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11 de set. de 2016

[crônica] – TEMPOS MODERNOS - Pedro Luso de Carvalho



  
 OS TEMPOS MODERNOS
 – PEDRO LUSO DE CARVALHO



Naquela tarde de outono eu caminhava distraído por uma das ruas do bairro onde moro, quando encontrei um amigo, que não via há alguns anos. Como estávamos em frente a uma cafeteria, fiz o convite para entrarmos, onde poderíamos iniciar a nossa conversa.
Quando terminamos as nossas xícaras de café, já estávamos bastante adiantado na conversa, que há minutos fora começada. No início, recordamos daqueles tempos em que nos preocupávamos com os resultados dos exames vestibulares, que havíamos feito.
Depois, falamos sobre assuntos variados, sem fazermos uma única menção à política e aos políticos, temas que estiveram sempre presentes em nossas conversas de estudantes idealistas, que desconheciam a sordidez e a ignomínia de que eles são capazes.
Hoje, já próximo à primavera, lembrei-me dos fatos que me foram contados por esse amigo, relacionados com a sua família, para a qual muito se dedicou, sem em nada transigir, a começar pela educação do casal de filhos, em colaboração com a esposa.
Contou-me o amigo, que há tempo passa por sérias dificuldades depois que o enfarto tirou a vida da esposa, e depois que a filha envolveu-se com drogas, por influência do namorado, que a influenciou também a abandonar o seu curso universitário.
Falou-me, com tristeza, da netinha que está sob os seus cuidados, porque sua filha não aceita a criança, recusando-se assumir a sua responsabilidade de mãe, embora ele tivesse feito todo o esforço , sem êxito, para convencê-la a voltar para casa.
Quando perguntei ao meu amigo, como estava o seu filho, que eu havia conhecido na sua adolescência, ele baixou a cabeça por alguns instantes, um pouco ofegante, depois respondeu, olhando-me nos olhos: “Ele também abandonou tudo, por causa das drogas”.
Não demorei a ver que esse amigo não é mais a mesma pessoa que conheci quando estávamos prestes a ingressar na universidade. Não apenas pela passagem dos anos, mas principalmente por todos os problemas que se vê obrigado a enfrentar na sua relação familiar.
Quando percebi que meu amigo estava desconfortável com nossa conversa, estendi-lhe a mão, para dele me despedir. No momento da despedida, ouvi dele a queixa: “É isso, amigo, a minha desgraça é a consequência desses malditos tempos modernos”.



   
  *   *   *





35 comentários:

  1. Boa noite mestre Pedro.
    Os tempos modernos com todas as facilidades, velocidade de comunicação e liberdade mal entendida não blindou a família de todas as mazelas que vieram no pacote e ainda estão por vir. Pessoas como o amigo fazem parte do número crescente de pessoas desesperançadas e tristes.
    Bom tema para reflexão na bela cronica.
    Abraços e boa semana de paz e luz.

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  2. Que triste o que a vida fez com os sonhos e planos desse teu amigo. Mas acontece cada uma! E parece faltou a mãe, tudo degringolou...abraço, chica

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  3. En verdad tu blog es arte, te felicito por tu manera de transmitir.

    Muchas gracias por tu comentario en mi blog.

    Un beso.

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  4. Olá Pedro é muito triste saber-se da infelicidade de um amigo. Fico pensando qual a razão de tantos jovens aderirem às drogas, as vezes têm tudo para vencer na vida sem necessidade desse tipo de "apelação tão devastadora".
    Encontrar um amigo nesta situação deixa a pessoa constrangida e abalada. Sinto muito por você e por ele.
    Grande abraço,
    Léah

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  5. Um texto para reflectir. Infelizmente a cada passo encontramos pessoas nessa situação quase limite por terem de enfrentar todo o "caos" causado pelos chamados "tempos modernos"... Gostei de ler este excelente texto.
    Uma boa semana, Pedro.
    Beijos.

