O
NOSSO MUNDO MUDOU
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Filho,
as flores murcharam!
Acabou
a primavera
antes
do tempo,
tempo
de alegria,
de
campos floridos,
de
perfume no ar!
As
flores murcharam, filho!
Murcharam
nossas esperanças!
Estão
surdos os tambores
em
meio a tantos trovões,
trovões
que não param,
não
param,
nessa
estranha estação
sem
primavera,
sem
verão,
sem
outono!
O
que temos é só o inverno, filho!
Aqui
tudo mudou!
Não
só as estações do ano,
mudou
nosso mundo, filho!
Mudaram
as estações
no
Brasil e na América
do
Sul!
Vieram
ventos e tempestades
da
América
Central!
No
chão lamacento
os
frutos apodrecidos,
a
sobra que nos toca,
para
matar nossa fome, filho!
* * *
"... Estão surdos os tambores em meio a tantos trovões..."
ResponderExcluirBem por aí meu amigo Pedro, os tambores se calam, pois, são ocos por dentro!
"... O que temos é só o inverno, filho! Aqui tudo mudou! Não só as estações do ano, mudou nosso mundo, filho!..."
Tudo mudou, a guerra foi declarada, fecharam-se os livros dos poetas e abriram-se os paióis... São sinais de dias sombrios...
"... No chão lamacento os frutos apodrecidos, a sobra que nos toca, para matar nossa fome, filho!"
Mais uma bela composição caro Pedro!
Um abraço e bom início de semana para ti!!!
Gran poema, Pedro, cuando pocas palabras expresan muchos sentimientos.
ResponderExcluirAbrazo.
Esse teu belíssimo poema é um retrato dos nossos dias, das nossas esperanças, de lágrimas que brotaram no coração de nossa pátria que luta pela verdade, pelo desenvolvimento, pela honestidade acima de tudo.
ResponderExcluirFilhos, flores, família, esperanças no meio de tantos trovões dá uma vontade imensa de chorar. Onde está nosso Brasil, para onde vai? Não, não... pra lá não! Queremos um futuro que já deslumbramos, queremos uma estação que já nos mostrou algumas flores que brotaram, coloridas e perfumadas. Mas digo que ainda não perdi por completo minha esperança, somos um povo forte, aguerrido e bravo; povo que não tem virtude, acaba por ser escravo. Estou acreditando no povo brasileiro e nas pessoas de bem que estão à frente desse país.
Parabéns por tão sensível poema.
Beijinho daqui do lado.
Cambiamenti inevitabili nel tempo che scorre....non sempre in modo positivo!
ResponderExcluirSempre bello leggeti, un caro saluto,Pedro,silvia
Pedro Luso, mais ou menos, conheço a presente realidade do Brasil e vou vendo as noticias, que chegam da América Latina. Confrontando com este Portugal, realmente temos duma maneira geral, na América Latina um Sub Continente empobrecido. Não será nos nosso tempo, mas o Brasil será o Pais do futuro, futuro que de novo se estará já a desenvolver em Portugal, com os milhares de imigrantes que chegam e que por terão melhor ensino aqui, onde há também já muitos Yutuber's brasileiros a falar do terceiro País mais tranquilo do mundo, o ranking de de Portugal, cuja médica também é das melhores do Mundo.
ResponderExcluirNesse aspecto, em todos os aspectos li e reli o poema, gostei e vi nele um dos grandes arauto para a chamada de atenção à sociedade brasileira que terá de produzir "cérebros" para governarem um dos maiores países do Mundo e não simples autodidactas, que criam "fomes zero" e quejandas, mas esquecem medidas estruturais, que demoram mais legislaturas a frutificar. Como sou muito brasileirão, por variados factos, peço e desejo que com a sua bem bem estruturada poesia se torne paladina, do futuro que o Brasil merece.
Abraço de parabéns
Pedro, que belo duro retrato do teu país e... do mundo!
ResponderExcluirHá que não perder a esperança num melhor futuro.
Poeta, meu querido amigo, parabéns pela tua enorme sensibilidade poética.
Beijo, boa semana.
Infelizmente tens toda razão! Mudou o mundo realmente. LINDA,LINDA poesia,Pedro!
