O
ASSALTO
– PEDRO LUSO DE CARVALHO
Vi no cano da arma, túnel
fundo, sem luz,
a vida em risco,
o temor na hora do assalto.
Medo também tolda os olhos
de quem assalta
– risco aumentado –
Em estranha tela, a vida
é repassada,
qual alma gêmea,
o bem e o mal praticados.
Súbito, o som do disparo,
certeiro tiro
mata o assaltante,
dever que cumpre o soldado.
Vi,
naquela tarde quente,
sol refletir
na áurea cápsula,
abandonada no asfalto.
* * *
Consegui imaginar na minha mente cada verso deste poema. Gostei muito!
ResponderExcluirBom fim-de-semana!
Um verso verídico e que ficamos com muito medo só em pensar como esses assaltantes conseguem fazer coisas que passam além da nossa imaginação.
ResponderExcluirUm terror Pedro!
Gostei de ler.
Bjs e um ótimo final de semana.
Carmen Lúcia.
Escribes muy bien.
ResponderExcluirUn abrazo, Feliz fin de semana
Que cena bem descrita em poesia! Terrível acontecimentos assim! abraços, chica
ResponderExcluirPedro, esse poema é o retrato dos nossos dias! Retrato do nosso país. Desconfianças e medo que viram pavor. Lembras daquele nosso amigo em que um rapaz parou, olhou para seu relógio para pedir-lhe as horas e nosso amigo, apavorado, lhe entregou o relógio e saiu correndo? Pois é, isso já virou pânico! As leis deveriam ser aplicadas aos homens transgressores e não os homens manipulando as leis em seu benefício. Mas um dia a coisa muda. Gosto imenso desses poemas de cunho social. Fortes como precisam ser. Beijinhos, aqui do gabinete do lado...
ResponderExcluirMuy bien logrado en tu poesía ese miedo donde se hace mayor el peligro, ya que ninguna de las dos partes, sabe como va a reaccionar, con lo cual puede llegar a más de lo pensado.
ResponderExcluirUn abrazo Pedro.
Hoje em dia é perigoso até dentro de casa.
ResponderExcluirO seu poema é a realidade da vida!
Adorei.
Bom domingo.
Ás vezes, apenas precisamos ter calma e paciência.
ResponderExcluirApenas por me chamar, por me dar um abraço quando me vê,
sorrir pra mim, são coisas pequenas...
Mas são as que realmente marcam..
Desejo de todo meu coração
um abençoado Domingo.
Uma semana de vitorias
Beijos no coração.
Evanir..
Amiga tem gente que fala como tudo fosse normal
ter bandidos e a gente na mira deles.
Desejo muita paz a vc e para o mundo.
Uma cena intensa e dramática muito bem descrita meu amigo.
ResponderExcluirUm abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Pior que tudo é o medo
ResponderExcluirTriste realidade que estamos vivendo.Bem descrita em sua poesia. Abcs
ResponderExcluirO terror muito bem expresso nos olhos de que mata e vai ser morto.
ResponderExcluir" Súbito, o som do disparo,
certeiro tiro
mata o assaltante,
dever que cumpre o soldado."
Parece-me ver as cenas que descreve, meu Amigo Pedro. A realidade assim é muito triste.
Uma boa semana.
Um beijo.
La poesía sirve también para describir el miedo, para denunciar hechos que de otra manera quedarían en las noticias rutinarias de un simple periódico. ¡Enhorabuena!
ResponderExcluirAbrazos.
Veo mucha historia tras el poema. Y en el futuro, quizá el germen de una novela...
ResponderExcluirÈ sempre interessante leggere quello che scrivi.
ResponderExcluirFelice settimana, un abbraccio.
enrico
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ResponderExcluir.·★·.♦·Bom início de semana.·★·.♦ ·
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Um poema que nos prende a atenção... e nos permite visualizar a cena... à medida que ocorre...
ResponderExcluirPor uma vez... uma bala que certamente, terá poupado a existência de muitas outras vitimas futuras... cumpriu a sua missão... ainda que por tortos caminhos... a de evitar mais violência!
Infelizmente... um retrato fiel dos tempos presentes...
Belíssimo trabalho, Pedro!
Um grande abraço! Feliz semana!
Ana
Bela poesia descrevendo uma realidade que apavora, impede-nos de andar pelas ruas com segurança para fazer compras ou passeios com amigos.
ResponderExcluirAbraços e uma semana bem feliz!
Momentos terríveis brilhantemente retratados em poesia.
ResponderExcluirUm abraço
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Eles não demonstram nem dó nem piedade... desalmados, drogados, brutais, aparecem como seres de outro mundo...
ResponderExcluirMais um bem-vindo poema de intervenção social, sucinto, acutilante... perfeito.
Lamento muito pelos meus amigos e pelo Brasil que adoro.
Grande abraço, Pedro.
~~~~~~~~~
Uma dura realidade, bem retratada em seu poema.
ResponderExcluirUm abraço.
Élys.
Oi amigo,
ResponderExcluirLinda e triste poesia
Mas tudo será mudado em pouco tempo. Verá.
Beijos Lua Singular
A vida, já por si só, é um risco, Pedro; a cada instante ela nos surpreende com um facto inesperado e nunca sabemos o que nos espera no próximo instante. Isso seria o suficiente para que nos preocupassemos e deixassemos que o medo entrasse em nós, mas há sempre alguém a quem isso não seja o sufciente e queira ao medo dele juntar o dos outros. A violência está instalada e o pânico é geral, acometendo também aqueles que praticam o crime; uma guerra autêntica onde as balas saem do campo de batalha, entrando casa adentro ferindo e matando inocentes; já nem o útero materno é porto seguro e quando se chega a esse ponto não há como dizer" a violência não vencerá, pois não temos medo dela " Temos, sim e muito, pois não somos soldados, não nos alistamos na guerra , mas temos de a sofrer mesmo dentro dos nossos lares pacificos. Uma grande tristeza !!!! Estas guerras modernas chamam-nos a todos e não temos direito a dizer " NÃO" Homens, mulheres, crianças e idosos, todos são obrigados a combater, mas...sem armas!
ResponderExcluirPedro, muito bom este clamor em forma de poema, poema que deveria ser a vida de todos, mas, infelizmente assim não o é. De poesia, estes momentos, nada têm. Beijinhos, amigo!
Emilia
Um poema que transmite uma mensagem tem sempre mais sentido, ou pelo menos baseado nela, na sua essência!
ResponderExcluirAbraço
Dizem que cada livro é um degrau: a subir se for bom e a descer se for mau. Dizem que o uso do cachinho vai cada vez mais entortando a boca. E eu digo que a tua produção poética ou literária é livro bom que relês ou cachimbo que vais às tragadas mais profundas e demoradas. Isto por que teus poemas, se eram já bons, estão ótimos. Dizem também que na arte literária, o que há de mais difícil de fazer é humor (em primeiro) e poesia. Sendo humor a quebra da lógica e poesia a descrição produzida com ineditismo e beleza nas escolhas das palavras. Vejo os teus versos, a cada fase mais bem construídos com figuras inéditas - "o medo tolda os olhos" "o sol reflete na áurea capsula abandonada no asfalto". Parabéns, meu irmão! Sucesso! Grande abraço. Laerte.
ResponderExcluirIngrata a poesia do viver quando se depara com cenas sombrias da estupidez...infelizmente chegamos ao nível mais baixo da convivência social onde "o homem é o lobo do homem". Bem descrito!
ResponderExcluirum abraço
Un reflejo de la bala en lo dañado.
ResponderExcluirUn saludo.
MUY CRUDO Y REAL TEXTO.
ResponderExcluirABRAZOS
Crudo y real poema Pedro.
ResponderExcluirVersos que estremecen.
mariarosa
A mensagem pesada (real) em forma de poesia
ResponderExcluirum trabalho difícil, mas que resultou
beijinho
:)
El poema describe la angustia de nuestros tiempos, con peligros que no son imaginarios, Pedro.
ResponderExcluirAbrazo austral.
Sentí miedo... recordé que algunas vez me sucedió, tuve un cañón frente a mi cara.
ResponderExcluirMuito interessante Pedro este momento exato entre o pensar e o ato, o filme que se descortina, o revisar da vida, o medo latente dos dois lados. Adrenalina que desestrutura todo o ser. Muito boa e perfeita no olhar poético no cotidiano do grande poeta escritor Pedro Luso.
ResponderExcluirUm compositor nordestino nos anos 70 onde a violência urbana ainda era moderada, brincou as letras A,B e C onde com A escreve amor e arma, com B beijo e bala e com C casa e cela. Podemos ilustrar também esta linda triste poesia com as irmãs Festa e Solidão sempre juntas num mesmo salão.
Meu terno abraço amigo e bom fim de semana com paz.
Boa Noite, Pedro!!!
ResponderExcluirTriste realidade, muito bem descrita, consegui ver cada imagem, senti a aflição nessa hora. Parabéns pelo poema.
Um feliz de das crianças e que Nossa Senhora Aparecida nos abençoe hoje e sempre!!!
Um abraço!!!
Paz e Luz!!!
O assaltante provavelmente tem mais medo do que a outra pessoa
ResponderExcluirUm abraço forte, Pedro.
Olá Pedro, descreveste com maestria a realidade de um momento aterrorizante, já passei por isso, duas armas sobre minha cabeça, graças a Deus o final foi feliz, e realmente eu via nos olhos dele o pavor estampado, talvez maior que o meu.
ResponderExcluirAgradecida pelas gentis palavras alusivas ao meu singelo texto sobre as crianças.
Desejo um abençoado findi.
Abraço.
ResponderExcluirGrandi emozioni nella lettura dei tuoi originali versi
Un caro saluto, Pedro, silvia
Lindo e dramático poema, a violência cada dia crescendo mais, infelizmente!
ResponderExcluirAbraços!
me encanta tu blog
ResponderExcluiry el sabor que le das a las letras
un gran abrazo desde Miami
Pedro:
ResponderExcluirtodo el horror de la guerra condensado en un escueto poema.
Abraços.