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14 de out. de 2017

(Poesia) PEDRO LUSO – Despedida




DESPEDIDA
PEDRO LUSO DE CARVALHO



Quando parti, dormia a cidade
sob um manto espesso de névoa.
Naquela noite, venci dúvidas,
venci o medo terrificante.

Não a deixei, na noite acordando,
foi comigo, junto ao peito.
Levei junto aquela cidade
para aguçar minhas lembranças.

Na distância, tempo teria
para remoer os remorsos.
Lembro-me, hoje, daquelas ruas,
de seus intrincados segredos.

Estão na mente ruas tantas,
de amigos feitos e sumidos.
Como poderia eu esquecer
as ruas de minha cidade?

Foram as guias dos meus passos,
velhas ruas por onde andei.
Das ruas, não contei os segredos.
Quem teria interesse ouvi-los?



*   *   *



46 comentários:

  1. Quando ci si allontana dalla propria terra, sorgono dubbi e incertezze e tanta nostalgia dei luoghi familiari
    Buona domenica e un saluto, Pedro,silvia

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  2. Há locais que jamais esquecemos...
    Magnífico poema, parabéns, gostei imenso.
    Bom fim de semana, caro Pedro.
    Abraço.

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  3. Qué hermoso y emocionante poema!!!!

    Un abrazo.
    Feliz fin de semana

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  4. Belíssimo poema Pedro!
    A despedida é sempre triste e deixa muitas saudades.
    Adorei ler.
    Bjs e um ótimo domingo.
    Carmen Lúcia.

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  5. Lindo, nossa, como é mesmo isso, não se esquece jamais as ruas, nas quais muitas vezes fizeram parte de uma vida inteira, os amigos de infância, ah, como me fizestes aqui divagar!
    Amei seus belos versos, as lembranças sempre ficam, ficarão em todas as despedidas!
    Meu amigo, me peguei agora suspirando,rsrs!
    Abraços bem apertados!

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  6. Oi Pedro...lindo poema de saudade.Nossas lembranças nos acompanham sempre e nosso passado vive dentro de nós.
    Um abraço

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  7. Lindo poesia, Pedro e na certa haveria quem se interessasse pelos segredos...abração, lindo domingo! chica

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  8. Gostei muito! Parabéns
    Beijinhos e um excelente fim de semana

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  9. Querido amigo Pedro,
    confesso que fiquei de olhos rasos de lágrimas!
    Não que eu escreva assim também como tu, mas essas palavras soaram-me como tendo sido aqui colocadas por mim, tal é a mágoa que sinto quando saio do lugar onde agora estou: a linda ilha onde eu nasci... deixando as ruas da minha pacata cidade, onde também não contei segredos! Se tivessem sido contados acredito que muita gente gostaria de os ter ouvido, sim!...
    Beijinhos

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  10. Um belo poema que transmite muito bem o sentimento de saudade e nostalgia.
    Bom fim de semana, caro Pedro!

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  11. Antes de tudo é um ato de coragem, um desbravar de peito aberto em deixar o conhecido para enfrentar o desconhecido! E muitas vezes, temos apenas as ruas da nossa cidade para nos aconselhar, para ajudar nas decisões. Ruas que ficam no coração pra sempre.
    É triste na despedida, sim. Poema que emociona!
    Beijinho do gabinete do lado.

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  12. Es cierto que el lugar donde uno ha pasado gran parte de la vida, da pena dejarlo, pero el olvido nunca puede con ello, siempre se recuerdan las vivencias malas y buenas.
    Un poema muy bonito Pedro.
    Un abrazo.

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  13. Hola Pedro!!!

    ¡Bellos versos! Que preñados de recuerdos desprenden nostalgia. C reo que la mayoría de los seres humanos, nos cuesta el desarraigo de esa ciudad o pueblo que nos vio nacer y crecer, pensamos que vale más lo malo conocido que lo bueno por conocer, pero también es bueno arriesgar, puesto que sino, nunca sabrás aquello, de lo que pudo haber sido.
    Ha sido un placer leerte.
    Te dejo un beso y mi gratitud.

    Se muy -muy feliz.

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  14. De facto, há sítios, que sempre traremos no peito...
    E certamente esse é um sentimento que se agudiza mais, quando não só se muda de cidade... mas de país...
    Um belíssimo poema, Pedro, abordando, a saudade... dos lugares que nos foram significativos, e que por alguma razão... tiveram que ficar para trás...
    Um grande abraço! Bom resto de domingo e uma feliz semana!
    Ana

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  15. Los cuatro primeros versos del poema comunican una fuerza extraaordinaria y es claro y sincero camino de encararse con el pasado:

    Quando parti, dormia a cidade
    sob um manto espesso de névoa.
    Naquela noite, venci dúvidas,
    venci o medo terrificante.

    Gracias por sus comentarios en mi blog, ha sido un placer recibirlos. Por lo que acabo de ver, me he despistado y me he retrasado en volver, lo siento: ha sido sin querer. Espero que no vuelva a repetirse. Un abrazo fraterno desde Alcalá de Henares. Franziska

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  16. La nostalgia por las calles de tu ciudad, te ha inspirado un bello poema ¡No sabes bien como lo entiendo!
    Yo también siento nostalgia por la mía, ahora vivo alejada de mi mar y en tierra adentro.
    Ha sido un placer poder volver a leerte, al parecer este ordenador vuelve a funcionar, espero no se canse pronto.
    Cariños y buen comienzo de semana.
    Kasioles

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  17. Boa noite Pedro.
    Que emocionante poema, acho que todas as despedidas é cheio de sentimentos. Deixar algo pra traz e em busca dos sonhos é um ato de coragem. Achei lindo o poema e como sempre admiro os seus belíssimos poemas. Uma linda semana para vocês. Grande abraço e um forte abraço a Tais.

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  18. Gostei bastante deste belo poema amigo Pedro onde a palavra mais portuguesa faz todo o sentido "saudade".
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  19. Um poema muito belo de despedida de uma cidade que ficou no coração com tudo o que fazia parte dela. Lembrei-me de uma canção de cá: "Ruas da minha cidade onde perco o coração. Poema diz a verdade! Diz a verdade canção!
    Uma boa semana, meu Amigo Pedro.
    Um beijo.

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  20. Vencer o medo, é um passo de coragem.
    E colocar a poesia no caminho da vida é adoçar todas as recordações, amaciar o coração.

    Um abraço,Pedro.
    Boa semana.

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  21. Paure e dubbi si sciolgono sempre nelle ore notturne...Nel nuovo percorso resta solo un poco di malinconia per il passato. Una bellissima poesia, complimenti!

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  22. Cuando uno se va, se lleva parte de la ciudad consigo, en rscuerdos, vivencias y añoranzaa.

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  23. Ruas do passado tão cheias de lembranças.
    Saudoso e Belo poema.
    Um abraço
    Maria de
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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  24. Despedidas y luego recuerdos, añoranzas. Es inevitable. No es más ni tampoco menos que lo que llaman "la ley de la vida".

    Abrazo austral.

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  25. La misma ciudad es distinta para cada habitante.
    Seguro que si cuenta sus secretos, interesarán a muchos. Ellos no los habrán vivido como usted.

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  26. Boa Tarde, Pedro!!!
    Que belo poema, me senti nele. Vivi essa despedida... o peito não cabe a saudade. Lindo de mais. As recordações são incríveis, tão cheias de vida e sentimentos, chegam a ser presente...
    Um abraço!!!
    Paz e Luz!!!

    Anna Lírios em Letras

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  27. Não só a cidade, mas também os acontecimentos na cidade deixam marcas que nos acompanham para sempre. Belo e profundo poema Pedro.

    Abraços,

    Furtado

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  28. Olá Pedro estou matando a saudade de 'bogar"
    Seu poema é lindo. Difícil esquecer as raízes, e a cidade onde passamos a maior parte de nossa vida, ou onde nascemos e crescemos fica gravada em nossa mente e coração para sempre, assim é com todos, é a danada da saudade!
    Grande abraço, Léah

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  29. Em cada poema do meu amigo, uma surpresa pela positiva!
    Bem-haja por partilhar com o mundo!
    Abraço

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  30. Ruas da minha cidade onde um dia moramos,sempre nos trazem saudades
    Gostei muito.
    Élys.

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  31. No me funcionó el traductor Pedro....he tratado de leer entre líneas...
    Es un bello poema que deja ver profundos sentimientos... el alejamiento de un lugar buscando nuevos caminos ...esas cambios son la vida misma que se vive de renuncias o cambios para volver a renacer con más esperanzas
    Fuerte abrazo Pedro

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  32. Olá Pedro!
    Fiquei com um nó na garganta e lágrimas nos olhos ao ler cada um dos versos. Recordei a tristeza inconsolável do dia em que fui obrigada a fugir das ruas da cidade onde cresci e vivi a idade de todos os segredos, de todas as descobertas: a adolescência.
    Pedro, não necessitas de desvendar segredos, basta compartilhares belos poemas.
    Abraço.

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  33. A mudança foi inevitável mas ficou eternizada as doces lembranças
    Belíssimas letras caro amigo Pedro
    Beijos no coração e um sorriso

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  34. Caro Pedro Luso,

    aprecio sobremaneira a sua Poesia
    e este poema. se me permite, revela um poeta sólido e maduro, que conhece bem o valor das palavras e por isso as usa com cuidada contenção


    abraço

    terei muito prazer vê-lo novamente no meu blog, dado que reabri os comentários.

    grato

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  35. Me gusta mucho tu poema. Soy de las que piensan que las calles están llenas de secretos, y las ventanas de las casas...
    Magnífico poema.
    Gracias.
    Abrazos

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  36. Es triste la despedida, pero a veces en inevitable el buscar nuevos horizontes viajando con los recuerdos y las experiencias vividas.

    Un abrazo.

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  37. Pedro Luso, a despedida de madrugada tem a beleza a construção do poema. A ilustração conjuga-se bem, para que o poema se torne maravilhoso.
    Abraços

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  38. É muito triste para os locais que queremos. Retornando nada é a mesma do que perdemos. E há muitos entes queridos.
    Um abraço , Pedro .

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  39. Viajei no seu poema amigo Pedro e vi o menino deixar o porto seguro de uma cidadezinha de Minas e embrenhar por uma São Paulo de garras afiadas e noites tenebrosas de frio nos anos 70.E a incerteza da volta me sacudia e hoje ainda mais longe sei os passos daquela despedida.
    Obrigado por me permitir fazer esta viagem.
    Que a vida longe de casa nos seja leve.
    Meu terno abraço.

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  40. Pedro:
    cuando alguien abandona su ciudad, se lleva todos los recuerdos, tanto los tristes como los alegres. Mitificamos esas ciudad y quizás eso nos sirva para mantenernos a salvo de la tristeza.
    Bello poema, también triste y melancólico (por lo menos en mi interpretación).
    Obrigado.
    Abraços.

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  41. Mudei-me várias vezes de cidade, porém, a cidade onde fiz a minha vida escolar de menina e adolescente é um cantinho do céu no manancial das minhas recordações...
    Gostei muito, Pedro.
    Beijo
    ~~~

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muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho