TRISTEZAS
DO BRASIL
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Neste
andar,
sinto a
tristeza
da terra,
há
desprezo pela terra ferida,
cortaram
árvores em plena vida,
pelo
lucro, envenenaram rios.
Neste
andar sinto nos pés terra seca,
desprezo
dos ávidos pela
terra,
importa
da terra arrancar ouro
–
para
os poderosos,
vida
farta.
Neste
andar, sinto não
ter resistência,
na
densa bruma somem meus esforços.
No
Brasil, inexpugnável
muralha
feita
de leis, escudo
de apátridas.
Neste
andar no
nordeste, sol ardente,
secas,
áridas
terras
do sertão,
rezas
dos sertanejos pelas chuvas –
Deus
dá pão para saciar a
fome?
* * *
Una serie di osservazioni intense, che riflettono il tuo profondo pensiero sulla terra del Brasile, Pedro.
ResponderExcluirSempre bello leggerti, buona domenica e un saluto,silvia
Lindo poema este. Lindo, mesmo sendo sofrido.
ResponderExcluirSim amigo Pedro, "Deus dá pão para saciar a fome". Por vezes demora a chegar mas chega!
Não desanimar, sempre resistir, poeta de versos fantásticos.
Abraço.
Passando a fim de conferir uma excelente publicação.
ResponderExcluirO poema é de uma beleza única. Lindo demais.
.
*Mulher; Flores e Borboletas, em sintonia poética (Poetizando) *
.
Votos de um dia feliz.
Bom dia!
ResponderExcluirPoema lindo demais!! Amei
Beijo. Bom Domingo
Pedro, triste, realmente a situação deste nosso gigantesco país. Terra onde a classe dominante, mesquinha e egoísta, raciocina apenas com suas riquezas particulares, sem o menor pudor, e sem entender exatamente qual deveria ser seu
ResponderExcluirpapel na sociedade. Lamentável. Um país tão rico em recursos naturais sendo sucateado por egoístas. Grato por tua visita e pela indicação do almatua à Taís. Grande abraço e aguardemos que este país tenha uma classe dominante um pouco mais comprometida com o Brasil.
Nosso lindo país tão massacrado e expurgado pela ganância há que se empoderar e como a fênix ressurgir pleno de esperança como uma verdadeira nação para cada cada um de seus filhos que enfim aprenderá não só amá-lo mas finalmente passará a respeitá-lo na sua essência e unicidade
ResponderExcluirUm maravilhoso domingo amigo Pedro
Abraços
Un poema profundo con un doloroso sentir y muy bello poeticamente.
ResponderExcluirNo hay mal que dure siempre, y la esperanza ayuda en la espera.
Me gustó mucho Pedro.
Un abrazo y buen domingo.
Pedro ao ler seu poema de pura lucidez e entendimento desta desigualdade deste Brasil, não tenho como não resgatar os anos 60 com nossos compositores, poetas engajados na luta pela amenização do sofrimento do sertanejo esquecido à toda sorte e crenças. Não posso deixar de resgatar "Terra plana" e o "Plantador" de Geraldo Vandré. Nesta leitura revivi plúmbeos tempos amigo. E busco onde esperançar e não vejo este suporte e então eu sofro desta onda de desacreditar amigo Pedro.
ResponderExcluirMeu terno abraço amigo e que a semana venha sem bombardeios.
Chega de bombas e mísseis nos céus.
Um poema que é um grito de revolta pelos maus tratos do país e do planeta devido à ganancia.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Tantas são as mazelas do nosso pobre e tão lindo país... Linda poesia realista! abração,chica
ResponderExcluirSus estrofas podrían servir de editorial para un periódico contando la pena por lo que podría ser y no es.
ResponderExcluirNuestro filósofo Unamuno escribió, "Me duele España", un concepto similar.
Saludos, Pedro.
Mais um poema seu que é um grito de alerta contra todo o mal que se faz contra a Natureza, contra as Pessoas. Muito belo e muito lúcido, meu Amigo Pedro.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Muito triste a situação dos estados onde a seca aperta. Já não lhes bastam os desmandos políticos, ainda vem a seca com a fome a sentar-se à mesa do povo.
ResponderExcluirAbraço
Gran sentimiento en este buen poema.
ResponderExcluirExcelente.
Un abrazo
Que tus poemas lleguen abrir los corazones encerrados, un abrazo.
ResponderExcluirMuy bonito...un saludo desde Murcia...poema muy chulo.