ResponderExcluirabraços, tudo de bom,chica
Um poema excelente...Aplausos :))
ResponderExcluirHoje-:-Somos a base que nos eleva, somos emoção
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira.
Infelizmente vivemos num mundo cada vez mais inquietante. O seu poema é um grito de alerta para o que está a acontecer no nosso planeta. As pessoas parece que estão surdas e incapazes de fazer alguma coisa que valha a pena. E pelo mundo a imbecilidade impera…
ResponderExcluirUma boa semana, meu Amigo Pedro.
Um beijo.
Determinadas partes do mundo estão a viver momentos muito conturbados...
ResponderExcluirGostei bastante deste poema.
Boa tarde!
ResponderExcluirParabéns pelo soberbo poema!!
-
Uma lenda das adegas
Beijo e uma excelente semana!
Querido amigo poeta, seu poema é mesmo um alerta, mas acredito que ainda há de se fazer algo para mudar, o Brasil é rico, o povo é trabalhador, o bem há de vencer, veremos, quero crer, assim como a Taís disse, não percamos por completo a esperança.
ResponderExcluirEla como eu, elogio seu belo poema, mas vamos crer na virada, há de se poder fazer algo, vamos indo!
Abraços apertados!
O poema me fez lembrar a canção de Gilberto Gil, Lunik 9. Parece que esquecemos que o nosso planeta é um grão de areia na clara mancha de poeira da Via Láctea. Ao abrirmos os olhos será muito tarde. O poema é um soberbo grito de alerta! Parabéns, meu caro amigo, Pedro!
ResponderExcluirUm abraço,
Siento que muchos países estén pasando por un mal momento, deberíamos echar un vistazo a la historia y aprender de los errores, pero muchas veces se repiten y no es fácil dar marcha atrás.
ResponderExcluirEspero y deseo de corazón, que el mundo cambie para mejorar.
Cariños.
Kasioles
Así es, todo cambia no solo las estaciones de la naturaleza como muy bien expresas en tu hermoso poema, donde la verdad del mundo recorre todos tus versos.
ResponderExcluirUn gusto la lectura.
Un abrazo.
Interessante poema!
ResponderExcluirEu diria que o nosso mundo continua a mudar...
Abraço
😉
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Querido amigo, tens razão . Tudo mudou...é pena que assim seja.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Élys.
Tudo se move
ResponderExcluiraté o vento
contra o vento
Abraço
Un poema que relata la realidad de este mundo nuestro de una manera cruda. Si no existiera la esperanza, sería demoledor.
ResponderExcluirTiempos duros los que nos ha tocado vivir.
Abrazos.
Este mau tempo é temporário meu amigo e o bom tempo virá, aproveito para desejar a continuação de uma boa semana.
ResponderExcluirAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Palavras tão tristes, sofridas e de um imenso desânimo, num poema magistral.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria
Boa noite abençoada, amigo Pedro!
ResponderExcluirSinto o poeta tratar-nos a todos de filhos... há suavidade como num chamamento da natureza a nós pelo seu poeta porta-voz.
Insistiremos em florir, poetar e amar, custe-nos o que for.
Muito bonito o teor do poema, a mensagem passada edifica e conscientiza paralelamente.
Tenha dias felizes!
Abraços fraternos de paz e bem
Boa noite poeta!
ResponderExcluirQuanta sensibilidade e capacidade de discernir suavemente de maneira eficaz,as tristezas,de quem enxerga além dos olhos,os nossos descasos com aquilo que nos sustenta.Parabéns!
Obrigado, Izildinha, por esta sua primeira visita ao meu blog, e pelo seu amável comentário.
ExcluirBom final de semana, com muita paz.
Um abraço.
Pedro Luso
ResponderExcluirSenti-me deveras emocionada pelo peso sentido deste seu poema.
Palavras que nos tocam e contam a história de um povo, de povos,
na História do Mundo. Tudo nele se concentra, do Ambiente aos sentimentos
dos Homens: muito descaso, muita desonestidade, muita Tristeza.
Será que se perdeu a noção de que possa existir uma pedra basilar que
reja os nossos passos no sentido da justiça e do bem comum?
Grande abraço, meu amigo.
Olinda
Tu poema es magnífico.
ResponderExcluirGrandes letras y verdades.
Un placer visitarte.
Un beso.
Bom dia, caro poeta,
ResponderExcluircada verso tão bem versado, nos colocando a todos na situação de "filhos", que sofrem com tantas mudanças, tantas barbáries, e tantas coisas que nos deixam pelo caminho sem rumo. Sua analogia com o que vivemos e experienciamos nesta época é muito pertinente.Sempre digo que o poeta tem poder, e aqui mostra o seu, através das palavras e seus versos nos passou a situação que vivemos. Grande abraço!
OI, Pedro, li e reli o seu poema de ' desalento e desencanto'. Lindo e triste como o Mundo neste momento limite de transformações. Estamos num mundo globalizado onde o mal de um é o mal de todos.
ResponderExcluirSe fecharmos os olhos para a triste realidade esse seu poema deixará de ser poesia para ser uma trágica constatação.
Um abraço
Yo creo que el tods partes el mundo ha cambiado. Ya sea en el tiempo frío, lluvioso o nevado. Ahora estamos en invierno, ha cambiado.
ResponderExcluirY no digamos en la política...también ha cambiado en casi todo el mundo.
Muy hermoso tu escrito.
Un fuerte abrazo amigo Pedro.
Na verdade, uma grande tempestade molesta quase toda a América do Sul.
ResponderExcluirMas, mais tarde ou mais cedo, virá a bonança...
Magnífico poema, gostei imenso.
Caro amigo Pedro, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
Y mientras, seguro que por muchos lugares de nuestras tierra muchísimas personas están afanándose por hacer cosas positivas. Pero nadie, ningún medio, se hace eco de su esfuerzo, amigo Pedro.
ResponderExcluirUm monólogo ou um diálogo?
ResponderExcluirDe qualquer modo, um texto poético belo, sentido e expressivo.
Eu penso que é um dever dos poetas incentivar comportamentos nobres.
Um dia o Bem derrotará firmemente o Mal, acredito firmemente nisto.
Ótimo domingo.
Grande abraço, amigo.
~~~
Sei, Pedro, que estás a falar do nosso querido Brasil e de toda a América latina, mas o teu " lamento " serve para que eu, junto contigo, lamente a miséria, a pbreza, as enormes desiguldades que existem no mundo inteiro e, se queres que seja sincera, guerras, desumanidades, trabalho escravo, fome, doenças e outros descasos dos donos do poder, sempre houve e nunca deixarão de existir, porque o homem sempre foi, é e será ambicioso, egoísta, querendo dinheiro e, sobretudo poder sobre os outros à sua volta. Um dia destes, vi nas noticias, a situação do povo de Cabul que morre mais por causa da extrema miséria do que pela guerra; imagina que, crianças recolhem lixo de toda a espécie, incluindo plásticos, para que os pais façam a fogueira que cozinharå os alimentos e os aquecerå; os gazes tóxicos libertados matam-nos em pouco tempo. Sabes Pedro, ao ler este teu " pesar " em forma de poema, viajei até à aldeia onde nasci e onde vivi até aos 24 anos e recordei pessoas amigas que viviam numa pobreza de dar dó e que felizmente hoje estão com uma vida confortável; eram muito pobres, iam para a escola descalços apesar do frio, pouco agasalhados e, com fome; voltavam com a mesma fome, pois naquele tempo não havia merenda escolar e muito menos aquecimento. Muita coisa melhorou na minha aldeia e as desigualdades não são tão acentuadas; hoje, na véspera de Natal, não anda nenhum pobre a pedir qualquer coisa para comer na ceia, mas, quando eu era criança, havia e muitos. O mundo está em constante mudança, em alguns casos transformações muito boas, noutros tão más como sempre foram, mas que agora nos chocam mais dado ao desenvolvimento que tem havido em todas as áreas; lamentamos que o ser humano não use todo esse desenvolvimento a favor dos mais desfavorecidos e que continue a dar prioridade a coisas que pouco interessam. Sabes o que costumo dizer quando vejo os paises ricos a mandarem naves espaciais para outros planetas? " Não conseguimos cuidar da terra e dos seus habitantes e estamos preocupados com os outros planetas " Não me importo que me considerem ignorante, mas considero uma perda de recursos que dariam para acabar com a fome no mundo. Isto, sim, é um tremendo despedicio! Pedro, como vês neste meu " testamento", já estou muito melhor, embora sinta ainda algumas dores na mão esquerda. Gostei muito, muito deste teu lamento e também dos outros anteriores; falar das misérias humanas em forma de poema parece que ameniza o desconforto de, pouco ou não, podermos fazer, não é verdade? Um beijinho, querido Amigo, e obrigada!
