por Pedro Luso de Carvalho
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A escritora francesa Françoise Sagan, cujo verdadeiro nome era Françoise Quoirez, nasceu 21 de junho de 1952, em Cajarc (Lot) entrou para a Sorbonne, mas fracassou nos exames; então começou a escrever o livro que a faria famosa: Bon jour tristesse (Bom dia tristeza), publicado em 1954 pelas Editions Juillard; recebeu nesse ano o prêmio Prix des Critiques. O livro vendeu mais de 700 mil exemplares na França; na época, foi traduzido para quatro idiomas; nos Estados Unidos foram vendidos mais de dois milhões de exemplares.
Entrevistada pela The Paris Reviw (in Escritores em Ação, tradução de Brenno Silveira, 2ª ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982, p. 125), o entrevistador pergunta a Françise Sagan se ela entende como embuste o escritor lançar mão diretamente da realidade para escrever um romance, ao que a escritora respondeu:
“Certamente. A arte deve colher a realidade de surpresa. Isso requer aqueles momentos que são para nós simplesmente um momento, mais um momento, mais outro momento e, arbitrariamente, os transforma numa série especial de momentos ligados entre si por uma grande emoção. A arte, parece-me, não deveria inculcar o “real” como sendo uma preocupação. Nada é mais real que certos romances chamados realistas – e que não passam de pesadelos. É possível conseguir-se num romance certa verdade sensorial – o verdadeiro sentimento de um personagem – eis tudo.
A ilusão da arte – prossegue Sagan -, por certo, é fazer com que se acredite que a grande literatura é muito ligada à vida, mas exatamente o oposto é que é verdadeiro. A vida é amorfa; a literatura formal.”
Françoise Sagan faleceu de uma embolia pulmonar, no hospital de Honfleur (Calvados), no dia 24 de setembro de 2004. Foi enterrada ao lado de seu irmão, seus pais, seu segundo marido, Robert Westhoff, e de Peggy Roche (sua amiga mais fiel), no cemitério da aldeia, a poucos quilômetros de Seuzac Cajarc (Lot).
Entrevistada pela The Paris Reviw (in Escritores em Ação, tradução de Brenno Silveira, 2ª ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982, p. 125), o entrevistador pergunta a Françise Sagan se ela entende como embuste o escritor lançar mão diretamente da realidade para escrever um romance, ao que a escritora respondeu:
“Certamente. A arte deve colher a realidade de surpresa. Isso requer aqueles momentos que são para nós simplesmente um momento, mais um momento, mais outro momento e, arbitrariamente, os transforma numa série especial de momentos ligados entre si por uma grande emoção. A arte, parece-me, não deveria inculcar o “real” como sendo uma preocupação. Nada é mais real que certos romances chamados realistas – e que não passam de pesadelos. É possível conseguir-se num romance certa verdade sensorial – o verdadeiro sentimento de um personagem – eis tudo.
A ilusão da arte – prossegue Sagan -, por certo, é fazer com que se acredite que a grande literatura é muito ligada à vida, mas exatamente o oposto é que é verdadeiro. A vida é amorfa; a literatura formal.”
Françoise Sagan faleceu de uma embolia pulmonar, no hospital de Honfleur (Calvados), no dia 24 de setembro de 2004. Foi enterrada ao lado de seu irmão, seus pais, seu segundo marido, Robert Westhoff, e de Peggy Roche (sua amiga mais fiel), no cemitério da aldeia, a poucos quilômetros de Seuzac Cajarc (Lot).
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Pedro Luso de Carvalho