ResponderExcluirLetras en verso que muestran los sentimientos del poeta por su tierra.
ResponderExcluirLa madre tierra que nos vio nacer y a la cual deberíamos amar y respetar, la acosamos constantemente con un maltrato que en nada merece y a la larga a todos nos pesará.
Cariños y buena semana.
kasioles
um poema que é um grito de alerta!
ResponderExcluire também contra aquilo que os humanos fazem contra a natureza.
que venha a chuva em forma de benevolençia.
beijinhos
:)
Belo, forte, dolorido poema que fala de nossas verdades, nada do que falas é ficção, não! É a dor dos brasileiros, a mostra do que foi roubado, a baixa dignidade que nos deixaram em prol de seus desejos chulos, de suas riquezas cobiçadas e alcançadas. Isso é cuidar de um país? Isso é amor ao povo? Não, isso é a farra do Congresso Nacional e das Instituições contaminadas em vários cantos da esfera política, por anos de irresponsabilidade e ganância. Penso que nosso país ficou neurotizado, doente. Mas haverá um dia em que o amor à pátria gritará mais alto e, quem sabe, se fará ouvir. Só assim para recuperarmos nossa dignidade.
ResponderExcluirBeijinho daqui do lado.
Boa tarde Pedro,
ResponderExcluirMagnífico poema que alerta contra todas as atrocidades que estão ferindo não só o Brasil mas o mundo inteiro.
Um beijinho.
Ailime
El cuadro es bonito pero un poco triste. Lo de la lluvia, por lo menos aquí, ya es demasiado. Tenemos inundaciones y caídas de tierras, creo que tanto se lo hemos pedido a Dios que nos ha hecho caso.
ResponderExcluirUn abrazo desde Madrid.
Se nota amigo Pedro, como te duele tu Brasil querido. Compartimos tu dolor y elevamos la esperanza.
ResponderExcluirTu poema hoy, Pedro, es un grito que lleva el viento de acá para allá hasta ser escuchado en todo el mundo. Tu bello país y sus gentes merecen lo mejor.
ResponderExcluirAbrazos
É urgente ter esperança, Amigo.
ResponderExcluirTodos os países passam por fases menos boas, há uns anos estivemos à beira da bancarrota... Também temos corrupção, mas muito bem encapotada.
Os crimes contra a terra são realmente inadmissíveis.
Melhores dias venham para este planeta!
Abraço, Pedro
~~~~
Amigo poeta Pedro, tantos são os versos que nos deram, desde o passado e em tempos modernos que ainda vemos o mesmo quadro, parece que não muda nunca!
ResponderExcluirBrasil, um continente inteiro, rico, fértil, lindo, mas...
Pena que assim seja, as "Tristezas do Brasil" muito bem mostradas aqui em versos inspirados, tens sensibilidade ímpar! Parabéns poeta!
Abraços apertados!
Tens uma escrita elegante, Pedro. Teus poemas se vestem de encanto, transmitindo com eficiência uma mensagem crítica e nos fazendo pensar. Parabéns!
ResponderExcluirAnelito per una terra che si ama, e che spesso, viene maltrattata indiscriminatamente per l'avidità di coloro che pensano di poter fare e disfare a piacimento. Ma il pianeta quando non ne può più si rivolta contro l'uomo. Un canto questi versi che toccano il cuore. Complimenti per questi versi e Buona serata Pedro, Grazia.
ResponderExcluirBoa tarde, Pedro, seu poema nos mostra literalmente as"TRISTEZAS DO BRASIL", infelizmente, o povo sofre, uns menos outros bem mais.A tela de Portinari, mostrando a tristeza e a realidade dos retirantes, no nordeste, a seca faz isso, expulsa seus filhos. O Brasil, nossa pátria querida esta dilapidada, por pessoas que só querem o bem próprio,vale a pena, o grito dos seus versos, sempre haverá esperança de um futuro melhor. Excelente! Abraços!
ResponderExcluirUn buen poema que es una crítica contra el poco amor que tiene el hombre por la naturaleza. Árboles y ríos son nuestra forma de vida, y alimento, pero algunos no cuidan el bien de la tierra.
ResponderExcluirmariarosa
ResponderExcluirBom dia Pedro. Uma pergunta que não quer mesmo calar: "que país é esse? Poema de cunho social oportuno... Um grito com endereço certo!
