FUZIS E JASMINS
– PEDRO LUSO DE CARVALHO
Dedico este poema, que
reedito,
às Mães da Praça de Maio
(Madres de Plaza de Mayo),
Buenos Aires, Argentina.
às Mães da Praça de Maio
(Madres de Plaza de Mayo),
Buenos Aires, Argentina.
Quando a moça regava os
jasmins
céu de chumbo escureceu o
jardim –
A moça sugou da terra a
seiva,
de vulcões
esbraseantes lavas,
sua couraça de ossos e
nervos.
A pátria seria defendida,
bocas famintas teriam pão
–
os jasmins tinham o seu
jardim.
Foi na noite cúmplice a
tocaia,
enfrentou soldados e fuzis –
jogaram
o corpo na erma vala.
Uma luz, na
escuridão da noite,
clareou a
boca, rosa de
sangue.
– Os tantos
sonhos foram desfeitos. –
Quem por aquele campo passar,
ouvirá as lamúrias do
vento,
* * *
Linda poesia meu amigo, é sempre um gosto ler tudo o que escreve!
ResponderExcluirAdorei! Meu Fraterno Abraço, e um feliz e abençoado final de semana.
Una poesia intensa e assai significativa, su cui porre profonde riflessioni
ResponderExcluirUn caro saluto,Pedro, silvia
Un maravilloso recuerdo el que has elaborado con sensibilidad y delicadeza.
ResponderExcluirPrecioso todo el poema con un cierre regio.
Muy bonita la pintura, me gusta mucho.
Un abrazo y buen domingo.
Lindíssimo e profundo, tocante teu poema, Pedro e bela dedicatória, merecida! abração, lindo fds! chica
ResponderExcluirBom dia. Belíssimo poema. Fechou com 'chave de ouro'. :)
ResponderExcluirHoje, um mini conto:- lembranças do meu coração...
Bjos
Um Sábado feliz
Boa inspiração, amigo Pedro! Daquelas que nos tocam de verdade.
ResponderExcluirQue a pureza e o perfume dos jasmins invada o coração dos homens.
Beijinho.
Bonita essa dedicatória!
ResponderExcluirAcresce além do poema, essa maravilhosa tela, gostei muito!
Parabéns aos dois!
Abraço e bom fim de semana.
OLHAR D'OURO - PHOTOGRAPHY
Excelente poema!
ResponderExcluirBeijo e um excelente sábado
Lindo poema como todos que tive oportunidade
ResponderExcluirde ler e conhecer.
Um feliz final de semana.
Evanir.
Os delicados jasmins contracenando com a brutalidade dos fuzis - nada tão desigual, tão covarde! Esse poema emociona pela luta, pela revolta daquelas mães da praça de maio convivendo com a eterna dor pelos seus filhos desaparecidos. Só restou o perfume dos jasmim para acalentar a dor e deixar que viva a saudade.
ResponderExcluirQuanto à minha obra, 'Tormento', foi uma surpresa que me escondeste! Um mimo que adorei para ilustrar tão forte poema que disse a que veio...
Beijinho daqui do lado!!
maravillosos Jazmines... Feliz domingo
ResponderExcluirPedro, emocionou-me muito este teu poema/ homenagem às Mães da Praça de Maio.
ResponderExcluirMães a quem a mais lancinante das dores dá força e coragem para continuarem a exigir esclarecimentos sobre o desaparecimento dos seus filhos durante a ditadura milita na Argentina (1976-1983).
A escolha da obra da Tais “Tormento” foi acertadíssima.
Abraço.
Lindo o poema, muito bem ilustrado por essa tela magnífica. Uma simbiose perfeita.
ResponderExcluirUma mensagem de terror, onde a revolta, se faz sentir, perfumada pelos jasmins
Parabéns aos dois.
Um abraço e bom domingo
Emociona tu poema, resalta el dolor de esas madres unidas en el mismo sentir por la desaparición de sus hijos.
ResponderExcluirHasta los jazmines de la plaza, intentan acariciar sus corazones ofreciéndoles su delicado olor.
Cariños.
kasioles
Felicitaciones a Tais, es precioso.
Oi, Pedro, tempos de Tormenta que deixaram rastros de sangue e medo em toda América Latina...restam perfumes de jasmim. Belíssima postagem
ResponderExcluirUm abraço
Tus palabras están llenas de olores, como al pasar por mi portal siento el aroma del jazmín cuando me acerco a él.
ResponderExcluirUn abrazo.
Sensible y precioso poema.
ResponderExcluirLa pintura es muy bella.
Un beso
A sua poesia é de uma sensibilidade ímpar. Muito doce e maravilhosa
ResponderExcluir.
Hoje
Margens de sedução de branca espuma
.
Deixo um abraço poético.
Boa tarde. Domingo feliz
Que emotivo, Pedro. Cuantos sueños rotos...
ResponderExcluirMagnífico poema.
Abrazos
Nossa que beleza e que tristeza este excelente poema. Adorei!
ResponderExcluirObrigada caro amigo por compartilhar.
Meu grande abraço.
SU
Não é tão difícil imagina uma sena assim,bom seria que só existisse dor assim,na mente fertil dos poetas, pois é muito triste, porem linda, digna de um grande poeta e escritor!
ResponderExcluircaro Pedro Luso, meu amigo
ResponderExcluirambos sabemos que a emancipação da Humanidade se alimenta dos seus heróis e de seus mártires, tantas vezes anónimos, sem um nota de rodapé sequer a assinalar a sua entrega.
o teu poema, ao homenagear as "Mães da Praça de Maio" heroína anónimas da resistência contra a ditadura argentina, décadas atrás, é um rasgão luminoso na escuridão destes nossos tempos sem memória, que tudo uniformiza
mas sem Memória não há Futuro, nem História, também ambos o sabemos.
por isso te agradeço este poema, que além formalmente muito belo, me serve de lenitivo e conforto, por me lembrares que existe sempre uma luz, ténue e frágil que seja (como a poesia é) na escuridão dos dias
e que não podemos desistir!
caloroso abraço, meu amigo
Obrigado, amigo Manuel.
ExcluirTambém eu não posso apoiar qualquer espécie de ditadura, seja ela militar ou dita "governo do povo", isto é, de esquerda (socialista ou comunista), como as ditaduras da Venezuela e de Cuba.
Nada melhor, pois, que a democracia.
Um grande abraço.
Pedro
não serei eu quem agitará fantasmas, meu caro Pedro.
Excluirmas o "governo do povo para o povo" constitui o cerne da Democracia.
ideia que vem de Rousseau, como bem sabes.
pretexto para mais um abraço
Esta minha resposta, amigo Manuel, não se dá para polemizar, mas tão só para dizer que escrevi a frase "governo do povo", entre aspas, por ser, dita frase, uma das falsas afirmações das ditaduras comunistas, para enganar o povo dominado.
ExcluirUm grande abraço.
Pedro.
Um belíssimo poema dedicado às Mães da Praça de Maio. Sensibilizou-me muito, Meu Amigo Pedro. Gostei da pintura da Tais.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Boa tarde, Pedro, extremamente emocionante este poema que dedica as "Mães da Praça de Maio", mães que lutam há anos, pela memória de seus filhos e lutam também, pela vida.Ainda faz a comparação com os jasmins, que nos dão o perfume, por isso, elas não querem ser chamadas de heroínas, pois fazem o que qualquer mãe faria pelo filho amado, além do sangue, ficou o perfume personificado na linda flor do jasmim.Sensibilidade à flor da pele. Abraço!
ResponderExcluirPoema emotivo de gran significado, estimado Pedro.
ResponderExcluirSaludos australes.
Amores em guerras que não deveriam existir.
ResponderExcluirGostei do perfume a jasmim.
Beijinhos
Veo su comentario, Pedro. Cuántos tristes recuerdos.
ResponderExcluirEn mi caso fueron sólo 24 horas que pase en Buenos Aires, venida de Uruguay.
Ver aquellas mujeres tan maltratadas en lo que más duele, sus hijos y nietos desaparecidos, ocupando la plaza de Mayo con sus pañuelos en la cabeza hechos con tela de pañales, fue una experiencia inolvidable. Eran la estampa de la dignidad irreductible ante el dolor.
Uma bela homenagem a essas resistentes e corajosas Mães da Praça de Maio.
ResponderExcluirUma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
ResponderExcluir-`✺´-
Você retrata um fato cruel com tanta sensibilidade na metáfora jasmins e fuzis.
Deveríamos aprender com os erros do passado para evitá-los no presente, mas o problema troca de roupagem mas, continua!... Falta humanidade e solidariedade no mundo de hoje.
Uma boa semana, cheia de surpresas agradáveis!
Beijinhos.
-`✿´-
Un bello poema, la lírica de unir jazmines y fusiles,logran aunque sea simbólicamente, la guerra y la paz.
ResponderExcluirmariarosa
En contra totalmente de toda la maldad que reina en este mundo y de todos los sucesos que riegan con sangre nuestro planeta.
ResponderExcluirSaludos y muchas gracias.
Hoje quem passa por esse campo
ResponderExcluirdeserto ouve as lamúrias
saludos y buena jornada
Los ecos de los fusiles en la plaza se oirán, pero los bellos jazmines jamás se marchitarán.
ResponderExcluirUn abrazo.
Belíssimo e sublime poema dedicado.
ResponderExcluirUma rica simbologia tocante, o título: "Fuzis e Jasmins" é uma
originalidade encantadora, a nos revelar um duelo da força bruta (Fuzis)
com a força da sensibilidade (Jasmins), do
poderoso amor das mães!...