ResponderExcluirEmilia
Obrigado, querida amiga Emília, por este comentário, no qual falas sobre a pobreza, e da possibilidade de ver mudada essa situação com medidas adequadas de quem governa este ou aquele país. Falas também das mudanças positivas, nesse sentido, em Portugual, teu país, nosso país irmão.
ExcluirMuito bom saber, Emília, que estas melhor, e que ficou apenas uma leve dor na mão esquerda.
Uma boa semana, Emília!
Beijo.
¡Hola, Pedro!
ResponderExcluirTu poema nos cuenta la realidad y profundiza en lo esencial, el cambio
climático lo tenemos encima y todos somos algo culpables, Pedro.
No me gusta dramatizar, pero el mondo se deshace a paso de gigante, hierve y arde por las cuatro esquinas; estamos viendo cada día angustiados, catástrofes naturales, guerras y violencia sin control.
ojalá que las generaciones venideras, sepan y puedan hacer de este planeta
tierra un reino de paz y de amor, de caridad y entendimiento.
Es un tema este, que da para mucho debate, gracias por traerlo a tu bonito espacio.
Te dejo mi inmensa gratitud y estima.
Se muy, muy feliz.
Obrigada, Pedro! Gostaria de corrigir...." pouco ou nads " . Não gosto de dar erros...
ResponderExcluirbeijinhos à Tais. Já vi o post dela, mas, como n posso exagerar, ela ficará para a próxima. Sei que entende! Ser amigo, é isso. Aproveito p te dizer que estamos a assistir ao jogo Gremio versus Flamengo; desde que o Jorge Jesus é treinador do Flamengo, temos o privilégio de ver alguna josgos
do Brasil. Não ligo a futebol, mas hoje está muito frio, o meu marido não saiu ( eu não sairia por causa
das mãos ) e pt , deitada no sofá, com lareira acesa, estou a ver o jogo ( sem prestar muita atenção. ...)
beijos aos dois
Emilia
Beijos aos
Muito bom Pedro.
ResponderExcluirSilenciaram os tambores, implantou-se a tristeza, os invisíveis perambulam pelos grandes centros. Comove a inercia da sociedade e do estado.
O poeta pela sensibilidade sofre mais, inquieta-se no murchar-se da esperança.
Mudaram-se as estações amigo Pedro e tudo ficou diferente.
Belo trabalho em um grito.
Abraços amigo.
Sinais dos tempos... que foram ignorados durante décadas a fio... e agora fazem-se notar subitamente... décadas a fio... também mais cedo do que o previsto...
ResponderExcluirAqui também notamos, que a Primavera e o Outono desapareceram... deste lado, estamos mergulhados num Outono com rigores de Inverno... após um Verão... que se prolongou até Outubro...
O nosso mundo está a mudar muito rapidamente... e em cada estação... oferece-nos uma surpresa diferente...
Um belo poema... que nos oferece uma assertiva descrição, deste nosso preocupante mundo, em matéria ambiental... Só neste último ano, mais de 9500 Km quadrados foram erradicados do pulmão do mundo... só me ocorre uma frase do movimento Greenpeace, que deixei há algum tempo por lá no meu espaço... Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que o dinheiro não se come.
O padrão de vida à escala mundial, precisa mudar... e ainda que todos o fizéssemos já... as consequências de o fazermos tarde de mais... ainda permaneceriam durante séculos... não admira que se esteja a apostar tanto em conhecer Marte... onde parece que, ao que consta... insectos e anfíbios já por lá andam na superfície...
Beijinho
Ana