OS
CORVOS
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Não
incorreria no erro indesculpável
de
aos
corvos negar sabidos méritos.
Não
é
deles a missão da assepsia?
Limpo
o solo de tudo o que é pútrido,
para
ser plantada
a terra está pronta,
no
céu planam os corvos vigilantes.
Quase
cometi injustiça,
confesso,
não
se nivelam corvos
e políticos,
que
das aves de rapina são presas.
Conhecem
as suas presas os corvos.
As
putrefatas
carnes
dos políticos
são,
dessas
aves, os fartos
banquetes.
* * *
Pedro,
ResponderExcluirDepois de tudo que vimos acontecer nesse nosso país no dia de ontem – 7 de abril - e tudo que vivemos, esse poema é o retrato onde tudo ficou: no chão. Ora, se milhões de brasileiros foram para as ruas reivindicar por quase tudo, é porque algo de errado existe! Ou esses milhões estavam brincando? Nós brasileiros é que sabemos como estão as coisas e o que foi destruído. Nós sabemos como estão nossas Instituições. Sabemos como está nossa saúde, educação e segurança. Os 60 mil assassinatos num ano, será que é pouco?
Os corvos... sim, precisamos deles para limparem a podridão que permeia no país, para fazerem o que sabem, acabar com os vermes que proliferam e nos devolverem a assepsia que não era perfeita, mas longe de ser o que se tornou. Que venham os corvos cumprirem sua missão, e que nos devolvam o país que tínhamos – sem dúvida, muito mais saudável!!
Fiquei emocionada com esse poema, é um grito, nosso pedido de socorro!! Eu sou brasileira!!! Gosto do meu país! Precisamos do nosso orgulho de volta!
Beijo, daqui do lado. Parabéns pela beleza desse poema.
Parabéns pra ti Pedro por esse grito na bela poesia e o comentário da tua Taís foi lindo e verdadeiro. Queremos, como brasileiros, poder confiar e acreditar! Mas preá mim, justiça não é feita pela metade. ou sóo para uma parte. Quero ver os vampiros todos na mesma condição e aí sim, creio teremos motivos de festejar. Não vejo como "gastar rojões" antes da hora... abraços, tudo de bom,chica
ResponderExcluirSituazioni politiche, non soddisfacenti, che creano il disappunto della popolazione
ResponderExcluirVersi di grande realtà, un saluto, Pedro,silvia
Políticos e corvos ... corvos e políticos... a assimetria perfeita.
ResponderExcluir.
* Saudade de ter ... Saudade *
.
Feliz início de semana
Bom dia.
Muito bonito e sentido! Amei!!
ResponderExcluirBeijo e uma excelente semana.
Um poema que é um grito de alerta para o que se passa no Brasil. Que a negrura dos corvos não teime em andar por aí.
ResponderExcluirUma boa semana, meu Amigo Pedro.
Um beijo
Muy bueno este poema . Una verdad.
ResponderExcluirUn abrazo. Feliz semana.
Interesante poesía, que refleja la casta política.
ResponderExcluirBesos
Soberbo poema!
ResponderExcluirPedro, eu li e ouvi o teu grito de desalento.
Nada posso fazer para atenuar tanta dor, mas aplaudir os versos do poeta e as palavras da Tais, eu posso!
Para ambos, um abraço apertado.
... e depois dos corvos, meu amigo?
ResponderExcluiros vamapiros? que comem tudo»
ás águias e as botas cardadas?
em qualquer caso os corvos (não o poema que tem sua marca de qualidade) estão a ser bastante selectivos
abraço amigo
Lembrou-me uma canção do grande José Afonso.
ResponderExcluirEles comem tudo e não deixam nada.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Grande inspiração,Pedro Luso. Poesia e reflexão
ResponderExcluirUm abraço.
Hola, Pedro.
ResponderExcluirDesde luego, seguro que los cuervo tendrán muy claro dónde se encuentran los manjares más sabrosos. Y además pagados por nosotros.
O Pedro é um 'homem de leis' percebe bem de corvos e abutres...
ResponderExcluirEu,de longe. pergunto-me se tanto mau cheiro - como relatais - não anda a confundir o sinistro olfato dos corvos...
Abraço, Amigo
~~~~
Que pena que os corvos não comam os vampiros que vos governam.
ResponderExcluirAbraço
gostaria de ter essa visão otimista sobre a realidade, mas não consigo mais acreditar na pureza das intenções...me parece mais um jogo de cena entre alternância de poder onde a política é feita para melhor satisfazer interesses econômicos...