A obra de arte da Taís ficou perfeita para o poema, Pedro.
Parabéns! Abraço.
Olá Pedro
ResponderExcluirPoema tão actual...
Em quantos campos por esse mundo fora as lamurias emanam de terrenos cobertos de flores!
Um beijo
Teresa
¡Hola, Pedro!
ResponderExcluirNos dejas un bellísimo poema perfumado con esos jazmines simbólicos, que nos recuerda la gran tragedia que vivió Argentina y que aún lloran con amargura y reclaman las madres de la plaza de mayo que jamás olvidaran sus rosas cortadas del tronco de su corazón; mas hoy siguen igualmente en más de medio mundo, masacrando sin piedad, a niños ancianos, jóvenes y otros seres humanos en común. ¡¡¡Malditas guerras!!! Que son el gran tesoro para el bolsillo de los poderosos -políticos –gobernantes –corruptos.
Vivimos en un podrido mundo en el que la vida de nosotros los de a pié, ya no tiene valor. Es triste, pero es así, amigo Pedro.
Decirte que me gusta mucho esa obra, TORMENTO, felicidades a la autora.
Bueno, he tardado en pasar, por problemas de salud.
Y me despido hasta 2018, con mis mejores deseos de felicidad para ti y tu familia en estas fiestas que se avecinan. Mucha prosperidad en el año que entra.
Un abrazo, mi gratitud y mi estima siempre.
Chauuuu, Brasil.
Pedro, desculpa estava com muita dor e excluí a postagem e tive que fazer outra e você já tinha feito o comentário.
ResponderExcluirSe quiser voltar e comentar a outra ficou melhor e diferente,
me perdoe. foi sem querer
Beijos
Lua Singular
Uma bela homenagem.
ResponderExcluirNum poema que é excelente, parabéns.
Bom fim de semana, caro Pedro.
E um Feliz Natal, extensivo aos seus familiares.
Abraço.
Quisiera ser capaz de transmitir con mis palabras la hondura de mis mejores deseos para que la felicidad sea una realidad en vuestra vida:en estas Navidades y en el año que está a punto de llegar.
ResponderExcluirVoy a tomarme algún tiempo de descanso y es por esa razón que no llegarán mis comentarios a vuestros blogs. En cuanto me sea posible, retornaré.
Con el afecto y la cordialidad de siempre, repito:
¡Feliz Navidad y que el Año Nuevo os colme a todos de paz, amor y libertad!
Oi Pedro,
ResponderExcluirLindo e triste poema a discrepância foi muito grande entre fuzis e os jasmim, mas para quem passe por esses lados sentem o cheiro gostoso do jasmim.
Lindo demais.
Beijos
Lua Singular
Olá, Pedro.
ResponderExcluireste é um belo poema que mexe com as nossas emoções e memórias. Obrigada, por tê-lo escrito.
Foi um enorme gosto e um privilégio, ter conhecido e convivido com duas pessoas tão singulares, tão humanas e bem formadas, quanto são o Pedro e Taís.
Desejo a ambos e toda a família, um Feliz Natal e boas entradas no Novo Ano.
Se possível que tudo seja melhor para todos nós.
Um abraço sentido.
Janita
Mais do que emocionante, comovente, Pedro.
ResponderExcluirImagens e contrastes de rara beleza num
poema singular.
Uma sentida e justa homenagem àquelas mães
argentinas.
Abraço, Amigo
~~~
Que beleza de reedição amigo, uma pérola extraída da dor em meio ao perfume inerte ás sujeiras de toda ditadura.
ResponderExcluirBelo trabalho e homenagem que deve ser compartilhado.Nós que tivemos nossas Zuzus sabemos da dor das mães metades.
Valeu a reedição.
Abraços
Ah, em tempo, perfeita escolha da ilustração com a arte da Taís.
ResponderExcluirOI PEDRO!
ResponderExcluirLI LÁ NA TAÍS TEUS VERSOS SOBRE SETEMBRO E VIM ATÉ AQUI PENSANDO EM TE PARABENIZAR POR ELES, MAS, FIQUEI PASMA ANTE OS QUE ENCONTRO AQUI, LINDOS TAMBÉM E DIGNOS DE APLAUSOS.
ABRÇS
-http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Un poema que huele a jazmines, a sueños perdidos. Un poema dedicado a esas Madres que nunca se rindieron. Excelso.
ResponderExcluirAbrazo
Quando a política toma rumos... que só a barbaridade conhece... um belíssimo poema a propósito... muito bem harmonizado, com a linda tela da Tais... adorei esse turbilhão apaixonante e aguerrido de cores e sentimentos... de quem sente... enquanto está vivo!...
ResponderExcluirEstão ambos de parabéns! Um grande abraço! Festas Felizes, para ambos!
Ana
Pedro:
ResponderExcluircomo sâo corajosas as madres da praça de Maio!
Abraços.