[PEDRO LUSO DE CARVALHO]
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em Röcken, Alemanha, a 15 de outubro de de 1844; morreu 25 de agosto de 1900. Deixou de realizar o seu desejo de casar-se com Lou Andreas Salomé devido a sífilis, doença que o acometeu em 1866, que o levou a viver isolado em sua casa, contando apenas com sua mãe e irmão, entregue ao sofrimento; em consequência das crises de loucura que se iniciou em 1889, seus últimos anos de vida foi de reclusão.
Suas principais obras: A gaia ciência (1882); A genealogia da moral (1887); Além do bem e do mal (1886); A origem da tragédia (1872); Assim falava Zaratustra (1883); Aurora (1881); Ecce Homo (1888); Humano, demasiado humano (1878); O anticristo (1888); O caso Wagner (1888); Crepúsculo dos ídolos (1888); Opiniões e sentenças misturadas (1879); O viajante e sua sombra (1879); Vontade de potência (1901).
[ESPAÇO DA FILOSOFIA]
DO DOMÍNIO DA CIÊNCIA
(Nietzsche)
Os grande filósofos da antiguidade pertencem à vida geral do helenismo: depois de Sócrates, formam-se seitas. Pouco a pouco a filosofia deixa cair de suas mãos as rédeas das ciências.
Na Idade Média, a teologia toma em mãos as rédeas da ciência: perigosa época de emancipação.
O bem geral quer novamente um domínio, e com isso, ao mesmo tempo, uma elevação e uma concentração.
O deixa correr de nossa ciência, como em certos dogmas da economia política: acredita-se num sucesso absolutamente salutar.
Kant teve, em certo sentido, uma deplorável influência: porque a crença na metafísica foi perdida. Ninguém poderá contar com sua “coisa em si” como se ela fosse um princípio regulador.
Agora compreendemos a maravilhosa aparição de Schopenhauer: ele reúne todos os elementos que servem ainda para o domínio da ciência. Ele retorna aos problemas originais mais profundos da ética e da arte, ele levanta a questão do valor da existência.
Maravilhosa unidade de Wagner e Schopenhauer! Eles são oriundos do mesmo instinto. As qualidades mais profundas do espírito germânico se preparam aqui para o combate: como entre os gregos.
Volta da circunspecção.
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[NIETZSCHE (32), in Nietzsche. O livro do filósofo. Trad. Antonio Carlos Braga. São Paulo: Escala, 2007, p. 18-19.]
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Pedro Luso de Carvalho