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8 de jul. de 2017

[Poesia] PEDRO LUSO – A inútil espera






A INÚTIL ESPERA
– PEDRO LUSO DE CARVALHO



Na longa espera dói-me o peito
ferido por tantas esperas
em meio às fotografias
amareladas
do velho álbum
sobre a escrivaninha.


Pressenti na inútil espera
a ruptura dos elos
vidas perdidas
com sonhos tantos
acalentados
encanto e desencanto.

Naquela tarde quase noite
me vi no vidro da janela
refletido
a dor refletida no espelho.


Vi lá fora a silhueta da mulher
na densa névoa
fazia-me acenos de despedida –
ausência e lembrança eternizavam-se.





*  *  *




44 comentários:

  1. Muy hermoso y sentido este poema Pedro.
    Las despedidas y ausencias de los seres queridos siempre son muy tristes.
    Me gustó mucho por su melancolía.
    Un abrazo y buen domingo.

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  2. Pedro Luso
    Uma peça literária, seja poesia ou outra é sempre uma proposta ao leitor, sempre se gosta, é certo, mas há marcam mais. Para mim a presente é o caso. Achei o tema - ideia bem conseguido, o mesmo será dizer: gostei!
    Aproveito a dizer que, Brasil - O Sorriso de Deus, já está na Editora Chiado, e o livro também será distribuído no Brasil. Acresce que Editora Chiado, também está em São Paulo.
    O primeiro capitulo de novo livro: BRASIL - PAÍS DO FUTURO, já está postado.
    Abraço

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  3. As despedidas são sempre dolorosas.
    Um abraço e bom domingo

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  4. Boa tarde, depois da tempestade vem a bonança, as despedidas deixam sempre marcas, o poema é objectivo e lindo.
    Boa semana,
    AG

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  5. Maravilhoso poema. Lindo de ler!!


    Beijinhos
    Bom Domingo

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  6. E foi-se o amor!! É como se fosse um corpo sem vida que necessitasse de um rumo. De um funeral. Que fique quietinho na lembrança, apesar de ter virado cinzas e acenado pela última vez, de longe, na bruma da tarde.
    Triste como tudo que acaba, mas não menos belo como tudo que começa!
    Assim são os poetas, fazem da tristeza belos poemas.

    Beijinhos da sala ao lado!!

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  7. Fotografias amareladas...
    Há pessoas assim, de um único amor, por toda uma vida...
    Um poema de um lirismo singular e muito expressivo.
    Gostei que tivesse trabalhado este tema, nostálgico, porém, muito humano e de leitura muito agradável.
    Dias ditosos, amigo.
    Abraço
    ~~~

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  8. Grande Pedro numa poesia da dor que deixa translucido o olhar, que vem da despedida de um grande amor com a incerteza de uma volta. Deixa sempre um gosto amargo, um olhar perdido na distancia.
    Bonito trabalho da literatura meu amigo.Aplausos.
    Uma semana perfeita e bela.
    Meu terno abraço de paz e luz.

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  9. Olá amigo! Vim retribuir sua visita e o comentário que deixou, sempre engrandecendo a postagem. Serás sempre bem vindo ao meu cantinho, volte sempre.
    Amei o seu post, muito linda a poesia que retrata uma eterna saudade.
    Tenha um anoitecer feliz e um início de semana na paz, com muita saúde e felicidade. Abraços, Lourdes Duarte
    https://professoralourdesduarte.blogspot.com.br/
    http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/

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  10. Lindo, embora triste, pois é sempre doloroso a despedida, mas como tudo na vida, sempre há um fim!
    Aí a inspiração do belo poema, cujo título já diz tudo!
    Abraços apertados amigo poeta inspirado!

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  11. Ah triste despedida... e desencanto
    Que cala que caleja e que culmina
    Na solidão confessa da matina
    Ao despertar de um sonho de acalanto.

    O tédio é encontrado em cada canto
    Aonde for os olhos, e que a retina
    Se negue a ver, existe uma neblina
    A desenhar um sonho; e brota um pranto.