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  6. La verdad es que las desgracias de muchos enriquecen la vida de unos pocos. Es trágico pero en este momento eso es así. El dinero se obtiene venga de donde venga, no importa el daño que pueda estar haciendo. Aalgunos, entre los que me cuento, hemos tenido la suerte de que nuestros hijos no vayan por ese perverso camino. Es un relato, de corte muy realista, como todos los tuyos, pero que es indiscutible.

    Saludos cordiales. Franziska

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  7. Pedro:
    uno cría a sus hijos con las mejores intenciones, pero no sabe uno cómo acabarán. De todos modos, siempre tenemos la esperanza de que lo bueno que hicimos por ellos, antes o después aparecerá en sus vidas. ¡Por lo menos, con esa ilusión y esperanza vivimos los padres!
    Creo, por otra parte, que los tiempos modernos no son ni mejores ni peores que los anteriores. Los vicios siempre han estado al alcance de la mano.
    Abraços, moitos abraços. Siento mucho no poder comentar en portugués, aunque me he dado cuenta que puedo leerlo con más soltura de lo que creía (excepto alguna palabra que tengo que buscar en el diccionario).
    :)

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    1. Caro Dyhego:
      Em boa parte de minhas postagens recebo visitas e comentários de amigas e de amigos daqui da América do Sul e da Espanha, e eles também comentam em espanhol, o acho muito bom porque aprecio esse idioma e por sentir que esses blogueiros sentem-se à vontade aqui, por poderem ler alguns comentários em espanhol. Portanto, amigo, os seus comentários, feitos em espanhol, serão sempre bem-vindos. Obrigado.
      Um abraço.

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  8. Olá Pedro,

    Fiquei envolvida na leitura desta tua crônica, muito bem escrita, como sempre. E me peguei pensando em todas as dificuldades de convivência com alguém envolvido em drogas. Este seu amigo então passa por um drama penoso. Perdeu a esposa e tem dois filhos perdidos também para o vício das drogas.

    Não sei se aos tempos modernos deve-se colocar toda a culpa, pois a história nos mostra que essa questão vem de longe, mas que deixa margem para profunda reflexão, isso deixa.

    Um abraço. Boa semana!

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  9. El paso del tiempo no es tan solo físicamente sino que afecta al comportamiento y el camino elegido que cada uno se va trazando del que muchas veces habría que hacer rápidamente marcha atrás.
    Un abrazo.

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  10. Amigo Pedro, seu texto/reflexivo que nos conta sobre um amigo que está sofrendo por coisas não planejadas, muitas famílias estão assim, na mesma situação, nem sei se são "tempos modernos", mas acredito que são tempos em que muitas pessoas se deixam levar e influenciar umas pelas outras! Infelizmente as drogas estão aí, ao alcance de todos!
    Lamentável isso, pois tenho netos adolescentes e eles estão em bom caminho, mas é preciso muito amor, carinho e atenção para que nunca se desviem e a base de tudo ainda é a família, portanto os tempos podem ser considerados modernos,mas o alicerce ainda é antigo, a família unida!
    Abraços apertados, parabéns pelo belo texto!

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  11. Es que la libertad está mal entendida, se volvió en muchos casos libertinaje, y de ahí surgen todos los problemas que después repercuten en las familias y las condenan a vivir una vida de sufrimiento, como le pasó a tu amigo.
    Un abrazo.

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  12. Uma tragédia da vida moderna que tem ceifado vidas e causado a dissolução de famílias e com ela a decadência dos valores morais... a decadência da sociedade contemporânea. Será a droga a causa ou a consequência?
    Um abraço

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  13. Pedro, amigo, es siempre un placer leerte, tus letras son de lujo.
    Recién llegada de mi descanso os voy visitando a todos poco a poco.
    La verdad es que cuesta coger de nuevo el ritmo.
    Un abrazo de buenas noches.

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  14. "O homem é ele e as suas circunstâncias (Ortega y Gasset9 - não me canso da citação - mas os juristas bem sabem quão fluidas e caprichosas são as circunstâncias.

    haverá por isso que saber superá-las.
    sobretudo, nos tempos modernos, onde apenas "os vencedores" contam.

    excelente crónica, Pedro.
    surpreendente e irónico desfecho.

    abraço, meu amigo

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  15. Lembro desse teu amigo. É impressionante o poder de destruição que tomou conta de sua vida. Não é isso que sonhamos, que idealizamos quando entramos para o mundo dos adultos e formamos nossas famílias, filhos... e um mundo sonhado pra eles.
    Deu tudo errado, transformou-se num indivíduo amargo, solitário, desencantado. Difícil situação. Esses tempos modernos, sem dúvida, deixarão uma das piores marcas na humanidade. Fracassou e deu espaço para agigantarem -se um dos problemas mais críticos desse período da História.

    Beijinho daqui da sala ao lado!

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  16. Un relato triste pero muy realista.
    Excelente.
    Un abrazo

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  17. Es una pena que la droga arrastre a tantos seres a la destrucción. Maldita droga, pero malditos también quienes trafican con ella. Difícil solución tiene y relatos como el tuyo nos hacen a veces abrir los ojos y las conciencias.
    Abrazos.

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  18. Um caminho que deu errado. Apesar disso, interessante partilha.
    Adoro a foto. A mistura intensa do jardim e parte da cidade é muito interessante!
    Abraço

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  19. Triste este texto, mas infelizmente muito comum. Os tempos modernos tem muita culpa, mas se os compararmos com os antigos, com os nossos, vemos que havia muitas mais dificuldades em todos os aspectos; lembro-me da minha infância, da dificuldade para estudar em escolas geladas e os agasalhos poucos; não era o meu caso, mas havia alguns que chegavam à escola com fome e com a certeza de que chegariam a casa e pouco ou nada teriam para comer; não havia merenda escolar e muito menos refeições nas escolas, mesmo em tempos de ferias para os alunos carenciados, como há hoje. Creio que o maior problema nos jovens de hoje é a falta de ideais; cresceram com tudo já conquistado e nós mesmos, os pais, trabalhamos demais para que não lhes falte o supérfluo. Os nossos paia trabalhavam muito para que tivessemos o essencial; o meu, taxista de aldeia fez tudo para que os filhos tivessm um curso superior, mas superfulos não havia; havia a roupa suficiente, o calçado suficiente, conforto suficiente e nos tempos de hoje como é? Têm de tudo em exagero e nao se criou neles o apego ao que é essencial, A familia é o fundamental e hoje esse conceito perdeu-se. E muito dificil educar, encontrar aquele equilibrio necessario para que os filhos não se sintam nem presos demais nem demasiado soltos Hoje pais são amigos e creio que tem de ser, mas nisso nunca de deve perder a principal função que é ser pais e mostrar desde cedo aos filhos que somos nós a ditar as regras e nessas regras sermos nós os primeiros a cumpri-las. Este assunto, Pedro daria pano para mangas, mas creio que não podemos culpar esses tempos modernos, pois quem criou essa modernice, fomos nós adultos; a maior culpa é sempre nossa que deixamos de incutir nos mais pequenos, tanto em casa quanto nas escolas, os valores fundamentais. Apesar de tudo lamento sempre casos como o que relatas e fico com muito medo do futuro dos meus netos, quando vejo o tanto de coisas superfulas que ja têm, apesar de tão pequenos; vejo com satisfação os valores e a educação que o meu filho lhes passa, mas mesmo assim receio. Obrigada e desculpa o testamento. Um beijinho
    Emilia

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  20. A veces nos alegramos de todas las ventajas que tenemos en estos tiempos modernos, pero si echamos la vista a otro lado, nos damos cuenta que no todo han sido ventajas, sobretodo los que han caído por causa de la droga, el paro y...nuestros políticos, tan tranquilos.
    Un abrazo Pedro.

