>

30 de jul. de 2017

(Poesia) PEDRO LUSO -- Solidão





   SOLIDÃO
PEDRO LUSO DE CARVALHO




Vi no banco um homem marcado
pelo tempo, a que foi enredado,
pensativo junto ao mar.


Do mar, os afagos do sol,
doce cantar do rouxinol,
solidão para afugentar.

Expectante olhar, sem remonte,
para ver além do horizonte
um feito para se orgulhar.

Cruel tempo apaga o fulgor,
do brilho não mais vai dispor.
Ninguém virá para chorar.





 *   *   *






36 comentários:

  1. Belíssimo poema, Pedro. Envelhecer é uma dádiva, mas também há que se lidar com uma possível solidão.

    ResponderExcluir
  2. Triste solidão tão bem cantada em teus versos! abração,chica

    ResponderExcluir
  3. Hermoso y profundo poema.

    Un abrazo.

    ResponderExcluir
  4. Tão bonito!!


    Beijo e uma excelente semana

    ResponderExcluir
  5. Boa noite, Pedro,
    seu poema ao mesmo tempo que é lindo nos passa a tristeza do envelhecer e da solidão. Envelhecer, saber aceitar , por que dizem ser bom, no entanto ao mesmo tempo é ruim, pois apaga em nós o brilho da vida, o brilho do sorriso, o brilho da força...... mas é a realidade. Boa noite!

    ResponderExcluir
  6. Como deve ser triste a solidão!
    Belas palavras Pedro.
    Bjs e uma feliz semana.
    Carmen Lúcia.

    ResponderExcluir
  7. PEDRO,

    Lindo esse poema, mas é triste quando sinto aquele olhar opaco, já sem brilho, e de pessoas abandonadas entregues à sua solidão... E são nesses momentos que a dor aperta, que a alma chora. Como não acreditar nessas tristezas se até Manuel Bandeira, num de seus belos poemas, chora dizendo que a vida lhe é madrasta? É, poetas sabem falar de tristezas.
    Não sei se há algo mais desolador do que um homem solitário, sentado olhando para um mar infinito... O mar, conforme o momento, é triste.
    Beijinho daqui do lado! Um triste poema, porém muito belo pela realidade contida.

    ResponderExcluir
  8. Bello y profundo este poema que me ha encantado leer Pedro.
    Felicitaciones y un abrazo.

    ResponderExcluir
  9. Pedro Luso
    A imagem, muito real que o poema nos transmite, merece a nossa reflexão e dos poderes e da própria sociedade, decisão.
    Aqui há já bastantes Universidades Séniores de iniciativa privada, participadas, por poderes locais, cujo slogan é "envelhecer com qualidade".
    Abraço

    ResponderExcluir
  10. Pedro, me ha llevado usted hasta l'Estaque, el pueblo de pescadores cerca de Marsella donde Cezanne pasaba las horas muertas mirando el mar. Seguro que entre sus pensamientos debió colarse alguna vez la esencia de su poema.
    Saludos

    ResponderExcluir
  11. Frente al mar la mente fluye y cualquiera, anciano o joven, se cuestiona los elementos más relevantes d ela vida. ¿Qué tendrá el mar que provoca esos sentimientos?
    Un saludo

    ResponderExcluir
  12. Amei o teu blog e estou te seguindo. AbraçO

    ResponderExcluir
  13. Um poema muito belo e profundo... sobre um estado de alma... que cedo ou tarde... todos passamos por ele... em qualquer momento... dependendo das circunstâncias... mas a solidão que se instala... pela força de não crer num melhor amanhã... é a mais corrosiva de todas... e essa bem mais presente, nas pessoas idosas, é um facto!...
    Adorei o poema, Pedro! Se não se importar... ficarei com o mesmo, debaixo de olho, para o destacar lá no meu canto, qualquer dia... com um link para aqui!
    Ambos abordaram este tema, cada um do seu jeito de uma forma notável!
    Abraço! Continuação de uma óptima semana!
    Ana

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Claro, Ana, pode usar o meu poema em teu blog, quando quiseres.
      Obrigado pelo comentário.
      Um abraço.

      Excluir
  14. A solidão. O envelhecimento. O melhor é aprendermos a lidar com isso para que o tempo não se torne cruel...
    Um poema cheio de melancolia, meu Amigo Pedro.
    Uma boa semana.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  15. Profundo, triste y...Maravilloso
    ¡Felicitaciones!
    Un abrazo Pedro.
    María

    ResponderExcluir
  16. A solidão, principalmente na velhice, pode ser bem cruel.
    Excelente poema, gostei muito.
    Continuação de boa semana, caro Pedro.
    Abraço.

    ResponderExcluir
  17. Ojala que las marcas de la vida sean siempre bellas.
    El mar, las puestas de sol, la poesía.
    Un abrazo grande.
    mar

    ResponderExcluir
  18. Poema maravilhoso Pedro, realmente é um dos medos que a velhice traz a solidão.É cruel e sem remédio.
    Abraço, Léah

    ResponderExcluir
  19. Gracias Pedro por publicar este poema tan realista. Lo que vale, ...pensar, ...reflexionar.
    Cariños.

    ResponderExcluir
  20. uuufff verdades profundas a veces duras pero ciertas precioso poema amigo gracias por compartir !!!
    un abrazo desde mi brillo del mar

    ResponderExcluir
  21. Lindo seu poema, a vida tem disso, o tempo passa, mas acredito que, se foi bem vivida, a velhice não assusta, tampouco a solidão, pois na verdade somos todos tão sozinhos mesmo, independente do tempo ter passado!
    Amo ficar andando a beira mar e sozinha, pelo menos a cada duas semanas eu dou uma escapada para rever o "meu mar"!
    Amei ler aqui, lindo, muito lindo seu poetar amigo Pedro! Parabéns pela linda sensibilidade!
    Abraços apertados!

    ResponderExcluir
  22. Hermosa combinación, estimado Pedro, entre la pintura que encabeza y tu poema.

    Saludos australes.

    ResponderExcluir
  23. De uma simplicidade encantadora, o poema ressalta as entrelinhas...
    É de facto imensa a grandiosidade com que o ser humano enfrenta a solidão na terceira idade.
    Excelente composição e tema.
    O meu abraço, Pedro.
    ~~~~~~~~

    ResponderExcluir
  24. Viva, Pedro!
    Este poema veio avivar a inquietaação que me assolou há um par de horas. Ao passar à porta de uma superfície da segunda personalidade mais rica de Portugal deparei-me com uma figura que ressumava solidão. Bem vestida, sentada no chão olhava o vazio. O olhar daquele homem com "incomoda(va)". Uma tristeza para lá das lágrimas. Aquele lugar era o seu cais mas, desconfio, que nunca haverá barco.
    Abraço.

    ResponderExcluir
  25. Precisamos aprender a ser só...não sabemos oque se passa na mente de uma pessoa e às vezes na solidão aparente existe um mundo de lembranças e alma está povoada de sonhos. Somente quando morre a esperança a solidão é dolorosa e é por isso que precisamos lançar pontes .
    Um abraço

    ResponderExcluir
  26. Querido amigo, visitando suas páginas longamente, percebo sombras e angústias em seus lindos poemas. São belas as metáforas, mas desejo de todo coração que elas sejam apenas o resultado de "inspiração fictícia", Um abraço e obrigada pelas visitas.

    ResponderExcluir
  27. Hola Pedro, bello poema nos regalas.
    La poesía es bálsamo para el alma.
    Un abrazo y feliz día.
    MA.
    El blog de MA.

    ResponderExcluir
  28. Ya he vuelto de vacas... con nostalgia pero feliz de leeros a todos. Un abrazo

    ResponderExcluir
  29. Olá Pedro!
    Voltei e fiquei logo deslumbrada com este poema.
    Solidão na velhice - não podias ter tratado melhor do tema. Poucas palavras, todas muito bem escolhidas.
    Agora, com calma, vou ler todos os poemas que me escaparam...
    Abraço.

    ResponderExcluir
  30. Nossa que beleza e que tristeza este excelente poema...Adorei. Obrigada caro amigo pela visita.
    Meu grande abraço. SU

    ResponderExcluir
  31. Oi Pedrão: ..."e... este cara, sou eu!... Este cara sou eu! " Não sou eu, mas é um dos meus. Bonito poema - a solidão é um vazio pleno de imagens que os tempos não trazem mais. Parabéns, Pedro! Grande abraço. Laerte.

    ResponderExcluir
  32. Pedro outro dia no blog estávamos a definir o que era solidão e várias definições pularam nas paginas e hoje aqui vejo mais definições tão belamente poetizada. Seria este olhar ao amar oxidado pela maresia contante e impiedosa nos olhos cansados de esperar,o que nunca mais voltará.
    Belo trabalho amigo.
    Um abração.

    ResponderExcluir
  33. Olá boa tarde!!!
    Belo poema muito carregado de sentimentos.
    Penso na vida, sinto as palavras.
    Gostei muito.
    Um abraço.
    Paz e Luz!!!

    ResponderExcluir

Logo seu comentário será publicado,
muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho