OS DESPREZADOS
– PEDRO LUS- O DE
CARVALHO
A ninguém conte o segredo,
a
esperança saiu porta afora,
meteu-se
em becos imundos,
breus
de torpezas, vis becos
de
pervertidos, condenados
todos,
sentença irrecorrível,
saldo
de vidas consumidas,
acre
cheiro, vício de pedra
fumaça
a revoltear espiral,
escultura
para os túmulos,
renúncia
insultuosa à vida,
da
crueldade retrato, chaga
do
país à mostra sem recato.
* * *
Caro Pedro, estamos a viver a maior crise moral deste país! Por vezes, somente a escrita para exorcizar toda essa lama, a incomodar as pessoas de bem, porque aos perdidos não faz diferença, estes estão no habitat natural.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um bom fim de semana (sem chuva).
É uma parte da realidade que degrada o ser humano, porque a outra parte da humanidade é muito exclusivo. E nós podemos encontrar a beleza, mas ainda ver quem está nessa outra parte da realidade.
ResponderExcluirUm abraço grande, Pedro.
Chaga que empestia, chaga que doi, chaga que não cicatriza e são tantas as chagas por esse mundo afora que já não temos esperanças de que algum remédio as cure; são guerras, são corruptos que tiram o pão da boca das crianças, são pedradores do ambiente, são, enfim, humanos sem humanidade, sem consciência, comportando-se como serpentes venenosas, prontas a dar o note. Mas... tenho aqui que fefender as serpentes, pois elas só atacam quando se sentem ameaçadas, ao contrário o bicho homem que dá o bote pela simples satisfação do PODER . Parabéns, Pedro! Muito bom! Beijinho e um bom fim de semana
ResponderExcluirEmilia
Oi Pedro
ResponderExcluirOs desprezados são assim mesmo.
São os nadas da vida
Abraços
Lua Singular
DonPedro:
ResponderExcluirtriste y desesperanzado poema, que recuerda a un canto de Dante.
Sencillo y profundo.
Abraços.
Que pena seres humanos serem desprezados por uma corja de vagabundos e ladrões,talvez se não houvesse essa roubalheira não teríamos tantos sofredores e o nosso País sairia desse cheiro que se alastra.
ResponderExcluirBelo texto Pedro.
Abraços e um ótimo final de semana.
Carmen Lúcia.
Parece que vivemos numa areia movediça, meu caro Pedro!
ResponderExcluirQue não há mais remédio, não temos dúvida. A esperança é de que o vento traga uma semente rara que rebente em flores.
Um final de semana,
Forte abraço,
Sempre com belos textos. Gostei de ler
ResponderExcluirBeijo, bom fim de semana
As chagas todas expostas, bem à mostra e o povo perde a esperança... Pena! Vamos ver! Mas tua poesia ficou linda! abraços, chica
ResponderExcluirBelo poema,embora triste, nos dá a dimensão do que é a degradação, do que é o que estamos vendo e nem podemos avaliar, escrever é uma boa forma de pelo menos desabafar!
ResponderExcluirPoetizando, vamos indo tentando colocar em escritos, são registros tristes de nossa época!
Abraços apertados amigo poeta Pedro!
Hermoso poema, Peter.
ResponderExcluirSiempre es un placer visitarte.
Buen fin de semana.
Um belo poema amigo pedro. Uma crítica poética de uma sujeirada que veio a tona e envergonha a nação. Parabéns grande poeta!
ResponderExcluirUma noite de paz e um final de semana feliz e abençoado. Abraços
Estamos mesmo vendo nossas vidas consumidas por esses pervertidos, custa-me a acreditar que melhore, não resta mais esperança, é corrupção demais, extrapolaram.
ResponderExcluirParabéns´Pedro pelo poema, contundente mas real.
Abraços, Léah
Pedro, esse teu poema é um dos mais tristes que li porque fala de abandono dos miseráveis, dos viciados, de seres desprezados pelo Estado, pois roubam e matam para sustentarem seus vícios - difícil de curar. Há dias vimos a remoção da Cracolândia do Centro de São Paulo. Saíram dali e foram para outro lugar, o que para eles dá no mesmo. Estavam ali por quê? O que o Estado fará por eles? São pessoas que se matam dia a dia e um motivo houve! É óbvio que eles são uma ameaça constante para a sociedade, mas atrás deles há um país fraco, irresponsável, corrupto, e que não está interessado nos seus cidadãos. Sim, é um país cuja chaga envergonha, é um dano atrás do outro. Vergonha, estamos na lista dos piores países do mundo em muitos quesitos. Orgulho Nacional...
ResponderExcluirBelo, forte poema, parabéns!
Beijinho daqui do lado.
Buenos días, Pedro... Lo he traducido para entenderlo y aunque la traducción pierda algo el ritmo, me ha parecido muy bonito. Buen fin de semana mi querido amigo
ResponderExcluirA torpeza saiu à rua e hoje povoa não só o becos imundos e viciantes, mas também os palácios, onde deveriam desfilar os inteletuais mais impolutos e honrados do país...
ResponderExcluirContristado, mas interessante poema de denúncia e intervenção, dever meritória dos intelectuais.
Abraço, estimado Amigo.
~~~~~~~~~~
Mis saludos y que pases un feliz fin de semana.
ResponderExcluirO mais recatado senhor
ResponderExcluirÉ um ministro do Supremo...
Declara seu voto ao extremo
Do ridículo e do pudor.
E o miserável, ao horror
Do que vê e do que eu tremo,
Se amofina, solta o remo,
E que vá a nau aonde for...
Cabe a nós tomar o rumo
Ir ao timão, por a prumo
A adernada embarcação,
Pois o povão, em resumo
Chupa o caroço que o sumo
Foi chupado por ladrão.
Grande abraço, Pedro! Muito bom o teu poema de protesto e contestação. Parabéns! Laerte.
Olá, meu amigo Laerte, vens dar o teu brilho poético a esta minha postagem, pelo que agradeço, como grato fico com as tuas palavras de estímulo.
ExcluirUm grande abraço.
Gran poema, Pedro, envuelto en una realidad cada día más ostensible.
ResponderExcluirAbrazo austral.
Um excelente retrato da realidade atual, feito poema.
ResponderExcluirUm abraço e bom fim de semana
Palavras intensas e sentidas, retratando uma triste realidade.
ResponderExcluirBelissimo poema
Bom fim de semana
Um abraço
Maria
Vim agradecer tua honrosa visita ao meu blog e dizer o quanto fiquei feliz e também por estar a me seguir. Amei teu espaço, tua poesia que mostra o quanto és talentoso, tens alma poética e a usa para, poeticamente, expor sentimentos, indignações e um grito de socorro pelas injustiças que existe no mundo. Abraços!
ResponderExcluirPurtroppo esistono persone crudeli, che si muovono agilmente, in questa
ResponderExcluirdimensione di mondo, sempre più in degrado...
Sempre bello leggerti, Pedro, buona domenica e un sorriso,silvia
Um excelente poema amigo Pedro, gostei bastante.
ResponderExcluirUm abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
E cada vez em maior número, os desprezados são um produto da sociedade atual.
ResponderExcluirExcelente poema, gostei imenso.
Bom domingo e boa semana, caro Pedro.
Abraço.
A dura e atual realidade! Versos profundos, que dizem muito!
ResponderExcluirPedro, desejo-lhe uma ótima semana e que tenhamos coragem, para passar por estes tempos ocos e trágicos em nosso país.
Um grande abraço a você e família.
Un poema muy bueno.
ResponderExcluirExcelente.
Un abrazo.
"chaga do país à mostra sem recato". Um poema perturbador, a denunciar uma realidade terrível e sufocante...
ResponderExcluirUma boa semana, meu Amigo Pedro.
Um beijo.
Olá Pedro, agradeço por seguir meu blog, sua visita muito me alegrou. Alegrou-me também o seu grito sobre a imundice e falta de vergonha que assola o Brasil, ninguém merece essa sujeirada toda. Mais que oportuno seus versos. Chega mesmo !!
ResponderExcluirBoa semana.
Grande abraço.
Pedro Luso
ResponderExcluirBelo e bem conseguido poema de intervenção. As metáforas utilizadas, o tornam suave, mesmo para os poderes políticos, para quem o poema não seria inócuo.
Abraço
Hay poemas que por muy optimista que seas te dan un portazo en la cara.
ResponderExcluirSobre todo si sabes que están cargados de razón.
Pero el termostato te grita que no te rindas, que abras puertas y ventanas y te pongas en marcha. Saludos, Pedro.
¡Hola Pedro!!!
ResponderExcluirCaramba, nos dejas unos bonitos y profundos versos, aunque también has sabido darle un toque sutil entre metáforas lo real, como si lo hubieras visto a través de un rayos equis. Difícil será extinguir la pobreza los despreciados como tú bien dices, es triste pero es lo que hay en todas partes de este mundo cruel sin conciencia.
La pintura es un abstracto que acompaña tus letra a la perfección totalmente de acorde.
Me ha gustado mucho este post y te felicito.
Te dejo mi gratitud y mi estima.
Un abrazo y feliz semana.
Una visión triste y melancólica de una realidad que nos abofetea día a día, en nuestros paseos rutinarios por cualquier gran ciudad del mundo.
ResponderExcluirUn saludo
Boa tarde, Pedro,
ResponderExcluirseu poema tão bem construído, mas triste pela situação que nos revela, e a qual
é a realidade de nosso país.Somos tantos os desprezados, e quem sabe quantos ainda virão a ser. Suas palavras nos levam a quase desesperança pela falta de opção, porque a chaga de nosso país a cada dia aumenta mais, e a dor também.É bom saber que existem as palavras, com as quais podemos gritar o nosso pesar e nos juntarmos aos demais para juntos mostrarmos que precisamos e queremos um Brasil melhor. Abraço!
um poema que é um grito
ResponderExcluira mexer na ferida
e denunciar o que salta à vista
triste mas a realidade nua e crua
um bom poema
beijo
:)
Bom dia, Pedro
ResponderExcluirVersos duros, incisivos, retrato perfeito duma realidade triste e assustadora!
O Brasil atravessa um período muito complicado.
É necessário e urgente gritar bem alto a revolta que vai nos corações do povo.
Que cada um o faça com as armas de que dispõe - que o poeta use a poesia, como você, amigo Pedro, está fazendo.
Parabéns.
PS – Obrigada pela gentil presença.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Hola paso por agreferte tu fidelidad en mi blog.
ResponderExcluirGracias.
Besos
Olá...
ResponderExcluirPoesia bem construída a respeito de uma triste realidade. Mas, há esperança... Depende de nós, sociedade...
Abraço e obrigada pela visita no Ciranda de Frases...
Una realidad Pedro y el dolor en cada verso que grita su verdad.
ResponderExcluirmariarosa
Uma triste realidade bem mostrada em sua poesia.
ResponderExcluirUm abraço.
Élys
Quando morre a esperança...é o início de uma realidade menos morta.
ResponderExcluirUm abraço
TU POEMA MUY COHERENTE.
ResponderExcluirABRAZOS
O triste momento que passamos aliado aos problemas mundiais, não como fugir de sentimentos de humanidade,que anda esquecida numa lata de lixo ou sob um tapete imundo onde eles pisam e massacram toda uma população. Perfeita repudia mestre à toda esta onda de injustiça e desumanidade que assistimos, envolvidas em papeis sujos de locupletações e corrupções.
ResponderExcluirBelo trabalho de usa lucidez e arte da escrita com sensibilidade.
Meu terno abraço e bom fim de semana com paz.
Nua e crua a realidade.
ResponderExcluirBendita!
Bem dito!!
Algo de errado ocorreu mesmo na génese humana...
ResponderExcluirO homem, é mesmo um bicho que se destrói a si mesmo... e se despreza entre si... que não se consciencializa de que a sua acção tem impacto nos outros, e nem se importa com isso...
Até bicho... tem mais instinto (ou consciência) da preservação da sua espécie...
Mais um trabalho notável, que aborda muitíssimo bem o cerne da questão... há desprezos... que contaminam o mundo... e com o tempo... parece que somos todos indiferentes e desprezíveis aos olhos uns dos outros...
Enfim... a humanidade colhendo... o que semeia...
Solidariedade, altruísmo, respeito... onde foi que se perderam, nesta evolução da nossa espécie?...
Um grande abraço! Bom domingo!
Ana
O barómetro de uma sociedade. Um bom poema que tanto nos entristece!
ResponderExcluirBeijinho, Pedro.
Olá Pedro.
ResponderExcluirE por esta Veredas ando, a encher-me de tanto.
Aqui hoje a chuva teima em cair e eu estando em casa, aproveito para o ler mais um pouco. É um pouco de sol *
Ontem enquanto esperava o meu marido no hospital, escutei a conversa de duas pessoas, já com bastante idade, em que uma delas depois dos seus desabafos sobre a sua vida, acabou dizendo num tom amargurado : somos os restos.
Este seu grito, fez-me lembrar o que escrevi.
Mal do mundo quando a esperança se vai embora
O homem está a colher, o que semeou-
Abraço e brisas doces **