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Os Retirantes 1944 MASP - Cândido Portinari |
PROFUNDA MÁGOA
– Pedro Luso de Carvalho
Profunda dor da injustiça,
e a mágoa tão profunda,
ferida aberta no peito,
sofrimento que nunca cessa.
Mágoa pela injustiça,
essa dor profunda na alma,
o fruto de vis sentimentos,
pobres vítimas da inveja.
Essa maldade de alguém,
e sem motivo aparente,
essa dor visível no rosto,
e no enrijecido corpo.
É dívida não inexistente,
culpado pelo que não fez,
nicho de mágoa e dor,
aplacam-se com o perdão.
É profunda a dor da mágoa,
que rouba o calor do sol,
apaga a luz das estrelas,
diante das misérias do mundo.
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Pedro,
ResponderExcluirTeu poema fala de mágoa, mas também de humanidade. Cada verso é quase nos lembra como a inveja e a maldade alheias deixam marcas invisíveis, que nos enrijecem e nos tornam reflexos de algo que não pedimos. Ainda assim, há uma fresta de luz: o perdão. Ele surge tímido, mas real, como um gesto que não apaga a dor, mas suaviza o peso.
O que mais me toca é a imagens que roubam o calor do sol e apagam as estrelas é a sensação de como a mágoa pode nos desconectar do mundo, do afeto e da beleza ao redor. É um poema que não é apenas sobre tristeza, mas sobre a profundidade de sermos humanos, de sentirmos e resistirmos, mesmo quando tudo parece nos esmagar.
Boa noite!
Com carinho
Fernanda
Profundo poema que relata nuestro mundo. Te mando un beso.
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