MÁGOA
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Agora podes
ver,
amada,
no que me
transformei.
O homem que
fui
ficou na
ferrugem
do tempo (não
sei
quanto tempo
faz).
Não mais
lembras,
amada,
do nosso
rosário de juras
para
além da vida?
Vês os meus
olhos, amada,
com
horizontes perdidos,
num mundo de
sombras?
Sei, amada,
logo passará
esta dor;
nada é perene
(o amor morre
com o tempo).
Às duas
da madrugada,
também eu
estarei morto.
* * *
O ser humano na eterna busca de si, por vezes encontra a paz, o equilíbrio, o verdadeiro sentido para sua vida. Outras vezes, não. tudo é sofrido.
ResponderExcluirUm tanto triste, mas belo poema! E gostei do título...
Beijinhos, do gabinete ao lado...
Lindo poema! Triste... mas lindo!
ResponderExcluirGosto muito.
Um abraço
O tempo mata muitas coisas, e salva outras.
ResponderExcluirBela poesia, boa noite!
Boa noite Pedro
ResponderExcluirMaravilhosos versos! Mas tão tristes!
E toca no âmago do nosso ser essa sofrida dor
Um abraço e bom fim de semana
Lindo poema embora dolorido...E até a morte com hora marcada?rs Muito legal te ler sempre! abraços, chica, ótimo fds!
ResponderExcluirMuchas melancolía trasmite esta bella poesía, pero profundamente hermosa Pedro.
ResponderExcluirMe encantó leerla.
Un abrazo y feliz fin de semana.
Lindo poema. Triste mas tão belo.
ResponderExcluirAbraço.
Dolor que se siente en estas palabras.
ResponderExcluirQue tengas un feliz fin de semana.
Palavras plenas de amor, saudade e nostálgia.
ResponderExcluirMaravilhoso poema
Pedro hoje é que reparei que ainda não seguia o seu blogue, já reparei a minha "falta".
Bom fim de semana
Um abraço
Maria
Amei cada palavra escrita. Parabéns
ResponderExcluirBeijo, bom fim de semana.
Lindo poetar, nos mostra a dor e a tristeza!
ResponderExcluirO tempo é mesmo assim, faz todas as dores ficarem no passado, as mágoas, pois mágoas nada mais são do que maldades da vida!
O fim quase é o que acredito, podemos marcar a hora de morrer, pois morremos aos poucos até chegar um momento em que se pode decidir e por um ponto final!
Abraços apertados!
UNA TRISTEZA BELLAMENTE ESCRITA.
ResponderExcluirABRAZOS
Es muy triste, pero también muy hermoso.
ResponderExcluirUn abrazo, Pedro.
Dor tristeza uma constante na nossa vida
ResponderExcluirKis :-)
Belíssimo poema, belíssima elegia. Conquanto mil promessas se façam, poucas se cumprem; conquanto com mil amores nos amem, apenas um amor, olhe lá, se sustém. Muito belo. Um abraço
ResponderExcluirA vida passa, não só para um, mas para o par e se o amor acaba, quando foi bem vivido, fica um carinho e estima profundos.
ResponderExcluirHá desgostos de amor assim... a vida perde todo o sentido e a morte torna-se uma obsessão...
É lamentável... de acordo com o que proferiu Jorge Luís Borges e eu traduzi na minha postagem «Águas de Março»
O seu poema, amigo, é muito sentido e expressivo... a anáfora torna-o mais dramático - impressão minha.
É assim a Vida, nem tudo são rosas... Por vezes, há demasiados espinhos que se tornam insuportáveis...
~~~ Abraço, Pedro. ~~~
Como diria o Manezinho: ôió... ó! Mudô di vereda, às dereita! Agora vai toda vida im frente!... Mas não mudou do Veredas e está a palmilhar outros caminhos do belo. Gostei do poema e lembrei de Omar Khayyam em seu livro Rubaiyat - Quando a amada estava ao meu lado seria insignificante se eu a perdesse... Mas agora que ela se foi, procuro entre o céu e a terra um conforto ou uma resposta e não a encontro... E do Augusto dos Anjos - Ninguém assistiu ontem ao formidável / Enterro da tua última quimera / Somente a ingratidão, essa pantera / É que foi a tua companheira inseparável. E Pedro Luso - A ferrugem do tempo me corroerá, Amada... Como citei o Mané - siga em frente, que estás indo muito bem, amigo! Grande abraço. Laerte.
ResponderExcluirLa tristeza es un sentimiento no siempre malo. Ayuda a reparar, en ese estado es fácil pensar y salir airoso del trance. Muy bonitos los versos que nos ofreces. Gracias y abrazos.
ResponderExcluirTriste pero muy hermoso poema.
ResponderExcluirUn abrazo.
O tempo... sempre impiedoso... que nos vai tirando por camadas, tudo o que nos deu... desde o primeiro sopro de vida...
ResponderExcluirMas será que somos nós que morremos... ou somos nós que nos vamos matando?
Será culpa nossa, ou do tempo?...
Um poema... que nos deixa muitas questões...
Excelente trabalho, como sempre, Pedro!
Abraço! Boa semana!
Ana
Oi, Pedro...como tudo na vida se transforma,o instante é precioso em toda sua beleza e sentimento e é na saudade e na lembrança que ele se mantém incólume.Quando não fica apenas o registro do sonho.
ResponderExcluirUm belo poema!
Um abraço
A veces las preocupaciones del día aparecen en la madrugada tomando una dimensión exagerada. Y dependiendo de nuestro carácter, se diría que el mundo se acaba.
ResponderExcluirPero luego, al despertar, la luz aparece disipando las sombras y todo se relativiza.
Y de no ser así, hay que luchar para que lo sea.
Un saludo.
La conclusión final deja bien definido el pensamiento del poeta, es claro y concluyente, así es como él ve las cosas: nuestra vida habrá de durar siempre. Me han encantdo los últimos versos:
ResponderExcluirque por su singular sinceridad han reclamado de mí una lectura reiterada. Los he saboreado.
Me alegra este aspecto poético que desconocía en usted pero que no me extraña nada por los escritos en prosa y por los temas que ha ido desarrollando desde que yo entré en contacto con su blog.
Gracias por su vista y palabras en mi última publicación. Saludos muy atentos y cordialísimos. Franziska
Um poema muito belo e cheio de melancolia. O tempo vai desenhando as memórias do nosso próprio caos, das cicatrizes que ficam no calendário das lembranças e dos sonhos. Muito bom, meu amigo Pedro!
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Belas e cheias de nostalgia estas palavras.
ResponderExcluirAbraço
Mientras haya amor, la vida es mejor, pero a veces se hace difícil.
ResponderExcluirAbrazos.
Um poema de mágoa pode ser uma excelente terapia.A vida não tem sempre a mesma face.
ResponderExcluirBem conseguido, caro amigo Pedro.
Beijinho.
OI PEDRO!
ResponderExcluirASSIM É O POETA, COLOCA EM LETRAS A ALMA, SE DESDOBRA EM METÁFORAS E ATINGE O CORAÇÃO DE QUEM O LÊ, A EXPLICAÇÃO DE SEUS POEMAS? AH, NEM O POETA A TEM POIS A ESCRITA NÃO LHE PERTENCE, SUAS MÃOS FORAM APENAS VEÍCULO PARA AS TORNAREM VISÍVEIS.
MUITO LINDA TUA POSTAGEM, AMIGO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Muito bom poema para ler neste dia da Poesia
ResponderExcluirAbraço grande
hola te felicito este dia especial de la poesia
ResponderExcluirbesos
Triste, misterioso, belíssimo!
ResponderExcluirGostei muito.
Como se diz cá pela minha terra «temos poeta».
Abraço, Pedro.
Está muy bien hasta que llegas a la última estrofa y ¡¡zas!! la muerte.
ResponderExcluirLa próxima vez a ver si pones un poquito de humor, Pedro.
De todas maneras me ha gustado mucho.
Un abrazo
Triste poema, Pedro. Triste.
ResponderExcluirAbraços.
Pedro Luso
ResponderExcluirBonito poema, considerável opção. Embora o poema equacione a dor do fim ela é sacramental. Aliás, nem se vislumbra lamento.
Abraço
Olá Pedro: poema triste, contundente,constatando a morte do amor jurado eterno mas bonito, muito bonito.
ResponderExcluirBeijinhos, Léah
Bellas y agridulces letras, que me han acariciado el alma...
ResponderExcluirPedro, ha sido una delicia leerte. ¡Gracias!
Un abrazo.
Nada es perenne, pero que bien lo sabes decir.
ResponderExcluirUn abrazo
Um belo e nostálgico poema muito bem ilustrado pela magnifica pintura de Francis Picabia.
ResponderExcluirUm abraço e continuação de boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Cierto que todo llega, la muerte es inevitable, más tarde o más pronto, todos afrontaremos ese trago, la muerte nos iguala.
ResponderExcluirPero el amor, amigo mío, cuando ha echado raíces que se bifurcan en el alma y corazón, no hay vendaval que logre arrancarlas, mírame a mí, que no hago más que mantener vivo el rescoldo de lo que queda de su amor.
Cariños y buena semana.
kasioles
Olá, Pedro
ResponderExcluirUm poema muito bonito, ainda que um tanto nostálgico...
Mas... permita-me discordar - o Amor não morre com o tempo, pelo menos não sempre, há o Amor que perdura até para além da morte...
De qualquer modo gostei muito.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
A tristeza abriga-se atrás das palavras .
ResponderExcluirAbraço
Nostálgico poema... e a mágoa nos faz tão mal por dentro...
ResponderExcluirUm beijo
Uma bonita poesia, embora triste e muito nostálgica.
ResponderExcluirUm abraço.
Élys.
Aqui a nostalgia é o lugar da escassez para que o poeta que a habita ascenda ao lugar do conhecimento, não esqueçamos, porém, é uma escassez fecundam reflexiva.
ResponderExcluirUm belo poema, meu caro Pedro!
Um abraço,
Un muy bello poema.
ResponderExcluirSaludos.
Boa noite Pedro.
ResponderExcluirDessa vez demorei um pouco de me deliciar com os seus poemas meu amigo,mas são coisas da vida. As vezes pensamos por um tempo é tão curto,não da nem para fazermos tudo o que gostamos. Enfim um poema, reflexivo, muito triste,porem igualmente belo. Um feliz final de semana. Abraços
Osservazioni nostalgiche, e colme di tristezza, in questa poesia
ResponderExcluirove emerge la parte più fragile del profondo....
Felice sera, Pedro,silvia
Pedro meu amigo Pedro, este é o poder maravilhoso da poesia, fazer do triste o bonito. O amor um sentimento tão lindo e tão complexo, que pode desagregar todo um ser, quando perde-se a sintonia, a cumplicidade. Lendo este poema o atrelo à cronica da Taís (Separações).
ResponderExcluirBelo trabalho da poesia inspiração/construção.
Meus aplausos.