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26 de set. de 2010

EDGAR ALLAN POE – Sua Trajetória Literrária



PEDRO LUSO DE CARVALHO

Escrevi, neste espaço, artigo sobre Edgar Allan Poe e sua Antologia de Contos, e fiz menção à sua poesia, em especial ao seu comovente e imortal poema O Corvo, que Poe escreveu -o inspirado em Vírgínia Clemm, sua prima-irmã, com quem se casou quando ela tinha apenas treze anos de idade; Virgínia faleceu de tuberculose, em conseqüência da pobreza em que vivia o casal.
No ano de 1847, Poe teve algumas de suas histórias traduzidas para o francês por Charles Baudelaire, que, num trecho do prefácio que fez para a publicação da obra, disse: “Quanto a sua mulher ideal, a sua Titânide, revela-se em diferentes retratos, esparsos nas suas poesias pouco numerosas, retratos, ou antes maneiras de sentir a beleza, que o temperamento do autor aproxima e confunde numa unidade vaga mas sensível, e esse amor insaciável do Belo, que é seu grande título, isto é, a soma de seus títulos à afeição e ao respeito dos poetas”.
Mallarmé, um dos expoentes do Simbolismo, continuou a fazer a divulgação das histórias e poesias de Poe, que se viu consagrado nos dois anos que antecederam sua morte. Essa consagração deveu-se não apenas ao conto, mas também a sua poesia, cujos versos falam apenas de mundos interiores, sem qualquer menção ao mundo exterior.
Quanto ao seu imortal poema O Corvo, este só ficou acabado depois de ter sido modificado ao longo de dez anos; Poe era dotado de extraordinária imaginação, qualidade que se somava a outra, qual seja, a de ter sido intransigente no tocante à qualidade literária de sua obra; daí ter despertado o interesse na sua tradução do inglês para muitos idiomas – para o português, o poema também foi traduzido por Machado de Assis e Fernando Pessoa.




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REFERÊNCIAS:
POE, Edgar Allan. Antologia de Contos. Trad. Brenno Silveira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1959.
POE, Edgar Allan. Poemas e Ensaios. Trad. de Oscar Mendes e Milton Amado. São Paulo: Editora Globo, 1999.


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Pedro Luso de Carvalho