A INÚTIL ESPERA
– PEDRO LUSO DE CARVALHO
Na
longa
espera dói-me
o peito
ferido por
tantas esperas
em meio às
fotografias
amareladas
do velho álbum
sobre a escrivaninha.
Pressenti
na inútil espera
a ruptura dos elos
vidas perdidas
com sonhos tantos
acalentados
encanto e desencanto.
Naquela tarde quase noite
me vi no
vidro da janela
refletido
a dor refletida no espelho.
Vi lá fora
a silhueta
da mulher
na densa névoa
– fazia-me acenos de
despedida –
ausência e lembrança
eternizavam-se.
* * *
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Pedro Luso de Carvalho