A INÚTIL ESPERA
– PEDRO LUSO DE CARVALHO
Na
longa
espera dói-me
o peito
ferido por
tantas esperas
em meio às
fotografias
amareladas
do velho álbum
sobre a escrivaninha.
Pressenti
na inútil espera
a ruptura dos elos
vidas perdidas
com sonhos tantos
acalentados
encanto e desencanto.
Naquela tarde quase noite
me vi no
vidro da janela
refletido
a dor refletida no espelho.
Vi lá fora
a silhueta
da mulher
na densa névoa
– fazia-me acenos de
despedida –
ausência e lembrança
eternizavam-se.
* * *
Muy hermoso y sentido este poema Pedro.
ResponderExcluirLas despedidas y ausencias de los seres queridos siempre son muy tristes.
Me gustó mucho por su melancolía.
Un abrazo y buen domingo.
Pedro Luso
ResponderExcluirUma peça literária, seja poesia ou outra é sempre uma proposta ao leitor, sempre se gosta, é certo, mas há marcam mais. Para mim a presente é o caso. Achei o tema - ideia bem conseguido, o mesmo será dizer: gostei!
Aproveito a dizer que, Brasil - O Sorriso de Deus, já está na Editora Chiado, e o livro também será distribuído no Brasil. Acresce que Editora Chiado, também está em São Paulo.
O primeiro capitulo de novo livro: BRASIL - PAÍS DO FUTURO, já está postado.
Abraço
As despedidas são sempre dolorosas.
ResponderExcluirUm abraço e bom domingo
Boa tarde, depois da tempestade vem a bonança, as despedidas deixam sempre marcas, o poema é objectivo e lindo.
ResponderExcluirBoa semana,
AG
Maravilhoso poema. Lindo de ler!!
ResponderExcluirBeijinhos
Bom Domingo
E foi-se o amor!! É como se fosse um corpo sem vida que necessitasse de um rumo. De um funeral. Que fique quietinho na lembrança, apesar de ter virado cinzas e acenado pela última vez, de longe, na bruma da tarde.
ResponderExcluirTriste como tudo que acaba, mas não menos belo como tudo que começa!
Assim são os poetas, fazem da tristeza belos poemas.
Beijinhos da sala ao lado!!
Fotografias amareladas...
ResponderExcluirHá pessoas assim, de um único amor, por toda uma vida...
Um poema de um lirismo singular e muito expressivo.
Gostei que tivesse trabalhado este tema, nostálgico, porém, muito humano e de leitura muito agradável.
Dias ditosos, amigo.
Abraço
~~~
Grande Pedro numa poesia da dor que deixa translucido o olhar, que vem da despedida de um grande amor com a incerteza de uma volta. Deixa sempre um gosto amargo, um olhar perdido na distancia.
ResponderExcluirBonito trabalho da literatura meu amigo.Aplausos.
Uma semana perfeita e bela.
Meu terno abraço de paz e luz.
Olá amigo! Vim retribuir sua visita e o comentário que deixou, sempre engrandecendo a postagem. Serás sempre bem vindo ao meu cantinho, volte sempre.
ResponderExcluirAmei o seu post, muito linda a poesia que retrata uma eterna saudade.
Tenha um anoitecer feliz e um início de semana na paz, com muita saúde e felicidade. Abraços, Lourdes Duarte
https://professoralourdesduarte.blogspot.com.br/
http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/
Lindo, embora triste, pois é sempre doloroso a despedida, mas como tudo na vida, sempre há um fim!
ResponderExcluirAí a inspiração do belo poema, cujo título já diz tudo!
Abraços apertados amigo poeta inspirado!
Ah triste despedida... e desencanto
ResponderExcluirQue cala que caleja e que culmina
Na solidão confessa da matina
Ao despertar de um sonho de acalanto.
O tédio é encontrado em cada canto
Aonde for os olhos, e que a retina
Se negue a ver, existe uma neblina
A desenhar um sonho; e brota um pranto.
Triste de quem o seu amor perdeu
A se sentir promíscuo fariseu
Que apedrejou, à vera, a santa cruz.
Pra iluminar uma noite de breu,
Só outro amor que traga o amor seu
Em que o amor trará, de novo, a luz.
Meu prezado, estou gostando imensamente dos teus poemas! A tua alma poética é lírica como um sonho de verão criando imagens e figuras de escritas com palavras mágicas. Tens a alma que eu não tenho - sei apenas compor versos. Sou craque em articular palavras com rimas, mas sem alma e portanto, perfeitas à forma e inconsistentes e amorfas ou postiças à poesia, e a mensagem do belo ou da arte. O engenho que me sobra não dá vida aos versos, e vejo que contigo, as figuras e palavras encantam a alma. Fiz uma releitura para veres esta verdade. Vá em frente amigo, compondo versos sem rima mas com alma. Parabéns!
Laerte, meu amigo poeta, na adolescência li poemas de alguns poetas clássicos, dentre eles Gonçalves Dias, Castro Alves, Olavo Bilac, sem muito entusiasmo. Minha atenção estava voltada para a ficção, crônica e jornalismo.
ExcluirQuando ingressei no antigo Curso Clássico tive a sorte de ter o Prof. Triewailler como responsável pelo ensino de Literatura nos três anos do curso. Foi ele quem mostrou a importância da Poesia Moderna, nascida em São Paulo, em 1922. O mestre Triewailler fez-nos conhecer os três melhores poetas modernos: Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto.
Esses três mestres da Poesia Moderna inovaram com seus poemas com versos livres, com o uso imagens poéticas, dentre elas a metáfora. Também estavam incluídos o ritmo e a melodia, dentre os novos recursos. Esses três poetas fizeram-me gostar da poesia pela liberdade na criação poética. (A rima não fazia parte da poesia de Bandeira, de Drummond e de João Cabral, dentre outros poetas modernos menos importantes, salvo algumas exceções).
Obrigado amigo, pela força.
Um grande abraço.
Um poema muito expressivo e cheio de recordações sentidas. Lindíssimo!
ResponderExcluirUma boa semana, meu Amigo Pedro.
Um beijo.
Un bello y nostálgico poema.
ResponderExcluirMuy hermoso.
Un abrazo
A amargura pode ser doce, e a tristeza pode ser bonita...
ResponderExcluirAs despedidas nunca são fáceis.
ResponderExcluirUm belo poema meu amigo.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Boa tarde, Pedro,
ResponderExcluirdespedidas sempre nos deixam uma lágrima ou escondida e sentida ou a rolar na face triste de quem ficou." ...ausência e lembrança eternizavam-se."belo e eterno verso, eternizar a lembrança e junto com a ausência, porém se há lembrança é que ficaram coisas boas a serem lembradas. Lindo poema, triste, porém emocionante. Abraços!
Pedro:
ResponderExcluirlas fotografías, si son antiguas, siempre provocan nostalgia.
Abraços.
Um lindo e triste poema, que adorei ler, Amigo Pedro
ResponderExcluirA silhueta feminina que se perde na densidade da neblina, pode simbolicamente representar a Nação, a Esperança, a doce Iusão, o desejo que se vai desvanecendo, aos poucos, de tudo voltar a um tempo antigo de Paz e Harmonia, que as velhas fotos representam.
Podemos ler tanto nas entrelinhas...
Muito, muito belo e deveras sentido.
Parabéns, Pedro.
Um abraço
Pedro, que poema mais
ResponderExcluirintenso e impregnado
de suavidade.
Bjins
CatiahoAlc.
ES TRISTE!!!!
ResponderExcluirLOS RECUERDOS LLENAN LA MENTE DE TRISTEZA!!!
SALUDITOS
Meu amigo eu adorei esta sua poesia.
ResponderExcluirÉ um gosto vir ao seu blogue meu amigo pela sua
enorme qualidade.
Um abraço
Irene Alves
Um poema sobre o amor e a saudade...a poesia percorre com palavras os sentimentos que fazem parte do acervo sentimental da humanidade...para sempre sentida e jamais esquecida. Assim vale a Vida!
ResponderExcluirum abraço
E quem espera, desespera...
ResponderExcluirUm magnífico poema, gostei muito.
Caro Pedro, um bom fim de semana.
Abraço.
¡Ohhhh el amor! Siempre el amor, con su agridulce sabor...
ResponderExcluirTriste pero hermoso...
¡Felicitaciones!
um poema cheio de sentires onde
ResponderExcluiro passado se cruza com o presente
muito bem escrito...
bom final de semana.
beijinhos
:)
Esperar é sempre desagradável, piora tudo quando é inútil...
ResponderExcluirBelo poema.
Bom fim de semana e abraço
Tens o dom da palavra caro Pedro, e com ela esse diálogo bonito em versos livres, nessa poesia de versos sentidos.
ResponderExcluirDesejo um final de semana leve cheinho de Paz.
Abraço!
A saudade e a despedida... serão sempre o preço a pagar, quando alguém fez parte da nossa vida... e por qualquer razão, deixou de o poder fazer...
ResponderExcluirMas é sinal de que pelo menos... antes de tal acontecer... não estivemos sozinhos...
Um belo poema, pleno de emoções... e recordações...
Um grande abraço! Bom fim de semana!
Ana
Um poema sentido, um coração que não se esvazia da (presente) ausência e suas sombras. Belo!
ResponderExcluirDecir adiós supone abrir un nuevo periodo de la vida, adaptarse y echarse en brazos de la melancolía. El adiós puede ser definitivo y un hasta luego temporal.
ResponderExcluirPreciosa poesía.
Un abrazo
El dolor de las heridas, la nostalgia paseándose por el cristal...
ResponderExcluirY aún así, Pedro, aquí estamos, cambiando tristeza por bellos poemas. Hay esperanza.
... mas se a espera
ResponderExcluirse fizer esperança...
abraço grandão
Lola
UN POEMA QUE ENTRISTECE.
ResponderExcluirABRAZOS
ES TRISTE!!!!
ResponderExcluirLOS RECUERDOS LLENAN LA MENTE DE TRISTEZA!!!
SALUDITOS
Prezado Pedro! Passando para agradecer a tua visita e amável comentário.
ResponderExcluirAssim como apreciar este belo poema, com ênfase para a estrofe abaixo:
Pressenti na inútil espera
a ruptura dos elos
vidas perdidas
com sonhos tantos
acalentados
encanto e desencanto.
Abraços,
Furtado.
Olá, Pedro!
ResponderExcluirQuanta sensibilidade! Ia repetir aqui a última estrofe de sua linda poesia, mas percebi que no comentário acima foi repetida. É primorosa! Parabéns, Amigo, e obrigada por sua constante presença com seus estimulantes comentários. Bjs
la tristeza también viene con nosotros, es más difícil para mi dejar una maravillosa poesía con una profundidad que me inunda en recuerdos, reflexiones y al final un buen sabor
ResponderExcluir!te felicito!
Besos muchos
tRamos
A tristeza assola o coração numa espera não mais se concretizará.
ResponderExcluirMesmo povoado pela tristeza há a grandeza nos teus belos versos Pedro
Um bom dia para você
Um abraço
A pesar de la tristeza, el poema transmite belleza.
ResponderExcluirSaludos
Permanecem teimosamente ou persistentemente a vigiar-nos / velar-nos dos caixilhos vidrados, confiantes que o tempo se quedou inalterado. No entanto, se bem atentarmos, nota-se um subtil e progressivo amarelecimento que lhes nega a aspiração de imortalidade nos retratos. Será verdade que pairam à noite na sua forma imaterial por entre as paredes que ergueram?
ResponderExcluirBoa poesia, aqui.
Abraço.
Mas nunca vamos nos libertar de tudo isso.
ResponderExcluirÉ sempre bom respirar a linguagem dos seus poemas, Pedro!
Um boa semana,
Un bello poema, versos reflejan hondo sentimiento de amor dolido....el alma busca la luz en momentos que sólo ve sombras tan lejos del amor...
ResponderExcluirAfectuoso abrazo
ResponderExcluirIl tempo cambia tutte le situazioni, col suo incenssante trascorrere...
Sempre bello leggerti, Pedro, buona settiamana e un saluto,silvia