A
MÃE E O FILHO
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
No
caminhar sem rumo pelas ruas,
nesta
triste e fria tarde de inverno
anoitecendo
com os sons da igreja,
o
coral e o encantamento das vozes.
Quero
seguir, mas aquelas vozes,
lindas
vozes de cristais do coral,
aqueles
acordes dos violinos,
apelo
para que ingresse na igreja.
Segui
àquelas vozes de cristais
para
reviver o dourado tempo
de
criança, junto de minha mãe,
na
igreja de mistério, de beleza.
Deixei
a igreja com a doce lembrança:
eu
menino e a minha bondosa mãe,
mãe
que agora aqui já não mais está.
Mas
eu a vejo em noites enluaradas.
As
mães estarão por perto dos filhos:
serão
flores, conchas na praia, brisa,
vento
forte, sol ou as cores da aurora.
* * *
Todo eso, amigo Pedro, serán siempre las madres, estén o no con nosotros.
ResponderExcluirBello poema...emocionante recuerdo.
Qué tengas un buen domingo.
Tão doce e tão terno como é o elo fraternal de um filho com sua amorosa e abnegada mãe. Um poema belíssimo meu caro amigo Pedro
ResponderExcluirUm feliz domingo e uma abençoada semana
Um abraço
Qué conmovedor y lindo!!.
ResponderExcluirMuy tierno y dulce.
Feliz domingo.
Un beso.
Pedro,
ResponderExcluirEu sempre gostei de igrejas,
mas as prefiro como seu texto descreve.
Lugar de encontro não somente com deus mas
com a gente mesmo.
Bjins
CatiahoAlc.
Linda e Emocionante! Abraços praianos.Te leio diante do mar...Quantas conchinhas mães terão aqui?
ResponderExcluirChica
Boa tarde de Domingo, Pedro!
ResponderExcluirE quando a mae nao foi assim, o pai o foi.
Ontem vimos, em familia, o Rei Leao.
Seu poema revela possibilidades de quem nos ama e esta conosco de algumas maneiras: conchas, vento, sol, flores... Estelas...
Tenha dias abencoados!
Abracos fraternos de paz e bem
Um poema muito doce. Gostei muito!
ResponderExcluirVotos de uma boa semana para si!
Oi, Pedro, lindo poema de lembranças que só o amor filial pode traduzir...as mães estarão sempre conosco na alma e no coração.
ResponderExcluirUm abraço
também me lembro das emoções na igreja quando era muito pequena !
ResponderExcluirera onde via os dourados, as luzes, as cores, e os cânticos que entoavam por entre as espessas paredes !
pensei que a foto fosse da igreja de Sao Roque de Lisboa!(dos jesuítas)
https://www.youtube.com/watch?v=MAPll2fhV18
como um dos fundadores dos jesuítas era um estudante português que estudava em Paris, os jesuítas foram sempre muito favorecidos pelos reis portugueses!!!
Podemos ler na Wikipedia alguma coisa sobre sobre o autor da “Capela Dourada”, imagem postada com o meu poema:: Manuel de Jesus Pinto (?, século XVIII — Recife, c. 1817) foi um pintor e dourador brasileiro.
ExcluirNasceu escravo e mais tarde conseguiu ser alforriado. No final do século XVIII ingressou na Ordem Terceira do Carmo. Deixou obras importantes em diversas igrejas de Recife. Em 1791 trabalhou como dourador na Matriz de Santo Antônio, e no ano seguinte realizou o douramento e a pintura da sacristia da Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo.
gostei de conhecer a existência e a vida desse homem, Pedro
Excluirpois acho errado que se considerem os escravos unicamente como pessoas que praticamente não tinham nem educação, nem consciência própria…
mas encontramos muitos casos de gente que, em conjunto com portugueses e índios participaram em feitos relevantes na construção do país!
São as mães que nos amparam sempre. Entrar numa igreja e lembrar ao tempos de menino quando ia lá com a sua mãe, torna este poema muito sensível e cheio de delicadeza, meu Amigo Pedro.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Um poema tão bonito!
ResponderExcluirUm silêncio assustador ...
Beijos e uma excelente semana.
Meu amigo Pedro Luso,
ResponderExcluirTeu poema é um primor
De luz focada no amor
Filial! E fazes uso
Do sonho como um intruso
Que à alma adentra, a à supor
Qual templo superior
De um universo confuso
Onde a mãe é concha, é brisa,
É praia, é sol e é a camisa
Que ao sol nos serve de abrigo.
A mãe é a luz que eterniza
O sonho, em visão precisa
Do que é amor, meu amigo!
Grande abraço! Laerte.
Agradeço esta tua homenagem, meu amigo Laerte, poeta que ocupa uma cadeira na Academia de Letras do Estado de Santa Catarina.
ExcluirUm grande abraço.
Pedro
Um poema de uma sensibilidade comovente.
ResponderExcluirAs mães estão presentes em nós até à consumação da nossa vida... São muitas memórias, aprende-se viver com elas.
Gostei do poema, especialmente da última estrofe, tão verdadeira.
Uma semana confortável e aconchegante.
O meu abraço, Amigo.
~~~
Ese hilo dorado que une a las madres con sus hijos varones y que ya nunca los separará, al margen de que se vean o no y pase el tiempo que pase.
ResponderExcluirDulces años, Pedro.
Olá Pedro!
ResponderExcluirEste poema é de enorme sensibilidade. A mãe está em nós. Sinto que nunca nos abandonará.
Trago hoje um enorme abraço de amizade e apreço. Quero, também, agradecer o desafio que me fizeste no meu blogue. O tempo não joga a meu favor, mas já comecei a responder.
Saudosa linda saudade Pedro, que leva pelas mãos ao ponto da fé.
ResponderExcluirHá um encantamento do menino maior que a fé é sua sensibilidade,
aos sons, ao canto.
Beleza de inspiração sonora.
Meu abraço amigo nesta bela semana que lhe desejo.
Hoje tem inspiração por la vinda do blog da Taís.
Farei uma visita amigo Toninho para ler o seu poema, que foi inspirado numa crônica da Taís.
ExcluirUm grande abraço.
Pedro
Uma bela, profunda e comovente inspiração!
ResponderExcluirNo fundo, os que trazemos no coração nunca morrem... como dizia Pessoa... a morte é a curva da estrada... morrer é só não ser visto!...
Beijinho! Desejando uma óptima semana!...
Ana
Amigo Pedro,
ResponderExcluirSentir saudade do convívio com a mãe,
é algo que também sei bem como é,
pois, a minha saudosa mãe,
(assim como a mãe do teu poema),
foi o esteio da minha fé,
que ainda aprendi em meus tempos de menino.
Um forte abraço!
Douglas
Essa estrofe do teu poema, resume o que eu disse...
"...Deixei a igreja com a doce lembrança:
eu menino e a minha bondosa mãe,
mãe que agora aqui já não mais está.
Mas eu a vejo em noites enluaradas..."
Um belo poema de que gostei bastante amigo Pedro e aproveito para desejar a continuação de uma boa semana.
ResponderExcluirAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Muy bonito poema. Precioso blog.
ResponderExcluirSaludos
Isso é ser mãe, deixar nos filhos um rastro de amor, de lembrança, mesmo depois que partem. Essas doces lembranças, de mãos dadas com a mãe, num domingo frio e chuvoso, dentro de um templo, são coisas simples, mas profundas. São nesses momentos, que anos depois lembramos como eram nossas mães nos momentos de intimidade com seu Deus. Ali, elas eram inteiras, completas, nunca pela metade, e ali passaram valores que levaríamos, quem sabe, para uma vida inteira. Plantaram em nós, sementes de amor.
ResponderExcluirBelíssimo poema, mesmo porque conheci a mãe, e muito bem o filho.
Beijinho, daqui do lado.
Boa tarde, Pedro,
ResponderExcluirquanta sensibilidade ao relembrar de momentos tão lindos, a igreja , os cânticos, enfim, com certeza as mães estão em todos os lugares, elas nos protegem de onde estão e se não podem estar perto, mesmo a distância nos protegem, pois é assim que sinto a minha mãe. Sentir o frio da tarde de inverno e mesmo assim ter belas e confortadoras lembranças, é com certeza porque a mãe foi "o tudo" no seu mundo.
A obra da capela dourada que ilustra seu poema, é magnífica.
Tenha um belo final de semana!
Mãe permanece eternamente no nosso coração.
ResponderExcluirSentido e belo poema.
Beijinhos
Maria
Precioso y variado, tanto las fotografías y poemas.
ResponderExcluirMuchas gracias por visitarme.
Un abrazo.
Além de minha visita ao seu belo blog, fiz-me seu seguidor.
ExcluirObrigado, minha amiga, pela visita.
Beijo.
Pedro
Entre una madre y un hijo hay un lazo invisible que nunca se rompe. Ellas aunque falten de este mundo siguen velando por nosotros.
ResponderExcluirBesos
Há momentos bem simples que são importantes, onde recordamos os que mais amamos, por exemplo.
ResponderExcluirO seu poema é belíssimo, de extrema sensibilidade.
Caro Pedro, continuação de boa semana.
Abraço.
Passando a deixar um beijinho, despedindo-me por algum tempo, em virtude da minha habitual pausa de Verão, por esta altura...
ResponderExcluirNão havendo novidade, conto estar de volta em meados de Outubro!
Tudo de bom, Pedro! Até breve!
Ana