NÃO
PASSOU
-
Carlos Drummond de Andrade
Passou?
Minúsculas
eternidades
deglutidas
por mínimos relógios
ressoam
na mente cavernosa.
Não,
ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
A
mão - a tua mão, nossas mãos -
rugosas,
têm o antigo calor
de
quando éramos vivos. Éramos?
Hoje
somos mais vivos do que nunca.
Mentira,
estarmos sós.
Nada,
que eu sinta, passa realmente.
É
tudo ilusão de ter passado.
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário
LOGO O SEU COMENTÁRIO SERÁ PUBLICADO.
OBRIGADO PELA VISITA.
Pedro Luso de Carvalho