A CASA DE
PEDRA
– PEDRO
LUSO DE CARVALHO
Por quanto
tempo fiquei ali,
feito
estátua, em frente à casa,
entre
prédios e palacetes ?
Volto
depois de muitos anos
à antiga
casa de pedra –
o reino
perdido da infância.
Era grande
a casa de pedra,
na minha
infância tão distante –
palácio de
tantos brinquedos.
Ficou
pequena,
a minha casa
de pedra!
Onde
a
casa de sonhos?
Sumiram
juntas, casa
e infância?
Lufada
de vento
oportuna
(sopro de
algum anjo perdido)
fez-me
entrar na casa
de pedra.
Posso,
homem de
tantos
caminhos,
ser de
novo aquele menino
dessa
casa
–
reino perdido?
Falta-me
o fôlego.
No
peito
garras
ferem
– emoção
e dor.
Levou o
sonho, ave de rapina.
* * *
Visitando, gostei muito do seu blogue, com uma textura muito bonita. Bons temas, lindas imagens, poemas de elevado recorte poético.
ResponderExcluirFiz-me seguidor
.
Desta forma e independentemente do tema que, tenho a certeza, numa próxima oportunidade, comentarei com mais detalhe, atrevo-me a anunciar o meu, de de uma amiga (Larissa Santos) blogue afecto à poesia.
Ainda muito bebé, precisando de ajuda a fim de crescer e poder chegar à idade adulta
.
Linke: https://brincandocomaspalavrass.blogspot.pt/
.
Querendo, gostaria que nos seguisse e, inclusive fazermos troca de linkes.
.
Visite-nos pois esse será o nosso estímulo a fim de cada vez fazermos mais e melhor.
Desejo um dia feliz
Um poema muito bonito Pedro. Que me tocou porque também olho muitas vezes para o pedaço de terreno onde vivi minha infância. Não era uma casa e pedra, era uma simples barraca de madeira que desapareceu há muito. Mas guardei nela tantos sonhos, que às vezes penso se não foram eles que a fizeram desabar.
ResponderExcluirAbraço e bom fim de semana
Seja bem vindo na minha casa de pedra
ResponderExcluirabraço
Linda e emocionante poesia! Quando retornamos às casas da infância, ficam pequenas! Mas isso não é problema ! O grande é perder os sonhos!!! Isso é fooooooooooooogo! abração,chica
ResponderExcluirBom dia
ResponderExcluirPoema lindo demais!
Parabéns
Beijos e um excelente sábado
Ricordi dell'infanzia, fondamentali nella nostra vita, per un pensiero poetico di rara bellezza
ResponderExcluirBuon fine settimana e un saluto, Pedro,silvia
Ritrovare la propria innocenza guardando una vecchia casa...Versi colmi di nostalgia e bellezza interiore.
ResponderExcluirGrazie!
Tudo, quando somos crianças, têm uma dimensão muito grande, maior do que realmente é. Temos a inocência a nosso favor e ainda não absorvemos nada das oferendas da vida, sejam elas boas ou ruins. Nossa casa era enorme; nossos pais eram os super-heróis que tudo podiam; nossa professora era o máximo; nossas férias não tinham iguais e nossos amigos eram fiéis demais! E nossos afetos eram gigantescos!
ResponderExcluirHoje, temos a dimensão exata das coisas porque aprendemos a arte de comparar. E comparações, às vezes, são um desastre para quem quer ainda, sonhar...
Belo poema que dá várias interpretações!
Beijinhos, Pedro, da sala daqui do lado!!
Como entendo este belo poema!...
ResponderExcluirAbraço e bom dia.
OLÁ PEDRO,
ResponderExcluira cada nova poesia você se supera.
Excelente!
Lembro sobre postagem nova no nosso blog, HUMOR EM TEXTOS.
Abração carioca.
Poema belo, que nos remete a saudade. Parabéns.
ResponderExcluirGrande Abraço.
a água dos dos "rios da infância" correm e não voltam, Pedro.
ResponderExcluire que bom seria poder mergulhar neles, novamente. mas não!
fica apenas o fogo ( e a água ) que timbram o carácter.
belo e sensível Poema, meu amigo
afectuoso abraço
O mundo visto com olhos de criança... parece tão grande... e depois vai mirrando, à medida que a vida vai acontecendo... tal como muitos sonhos...
ResponderExcluirUm poema muito belo, Pedro! Parabéns!
Um grande abraço! Bom fim de semana!
Ana
Olá, Pedro. Obrigada pela visita.
ResponderExcluirNunca tiramos do coração a casa da nossa infância. Belo poema, Pedro.
Um abraço.
Muy hermosas tus letras querido amigo, ha sido un placer conocer tu espacio.
ResponderExcluirBesos
Qué bonito poema Pedro! Esa vuelta al hogar, la añoranza del lugar donde nos criamos, las sonrisas, las tristezas, todo un conjunto de emociones que nos hacen sentir aquel niño-a que fuimos y que, a decir verdad, no deberíamos perderlo nunca...llevarlo dentro de nuestra memoria siempre. A veces echamos la vista atrás y nos entra la añoranza porque esa casa grande ahora está vacía por la falta de nuestros mayores que siempre nos recibían en nuestras visitas tras la emancipación.
ResponderExcluirSaludos.
A visão de criança cheia de fantasias, de beleza, ou medo, que se perdem no tempo enquanto crescemos. Seu belo poema mostra a saudade dessa inocência que a vida levou e que percebemos irrecuperável.
ResponderExcluirGerou esse belo poema Pedro, acho que todos temos em nossa saudade uma 'casa de pedra'.
Grande abraço, Léah
Un hermoso poema donde surge el niño que llevamos dentro para recordar los lugares de nuestra infancia, cuando se ve la casa donde se vivieron tan bellos momentos y todo parece tan grande.
ResponderExcluirMuy bonitos estos recuerdos de un pasado.
Un abrazo Pedro.
È sempre emozionante rivedere i luoghi della nostra infanzia, e tu hai descritto bene questa emozione.
ResponderExcluirFelice domenica
enrico
Boa tarde, Pedro.
ResponderExcluirTudo se transforma, fato.
Talvez consiga se aproximar da "casa" como o menino que era, talvez fique na lembrança gostosa da mente e pincelada em cores no seu coração.
Tudo é mutável, assim somos nós também.
Certeza eu tenho, de que vislumbrar, ainda que ao longe, conseguirás.
É só abrir o portal das emoções, sentindo uma pequena diferença, contudo, verás a essência do menino de décadas atrás.
Beijos na alma, querido.
A espontaneidade e fantasia de criança que se perde enquanto crescemos dando lugar a outros pensares e sentires. Se abrires a chave do coração e deixar a emoção sair com certeza adentrará nos sonhos de um tempo e lugar onde se foi feliz
ResponderExcluirUma tarde iluminada e feliz
Um abraço amigo Pedro
Sin duda, Pedro, hay recuerdos de la infancia que son inolvidables, pero no todos podemos ponerlos en poesía con tanto arte. ¡Felicitaciones!
ResponderExcluirAbrazo santiaguino.
Qué bello poema.
ResponderExcluirQué bien describe los sentimientos del reino perdido de la infancia, los juegos y sueños. La maravilla del creer.
Afortunados quienes lo vivimos.
Bom dia, Pedro,belas recordações, sei bem o que é sentir as lembranças da infância.A sua casa de pedra, lhe parecia enorme, pois ela é vista por uma criança com um ser vertical, e se eleva, e não deve esquecer que são estes valores que se comunicam com sua alma.Uma lembrança boa que se recupera através de memórias, mesmo que os bicos pontiagudos da ave de rapina os leve para longe, a lembrança sempre voltará da sua amada casa de pedra. Lindo! Abraço!
ResponderExcluirO regresso à infância é sempre um caminho retemperador. Por vezes dói, mas gostamos tanto de saltar o muro e ir até lá!
ResponderExcluirGostei muito, Pedro.
Beijinho.
Caro Pedramigo
ResponderExcluirQue belo poema, Pedro. Belo e comovedor porque o regressar à infância sendo impossível é a arte do verso que tudo permite mesmo chegar a dar a volta ao Universo
Há poemas medíocres, poemas suficientes, poemas bons e poemas óptimos. Mas se há poemas extraordinários- é o caso deste. Eu diria mais: é um poema hiperbólico que nas asas de um sonho nos faz entender o que é o voo e também a vida
Meu Amigo Pedro és Luso porque os Portugueses persistem em ser poetas.É óbvio que Pessoa, Drummond, Camões e Cecília navegaram até o Olimpo, mas acredito que tu fazes parte desse elenco. Não foi o Filho de Deus que subiu ao céu; tu também o fizeste, fazes e farás essa viagem enigmática e esplendorosa, contradição que tu, Pedro, consegues cantar. Obrigado pela tua dádiva, Pedro. Receio de te acompanhar. Porquê? Porque sou um modesto cidadão da plebe, sem justa nem Excalibur, nem armadura, muito menos Artur da Mesa Redonda.
Um grande abraço meu Amigo Pedro.
Henrique, o Leãozão
Será com prazer e honra que te ver visitar e quiçá comentar nar `NOSSA TRAVESSA
Feliz semana!!!
ResponderExcluirQue belo poema, meu Amigo Pedro! A casa da infância. O menino que cresceu e brincou e aprendeu a vida por lá. E ficou lá tudo, na casa de pedra, tudo menos a memória da sua inocência...
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Pedro:
ResponderExcluirpor desgracia, la casa de nuestra infancia nunca será la mismo, aunque la volvamos a visitar.
Abraços.
Embora fique para sempre guardada no nosso coração, a magia e encanto que tinha a casa da nossa infância, vai-se desvanecendo com o passar dos tempos.
ResponderExcluirBelíssimo poema.
Um abraço
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Um poema que mexeu comigo, pois quando vejo a casa onde morei com meus avós maternos, dá-me vontade de chorar. Está a cair e nem telhado já tem. Adorei o teu poema. Pedro, boa semana e beijos com carinho
ResponderExcluirBom dia Pedro, o saudosismo e as emoções contido em seus versos tocam fundo a alma da gente, o poema todo é grandioso, destaco >>>
ResponderExcluir"Falta-me o fôlego. No peito
garras ferem – emoção e dor.
Levou o sonho, ave de rapina."
Parabéns por tão bela obra com a marca das suas digitais, bem como a prazerosa leitura que muito gostei!
Agradecida pela benfazeja visita ao meu blog.
Desejo uma linda semana.
Abração!
Pedro
ResponderExcluirSó título a "Casa de Pedra" é apelativo à leitura do excelente poema - recordação de infância.
Abraço
Oi, Pedro, belo poema de uma lembrança eterna...a casa de nossa infância não sai de dentro de nós e está sempre a um passo da nossa saudade.
ResponderExcluirUm abraço
Una bella nostalgia. Emocionante y bello poema.
ResponderExcluirUn beso
ResponderExcluirTambém tenho uma casa de pedras destas igual a tua.
Não encontrei a criança que fui
Mas me encontrei.,
um grande abraço
Tienes un bonito blog lleno de buenos poemas, me quedo por aquí, saludos
ResponderExcluirUna imagen muy bella nos introduce en el pensamiento poético que se va desgranando hasta alcanzar estos exactos versos llenos de significado y también de dolor:
ResponderExcluirPosso, homem de tantos caminhos,
ser de novo aquele menino
dessa casa – reino perdido?
Falta-me o fôlego. No peito
garras ferem – emoção e dor.
Levou o sonho, ave de rapina.
Saludos muy afectuosos y cordiales. Franziska
Nunca nos esquecemos da casa da nossa infância.
ResponderExcluirQue vai ficando cada vez mais pequena à medida que crescemos.
Magnífico poema, parabéns.
Bom resto de semana, caro Pedro.
Um abraço.
Maravilhoso!
ResponderExcluirTambém a tela é fantástica!
Abraço
Um belo poema amigo Pedro que nos faz revisitar a nossa casa de infância.
ResponderExcluirUm bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Mais um lindo poema, Pedro.
ResponderExcluirParabéns pelas suas ótimas criações!
Obrigada.
Um abraço
Boa tarde Pedro.
ResponderExcluirMas um grande poeta que a blogosfera me deu a possibilidade de conhecer, depois que conheci o seu espaço. Achei a sua poesia intensa, o que me fez relembrar a minha inocência nós tempo de crianças e o meu lar onde cresci. Um lindo dia.
Abraços.
Pois é Pedro viajei na sua poesia, revi o filme na Terra dos gigantes e sorri.
ResponderExcluirPerde-se tudo nesta vida, mas quando os sonhos vão se despedindo, fica em nós um vazio, uma decepção imensurável.
Bel trabalho amigo
Bom dia amigo Pedro,
ResponderExcluirQue linda viagem ao passado da infância, se o sonho se foi, veio a poesia preencher o vazio. Um primoroso poema com a marca das suas digitais.
Tenham um ótimo dia Pedro!
Bjs no coração!