Deixo aqui o link do meu novo blog intitulado A PAÍBA PARA O MUNDO.
https://aparaibaesuasbelezas.blogspot.com.br/
Abraço e bom fim de semana!
amargo e sentido Poema, Pedro
ResponderExcluirDeus parece andar de facto muito ocupado (ou distraído)! bom seria que os humanos lhe aliviassem as tarefas e, por suas próprias mãos e seus passos, trilhassem os caminhos da Justiça-
forte abraço. meu amigo
Poema lindíssimo. Entre palavras e versos se escrevem grandes verdades.
ResponderExcluir.
* Criança brincando ... em interno lamento. *
.
Cumprimentos poéticos.
Pedro, a minha curiosidade empurrou-me até aqui, vinda do blogue do Gil :)
ResponderExcluirPedro, os poemas são como as orações devem levantar-se cada vez mais, e mais alto, porque o mundo no seu todo sofre, por um uso cada vez mais acelerado dos seus recursos :(
parece que nada merece respeito e que as próximas gerações não são valorizadas, não lhe deixarão belezas e riquezas que o mundo construiu durante milhares de anos, não têm todos filhos ?!
abraço
Angela
Um grito de dor e revolta em forma de poesia.
ResponderExcluirUm poema sublime.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Um poema que, desalentado, canta as tristezas do Brasil que me tocam profundamente. A estas tristezas devemos juntar tantas outras espalhadas por cada canto deste mundo desumano; fome, guerras, destruição com armas quimicas, crianças soterradas debaixo dos escombros e com elas continuam a morrer rios, florestas e animais ; já nada escapa à ambição do ser humano , Pedro. Sabes que fiquei chocada com uma noticia sobre Portugal, este pais pequenino " à beira mar plantado " ? Pois...aqui neste cantinho o tráfico de seres humanos está fora de controle, pessoas aliciadas para trabalharem, mas em regime de escravatura. Imagina!!! Estão por todo o lado as tristezas dos que têm pouco ou mesmo nada para colocarem na mesa. Pelo menos, Pedro, ainda não temos misseis a percorrem os céus dos nossos paises e isso temos de agradecer à vida. Parabéns, querido amigo e, apesar dos pesares, penso que o Brasil, depois desta limpeza, nunca mais será o mesmo. Um beijinho
ResponderExcluirEmilia
Um País adrede preparado para apatia boçal da ignorância..sucateando a educação e corroendo as nossas riquezas,fazendo acordos e negociatas escusas.enquanto isso o pão e o circo adormece as massas...
ResponderExcluirum abraço
Grande amigo, parabéns pela exuberância ou gigantismo da mensagem! Sou um otimista exacerbado - já saímos do fundo do poço! Para os que achavam que pinçavam apenas os fantasiados de socialistas à esquerda, foi demonstrado que o rolo compressor passa em cima de todos os pecadores. Ainda haveremos de sentir orgulho de sermos honestos representados por honestos políticos. Belo poema, meu amigo! Parabéns! PS - Hoje fui à frente de casa para ver a esquadrilha da fumaça se apresentando aqui, e citei teu nome à irmã do saudoso Ariel Botaro Filho, amigo do Jaraguá, nosso contemporâneo de política estudantil. Laerte.
ResponderExcluirMeu caro Pedramigo
ResponderExcluirQue intensidade tem este teu poema! Intensidade, sentir e força.
Estou encantado e de tal maneira que não resisto a transcrever a última estrofe:
Neste andar, no nordeste, sol ardente,
secas, áridas terras do sertão
rezas dos sertanejos pelas chuvas
Deus dá pão para saciar a fome?
E não digo mais nada.
Um abração muito sentido deste teu amigo e admirador do lado de cá do nosso Atlântico
Henrique, o Leãozão
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A Nossa Travessa publica um novo artigo que aborda o tema dos monumentos megalíticos em Portugal e em especial o Cromeleque dos Almendres que é o maior da Península Ibérica e fica situado a cerca de 11 quilómetros de Évora
Ainda que possa secar a terra... com a avidez e a ambição de alguns... pelo menos... que jamais seque a consciência de todos... para que um dia se consigam unir... e decidir... que rumo finalmente decidirão seguir...
ResponderExcluirMais um excelente trabalho poético, que não esconde a desilusão e a revolta, que os tempos actuais, por aí, estão dando a tanta gente...
Um grande abraço!
Ana
Brasil, país sonhado e amado. Como dói o sofrimento que tomou conta de tantas vidas! Que desalinho e entorpecimento!
ResponderExcluirQue os ventos sejam de feição e que uma boa equipa oriente os caminhos do futuro.
Beijinho, Pedro.