– PEDRO LUSO DE CARVALHO
WILLIAM BUTLER YEATS viajou para Estocolmo, em janeiro de 1924, para eceber o Prêmio Nobel de Literatura, que lhe fora conferido pela Academia Sueca. Yeats nasceu num subúrbio de Dublim, Sandymount, Irlanda, em 13 de junho de 1865; morreu a 29 de janeiro de 1939, tendo sido sepultado em Roquebrune, França. Nove anos depois uma fragata levou seus restos para a Irlanda; repousam eles hoje no cemitério de Drumcliff, de acordo com o expresso desejo do poeta, em sepultura onde se lê o epitáfio que para isso ele escreveu.
Segue o poema “Morte”,
que é um dos poemas que compõe o livro “Poemas de W. B. Yeats",
traduzido por Péricles Eugênio da Silva Ramos, São Paulo: Art
Editora, 1987, p. 133.
MORTE
– W. B. Yeats
Medo não tem, nem esperança,
Um animal a agonizar:
Aguarda oum homem o seu fim,
Tudo a temer, tudo a esperar;
Já muitas vezes morreu ele,
As muitas vezes retornando.
Em seu orgulho, um grande homem,
Homem que matam enfrentando,
sobre a substituição da vida
Atira um menosprezo forte;
Sabe ele a morte até aos ossos
– Foi o homem quem criou a morte.
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Pedro Luso de Carvalho