    Triste de quem o seu amor perdeu
    A se sentir promíscuo fariseu
    Que apedrejou, à vera, a santa cruz.

    Pra iluminar uma noite de breu,
    Só outro amor que traga o amor seu
    Em que o amor trará, de novo, a luz.

    Meu prezado, estou gostando imensamente dos teus poemas! A tua alma poética é lírica como um sonho de verão criando imagens e figuras de escritas com palavras mágicas. Tens a alma que eu não tenho - sei apenas compor versos. Sou craque em articular palavras com rimas, mas sem alma e portanto, perfeitas à forma e inconsistentes e amorfas ou postiças à poesia, e a mensagem do belo ou da arte. O engenho que me sobra não dá vida aos versos, e vejo que contigo, as figuras e palavras encantam a alma. Fiz uma releitura para veres esta verdade. Vá em frente amigo, compondo versos sem rima mas com alma. Parabéns!

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    1. Laerte, meu amigo poeta, na adolescência li poemas de alguns poetas clássicos, dentre eles Gonçalves Dias, Castro Alves, Olavo Bilac, sem muito entusiasmo. Minha atenção estava voltada para a ficção, crônica e jornalismo.
      Quando ingressei no antigo Curso Clássico tive a sorte de ter o Prof. Triewailler como responsável pelo ensino de Literatura nos três anos do curso. Foi ele quem mostrou a importância da Poesia Moderna, nascida em São Paulo, em 1922. O mestre Triewailler fez-nos conhecer os três melhores poetas modernos: Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto.
      Esses três mestres da Poesia Moderna inovaram com seus poemas com versos livres, com o uso imagens poéticas, dentre elas a metáfora. Também estavam incluídos o ritmo e a melodia, dentre os novos recursos. Esses três poetas fizeram-me gostar da poesia pela liberdade na criação poética. (A rima não fazia parte da poesia de Bandeira, de Drummond e de João Cabral, dentre outros poetas modernos menos importantes, salvo algumas exceções).
      Obrigado amigo, pela força.
      Um grande abraço.

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  12. Um poema muito expressivo e cheio de recordações sentidas. Lindíssimo!
    Uma boa semana, meu Amigo Pedro.
    Um beijo.

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  13. Un bello y nostálgico poema.

    Muy hermoso.

    Un abrazo

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  14. A amargura pode ser doce, e a tristeza pode ser bonita...

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  15. As despedidas nunca são fáceis.
    Um belo poema meu amigo.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  16. Boa tarde, Pedro,
    despedidas sempre nos deixam uma lágrima ou escondida e sentida ou a rolar na face triste de quem ficou." ...ausência e lembrança eternizavam-se."belo e eterno verso, eternizar a lembrança e junto com a ausência, porém se há lembrança é que ficaram coisas boas a serem lembradas. Lindo poema, triste, porém emocionante. Abraços!

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  17. Pedro:
    las fotografías, si son antiguas, siempre provocan nostalgia.
    Abraços.

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  18. Um lindo e triste poema, que adorei ler, Amigo Pedro
    A silhueta feminina que se perde na densidade da neblina, pode simbolicamente representar a Nação, a Esperança, a doce Iusão, o desejo que se vai desvanecendo, aos poucos, de tudo voltar a um tempo antigo de Paz e Harmonia, que as velhas fotos representam.
    Podemos ler tanto nas entrelinhas...
    Muito, muito belo e deveras sentido.
    Parabéns, Pedro.

    Um abraço

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  19. Pedro, que poema mais
    intenso e impregnado
    de suavidade.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  20. ES TRISTE!!!!
    LOS RECUERDOS LLENAN LA MENTE DE TRISTEZA!!!
    SALUDITOS

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  21. Meu amigo eu adorei esta sua poesia.
    É um gosto vir ao seu blogue meu amigo pela sua
    enorme qualidade.
    Um abraço
    Irene Alves

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  22. Um poema sobre o amor e a saudade...a poesia percorre com palavras os sentimentos que fazem parte do acervo sentimental da humanidade...para sempre sentida e jamais esquecida. Assim vale a Vida!
    um abraço

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  23. E quem espera, desespera...
    Um magnífico poema, gostei muito.
    Caro Pedro, um bom fim de semana.
    Abraço.

