DOBRAM OS SINOS
- Pedro Luso de Carvalho
Dobram os sinos
da igreja,
dor e amargura
do sineiro,
anunciando vidas
que se perderam.
Na luta vã
com o vírus
de ferozes garras,
invisíveis garras,
o sineiro chora
com os dobres
dos sinos
anunciando mortes,
infinitas mortes.
Em desespero
o sineiro toca
fortemente
os sinos
da sua igreja,
sem fiéis,
sem as missas
de Domingo.
Já cansado,
sob os sinos
em silêncio,
dorme o sineiro.
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Suono tristissimo d'una campana,per annunci dolorosi, di vite perdute...
ResponderExcluirBuona domenica, Pedro,silvia
Un hermoso poema que anuncia una realidad que no termina, y donde las campanas no cesan de anunciar dolorosamente los estragos que está haciendo esta pandemia.
ResponderExcluirGusto de leerte Pedro.
Un abrazo y buen domingo.
Tiene diferentes sonidos las campanas , dependiendo del acontecimiento que las mueve. Repican alegres cuando hace un llamamiento para acudir a misa y doblan por el fallecimiento de algún feligrés que marchó de este mundo, para encontrarse con Dios.
ResponderExcluirBesos
Percebi a intensidade do teu sentir... Linda poesia e lembro bem nas cidades menores, até na Itália, sabíamos quando alguem havia morrido...Aliás ,QUE alguém morrera e só depois QUEM. Adoro sinos! Que repiquem alegrias! abração, ótimo domingo,chica
ResponderExcluirTriste redobles de campanas amigo Pedro, ¡Ojalá! repiquen pronto en señal de que esta pandemia finalice, ¡Ese, será un gran día!
ResponderExcluirHermoso poema de tristeza amigo Poeta.
Un abrazo y buena semana entrante.
É um melancólico tocar desses sinos, continuamente...Tão bem expresso em seu poema!
ResponderExcluirNão sei se é mais maligno o vírus ou os homens maus que não protegem seus povos de maneira adequada, humanitária.
Abraço para vocês, Pedro, bom domingo!
Um poema revelador da tamanha tristeza que assola o mundo, e também do seu sentir amigo Pedro.
ResponderExcluirPra quando, dobrarão os sinos, como mensageiros de alegria e esperança ?
Um abraço sentido.
Fê
Poema muito triste e tão real dentro do que vivemos! O sineiro cansado, intranquilo e amargurado, acabou por dormir sob os sinos. E assim estamos todos nós, muitas noites em claro, tristes e também intranquilos a esperar que a vida volte ao normal, torcendo pelos cientistas e pela ciência.
ResponderExcluirTorcemos para que o mundo receba o número de vacinas que precisa bem mais rápido, só assim se evitará mais mortes.
Beijinho daqui do lado.
Procure poema semelhante dito por João Villaret.
ResponderExcluirVale a pena.
Abraço, boa semana
Bom dia. Gostei bastante! Obrigada pela partilha! :)
ResponderExcluir-
Não desejo se a deusa do teu mar...
-
Uma excelente semana
Beijos
Una poesia che mette in luce l'ansia della gente che sente le campane che annunciano la morte di tante perrsone per l'epidemia. Ci sono tanti morti da annunciare che il campanaro è stanco e si addormenta sotto le campane. Una poesia che tocca il lettore. Speriamo che questo travagliato periodo possa finire al più presto. Buona settimana amico Pedro, Grazia!
ResponderExcluirTristíssimo esse toque de sinos por aqueles que morrem todos os dias, a toda a hora, nesta tragédia que nunca mais acaba. Um poema muito real, meu Amigo Pedro.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Olá, amigo Pedro!
ResponderExcluirPoema que reflete a realidade que nos cerca, e nos coloca num enorme sofrimento. Esperemos que tudo passe o mais rápido possível, para deixarmos de ouvir os sinos a tocar...
Belo, e triste este poema.
Votos de uma excelente semana!
Abraço amigo.
Las campanas durante mucho tiempo sirvieron para anunciar muchas cosas o llamar a los vecinos para hacer trabajos para el bien común.
ResponderExcluirLos sonidos por ellas emitidos como nos expresas en tu poesía nos anuncian en estos tiempos la muerte y por la forma de tañer se sabe si es hombre o mujer, niño o niña. Pero también nos llaman a fiesta.
Saludos.
Bela fotografia para ilustrar o poema, ou bela legenda para ilustrar os sinos. A conjunção do poema coma fotografia nos dá o retrato da calamidade que se vive pelo mundo. Os sineiros já se perderam nas contas de quantas o cântico fúnebre com os sinos. Os versos curtos dão dimensão da dor e amargura que se abate sobre os homens, sobre os fiéis, sobre os sineiros. Todos dormem quando há uma pausa.
ResponderExcluirVoltei para reler o poema anterior sobre O tempo (São Joaquim e a belíssima depois de uma geada).
Um abraço, caro amigo Pedro.
Os sinos, uma figura ímpar na descrição desta tragédia que nos assola.
ResponderExcluirO toque a finados já não é de tempos a tempos mas com uma constância aterradora.
O seu Poema, caro Pedro, coloca-nos no centro desta pandemia, que ataca sem olhar a quem.
Bela a sua escrita, com talento e sensibilidade.
Abraço
Olinda
Ese triste lamento de las campanas anunciando tragedias...
ResponderExcluirEsperemos que, muy pronto, su sonido se convierta en un himno de alegría y podamos todos mirar con optimismo al futuro.
Un beso. Feliz semana.
Olá Pedro, a imagem dos sinos nos remete a pensar por quem os sinos dobram?
ResponderExcluirSabemos que atualmente eles têm se dobrado a muitos falecidos, que foram levados pelo horroroso vírus.Uma peça de aço, mas que na tristeza se dobra nos mostrando a dor.O sineiro, a cada toque do sino, imagina ser o último do dia, mas ledo engano há muitas mortes chegando, ele triste sem saber como agir só pode, no momento dormir, quem sabe sonhar com a cura. Parabéns, pelo belo,mas ao mesmo tempo triste e real poema. Grande abraço!
Meu amigo adoro sino!
ResponderExcluirFui coroinha e sineiro
'Quando era de primeiro"
Quando ainda eu era menino.
Meu glorioso destino
Foi eu ter sido aldeão
Nascido em Armação,
Praia de pesca à baleia,
E pulsava em minha veia
Sangue luso ao coração.
Eu toquei sino de festas,
Toquei sino de novenas
De missas, uma centenas,
Mas de mortes, como estas
De hoje, tão indigestas
Não toquei, pois soaria
Como a triste melodia
Que ecoa na voz do vento
Feito um espasmo agourento
Reverberando agonia!
São baladas distantes
Com cadência de tristeza
Que deixa a nossa voz presa
Em embargos ressonantes
Como a plangência de antes
Sempre na mesma toada
Anunciando a desgraçada
Morte, em tons lancinantes...
Triste, teu poema amigo, que elegeu o som do sino. Eu lembro "da minha aldeia" quando falecia alguém, daquele som ritmado, muito triste vindo da capelinha centenária(hoje com 350 anos de idade), com um belo sino de bronze trazido de Portugal por navegadores que lá aportavam.
Parabéns pelo belíssimo poema! Abraço fraterno. Laerte.
Não pude deixar de ler as publicações passadas e emocionei-me com o conto magnifico das senhoras que se reuniam para o chá. Uma a uma, lá foram faltando ao delicioso convivio e com toda a certeza os sinos dobraram por elas. Sabes o motivo da minha emoção, Pedro? O meu marido vai, duas vezes por semana, passar a tarde com a sua irmã de 90 anos que vive sozinha, felizmente, ainda muito ladina e saudável e quando chega a casa diz:" sabes...hoje ouvimos o sino da igreja...mais um conhecido se foi..." Quando ele não diz nada, sou eu a perguntar " por quem dobraram os sinos hoje?"; sempre tem ele uma resposta e assim, consternados, vamos assistindo à partida de pessoas que conheciamos dos tempos lá vividos, sabendo nós que, pela idade, já estamos na fila, bem na frente. Mesmo aqui, Pedro, já sentimos falta de ouvir os sinos, tocando, alegremente, para as cerimónias religiosas, para o inicio das procissões com os seus andores magestosamente enfeitados com belas flores. Tudo isso acabou e os sinos, lamentavelmente, chorosos, tocam pelas vidas que se vão, a maioria delas, sem terem a despedida merecida dos seus amores. Sempre os sinos dobraram, mas se um dia anunciavam a partida de alguém, outros " espalhavam " pela aldeia, a noticia de um baptizado, de um casamento, de uma missa em homenagem a um santo padroeiro que era participada, com imensa alegria por todas as pessoas; era dia de festa, dia de convivio com todos os familiares que ali se deslocavam para participarem da festa. Agora, não! Os sinos só têm um toque...aquele caracteristico " a defunto " que parece chorar
ResponderExcluirMuito bom este teu poema, Pedro, um poema que, como os sinos, chora tantas vidas perdidas pela pandemia. Deixo-te o meu abraço e agarradinho a ele vai o meu pedido de desculpas pela ausência
Emilia
Olá, amigo Pedro!
ResponderExcluirSenti o tom fúnebre só sino. Que dor!
Sineiros dormem para não assimilar tanta dor.
Seu poema é atual nos sentimentos.
Antes, era motivo social até, tocar um sino por ocasião de morte de um membro da comunidade.
Agora, os sineiros estão cansados de tanto trabalhar, sobretudo em cidades pequenas ou interioranas.
Que toquem os sinos no dia em que houver o grande anúncio do controle total da Pandemia!
Seja feliz e abençoado!
Abraços fraternos de paz e bem
Precioso poema que recoge fielmente todo lo que está sucediendo con este virus que no hay forma de erradicarlo de nuestras vidas.
ResponderExcluirAunque en menor cantidad, las muertes se suceden día tras día y esas campanas no dejar de repicar.
Cariños y feliz semana de Junio.
Kasioles
Excelente poema.
ResponderExcluirOs meus aplausos pelo seu talento.
Continuação de boa semana, caro Pedro.
Abraço.
Muy hermoso poema. Dios quiera que dejen de sonar las campanas por ese trance. Yo ya he empezado a salir de casa, aunque solo doy un paseito a la manzana y vuelvo a casa. Tambien el domingo fui a misa, por aquello de no quedarse en casa para que las piernas se muevan un poco.
ResponderExcluirUn fuerte abrazo amigo Pedro
Muito triste o tocar dos sinos no lamento da partida...da vida e da esperança!
ResponderExcluirUm abraço
As badaladas dos sinos anunciando a morte, ainda ressoam em meus ouvidos naquela cidadezinha de interior. Hoje silenciados assistem na altura distante o cortejo vazio e silente de mais um doente levado por um maldito vírus.
ResponderExcluirBelo trabalho desta realidade Pedro.
Um abração amigo e feliz fim de semana no descanso da paz.
É sempre triste ouvir este toque de sinos.
ResponderExcluirUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
E os sinos dobram e choram por tantas vidas roubadas por esse maldito e implacável vírus. Uma dura e triste realidade por todo o mundo.
ResponderExcluirUm poema sublime.
Bom fim de semana
Beijinhos
E as mortes não param, mesmo com o sineiro adormecido...
ResponderExcluirO seu poema é a expressão e dor do mundo e de tantas famílias enlutadas. Sinto-o eloquente e emocionante.
E continuamos a fintar o tal ser microscópico... Beijos, amigo Pedro.
~~~
Faço minhas as palavras do Pedro Coimbra... a propósito do poema mencionado, que era declamado por Villaret... vale a pena conhecer!
ResponderExcluirUm bela e sentida inspiração, que nos remete para a angustia dos tempos actuais... mas... tudo passa... esta pandemia também há-de passar, quando o mundo inteiro se vacinar... entretanto... se estivermos a meio do processo... já não será mau de todo... já estivemos mais longe...
Beijinhos!
Ana