O
PEDIDO DE UMA MÃE
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Mulher
altiva, vaidade viva
ante
de mim, vitrina
do luxo,
as
mãos asas em voo de pássaro.
Veio
de minas de diamantes,
ou
da escuridão do mar profundo,
ou
de raio com trovão, a aflição?
Senti
que dela nada ouviria.
Feito
coração a boca pintada,
semiabertos
os lábios mudos.
Pago
pelo trabalho que peço,
moça,
por amor deixei meu filho –
com
amargura, falou
a mulher.
A juventude tirou-me o tempo,
fiquei
com fugidias lembranças
do
filho, que à justiça imploro.
* * *
Pedro,
ResponderExcluirEsse é o drama das mães que doam seus filhos, seja por dificuldades financeiras, seja por problema emocional, seja para viver um outro amor. À vida pouco interessa os motivos, um dia ela cobrará essa falha, e com muito sofrimento. É o que vi nesse teu belo poema, o desespero, o drama de uma mãe para resgatar o filho que deixara anos atrás. Que triste, que brutal dilema nessa altura de sua vida madura.
Há um filho em jogo, já noutra família e já com outra vida. Como agirá a justiça tão implorada nessa hora?
Se eu tivesse o poder da decisão em minhas mãos, não tocaria nesse filho, que seguisse com a família, que seguisse a vida sem mais nenhum trauma.
Belo poema, porém triste e muito real.
Beijinho daqui do lado.
Bello siempre leerte Pedro, un poema en homenaje a la madurez del corazón, y todo lo que conlleva, un poema triste pero tan real como la vida misma.
ResponderExcluirFeliz sábado.
Un gran abrazo.
Realidade para tantos bem trazida aos teus versos...Pena! O arrependimento chega e pode ser tarde... abraços, lindo fs! chica
ResponderExcluirEventi tristissimi della vita, che hai descritto in versi intensi, e molto raffinati
ResponderExcluirBuon fine settimana, Pedro,silvia
Bom dia. Que bonito! Adorei :))
ResponderExcluirHoje: - Ilusório Flagelo
.
Bjos
Votos de Sábado Feliz.
Bravo! Hai descritto in modo poetico una tragedia e lo strazio di una madre.
ResponderExcluirBuona giornata, un abbraccio
enrico
Hermoso poema Pedro. El amor de madre es inolvidable.
ResponderExcluirmariarosa
Es muy difícil entender el sentido exacto de lo que se lee cuando la traducción no es clara, pero creo que tu poema habla de una madre a la que le quitaron el hijo, o lo dejó en adopción, y ahora reclama por medio de la justicia...
ResponderExcluirDe cualquier manera, tus letras trasmiten una triste realidad en cualquiera de los casos.
Un abrazo y feliz fin de semana.
Boa tarde!
ResponderExcluirSimplesmente lindo!! Amei:
Hoje: "Poetizando... " Mar e a lua, fiéis ao nosso amor. (...Poetizando...)
Beijos. Bom fim de semana.
Dramático poema. Muy bueno.
ResponderExcluirUn abrazo.
Feliz fin de semana
Sensível e comovente poema. Não há palavras que traduzam a perda de um filho... seja qual for a circunstância.
ResponderExcluirUm abraço
Boa noite amigo! Uma linda e profunda poesia, bem escrita e com uma forte reflexão. O pedido de uma mãe. Muito comovente. Parabéns boa noite!
ResponderExcluirOi,Pedro...não há como julgar o que se passa no coração de uma pessoa sem passar por suas vivências, mas a dura realidade de um momento não justifica interferir em outra história já estabelecida... a não ser que fosse para melhorá-la sem causar danos mas trazer solidariedade e afeto.
ResponderExcluirUm abraço
Una buena forma de empezar el domingo con tu lectura, feliz domingo.
ResponderExcluirOlá, Pedro.
ResponderExcluirQuando a poesia se lê e se sente é PERFEITA!
O desespero da mãe dos teus versos é real. Ela quer de volta o filho que trocou por um amor de juventude.
(Não a julgo - quem sou eu - apenas compreendo a dor que sente. Amor de mãe é infinito!)
Assunto sério este, Pedro. Trataste-o muito bem, num poema para ler, reler e reflectir.
Abraço!
Pedro muitas vezes não podemos julgar,pois estaremos sendo incruéis!
ResponderExcluirHá tantas mães que deixam seus filhos por motivos que não cabe a nós julgarmos,mas sabemos que existe esse pedido aflito de mãe,por quem sabe ter deixado seu filho nas mãos de outras pessoas.
Adorei o poema.
Bjs,obrigada pela visita e um ótimo domingo.
Carmen Lúcia.
Olá Pedro, por mais que o tempo tenha passado, para a mãe, nunca é tarde para se resgatar um filho. Aflições de muitas mães são retratadas nesse teu poema. Parabéns! Bjs
ResponderExcluirToda mãe deseja ter em seus braços o filho amado e nem o tempo apaga esse desejo tão querido e tão sonhado retratado com maestria o aflitivo pedido desta mãe. Deslumbrante poema, Pedro
ResponderExcluirUm afetuoso abraço
Um poema que aborda um tema polémico. Se por alguma razão uma mãe doa seu filho, tem direito a reclamá-lo mais tarde? Eu penso que não. Sofrerá decerto acredito. Mas imagina o sofrimento da criança que acredita que vive com seus pais e depois aparece uma estranha a reclamá-lo?
ResponderExcluirUm abraço
Pedro,
ResponderExcluirÉ maravilhoso apreciar a poesia no contexto de obra de arte
e cada vez mais ser surpreendida pela sua excelência em
abordar temas profundos e incomuns, que exigem competência,
esta espelhada neste belíssimo poema, com construções
imagéticas deslumbrantes:
"Veio de minas de diamantes,
ou da escuridão do mar profundo,
ou de raio com trovão, a aflição?"
Parabéns, caro amigo Pedro.
O amigo aqui traz o drama da mulher, o amor materno em
universo (tão feminino...) na simbologia de amar na
preservação e no elo eterno. Porém muito complexo, uma
criança estruturada numa família acolhedora neste amor
referencial, trazer este pedido desta mãe sem uma busca
também pelo o filho que fora abandonado por ela...
Muito grata por este momento de leitura aqui!!
Um beijo.
Um pedido dramático neste belo poema.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Nem posso imaginar o desespero de uma mãe que tem que ficar sem o filho. O seu poema, meu Amigo Pedro, leva-nos até ao coração das mulheres a quem isso acontece. É um poema dramático e cheio de sentimento.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Un poema que grita con fuerza el dolor de una madre. Impresionante por tu fuerza y su dolor.
ResponderExcluirAbrazos
Um poema que define a força, a fantasia e até a magia da mulher como m^se. Magistral.
ResponderExcluir.
* Chuva que acalma CORAÇÕES … secos pela desventura *
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Cumprimentos poéticos
Votos de um dia feliz
Um poema que bem retrata a triste situação de daquela mãe que por algum motivo teve que doar o seu filho.
ResponderExcluirUm abraço.
Élys.
No concibo dolor mayor que el de perder un hijo.
ResponderExcluirAsí que para verse obligada a entregarlo a otra persona, la tragedia que debe estar viviendo esa madre debe ser de proporciones homéricas. Como para vivir el resto de sus días en la desesperación de volver a encontrarlo.
Saludos, Pedro.
Caro Amigo é um poema que trata da dor, e que dor essa a de doar um filho!
ResponderExcluirSeria para mim morrer sob tortura, uma situação impensada e desesperante...E depois querer recuperá-lo. Muito bom seu poema, trata de uma realidade dramática.
Beijinhos, Léah
gostei do estilo dramático, e infelizmente mto atual. um abraço
ResponderExcluirdrama e dor.
ResponderExcluirmuito comovente.
beijinhos
:)
Sendo hoje DIA INTERNACIONAL DA MULHER, nada me impede de dizer que: "" Cada mulher que nasce é uma Estrela que brilha na Terra "" ...... A Sua publicação é de uma ternura e carinho exemplar.
ResponderExcluir.
* (Poetizando e Encantando) MULHER ... O Equilíbrio da Vida *
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Votos de um dia feliz
O drama e o sofrimento de uma mãe que perde o seu filho deve ser descomunal (embora haja excepções...).
ResponderExcluirParabéns pela excelência do seu poema, gostei imenso.
Continuação de boa semana, caro Pedro.
Abraço.
Em dia internacional da mulher, este é um grito de alma. Um poema que dilacera e faz oscilar os alicerces da sociedade.
ResponderExcluirParabéns, meu amigo.
Beijo.
Gran expresión, estimado Pedro, de una realidad que agobia a muchos países.Dar un hijo, debe ser una de las peores situaciones por sufrir.
ResponderExcluirAbrazo austral.
A dureza da vida retratada num poema belo e pleno de sensibilidade.
ResponderExcluirUm abraço
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Dramático poema, que muestra la desesperación y el dolor de una madre.
ResponderExcluirLa vida es dura, para los que no tienen recursos.
Besos
Bom dia, Pedro,
ResponderExcluircomo admiro os poetas, pois com pequenos versos escrevem uma rica história, que acontece na vida. Triste mãe que chora pela ausência do filho, se diz culpada, por algum motivo, quem sabe doou por não poder criá-lo, mas no coração a ferida aberta sangra.Comovente. A imagem da tela, também impressionante. Abraços!
Muy bello!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirCariños para ti.
mar
Maravilhoso poema! Excelente encontro de palavras!
ResponderExcluirAbraço
ResponderExcluirImpactante as tuas linhas, Pedro! E verdadeiras, oportunas.
Beijinho e um bom domingo, amigo.
Buenos días, Pedro... Lo he traducido para entenderlo y aunque la traducción pierda algo el ritmo, me ha parecido muy bonito. Buen domingo mi querido amigo.
ResponderExcluirBoa tarde Pedro!
ResponderExcluirLinda a sua poesia, adorei!
Parabéns. Feliz Domingo, e uma ótima semana.
Um fraterno abraço, amigo em Cristo.
Josélia.
Duras realidades... como será o abandono de um filho... de quem poderá não ter tido outra escolha... cada história aparentemente idêntica... poderá diferenciar-se a partir de uma série de contextos e condicionalismos... de que nunca se estará verdadeiramente a par...
ResponderExcluirE esta mãe... deve ter vivido, toda a sua vida... condenando-se a si mesma... para tentar recuperar o filho... no entanto... uma coisa é certa... jamais se consegue recuperar o tempo perdido... e acima de tudo... deve estar o superior interesse do filho... que se for feliz na vida que conhece... não deveria ser premiado, com uma história pesada... que provavelmente, desconheceria... e que a nova família, decerto lhe quis poupar...
Nem sempre será fácil... atender... ou negar tais pedidos...
Um belíssimo poema... que foca uma situação... que certamente, nunca reunirá consensos... e que nos dá o que pensar...
Abraço
Ana
Tristeza para mãe que por algum motivo chora a perda do filho, a mesma tristeza deve habitar no coração do filho por não ter a mãe para lhe proteger. O poema traz uma mensagem que faz parte da realidade do nosso dia a dia e que vem de muito tempo.Sempre escrevendo versos de pura beleza Pedro.
ResponderExcluirTenha um abençoado dia!
Bjs no coração!
Que bela criatividade meu amigo, poetizar um sentimento tão louco como este, há que ter arte e muita sabedoria e creio até que este é um destes poemas, que o escritor sofre, esmera-se pelo retrato fiel da situação e vem Deus e põe sua sobre a do escritor e temos esta arte coroada como este.
ResponderExcluirBravo Pedro!
Abraços
Boa noite Pedro .
ResponderExcluirO poema é lindo e comovente. Mas eu penso o seguinte. Quem abandona um filho que não seja pensando no próprio, como em casos de não ter alimento ou por está em risco jamais deveria ter seu filho de volta. Se é que pode ser chamada de mãe. Deveria ser chamada de parideira pois mãe é um nome sagrado. É quem da a luz mas aquela que cria; que da educação, amor. Esse poema me vez lembrar uma história de uma mãe que abandonou dois filhos aos cuidados na avó materna. Os meninos cresceram aos cuidados da avó e tias. Quando estava entrando na adolescência essa mãe que era alcoólatra resolver buscar seus filhos como se fosse mercadorias. A avó não quis briga e infelizmente devolveu os filhos a essa criatura que não tinha amor e nem compaixão. Resultado destruiu essas duas vidas. Casos assim vemos dia a dia. Mulheres que dão seus filhos e depois vem de coitadinha. Coitados são os filhos rejeitados que carregam esse sentimento por resto da vida. Um feliz fds. Abraços