VENTANIA
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Da
Patagônia, esse vento, esse
frio
(congelante
frio)
vem
cortar
minhas
veias com garras mortais.
Vejo
através da vidraça, assombrado,
o
dia sumir
escuridão
repentina, noite no dia
gélido
terror.
Sobre
o telhado da casa, às escuras,
barulho
horrendo
de
passos, de ser
estranho,
vindo de um estranho mundo.
Fantasmagórica
ventania não cessa
com
o seu uivar
de
fera faminta.
Seguro
à janela, curvado de medo,
ouço
o terrível zunido da ventania
– guerreira
feroz –
derrubando
postes,
fios
agonizantes no chão, retorcidos.
* * *
Excelente poema!
ResponderExcluirBeijinhos
Lindo poema e a ventania foi forte e dez estragos...Deixou marcas...abraços, de volta,chica
ResponderExcluirBoa noite Pedro
ResponderExcluirSeu belíssimo poema, nós fizeram sentir a sensação do terror que deve ser ao lidar com uma forte ventania. E me fez lembrar a minha amada mãe, ela veio do interior e por la ela presenciou a fúria de uma tempestade, raios. E quando chovia forte ela tinha horror e ainda lembro ela mandando guardar faças, cobrir espelhos etc. Uma linda semana para vocês. Grande abraço.
Pedro:
ResponderExcluirMuito bom poema para descrever as sensações causadas pelo vento, com a sua força e explosões sem fim. O Sol percorre o horizonte, sem tomar o vôo fugaz.
Eu vivi em Comodoro Rivadavia e eu estava em Puerto San Julian, onde o inverno é tal que descreve o texto.
Quero parabenizá-lo.
Um grande abraço.
Olá, Visitei e adorei o seu blog. Gostei muito dos seus textos e li vários trechos da sua exposição e conteúdo. . Fiquei bem animada e daqui pra frente, estarei sempre por perto vendo as novidades.
ResponderExcluirUm grande abraço. NILDA
PEDRO,
ResponderExcluirEsse teu belo e forte poema nos mostra toda a fúria da natureza; fúria que avassala, mas continua com seus mistérios. Há que se respeitar os sinais de alerta da natureza para com o planeta Terra. Ventanias, torpedos, ciclones trazem muitas mensagens, nada é tão soberano, mas o homem não aprende a preservar o planeta. Vergo-me diante de ventanias e todas as suas manifestações.
A obra de Jan Van Goyen é maravilhosa, bastante forte.
Beijinho daqui do lado.
Es un poema, amigo Pedro, muy gráfico y emotivo.
ResponderExcluirBoa tarde, Pedro,
ResponderExcluira obra postada já nos faz sentir arrepios de medo, a natureza
tem seus poderes e nos faz sofrer.
A construção feita com as metáforas e outras figuras é excelente,
pois deu vida ao vento. Só um poeta experiente é que faz uso de palavras que dão movimento ao que escreve e você o fez. Belíssimo! Abraço!
O famoso vento do sul em toda sua fúria imortalizado em romances e sagas históricas foi retratado em seu belo e forte poema;
ResponderExcluirUm abraço
Bonito poema de uma realidade não tão bonita assim. A natureza, vez ou outra, mostra toda a sua força e o resultado é a destruição e quanto a isso muito pouco podemos fazer.
ResponderExcluirBeijinho.:)
Amigo, você conseguiu transformar momentos sombrios e tristes em um belo poema. Quando era criança morava na zona rural. Em noites frias e com ventos fortes me assustava. Então minha mãe falava que lá fora a CURVIANA esta solta, que era melhor todos dormir. Acho que adormeci com medo e o seu poema me fez lembrar até o barulho que o vento fazia. Parabéns amigo poeta. Uma semana abençoada, abraços.
ResponderExcluirEssa ventania também aqui chegou e, sem ninguém a convidar, se instalou----
ResponderExcluirMeu caro, boa semana
Bom dia, o vento que passa nunca é igual ao anterior, significa que existe vento, que ao passar também nos trás coisas boas, os ventos maus são passageiros.
ResponderExcluirO poema, como sempre acontece, é belo.
Continuação de boa semana,
AG
Pedro:
ResponderExcluirel ruido que provoca el viento contra la ventana puede ser un sonido de auténtico miedo. Nos recuerda lo frágiles que somos.
Abraços.
Hoy la imaginación alcanza niveles importantes.
ResponderExcluirEse viento feroz, esos hilos retorcidos y agonizantes, aullidos de fiera hambrienta...
Puro Stephen King, Pedro.
Este seu poema, meu Amigo Pedro, descreve bem como é difícil controlar a força da Natureza. É muito expressivo. Parece até que estamos a ver e a sentir o que o seu poema descreve.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Olá... Um poema forte e que expressa sensações de inseguranças. Há ventanias atrozes e impressionantes.
ResponderExcluirFoto sóbria e bonita.
Um abraço
Ninguém pode controlar a natureza, e este poema expressou e muito bem o medo da ventania e seu posterior temporal.
ResponderExcluirmuito bem escrito!
beijinhos
:)
Hola Pedro, ya estoy otra vez en Madrid, se me acabaron las vacaciones. Espero que tu también descanses y disfrutes del verano.
ResponderExcluirUn abrazo
Seja bem-vinda, Mª De Los Ángeles! Para nós, brasileiros, falta muito tempo para o verão. Este inverno, que estamos enfrentando, é um dos mais frios dos últimos 40 anos, dizem os meteorologistas.
ExcluirObrigado pela visita.
Um abraço.
Pedro
Supongo que el viento es una metáfora que se adueña de la situación angustiosa que produce su ferocidad. Puede que esos malos vientos sean la imagen de los malos tiempos que corren, ahora mismo hasta podríamos identificarlo con algún presidente poderoso capaz de provocar un huracán de consecuencias catastróficas. Si se quería transmitir una imagen de terror, se ha conseguido. El sentido puede ser otro cualquiera pero está presente el terror.
ResponderExcluirObrigada pela visita. Parabéns. Franziska
Es un poema excelente. Muy bueno.
ResponderExcluirUn abrazo.
Le has dado poesía a un momento difícil, donde el viento y el frío te estremecen de miedo.
ResponderExcluirmariarosa
Olá, Pedro
ResponderExcluirO planeta está a ser assolado por intempéries novas, desconhecidas até agora, talvez reflexo dos maus tratos de que tem sido vítima...
Por aqui também os ventos têm sido fortes, muito fortes, mas quentes, proporcionando grandes incêndios.
Vivemos dias instáveis, sem dúvida.
Gostei muito do poema.
"Ver-nos-emos" em Setembro.
Até lá desejo dias muito felizes.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
E os ventos da Patagónia não são nada suaves.
ResponderExcluirUma bela poesia.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Ventania pode nos trazer coisas maravilhosas ao mesmo tempo que pode nos retirar. AbraçO
ResponderExcluirChegou aqui, meu caro Pedro! Não tenho certeza se são os ventos da Patagônia. Mas ainda hoje a temperatura ainda baixa por aqui. É claro que falar em temperatura de 21 graus como baixa é uma heresia. Para quem tem temperatura média 25 a 27 graus à noite, não é de estranhar a queixa.
ResponderExcluirO poema tem uma potência rítmica que se casa com a força dos ventos trazendo a friagem para o Sul do Brasil.Excelente registro poético.
Um forte abraço,
Cheguei bem no meio de forte ventania. Que abanão, meu amigo! Recolho-me na sua bela poesia.
ResponderExcluirSugestiva ilustração!
Beijinho.
Pois é grande Pedro, até a Salvador de todos os orixás dos ventos, não assimilou bem a onda de frio com ventos em alta velocidade pelo litoral, afugentou até as figuras das noites, que habitam os mistérios de nossas praias.
ResponderExcluirE vejo arvores, postes nesta situação dos fios agonizantes.
Um belo olhar poesia através da janela que emite uma canção.
Meu abraço e bom fim de semana amigo.
Ilustração maravilhosa.
Poema lindo e forte! Feliz fim de semana.
ResponderExcluirOlá, Pedro.
ResponderExcluirOs elementos da natureza, quando enfurecidos, amedrontam qualquer mortal, mas também se prestam a belos pensamentos reflexivos e poéticos.
Muito interessante esta forma de sentir na alma o poder incontrolável dos ventos ciclónicos. Sejam reais ou metafóricos.
Feliz fim de semana.
Um abraço.
Impressionante e forte seu poema Pedro. Dá mesmo muito medo essas intempéries da natureza, já que nada podemos fazer para amenizar a situação.
ResponderExcluirAcho que a natureza está como nós os brasileiros, nervosos e revoltados.
Amei seu poema.
Grande abraço, Léah
Impressionante e forte seu poema Pedro, realmente as intempéries da natureza nos causam muito medo, por não termos como evitá-las.
ResponderExcluirAmei seu poema, grande abraço,
Léah
Poema forte que revela o medo que vem dentro da alma. A natureza é linda. Mas as vezes assusta. Parabéns. Um abraço
ResponderExcluirAwesome my dear
ResponderExcluirHave a good day
Versi inquietanti, di grande espressività, che inducono il lettore ad un'attenta osservazione della lirica nel suo profondo significato...
ResponderExcluirVersi molto apprezzati, un caro saluto, Pedro, silvia
Belo e profundo poema.
ResponderExcluirQue consigamos sempre vencer as ventanias que vão surgindo ao longo do nosso caminhar, sejam elas resultantes da natureza, ou das intempéries da vida.
Bom fim de semana
Um abraço
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Nada é perfeitamente inútil
ResponderExcluirDescribir la fuerza del viento, de ese enfurecido vendaval que todo lo arrasa a su paso, sólo lo puede hacer un poeta que ama las letras y es capaz de escribir como tú. Felicitaciones.
ResponderExcluirCariños y buena semana.
kasioles
Da Patagônia vem um frio intenso...
ResponderExcluirPorém a dor verdadeira do frio
Não vem da Patagônia de navio
Vem da tristeza do sonho. Assim penso.
Pensar no frio e friamente tenso
Tende fazer o inverno bravio
Qual gelo russo que vem do assobio
De um voraz vento tomador de assento
De um pobre coração enclausurado
Entre o martírio e além do pecado
A culminar no sonho doentio.
Mas a quem ama e está de outro lado
Tem como dor e fé e como fado
Calor na alma de animal no cio.
Grande abraço. Brinco com minha cabeça para te homenagear pelo belo poema. Parabéns! Laerte.
Que prazer tê-lo no meu grupo de amigos, seja bem vindo lá no meu espaço, obrigada pelo carinho da visita!
ResponderExcluirEncantador poema, com uma boa pitada fantasmagórica, ventos uivantes, ventos cortantes, amo ler sobre isso, Patagônia, despertou em mim vontade de conhecer, deve ser lindo por lá!
Amei ler, deixo aqui um abraço bem apertado meu novo amigo!
Hola, Pedro:
ResponderExcluirTu poema es como un tragedia en verso, muy bien logrado.
Gracias por visitarme y seguirme.
Un abrazo.
ResponderExcluirS, en la Patagonia soplan vientos así, me has llevado a momentos de mi niñez/ juventud en los rscuerdos, gracias.
Abrazos
Olá, Pedro.
ResponderExcluirEsses ventos loucos, tresloucados que nos assombram as noites e nos desorientam os dias!
Belíssimo jogo que faz com a fúria da natureza e com os medos que provoca em nós - ler este seu poema é reviver essas noites de ventania, em que os barulhos ganham vida. Lindo.
um abç amg
Que ventos se levantam do sul que atemorizam o racional humano? O arrepio animal percorre-nos a espinha no confronto com as forças da natureza: é incontrolável e a prova da nossa vulnerabilidade.
ResponderExcluirO Pedro soube transmitir muito bem, no seu poema, a condição primária que nos persegue, desde o início dos tempos.
Abraço.
Desde Julho, até agora... que as noites de Verão, aqui onde moro... estranhamente... estão a braços com uma imparável ventania... não tenho memória, de um estação marcada, largamente, por tal fenómeno...
ResponderExcluirUm belo e inquietante poema... mas há ventanias... que não deixam o pó ficar acomodado... isso é bom... para limpar qualquer ambiente... há ventanias, que chegam em boa hora... para que nada continue a permanecer na mesma... no marasmo de sempre... talvez sejam anunciadoras de mudança...
Um grande abraço! Bom fim de semana!
Ana