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2 de nov. de 2012

[Poesia] IDEA VILARIÑO – Cada Tarde

   


– PEDRO LUSO DE CARVALHO

O escritor Pablo Rocca, que foi responsável pelo prólogo e pelas notas do livro  Noturnos e outros poemas, de Idea vilariño, diz:
Nos últimos cinquenta anos, muitos leitores de língua espanhola tem experimentado uma estranha sedução ao primeiro contato com um poema de Idea Vilariño (Montevidéu, 1921). Alguns desses poemas se transformaram em canções, outros foram compostos especialmente para tal fim. Assim, por volta dos anos sessenta, suas palavras romperam o limite das revistas e dos livros para circular nas vozes de intérpretes populares como Alfredo Zitarrosa, Daniel Viglietti, o duo Olimareños, Leo Maslíah e outros.
Idea vilariño morreu a 28 de abril de 2009, aos 89 anos.
Segue o poema Cada Tarde, de Idea Vilariño (in VILARIÑO, Idea.  Noturnos e outros poemas. Seleção e tradução de Sergio Faraco. São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Ed. Unisinos; Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro - IEL, 1996, pág. 71):


 [ESPAÇO DA POESIA]



CADA TARDE
 – Idea Vilariño



Cada tarde que finda
formosamente morre
e cada um
cada um?
admira a formosura e sabe
sabe?
que é mais uma que morre
mais uma que se acaba
mais uma que se perde
mais uma que é nunca
mais uma
menos uma.




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Pedro Luso de Carvalho