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  24. ¡Ohhhh el amor! Siempre el amor, con su agridulce sabor...
    Triste pero hermoso...
    ¡Felicitaciones!

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  25. um poema cheio de sentires onde
    o passado se cruza com o presente

    muito bem escrito...

    bom final de semana.

    beijinhos

    :)

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  26. Esperar é sempre desagradável, piora tudo quando é inútil...
    Belo poema.

    Bom fim de semana e abraço

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  27. Tens o dom da palavra caro Pedro, e com ela esse diálogo bonito em versos livres, nessa poesia de versos sentidos.
    Desejo um final de semana leve cheinho de Paz.
    Abraço!

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  28. A saudade e a despedida... serão sempre o preço a pagar, quando alguém fez parte da nossa vida... e por qualquer razão, deixou de o poder fazer...
    Mas é sinal de que pelo menos... antes de tal acontecer... não estivemos sozinhos...
    Um belo poema, pleno de emoções... e recordações...
    Um grande abraço! Bom fim de semana!
    Ana

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  29. Um poema sentido, um coração que não se esvazia da (presente) ausência e suas sombras. Belo!

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  30. Decir adiós supone abrir un nuevo periodo de la vida, adaptarse y echarse en brazos de la melancolía. El adiós puede ser definitivo y un hasta luego temporal.
    Preciosa poesía.
    Un abrazo

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  31. El dolor de las heridas, la nostalgia paseándose por el cristal...
    Y aún así, Pedro, aquí estamos, cambiando tristeza por bellos poemas. Hay esperanza.

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  32. ... mas se a espera
    se fizer esperança...

    abraço grandão
    Lola

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  33. UN POEMA QUE ENTRISTECE.
    ABRAZOS

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  34. ES TRISTE!!!!
    LOS RECUERDOS LLENAN LA MENTE DE TRISTEZA!!!
    SALUDITOS

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  35. Prezado Pedro! Passando para agradecer a tua visita e amável comentário.
    Assim como apreciar este belo poema, com ênfase para a estrofe abaixo:


    Pressenti na inútil espera
    a ruptura dos elos
    vidas perdidas
    com sonhos tantos
    acalentados
    encanto e desencanto.

    Abraços,
    Furtado.

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  36. Olá, Pedro!
    Quanta sensibilidade! Ia repetir aqui a última estrofe de sua linda poesia, mas percebi que no comentário acima foi repetida. É primorosa! Parabéns, Amigo, e obrigada por sua constante presença com seus estimulantes comentários. Bjs

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  37. la tristeza también viene con nosotros, es más difícil para mi dejar una maravillosa poesía con una profundidad que me inunda en recuerdos, reflexiones y al final un buen sabor
    !te felicito!
    Besos muchos
    tRamos

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  38. A tristeza assola o coração numa espera não mais se concretizará.
    Mesmo povoado pela tristeza há a grandeza nos teus belos versos Pedro
    Um bom dia para você
    Um abraço

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  39. A pesar de la tristeza, el poema transmite belleza.
    Saludos

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  40. Permanecem teimosamente ou persistentemente a vigiar-nos / velar-nos dos caixilhos vidrados, confiantes que o tempo se quedou inalterado. No entanto, se bem atentarmos, nota-se um subtil e progressivo amarelecimento que lhes nega a aspiração de imortalidade nos retratos. Será verdade que pairam à noite na sua forma imaterial por entre as paredes que ergueram?

    Boa poesia, aqui.
    Abraço.

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  41. Mas nunca vamos nos libertar de tudo isso.
    É sempre bom respirar a linguagem dos seus poemas, Pedro!
    Um boa semana,

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  42. Un bello poema, versos reflejan hondo sentimiento de amor dolido....el alma busca la luz en momentos que sólo ve sombras tan lejos del amor...
    Afectuoso abrazo

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  43. Il tempo cambia tutte le situazioni, col suo incenssante trascorrere...
    Sempre bello leggerti, Pedro, buona settiamana e un saluto,silvia

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muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho