ESTRADAS DO BRASIL
– PEDRO LUSO DE
CARVALHO
O jovem casal prepara-se para
a viagem.
As malas são
arrumadas, também os
brinquedos da filhinha, de dois anos. O marido está feliz por ver o
brilho de felicidade nos olhos da esposa; ela
está ansiosa
para rever seus pais, em Santa
Maria, sua cidade natal, onde
com eles viveu
até se casar.
Ainda está escuro. A
família faz
a primeira refeição
do dia. O casal fala
sobre a
distância da viagem;
de onde
estão, em
Santana do Livramento,
na fronteira
com o Uruguai, é
muito chão
até Santa Maria,
situada no centro do
estado. Os dois rezam
em silêncio,
antes de deixarem a mesa.
O sol dá o sinal ao casal
para partirem. A esposa
acomoda a filha no
seu banquinho, prendendo-a ao cinto de segurança, no banco de trás;
o marido coloca as
malas no carro, depois
abre a porta da garagem
e espera pela esposa, que faz
revisão nas janelas e fecha as
portas.
O carro já está
rodando
na estrada estadual, com o sol refletindo no para-brisa, em
velocidade um pouco acima da permitida por lei.
A esposa adverte o
marido,
com o cuidado necessário para não magoá-lo: “Vamos
obedecer a
lei,
amor, para não sermos
multados”.
O marido diminui a velocidade
do carro, atendendo ao pedido da esposa;
depois se dá conta de
que a estrada é
perigosa, com uma única pista, de ida e vinda,
sem acostamento, com
asfalto em estado
precário, com muitas falhas e alguns buracos, sempre
com risco de
acidentes.
O sol dificulta a visão. A
esposa fala para espantar o sono; depois avista um carro vermelho
vindo no sentido contrário, em alta velocidade, já próximo à
curva, diante deles. Dá-se
a colisão frontal, com
estrondo. O casal e a
filhinha morrem; também morre o homem do carro
vermelho.
* * *
Uma crônica muito tocante. Quantas vidas se perdem assim, nas nossas estradas. Nenhum cuidado nos livra de quem não tenha cuidado. A única coisa que nos livra de acidente de estrada cem por cento é ir de avião. Um abraço.
ResponderExcluirPois é meu caro amigo Pedro uma cronica que espelha uma realidade gritante em todo o país. Temos verdadeiras arapucas armadas pelas rodovias e ainda que tenhamos todos os cuidados não nos livraremos de outros nem tão zelosos como nós. Os números das estatísticas assustam e faz temer andar pelas rodovias.
ResponderExcluirUm bom domingo para uma semana de renovar esperanças.
Meu terno abraço.
Que triste! Infelizmente muitos sonhos e alegrias são interrompidos nas estradas do RS e Brasil...Falta tudo: cuidados com as rodovias e responsabilidade aos condutores! abração,chica
ResponderExcluirUn relato muy triste, pero demasiado corriente son los accidentes de carretera, sobre todo cuando las condiciones de la misma son precarias, y encima si el sol da de frente, que aunque parezca que no, es un enemigo peligroso para la conducción.
ResponderExcluirUn abrazo Pedro y buen domingo.
Bom dia Pedro
ResponderExcluirA necessidade de estar nas mal conservadas estradas brasileiras põe em risco a vida de todos que por elas precisam trafegar e para completar a irresponsabilidade de alguns condutores que tiram as vidas de pessoas inocentes
Esta é a nossa realidade. Precisamos de estradas bem conservadas mas acima de tudo faz-se urgente educar-se para o trânsito seguro
Um ótimo domingo
Um abraço
Que tragédia! Adorei ler o seu texto.
ResponderExcluirFeliz Domingo!
Beijo
A volte alcuni viaggi hanno un tragico epilogo, per le condizioni
ResponderExcluirdel tempo e la pericolosità della strada, quindi bisognerebbe fare
attenti riflessioni prima di partire...
E' sempre interessante leggerti, Pedro, buon inizio di settimana e un saluto,silvia
Essa tua ótima crônica é um alerta para a irresponsabilidade dos que precisam chegar muito rápido, e não entendo a razão para tanta pressa...
ResponderExcluirO que temos visto nessa época de férias e feriados, são essas tragédias nas estradas onde é ceifada muitas vidas, um número absurdo. E grande número desses acidentes se dá pelo efeito das drogas ou ao celular. E muito nas ultrapassagens. Famílias se programam, sonham o ano inteiro com feriadões e férias e não voltam. Por ser uma pista livre, dupla, afundam o pé e batem de frente com o outro. Em alta velocidade é difícil não acontecer o pior. Confesso que sou preocupadíssima com estradas, dado ao alto nível de mortes no Brasil. Aí que a lei não pode afrouxar, a ação forte precisa ser preventiva. Depois que morrem, de nada adianta.
Beijinho daqui do lado...
Meu querido amigo Pedro, bem escrito e nos dá a dimensão do que é muitas estradas brasileiras, ainda mais quando há os que, não obedecem os limites de velocidade, tragédia que se pode evitar!
ResponderExcluirCrônica que nos alerta, amo viajar de carro, mas sempre com muito cuidado, durante o dia, mas nunca se sabe o que outros motoristas vão fazer, principalmente nas curvas perigosas!
Não beber bebidas alcoólicas ainda é uma coisa primordial, mas nem todos obedecem as leis!
Abraços apertados.
Triste historia, que pasa en todos lo paises, bien por el mal estado de las carreteras e irresponsabilidades humanas.
ResponderExcluirDeberiamos tener más precaución.
Besitos
A cronica ótima, o fim triste mas é a nossa infeliz realidade, o descaso da vida humana no Brasil está em todos os setores, parece até que chegou o fim da jornada do nosso País.
ResponderExcluirParabéns pela cronica,
beijinhos, Léah
Boa noite Pedro.
ResponderExcluirUma cronica triste, mas muito realista. Esse casal perdeu a vida e ainda fez a familia sentir uma da pior dor existente. Ficamos sempre nós perguntando o que realmente aconteceu. E nunca sabermos de fato o que levou a pessoa a correr na direção e ainda muitos então em uso de bebidas. Como entender esse descaso a vida. E em outras situações é as estradas cheia de armadilhas, igual a muitas estradas do nosso Brasil, onde todo cuidado é pouco. Uma semana de paz meu amigo. Abraços.
Sabor amargo me dejan tus palabras de hoy... Un abrazo y buena semana
ResponderExcluirQue história trágica, meu amigo Pedro! Fazer uma viagem de carro torna-se muito perigoso se as estradas não estão boas e se os condutores não se portam com cuidado. Esta sua crónica é uma chamada de atenção, um alerta para quem viaja. Também na vida não podemos exceder os nossos limites, não é verdade?
ResponderExcluirUma boa semana.
Beijos.
Una tragedia muy triste y lamentable.
ResponderExcluirConmovedora.
Un abrazo.
O Brasil tem histórias que nos espantam, para onde vão as contribuições que o povo é obrigado a pagar?
ResponderExcluirFazem crimes ambientais em nome do progresso que nunca se realiza - a rodovia transamazónica é uma dor de alma...
Gosto muito do Brasil, é preciso que nunca vos canseis de protestar . a todos os níveis - e é por isso, que esta crónica tem elevado mérito.
Uma semana especialmente amorosa, Pedro.
Abraço, amigo.
~~~~~~~
Una tragedia que se repite demasiado a menudo, en cualquier país del mundo. Por desgracia.
ResponderExcluirMuy triste, don Pedro.
Abraços.
Histórias da vida real...
ResponderExcluirObrigada pela visita...
Abçs
Dio! Que desfecho catastrófico!
ResponderExcluirTinha tudo para ser uma história de uma viagem feliz!
Abraço
Triste! Acontece em todo o lado e a culpa é sempre do condutor; se as estradas estão fracas a atenção tem de ser redobrada e há que ir devagar. Os telemóveis são tb um problema sério; apesar da multa pesada, continuamos a ver pessoas a usá-lo. Obrigada, Pedro por esta chamada de atenção. Nunca é demais falar do trânsito. Beijinhos
ResponderExcluirEmilia
Una gran ilusión con un mal final, la mayoría de las veces tenemos muchas ilusiones puestas de las que no se llegan a realizar.
ResponderExcluirQue tengas un feliz día de San Valentín.
Un abrazo.
EXCELENTE ARTICULO. AL FINAL TRISTE.
ResponderExcluirABRAZOS
No iban a una rapidez excesiva, tenían puestos los cinturones, era de día, el coche funcionaba bien, pero, ¿quién puede protegernos del conductor sin control? Nadie. La chispa de un instante desgraciado se nutre de ellos.
ResponderExcluirSaludos.
Las ilusiones truncadas y las desgracias diarias en la carretera. Nunca sabemos donde está el final... Pero es cierto que, uno puede ser prudente, pero ¿cómo prevenir las imprudencias ajenas?
ResponderExcluirUn bello relato, que bebe de la realidad. Me ha gustado mucho el mensaje que deja.
Un abrazo, Pedro.
Olá Pedro! Passando para agradecer a tua honrosa visita e amável comentário deixado no nosso Arte & Emoções, assim como comunicar o meu retorno a esse prazeroso mundo virtual.
ResponderExcluirA tua bela e oportuna crônica relata a história de um lindo sonho que, lamentavelmente, termina numa tragédia. É público e notório que as nossas estradas estão em estado deploráveis e, na maioria das vezes, são consideradas responsáveis pelos acidentes ocorridos, porém, sabedor disso, o condutor deve ser mais prudente, responsável, ciente de não dever misturar bebida com direção, usar o celular e, acima de tudo, que não está só na estrada e o dever de respeitar as leis do trânsito.
Abraços,
Furtado
Uau! Que história triste, Pedro. Me deu um aperto no peito.
ResponderExcluirTambém aqui, em Portugal, se registam muitas tragédias dessas. E temos estradas boas. E temos um bom parque automóvel.
Acontece que também temos condutores irresponsáveis que matam e se matam nas estradas por conduzirem em excesso de velocidade, ou alcoolizados (tantos jovens morrem nas estradas depois de noitadas em discotecas), ou drogados, ou com sono, ou enviando mensagens pelo telemóvel.
Porque corre esta gente? Porque se mata de maneira tão estúpida? Porque mata inocentes?
Não é por falta de campanhas de sensibilização. Não é por falta de visibilidade do corpo policial ao longo das estradas. O que falta, mesmo, é educação automobilística.
A vida é tão bela e tão curta...
Abraço.
Uma crónica tão triste mas que infelizmente podia ser uma realidade, quantos acidentes acontecem assim.
ResponderExcluirUm abraço
Maria
Um final terrível que infelizmente sucede muito nas nossas estradas pelos mais variados motivos.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar || Dedais de Francisco e Idalisa || Livros-Autografados
Olá, Pedro
ResponderExcluirNo final há aquele arrepio...
Uma crónica muito verdadeira e infelizmente muito mais comum do que seria de desejar.
Todos os dias são noticiados acidentes brutais que nos deixam confrangidos.
Obrigada pela carinhosa presença e parabéns à minha "CASA".
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Bom dia amigo Pedro, Uma história triste, mas que bem pode ser real, história sem escape algum e apenas um descuidado e improdênte condutor.
ResponderExcluirTudo de bom.
Pedro,
ResponderExcluirAdmirável (sempre) a sua excelente literatura,
com uma narrativa envolvente, que exige o foco do leitor.
Agora, triste a nossa realidade das estradas do nosso
Brasil e somando com as atitudes imprudentes nas
infrações de trânsito, ocorrem tragédias rapidamente.
Abraço.
Uma crônica que nos prende aé o seu fianl, onde ocorre um acidente, infelizmente, tão frquentwe em nossas estradas.
ResponderExcluirUm abraço.
Élys.
¡Qué terrible Pedro!
ResponderExcluirLa notable e impactante forma en que los presentas, me deja profundamente conmovido.
uma excelente crónica, Pedro.
ResponderExcluirque chama a atenção para um dos mais graves problemas das sociedades modernas, apresentado de uma forma muito impressiva.
abraço
Uma crônica difícil para comentar porque nos alcança o âmago do ser e nos faz tristes pelos nossos medos, pelas nossas culpas e infelizmente pela nossa realidade material tão insegura...o quanto somos frágeis!
ResponderExcluirUm abraço
A mí nunca me ha gustado conducir cuando el sol está muy bajo, a ratos me quita la visión pese a que me ponga gafas de sol, es de lo más incómodo y peligroso.
ResponderExcluirSi a esto añadimos que el firme de la carretera no está en buen estado y que, con mucha frecuencia, se circula a velocidad mayor que la permitida, no es de extrañar que los accidentes se sucedan.
Yo diría que, en carretera, toda la prudencia es poca, es una pena que, muchas familias, se hayan quedado en el camino y no hayan logrado el deseo de abrazar a sus seres queridos.
Cariños y buen fin de semana.
kasioles
Pedro Luso
ResponderExcluirHistória bem contada, a dar que reflectir sempre, porque há sempre alguém que se fia na máquina e na sua destreza e faz tábua rasa da condução defensiva e previdente. Acontecem muitos desastres mortais assim, por desrespeito pela vida pessoal e do semelhante.
Agradeço que veja, por favor, leia e comente BRASIL - O SORRISO DE DEUS.
Florianóplis - Floripa
http://amornaguerra.blogspot.pt/
Abraço
Boa tarde, Pedro,
ResponderExcluirseu conto parece uma ficção, mas infelizmente você relata uma verdade cotidiana.
Triste saber que nossas estradas estão sendo remendadas sobre mais buracos, o perigo nos ronda sempre, cada vez que uma familiar está na estrada, nosso coração não sossega enquanto não os vemos sãos e salvos, tamanho é o perigo que corremos ao enfrentarmos as estradas do Brasil. Belo conto. Abraço!
Has hecho una magnífica crónica de un suceso que por desgracia está a la orden del día...
ResponderExcluirEs tremenda la irresponsabilidad de algunos con el volante.
Cuanta víctima inocente.
Purtroppo ogni giorno in ogni parte del mondo si leggono sui giornali tragedie come questa che tu hai raccontato.
ResponderExcluirBuon weekend.
enrico
Pedro, belo texto e mais real que o rei. Hoje em notícia de TV, um acidente em estrada paranaense em que seis pessoas de uma mesma família de Xaxim perderam a vida. O carro em que viajavam invadiu a pista contrária e colidiu frente à frente com um caminhão. Dois dos ocupantes eram crianças. Triste a realidade brasileira: muitos carros dirigidos por pessoas pouco preparadas e poucas estradas construídas por governos pouco preparados. E o que se há de fazer? Parabéns pelo texto. Abraços. Laerte.
ResponderExcluiruma crónica que é uma chamada de atenção aos perigos na estrada.
ResponderExcluircomoveu-me
gostei muito da foto que fez suporte a este trabalho.
bom fim de semana.
beijinho
:)
Tragédias diárias... que infelizmente ocorrem nas estradas de todo o mundo... ou por irresponsabilidade dos condutores... ou pelo facto de as vias não estarem nas melhores condições...
ResponderExcluirE podemos ser absolutamente cumpridores... que tal não nos livra de um infeliz acontecimento assim...
Um texto que nos dá bastante sobre o que pensar... com um belo suporte fotográfico!
Belíssimo post, como sempre!
Abraço!
Ana