ResponderExcluirUm abraço
Amiga Guaraciaba no poema não há nenhuma nesga de "otimismo sobre a realidade". O poema é, ao contrário do que você diz, pessimista. Como não ser pessimista quanto ao futuro do Brasil depois que os políticos deixaram o país na falência. Não temos educação, saúde, segurança, trabalho etc.
ExcluirUm abraço.
Pedro
Parabéns Pedro pela coragem em dizer tudo que está engasgado em nós!
ResponderExcluirBjs e obrigada pela visita e comentário.
Carmen Lúcia.
Pedro... A podridão persiste. Parece não haver término. Nós, os um pouco mais velhos já nos fartamos de tanta ilusão. Pobre país. Parabéns por tocar no assunto.
ResponderExcluirCaro Pedro,
ResponderExcluirUm poema excelente e marcante com toda a estrutura expressiva
da qualidade grandiosa da poesia:
"Quase cometi injustiça, confesso,
não se nivelam corvos e políticos,
que das aves de rapina são presas."
A ironia na excelência poética, apresentada com
a sua mestria habitual, admirável poeta.
Preciso salientar que vivemos um momento triste, sofrido
e preocupante com o nosso ar democrático a nos faltar.
Não somente os políticos corruptos de todos os partidos
numa grande lista, com alguns nem citados nesta lista
decorrente de um fator de imensa gravidade, que se trata
da parcialidade criminosa dos que julgam, a promover com
que alguns fiquem tranquilamente na impunidade. E toda uma
seriedade, imparcialidade e ética necessárias são negociadas
nesta corrupção sistêmica e infelizmente incorrigível até
este momento.
Aprecio sempre imensamente a leitura das suas
obras poéticas, meu caro amigo.
Beijo.
Suzete,
ExcluirQuanto aos políticos corruptos, que destruíram tudo o que tínhamos já bem encaminhados, como a educação, a saúde, o trabalho e a segurança, deverão ser todos julgados para que paguem por seus crimes, independentemente de partidos políticos. Ninguém pode ficar fora do facho da Justiça. O mesmo vale para os empresários corruptores por seus atos criminosos. O povo está atento para tudo o que está ocorrendo no nosso país.
Obrigado, minha amiga Suzete, pelas palavras sobre o meu poema. Muita gentileza de tua parte.
Beijo.
Pedro
Não quero de jeito nenhum menosprezar o teu belo poema que é um desabafo de um patriota muiti maltratado, mas vou-me juntar ao grito de indignação da Tais, um grito sofrido que é também o meu, tão longe daí, mas bem juntinha ao coração dos meus irmãos brasileiros. Sou luso-bradileira, tenho duas pátrias que muito amo e já não consigo ouvir as noticias que me chegam daí, Pedro. O meu posto fala precisamente de patriotismo e ser patriota e isto mesmo, amigo, sofrer pelo nosso pais, pelas angústias do povo, pelas injustiças que ele sofre e não ficar preso a ideologias, a feitos passados. Os corvos são muito melhores, pois fazem o seu trabalho honesto, limpando a sujeira por outros deixada. Estava e ainda estou orgulhosa da justiça que agora se começa a fazer no Brasil; apesar dos pesare, nunca se viu tanto politico atrás das grades e espero que o Supremo não se deixe iludir e que ponha os olhos nos corvos, deixando que a limpeza se faça. Sabes que tenho medo do STF? Tem lá uns camaleões!!! Esperemos que tudo corravpelo melhor e que não haja necessidade dos militares entrarem em acção. Beijinhos, Pedro
ResponderExcluirEmilia
Emília,
ExcluirSobre a corrupção que assola o Brasil, concordo plenamente contigo (e com a Taís), a maior corrupção da História do nosso país. Quanto aos ministros do S.T.F. eu também guardo reservas para pelo menos cinco deles, que não me inspiram confiança.
Obrigado Emília, amiga luso-brasileira.
Beijo.
Pedro
Corrigindo. ...meu pos,,, patriotismo é. Pesares
ResponderExcluirjá agora falo de uma noticia que vi há pouco, há uns determinados deputados camaleões que querem mudar não de cor , mas de nome ; mas estarão eles num circo? Isto já é brincar com coisas sérias!!! Será que vão permitir? Não faltava mais nada!!! Beijinhos, Pedro
Emilia
Emilia
Pois é, minha amiga Emília, agora deputados estaduais, deputados federal e senadores do PT estão fazendo requerimento aos seus respetivos presidentes para usarem nessas casas o nome Lula como parte do sobrenome de cada um deles. É uma verdadeira loucura. Vamos ver no que isso vai dar.
ExcluirBeijo.
Pedro
acho que já se perdeu toda a confiança nos políticos
ResponderExcluirum poema muito forte e acutilante
beijos
:)
Grnial Pedro, u ngrito al que me uno, y sí, somos un banquete de muchos para unos pocos, que a costa del pobre viven como Dios.
ResponderExcluirGracias amigo por tu huella.
Un abrazo y feliz tarde noche.
Bss
Um poema brilhante.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Urubu voou no espaço,
ResponderExcluirMas há outra atmosfera.
Prenderam o cara que era
O viés da penca ou engaço
Com frutos podres em laço
De conluio, hoje quimera,
Passado morto, a espera
Que tudo vire num traço
De apenas recordação
Do fim do grande ladrão,
Para dar exemplo ao mundo
Que tudo tem solução.
Creio ainda na nação.
Sem o lado vagabundo!
Amigo Pedro, lindo teu poema, que deixou fazer uma releitura em versos rimados, este contumaz versejador. Parabéns amigo! Grande abraço. Laerte.
Meu amigo Laerte, tu que és poeta, que brincas com as rimas com destreza, vens enriquecer esta postagem com o teu belo soneto.
ExcluirObrigado amigo poeta.
Um grande abraço.
Pedro
Poderia apenas aplaudir Pedro, não o que comentar, apenas dizer-lhe que ontem numa certa apatia com nossa política, me pus de frente para a estatua de Gregório de Matos e fiquei horas a pensar, como ele faz falta hoje, mas vejo agora seu poema e creio que ele tem substituto.Vamos parafrasear amigo Pedro, o que falta nesta politica é a verdade, se lhe ponha a vergonha.
ResponderExcluirPerfeito Pedro a carne somente às de rapina talvez.
Abraços e saio daqui com uma espécie de alma lavada ao ver que jogou o leite ruim na cara dos caretas.
Basta!
Bom fim de semana amigo.
Recebo a visita de mais um poeta, entre outros que aqui estiveram: TONINHO. Nossos amigos blogueiros conhecem a sua sensibilidade e o seu talento para a poesia. No seu comentário, Toninho, você disse que que depois de ter ficando longo tempo em frente a estátua do Gregório de Matos, grande poeta brasileiro, filho de Salvador, Bahia, seu conterrâneo, você disse:
Excluir" (...) fiquei horas a pensar, como ele faz falta hoje, mas vejo agora seu poema e creio que ele tem substituto."
Não preciso dizer, poeta Toninho, que recebo o seu elogio como estímulo do amigo.
Um grande abraço.
Pedro
A corrupção não é apenas um problema brasileiro, já que é uma prática corrente em todo o mundo, mesmo nas "melhores" democracias, como a americana. Só que ela é praticada de um modo mais sofisticado nos países mais ricos e de um modo mais básico nos países menos desenvolvidos.
ResponderExcluirA Justiça mundial, por outro lado, tem dado sinais que quer moralizar a política, não dando tréguas aos políticos corruptos, ainda que as provas da corrupção seja das coisas mais complexas de ser conseguida. Parece-me, em qualquer caso, que a Justiça brasileira está politizada (a votação de 6-5 na prisão do Lula parece-me disso demonstrativa). E não é de admirar, dado que os juízes são nomeados pelos políticos (coisa aberrante, não exclusiva do Brasil).
Indo ao que interessa, o seu poema é brilhante, não só pelo conteúdo mas também pela forma poética que o constitui. Parabéns.
Bom fim de semana, amigo Pedro.
Um abraço.
Tínhamos um político, que frequentemente comparava a política a uma porca... pelo tanto que associamos política... a pocilga... e pelo facto de uma natureza porca... sustentar tanto político mamoso, corrupto e sem escrúpulos...
ResponderExcluirBelíssimo poema, Pedro, que não poderia sintetizar melhor... a putrefacção, que gira em torno dos políticos, e das suas causas tendenciosas... porque bem antes de pensarem governar o povo... governam-me muito bem... a eles mesmos!...
Um grande abraço! Feliz fim de semana!
Ana
OI PEDRO!
ResponderExcluirCLASSE CORROMPIDA. QUE BOM PUDÉSSEMOS JOGÁ-LOS AOS CORVOS, ACHO QUE NÃO FICARIA UM SEQUER.
MUITO BOM AMIGO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/