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  21. Pedro,

    Esta sua belíssima e comovente crônica, nos dar a mão para passear
    com a profundidade humana, na sua fragilidade diante o impacto do
    meio (o social), com a nocividade das drogas como uma bomba
    a detonar uma família.
    O final é dorido, o seu olhar encontrando o amigo machucado pelas
    dores (emocionais) que imprime no corpo toda a fragilidade,
    talvez, o jovem idealista não exista mais. Numa primeira leitura
    que fiz aqui, neste final tinha a palavra "jovem idealista" (digitada
    na cor branco, que provocava o efeito de sombra, evidenciava como
    algo distante na vida do seu amigo...) que achei bastante original e
    como um símbolo de linguagem, mas vejo que você retirou? Mesmo, assim
    menciono a minha observação, meu amigo.
    Parabéns!
    Abraço.

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  22. OI PEDRO!
    COMO A VIDA SE MOSTRA MADRASTA MUITAS VEZES, CULPAR A QUEM?
    DEVES TER FICADO TRISTE POIS, QUANDO ENCONTRAMOS ALGUÉM RELACIONADO A NOSSA JUVENTUDE TEMOS A ILUSÃO DE QUE, POR ALGUNS MOMENTOS, ESTE TEMPO VOLTARÁ NEM QUE SEJA NAS RECORDAÇÕES.
    ABRÇS

    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  23. Hola Pedro.
    Es muy triste y a la vez muy real lo que nos relatas.
    La vida cambia y no trae buenas cosas la mayor parte de las veces.
    In abrazo.
    Ambar

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  24. Vidas difíceis de suportar não só derivado destes tempos modernos.
    Um belo texto meu amigo, gostei bastante de o ler.
    Um abraço e bom fim-de-semana.
    Andarilhar

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  25. Sucede con frecuencia en esos encuentros con personas que hemos dejado de ver por mucho tiempo, que nos traen malas noticias y nos dejan tristes.
    La vida transcurre con demasiada rapidez.
    Un abrazo, Pedro.

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  26. Boa noite Pedro.
    Que triste a situaçao do seu amigo. Acho que o que mudou do tempo antigo, para o de hoje em dia é que muitos pais deixam o essencial de lado, o dialogo diário. Independente da profissão dos pais, e tempo disponível, sempre tem que ter com os seus filhos amizade, muitos agem apenas com autoridade e isso muitos vezes revolta os adolescentes e eles e entram no pior caminho que é os das drogas. Não estou dizendo com isso que a culpa é dos pais de forma alguma, nem do tempo moderno, muitas causas fazem jovens buscarem na droga a fuga dos seus problemas. A minha irmã que já faleceu, teve um filho e o colocou na responsabilidade da minha mãe, e ele com 16 anos conheceu o caminho das drogas, acho que ao sentir rejeitado pelos pais, mesmo amado por mim e por minha mãe não foi o suficiente para ele dizer não as drogas, depois que a minha mãe faleceu ele como sempre tinha sido criado por mim, pois morava com a minha mãe, eu tentei de tudo, fui um pouco mãe, um pouco tia a acima de tudo amiga, e com muitos dialogo e tratamento adequado ele venceu as drogas, quando ele estava livre e feliz ,já preste a casar o caminho dele encerrou. Mas ele me deixou uma grande lição nunca devemos deixar de lutar por quem amamos, e o amor é mais forte do que os poderes das drogas. Com Deus, e determinação e apoio incondicional podemos livrar quem amamos do caminho das drogas. É uma das piores experiências que uma pessoa pode passar quando tem que lidar com um parente dependente químico, só o amor é capaz de salvar. Gracas a Deus a experiencia em criar a minha filha lindando com um dependente, não trouxe a ela traumas, mas sim lições de vida, e ela é livre de todos os tipos de vícios, ate o álcool ela evita. Quem tem um filho[a] no caminho das drogas precisam buscar ajuda psicoterapêutica para poder se ajudar, lidando melhor com as suas frustrações e assim sendo conseguir ser feliz e ajudar o dependente. Uma cronica como sempre muito bem escrita, mostrando como muitas famílias estão sendo destruídas por essa maldição que são os vícios de modo geral. Um feliz final de semana para você, e que Deus com a sua infinita misericórdia possa da a direção certa ao seu amigo para lutar pelo livramento dos seus filhos e assim sendo ser feliz. Enorme abraço.

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  27. Querido Pedro. Su relato tan real ahí, como aquí, toca un nervio enfermo de nuestra sociedad, hasta diría que no hay nada peor. Sin paliativos. No, definitivamente no hay nada peor que ver como se desintegra lo que más quieres, la razón de tu vida y a los que has entregado todo lo bueno que haya en ti.
    Tan duro, que sólo imaginar el sufrimiento y la lucha de esos padres contagia la pena.
    Son unos héroes

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  28. Boa tarde, Pedro, sua crônica me fez pensar na época em que meus filhos teriam que sair de uma cidade pequena, para estudar na capital. Muito se falava em drogas, pois elas estão por aí, há tempos. Senti pena de seu amigo, triste situação, com uma netinha e dois filhos alienados pelas drogas. Sem ser prepotente, dou graças a Deus pelos filhos que tenho, jamais tive qualquer problemas em relação a conduta deles. Meu marido, sempre foi um pai presente e, ainda é, mesmo nossos filhos sendo adultos. Viveram fora da cidade sem dinheiro para gastar em festas, e hoje sabem o valor das coisas. Infelizmente, não são todos que estão com forças para dizer "NÃO", às drogas. Abraço!

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  29. Bom dia, Pedro. Uma triste crônica. Quanta dor esse seu amigo carrega no peito, que o próprio espírito dele adoeceu.
    As drogas são o fim trágico de qualquer pessoa e família.
    A morte de sua esposa e a responsabilidade de cuidar de sua neta são fatores ainda mais delicado.
    Que um dia, fique ele bem e que ainda exista esperança.
    Vim agradecer sua presença em meus espaços dizendo que me ausen tarei por não sei quanto tempo.
    Passo por uma fase que falta-me o ânimo.
    Assim sendo,não consigo visitar os amigos com regularidade.
    Um caos,um sofrimento grande demais e o Universo está fazendo eu colher.
    Grata por tudo.
    Voltarei quando estiver em condições.
    Deixei um aviso no Facebook.
    Tudo de bom.
    Beijos na alma.

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  30. Pedro
    A crónica é muito deste tempo, na verdade. Sobre isto por vezes me ponho a pensar, recuando no tempo. Na época da Segunda Grande Guerra e a seguir, seria possível a proliferação das drogas? Depois penso na guerra da África, então portuguesa. De principio, em 1961, nunca dei por drogas. Os pagamentos nunca aumentaram, mas as drogas vieram a aparecer. Então as drogas foram mais motivadas pela globalização, que já se desenhava, do que pelo poder económico.
    Abralço

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  31. Viva, amigo Pedro
    infelizmente somos confrontados com situações como a que descreve, de forma emocionante, na sua crónica. Todos temos, diariamente, perante os olhos as consequências que advêm da dependência de drogas - a praga dos nossos tempos (modernos). Mas, tempos modernos sempre houve. O problema está nas contradições e propostas de vida a que estamos sujeitos, tantas vezes submissos às conveniências circunstanciais de cada momento.
    Grande abraço e que o seu amigo encontre o equilíbrio familiar e a felicidade pessoal, na medida do possível.

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  32. É isso... podemos fazer muitos planos para a vida... mas às vezes a vida, tem os seus próprios planos para nós... talvez seu amigo, consiga ainda ter muitas alegrias com a sua netinha... e só por isso... já tudo terá valido a pena...
    abraço
    Ana

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Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho