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23 de jul. de 2017

(Poesia) PEDRO LUSO - Ventania





VENTANIA
PEDRO LUSO DE CARVALHO




Da Patagônia, esse vento, esse frio
(congelante frio)
vem cortar minhas veias com garras mortais.

Vejo através da vidraça, assombrado,
o dia sumir
escuridão repentina, noite no dia
gélido terror.

Sobre o telhado da casa, às escuras,
barulho horrendo
de passos, de ser
estranho, vindo de um estranho mundo.

Fantasmagórica ventania não cessa
com o seu uivar
de fera faminta.
Seguro à janela, curvado de medo,

ouço o terrível zunido da ventania
guerreira feroz –
derrubando postes,
fios agonizantes no chão, retorcidos.






*  *  *







46 comentários:

  1. Lindo poema e a ventania foi forte e dez estragos...Deixou marcas...abraços, de volta,chica

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  2. Boa noite Pedro
    Seu belíssimo poema, nós fizeram sentir a sensação do terror que deve ser ao lidar com uma forte ventania. E me fez lembrar a minha amada mãe, ela veio do interior e por la ela presenciou a fúria de uma tempestade, raios. E quando chovia forte ela tinha horror e ainda lembro ela mandando guardar faças, cobrir espelhos etc. Uma linda semana para vocês. Grande abraço.

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  3. Pedro:
    Muito bom poema para descrever as sensações causadas pelo vento, com a sua força e explosões sem fim. O Sol percorre o horizonte, sem tomar o vôo fugaz.
    Eu vivi em Comodoro Rivadavia e eu estava em Puerto San Julian, onde o inverno é tal que descreve o texto.
    Quero parabenizá-lo.
    Um grande abraço.

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  4. Olá, Visitei e adorei o seu blog. Gostei muito dos seus textos e li vários trechos da sua exposição e conteúdo. . Fiquei bem animada e daqui pra frente, estarei sempre por perto vendo as novidades.
    Um grande abraço. NILDA

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  5. PEDRO,
    Esse teu belo e forte poema nos mostra toda a fúria da natureza; fúria que avassala, mas continua com seus mistérios. Há que se respeitar os sinais de alerta da natureza para com o planeta Terra. Ventanias, torpedos, ciclones trazem muitas mensagens, nada é tão soberano, mas o homem não aprende a preservar o planeta. Vergo-me diante de ventanias e todas as suas manifestações.

    A obra de Jan Van Goyen é maravilhosa, bastante forte.
    Beijinho daqui do lado.

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  6. Es un poema, amigo Pedro, muy gráfico y emotivo.

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  7. Boa tarde, Pedro,
    a obra postada já nos faz sentir arrepios de medo, a natureza
    tem seus poderes e nos faz sofrer.
    A construção feita com as metáforas e outras figuras é excelente,
    pois deu vida ao vento. Só um poeta experiente é que faz uso de palavras que dão movimento ao que escreve e você o fez. Belíssimo! Abraço!

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  8. O famoso vento do sul em toda sua fúria imortalizado em romances e sagas históricas foi retratado em seu belo e forte poema;
    Um abraço

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  9. Bonito poema de uma realidade não tão bonita assim. A natureza, vez ou outra, mostra toda a sua força e o resultado é a destruição e quanto a isso muito pouco podemos fazer.

    Beijinho.:)

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  10. Amigo, você conseguiu transformar momentos sombrios e tristes em um belo poema. Quando era criança morava na zona rural. Em noites frias e com ventos fortes me assustava. Então minha mãe falava que lá fora a CURVIANA esta solta, que era melhor todos dormir. Acho que adormeci com medo e o seu poema me fez lembrar até o barulho que o vento fazia. Parabéns amigo poeta. Uma semana abençoada, abraços.

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  11. Essa ventania também aqui chegou e, sem ninguém a convidar, se instalou----

    Meu caro, boa semana

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  12. Bom dia, o vento que passa nunca é igual ao anterior, significa que existe vento, que ao passar também nos trás coisas boas, os ventos maus são passageiros.
    O poema, como sempre acontece, é belo.
    Continuação de boa semana,
    AG

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  13. Pedro:
    el ruido que provoca el viento contra la ventana puede ser un sonido de auténtico miedo. Nos recuerda lo frágiles que somos.
    Abraços.

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  14. Hoy la imaginación alcanza niveles importantes.
    Ese viento feroz, esos hilos retorcidos y agonizantes, aullidos de fiera hambrienta...
    Puro Stephen King, Pedro.

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  15. Este seu poema, meu Amigo Pedro, descreve bem como é difícil controlar a força da Natureza. É muito expressivo. Parece até que estamos a ver e a sentir o que o seu poema descreve.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  16. Olá... Um poema forte e que expressa sensações de inseguranças. Há ventanias atrozes e impressionantes.
    Foto sóbria e bonita.

    Um abraço

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  17. Ninguém pode controlar a natureza, e este poema expressou e muito bem o medo da ventania e seu posterior temporal.
    muito bem escrito!
    beijinhos
    :)

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  18. Hola Pedro, ya estoy otra vez en Madrid, se me acabaron las vacaciones. Espero que tu también descanses y disfrutes del verano.
    Un abrazo

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    1. Seja bem-vinda, Mª De Los Ángeles! Para nós, brasileiros, falta muito tempo para o verão. Este inverno, que estamos enfrentando, é um dos mais frios dos últimos 40 anos, dizem os meteorologistas.
      Obrigado pela visita.
      Um abraço.
      Pedro

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  19. Supongo que el viento es una metáfora que se adueña de la situación angustiosa que produce su ferocidad. Puede que esos malos vientos sean la imagen de los malos tiempos que corren, ahora mismo hasta podríamos identificarlo con algún presidente poderoso capaz de provocar un huracán de consecuencias catastróficas. Si se quería transmitir una imagen de terror, se ha conseguido. El sentido puede ser otro cualquiera pero está presente el terror.

    Obrigada pela visita. Parabéns. Franziska

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  20. Es un poema excelente. Muy bueno.

    Un abrazo.

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  21. Le has dado poesía a un momento difícil, donde el viento y el frío te estremecen de miedo.

    mariarosa

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  22. Olá, Pedro
    O planeta está a ser assolado por intempéries novas, desconhecidas até agora, talvez reflexo dos maus tratos de que tem sido vítima...
    Por aqui também os ventos têm sido fortes, muito fortes, mas quentes, proporcionando grandes incêndios.
    Vivemos dias instáveis, sem dúvida.
    Gostei muito do poema.

    "Ver-nos-emos" em Setembro.
    Até lá desejo dias muito felizes.

    Continuação de boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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  23. Ventania pode nos trazer coisas maravilhosas ao mesmo tempo que pode nos retirar. AbraçO

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  24. Chegou aqui, meu caro Pedro! Não tenho certeza se são os ventos da Patagônia. Mas ainda hoje a temperatura ainda baixa por aqui. É claro que falar em temperatura de 21 graus como baixa é uma heresia. Para quem tem temperatura média 25 a 27 graus à noite, não é de estranhar a queixa.
    O poema tem uma potência rítmica que se casa com a força dos ventos trazendo a friagem para o Sul do Brasil.Excelente registro poético.
    Um forte abraço,

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  25. Cheguei bem no meio de forte ventania. Que abanão, meu amigo! Recolho-me na sua bela poesia.
    Sugestiva ilustração!
    Beijinho.

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  26. Pois é grande Pedro, até a Salvador de todos os orixás dos ventos, não assimilou bem a onda de frio com ventos em alta velocidade pelo litoral, afugentou até as figuras das noites, que habitam os mistérios de nossas praias.
    E vejo arvores, postes nesta situação dos fios agonizantes.
    Um belo olhar poesia através da janela que emite uma canção.
    Meu abraço e bom fim de semana amigo.
    Ilustração maravilhosa.

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  27. Poema lindo e forte! Feliz fim de semana.

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  28. Olá, Pedro.
    Os elementos da natureza, quando enfurecidos, amedrontam qualquer mortal, mas também se prestam a belos pensamentos reflexivos e poéticos.
    Muito interessante esta forma de sentir na alma o poder incontrolável dos ventos ciclónicos. Sejam reais ou metafóricos.
    Feliz fim de semana.
    Um abraço.

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  29. Impressionante e forte seu poema Pedro. Dá mesmo muito medo essas intempéries da natureza, já que nada podemos fazer para amenizar a situação.
    Acho que a natureza está como nós os brasileiros, nervosos e revoltados.
    Amei seu poema.
    Grande abraço, Léah

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  30. Impressionante e forte seu poema Pedro, realmente as intempéries da natureza nos causam muito medo, por não termos como evitá-las.
    Amei seu poema, grande abraço,
    Léah

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  31. Poema forte que revela o medo que vem dentro da alma. A natureza é linda. Mas as vezes assusta. Parabéns. Um abraço

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  32. Versi inquietanti, di grande espressività, che inducono il lettore ad un'attenta osservazione della lirica nel suo profondo significato...
    Versi molto apprezzati, un caro saluto, Pedro, silvia

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  33. Belo e profundo poema.
    Que consigamos sempre vencer as ventanias que vão surgindo ao longo do nosso caminhar, sejam elas resultantes da natureza, ou das intempéries da vida.
    Bom fim de semana
    Um abraço
    Maria de
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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  34. Describir la fuerza del viento, de ese enfurecido vendaval que todo lo arrasa a su paso, sólo lo puede hacer un poeta que ama las letras y es capaz de escribir como tú. Felicitaciones.
    Cariños y buena semana.
    kasioles

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  35. Da Patagônia vem um frio intenso...
    Porém a dor verdadeira do frio
    Não vem da Patagônia de navio
    Vem da tristeza do sonho. Assim penso.

    Pensar no frio e friamente tenso
    Tende fazer o inverno bravio
    Qual gelo russo que vem do assobio
    De um voraz vento tomador de assento

    De um pobre coração enclausurado
    Entre o martírio e além do pecado
    A culminar no sonho doentio.

    Mas a quem ama e está de outro lado
    Tem como dor e fé e como fado
    Calor na alma de animal no cio.

    Grande abraço. Brinco com minha cabeça para te homenagear pelo belo poema. Parabéns! Laerte.

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  36. Que prazer tê-lo no meu grupo de amigos, seja bem vindo lá no meu espaço, obrigada pelo carinho da visita!
    Encantador poema, com uma boa pitada fantasmagórica, ventos uivantes, ventos cortantes, amo ler sobre isso, Patagônia, despertou em mim vontade de conhecer, deve ser lindo por lá!
    Amei ler, deixo aqui um abraço bem apertado meu novo amigo!

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  37. Hola, Pedro:

    Tu poema es como un tragedia en verso, muy bien logrado.

    Gracias por visitarme y seguirme.

    Un abrazo.

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  38. S, en la Patagonia soplan vientos así, me has llevado a momentos de mi niñez/ juventud en los rscuerdos, gracias.

    Abrazos

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  39. Olá, Pedro.
    Esses ventos loucos, tresloucados que nos assombram as noites e nos desorientam os dias!
    Belíssimo jogo que faz com a fúria da natureza e com os medos que provoca em nós - ler este seu poema é reviver essas noites de ventania, em que os barulhos ganham vida. Lindo.
    um abç amg

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  40. Que ventos se levantam do sul que atemorizam o racional humano? O arrepio animal percorre-nos a espinha no confronto com as forças da natureza: é incontrolável e a prova da nossa vulnerabilidade.
    O Pedro soube transmitir muito bem, no seu poema, a condição primária que nos persegue, desde o início dos tempos.
    Abraço.

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  41. Desde Julho, até agora... que as noites de Verão, aqui onde moro... estranhamente... estão a braços com uma imparável ventania... não tenho memória, de um estação marcada, largamente, por tal fenómeno...
    Um belo e inquietante poema... mas há ventanias... que não deixam o pó ficar acomodado... isso é bom... para limpar qualquer ambiente... há ventanias, que chegam em boa hora... para que nada continue a permanecer na mesma... no marasmo de sempre... talvez sejam anunciadoras de mudança...
    Um grande abraço! Bom fim de semana!
    Ana

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Pedro Luso de Carvalho