExcluir
  31. Bonito poema, no dejes de cuidar y de mimar a tu vieja casa ya que ella cobija tus grandes y bonitos recuerdos.

    Abrazote utópico, Irma.-

    ResponderExcluir
  32. A minha velha casa
    é uma jovem com idade
    memórias intactas nas paredes
    Abraço

    ResponderExcluir
  33. Sentimo-nos seguros onde se encontram as nossas "raízes".
    Maravilhoso poema
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

    ResponderExcluir
  34. A nossa casa é a nossa pátria...
    Excelente poema, gostei imenso.
    Caro Pedro, um bom fim de semana.
    Abraço.

    ResponderExcluir
  35. É lá que me sinto bem, minha casa, meu tudo sem segredo, onde moram meus medos.
    Poema saudosista e belo na definição do aconchego, da felicidade, que não precisa de muitas coisas.
    Maravilhosa construção da inspiração Pedro.
    Meu abraço de paz amigo.

    ResponderExcluir
  36. E há casas que para nós sempre serão bem especiais... que sentimos que também elas ficaram a fazer parte da nossa alma... principalmente, aquelas onde vivemos a nossa infância ou juventude!
    Adorei o poema, que abordou tão bem esta doce afinidade...
    Beijinho! Boa semana!
    Ana

    ResponderExcluir

Logo seu comentário será publicado,
muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho