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8 de fev. de 2018

[Poesia] PEDRO LUSO – Mágoa





         MÁGOA
                – PEDRO LUSO DE CARVALHO


Agora podes ver, amada,
no que me transformei.
O homem que fui
ficou na ferrugem
do tempo (não sei
quanto tempo faz).

Não mais lembras, amada,
do nosso rosário de juras
para além da vida?


Vês os meus olhos, amada,
com horizontes perdidos,
num mundo de sombras?

Sei, amada, logo passará
esta dor; nada é perene
(o amor morre
com o tempo). Às duas
da madrugada,
também eu estarei morto.





*   *   *



48 comentários:

  1. O ser humano na eterna busca de si, por vezes encontra a paz, o equilíbrio, o verdadeiro sentido para sua vida. Outras vezes, não. tudo é sofrido.
    Um tanto triste, mas belo poema! E gostei do título...
    Beijinhos, do gabinete ao lado...

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  2. Lindo poema! Triste... mas lindo!
    Gosto muito.
    Um abraço

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  3. O tempo mata muitas coisas, e salva outras.
    Bela poesia, boa noite!

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  4. Boa noite Pedro
    Maravilhosos versos! Mas tão tristes!
    E toca no âmago do nosso ser essa sofrida dor
    Um abraço e bom fim de semana

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  5. Lindo poema embora dolorido...E até a morte com hora marcada?rs Muito legal te ler sempre! abraços, chica, ótimo fds!

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  6. Muchas melancolía trasmite esta bella poesía, pero profundamente hermosa Pedro.
    Me encantó leerla.
    Un abrazo y feliz fin de semana.

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  7. Lindo poema. Triste mas tão belo.
    Abraço.

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  8. Dolor que se siente en estas palabras.
    Que tengas un feliz fin de semana.

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  9. Palavras plenas de amor, saudade e nostálgia.
    Maravilhoso poema
    Pedro hoje é que reparei que ainda não seguia o seu blogue, já reparei a minha "falta".
    Bom fim de semana
    Um abraço
    Maria

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  10. Amei cada palavra escrita. Parabéns

    Beijo, bom fim de semana.

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  11. Lindo poetar, nos mostra a dor e a tristeza!
    O tempo é mesmo assim, faz todas as dores ficarem no passado, as mágoas, pois mágoas nada mais são do que maldades da vida!
    O fim quase é o que acredito, podemos marcar a hora de morrer, pois morremos aos poucos até chegar um momento em que se pode decidir e por um ponto final!
    Abraços apertados!

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  12. UNA TRISTEZA BELLAMENTE ESCRITA.
    ABRAZOS

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  13. Es muy triste, pero también muy hermoso.
    Un abrazo, Pedro.

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  14. Dor tristeza uma constante na nossa vida
    Kis :-)

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  15. Belíssimo poema, belíssima elegia. Conquanto mil promessas se façam, poucas se cumprem; conquanto com mil amores nos amem, apenas um amor, olhe lá, se sustém. Muito belo. Um abraço

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  16. A vida passa, não só para um, mas para o par e se o amor acaba, quando foi bem vivido, fica um carinho e estima profundos.
    Há desgostos de amor assim... a vida perde todo o sentido e a morte torna-se uma obsessão...
    É lamentável... de acordo com o que proferiu Jorge Luís Borges e eu traduzi na minha postagem «Águas de Março»
    O seu poema, amigo, é muito sentido e expressivo... a anáfora torna-o mais dramático - impressão minha.
    É assim a Vida, nem tudo são rosas... Por vezes, há demasiados espinhos que se tornam insuportáveis...
    ~~~ Abraço, Pedro. ~~~

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  17. Como diria o Manezinho: ôió... ó! Mudô di vereda, às dereita! Agora vai toda vida im frente!... Mas não mudou do Veredas e está a palmilhar outros caminhos do belo. Gostei do poema e lembrei de Omar Khayyam em seu livro Rubaiyat - Quando a amada estava ao meu lado seria insignificante se eu a perdesse... Mas agora que ela se foi, procuro entre o céu e a terra um conforto ou uma resposta e não a encontro... E do Augusto dos Anjos - Ninguém assistiu ontem ao formidável / Enterro da tua última quimera / Somente a ingratidão, essa pantera / É que foi a tua companheira inseparável. E Pedro Luso - A ferrugem do tempo me corroerá, Amada... Como citei o Mané - siga em frente, que estás indo muito bem, amigo! Grande abraço. Laerte.

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  18. La tristeza es un sentimiento no siempre malo. Ayuda a reparar, en ese estado es fácil pensar y salir airoso del trance. Muy bonitos los versos que nos ofreces. Gracias y abrazos.

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  19. Triste pero muy hermoso poema.

    Un abrazo.

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  20. O tempo... sempre impiedoso... que nos vai tirando por camadas, tudo o que nos deu... desde o primeiro sopro de vida...
    Mas será que somos nós que morremos... ou somos nós que nos vamos matando?
    Será culpa nossa, ou do tempo?...
    Um poema... que nos deixa muitas questões...
    Excelente trabalho, como sempre, Pedro!
    Abraço! Boa semana!
    Ana

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  21. Oi, Pedro...como tudo na vida se transforma,o instante é precioso em toda sua beleza e sentimento e é na saudade e na lembrança que ele se mantém incólume.Quando não fica apenas o registro do sonho.
    Um belo poema!
    Um abraço

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  22. A veces las preocupaciones del día aparecen en la madrugada tomando una dimensión exagerada. Y dependiendo de nuestro carácter, se diría que el mundo se acaba.
    Pero luego, al despertar, la luz aparece disipando las sombras y todo se relativiza.
    Y de no ser así, hay que luchar para que lo sea.
    Un saludo.

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  23. La conclusión final deja bien definido el pensamiento del poeta, es claro y concluyente, así es como él ve las cosas: nuestra vida habrá de durar siempre. Me han encantdo los últimos versos:
    que por su singular sinceridad han reclamado de mí una lectura reiterada. Los he saboreado.

    Me alegra este aspecto poético que desconocía en usted pero que no me extraña nada por los escritos en prosa y por los temas que ha ido desarrollando desde que yo entré en contacto con su blog.

    Gracias por su vista y palabras en mi última publicación. Saludos muy atentos y cordialísimos. Franziska

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  24. Um poema muito belo e cheio de melancolia. O tempo vai desenhando as memórias do nosso próprio caos, das cicatrizes que ficam no calendário das lembranças e dos sonhos. Muito bom, meu amigo Pedro!
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  25. Belas e cheias de nostalgia estas palavras.
    Abraço

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  26. Mientras haya amor, la vida es mejor, pero a veces se hace difícil.

    Abrazos.

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  27. Um poema de mágoa pode ser uma excelente terapia.A vida não tem sempre a mesma face.
    Bem conseguido, caro amigo Pedro.
    Beijinho.

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  28. OI PEDRO!
    ASSIM É O POETA, COLOCA EM LETRAS A ALMA, SE DESDOBRA EM METÁFORAS E ATINGE O CORAÇÃO DE QUEM O LÊ, A EXPLICAÇÃO DE SEUS POEMAS? AH, NEM O POETA A TEM POIS A ESCRITA NÃO LHE PERTENCE, SUAS MÃOS FORAM APENAS VEÍCULO PARA AS TORNAREM VISÍVEIS.
    MUITO LINDA TUA POSTAGEM, AMIGO.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  29. Muito bom poema para ler neste dia da Poesia

    Abraço grande

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  30. hola te felicito este dia especial de la poesia
    besos

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  31. Triste, misterioso, belíssimo!
    Gostei muito.
    Como se diz cá pela minha terra «temos poeta».
    Abraço, Pedro.

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  32. Está muy bien hasta que llegas a la última estrofa y ¡¡zas!! la muerte.
    La próxima vez a ver si pones un poquito de humor, Pedro.
    De todas maneras me ha gustado mucho.
    Un abrazo

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  33. Triste poema, Pedro. Triste.
    Abraços.

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  34. Pedro Luso
    Bonito poema, considerável opção. Embora o poema equacione a dor do fim ela é sacramental. Aliás, nem se vislumbra lamento.
    Abraço

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  35. Olá Pedro: poema triste, contundente,constatando a morte do amor jurado eterno mas bonito, muito bonito.
    Beijinhos, Léah

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  36. Bellas y agridulces letras, que me han acariciado el alma...
    Pedro, ha sido una delicia leerte. ¡Gracias!

    Un abrazo.

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  37. Nada es perenne, pero que bien lo sabes decir.
    Un abrazo

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  38. Um belo e nostálgico poema muito bem ilustrado pela magnifica pintura de Francis Picabia.
    Um abraço e continuação de boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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  39. Cierto que todo llega, la muerte es inevitable, más tarde o más pronto, todos afrontaremos ese trago, la muerte nos iguala.
    Pero el amor, amigo mío, cuando ha echado raíces que se bifurcan en el alma y corazón, no hay vendaval que logre arrancarlas, mírame a mí, que no hago más que mantener vivo el rescoldo de lo que queda de su amor.
    Cariños y buena semana.
    kasioles

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  40. Olá, Pedro
    Um poema muito bonito, ainda que um tanto nostálgico...
    Mas... permita-me discordar - o Amor não morre com o tempo, pelo menos não sempre, há o Amor que perdura até para além da morte...
    De qualquer modo gostei muito.

    Continuação de boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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  41. A tristeza abriga-se atrás das palavras .
    Abraço

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  42. Nostálgico poema... e a mágoa nos faz tão mal por dentro...
    Um beijo

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  43. Uma bonita poesia, embora triste e muito nostálgica.
    Um abraço.
    Élys.

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  44. Aqui a nostalgia é o lugar da escassez para que o poeta que a habita ascenda ao lugar do conhecimento, não esqueçamos, porém, é uma escassez fecundam reflexiva.
    Um belo poema, meu caro Pedro!
    Um abraço,

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  45. Un muy bello poema.


    Saludos.

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  46. Boa noite Pedro.
    Dessa vez demorei um pouco de me deliciar com os seus poemas meu amigo,mas são coisas da vida. As vezes pensamos por um tempo é tão curto,não da nem para fazermos tudo o que gostamos. Enfim um poema, reflexivo, muito triste,porem igualmente belo. Um feliz final de semana. Abraços

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  47. Osservazioni nostalgiche, e colme di tristezza, in questa poesia
    ove emerge la parte più fragile del profondo....
    Felice sera, Pedro,silvia

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  48. Pedro meu amigo Pedro, este é o poder maravilhoso da poesia, fazer do triste o bonito. O amor um sentimento tão lindo e tão complexo, que pode desagregar todo um ser, quando perde-se a sintonia, a cumplicidade. Lendo este poema o atrelo à cronica da Taís (Separações).
    Belo trabalho da poesia inspiração/construção.
    Meus aplausos.

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Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho